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Resumo

A raiva, é doença infectocontagiosa de caráter zoonótico, causa de morte em


mamíferos incluindo humanos por todo o mundo. O Principal transmissor é o cão, em
seguida o morcego hematófagos, na maior parte das vezes é causador da doença infecciosa em
animais herbívoros. Acomete países não tão industrializados, a raiva urbana é a principal
forma de contaminação do homem. As regiões endêmicas de preocupação no território
nacional são Norte, Nordeste e Sudeste. O agente causador da doença é o chamado
Lyssavírus, que ataca o Sistema Nervoso Central podendo causar encefalomielite aguda fatal.
É possível observar sintomas como sialorreia, pouco latido e rouco (no caso dos cães),
agressividade, e pela paralisação do nervo faríngeo o animal para de beber água e comer. A
confirmação da doença com exame complementar de diagnóstico laboratorial, por técnicas
histológicas no Sistema Nervoso Central, provas sorológicas e identificação do vírus. Pode ser
prevenida quando a população recebe informações sobre a doença como: o agente etiológico,
modo de transmissão e vetores animais. No controle se vê a grande possibilidade de encerrar
os surtos, sabendo que a raiva humana vem crescendo nos últimos anos por morcegos
hematófagos, ainda não muito alertado para a população. Para identificação do vírus, podem
ser usados testes em amostras de soro de animais, como o RFFIT (Teste rápido para Inibição
de Foco de Fluorescência), SFIMT (Microteste Simplificado de Inibição de Fluorescência) e
ELISA (Ensaio Imunoenzimático), além de outros testes.

Introdução / Desenvolvimento

Casos de raiva em cães foram relatados por Demócritos, (por volta de 460 A.C). O
primeiro a conseguir isolar o vírus da raiva foi Louis Pasteur, em 1881, por inoculação de
coelhos em via cerebral., que também foi o percursor da vacina anti-rabica.

A raiva possui caráter zoonótico, de origem viral, quase 100% letal, apresenta
sintomas nervosos, deixando um impacto na saúde pública animal. O agente causador é o
vírus RNA da família Rhabidoviridae, formada pelos gêneros Lyssavírus, Vesículovírus e
Rhabidovírus, que se espalha pelo SNC podendo chegar a glândula salivar, se replica
causando infecção pelo contato com a saliva, devido a inoculação por mordeduras em animais
e humanos, raramente por arranhaduras e lambedura das mucosas. As lesões possuem
amplitudes variadas ou inexistentes. O quadro clínico pode ser confundido com outras
doenças, quando ocorre o diagnóstico tardio, pode ser fatal. Animais infectados que foram a
óbito devem ter o cérebro examinado para pesquisa sobre o vírus.

Presente em mais de 150 países, causa de 55.000 de mortes anuais. O controle da


doença no Brasil ocorre por vacinação de cães e gatos, além de ações de controle da doença
por meio de pesquisas que visam identificar espécies de animais que atuam como reservatório
e transmissor do vírus, e acidentes com espécies já mencionadas. A profilaxia e o controle da
doença podem ser baseados em pesquisas em animais silvestres, onde são encontradas
variações dos vírus e possíveis reservatórios. É possível coletar dados e fazer observações em
áreas de desmatamento, conservação ambiental em animais que passaram por transposição,
por meio da captura, manejo, monitoramento e estudo de impacto ambiental, podendo
identificar os anticorpos contra o vírus da raiva e pesquisar o antígeno viral por coleta de
amostras do sistema nervoso central em animais mortos nessas áreas.

Nas regiões Norte e Nordeste, espécies como morcegos hematófagos, saguis e


carnívoros terrestres também são decorrentes de acidentes com seres humanos, no Sudeste
foram encontrados Morcegos positivos para a enfermidade. Na maioria das vezes a doença
acomete canídeos, mais comum ao meio urbano, que transmitem ao homem, mas todos os
animais de sangue quente estão suscetíveis a doença. Já no meio rural, muitas vezes, o ciclo
ocorre por morcegos hematófagos, em seguida Desmodos Rotundos, considerados
reservatórios e transmissores, infectando animais de criação, como bovinos, equinos e
caprinos e silvestres. No ciclo terrestre silvestre a transmissão ocorre por mamíferos como
quatis, raposas, macacos e guaxinins. Já no meio silvestre aéreo, espécies de morcegos
hematófagos são apontados como disseminadores do vírus.

Tabela com percentual por continentes, países e regiões do Brasil / espécies

O período de incubação varia de acordo com a quantidade inoculada de vírus e a


distância que o ferimento tem do cérebro, geralmente é de 14 a 90 dias, de maneira incomum,
pode levar até 4 anos.

Pesquisas baseadas em epidemiologia obteve resultados positivos com Biologia


Molecular, pela aplicação de anticorpos monocionais, identificados por diferentes padrões
antigênicos de cepas rábicas. Além disso, a técnica PCR, também é eficiente, que identificam
diferenças entre cepas.
Os principais hospedeiros da raiva são os animais carnívoros e quirópteros. Em vários
países, o principal transmissor para humanos, continua sendo o cão. Os animais soltos na rua
são um grande problema para população humana e animal, há dificuldade de combater o
vírus, profilaxia, contribuindo para o ciclo contínuo da doença, já que os animais ficam
expostos para raiva e outros agentes agressores.

Apresentam-se como aspectos patológicos da doença:

-Raiva Furiosa: Na maioria dos casos, o animal perde o medo, apresenta ansiedade,
torna-se agressivo e irracional, se torna irritado, apresenta comportamento sexual anormal,
latidos, perambulação e episódios de agressão. Permanece sempre alerta, pupilas dilatadas e a
qualquer momento pode atacar. Aspectos patogênicos apresentam quando o vírus penetra o
Sistema Nervoso Central. O animal passa a sentir muita sede, porém, com a paralisação do
nervo faríngeo, sente dor ao deglutir, não consegue saciar sua sede e se torna mais agressivo,
apresentando hidrofobia.

-Raiva Paralítica: O animal está constantemente quieto e triste, prevalecendo sinais de


paralisia, paralíticas e progressivas, a princípio pelo neurônio motor interior, causando
paralisia ascendente dos membros, seguindo para paralisia laríngea (nota-se alteração do
latido), sucessivamente paralisia faríngea (salivação excessiva) e mastigatória (queda da
mandíbula). Nesse quadro, ao mesmo tempo, ocorre depressão, coma, parada respiratória e
morte por paralisia (em algumas horas).

Segundo FRASER (1997), esses animais não ficam indóceis, e raramente tentam
morder seus donos.

-Raiva Muda ou Atípica: Costuma não ser notada. Ocorrem mudanças discretas no
comportamento animal. Comem pouco, demora para atender aos chamados do tutor, ficam
quietos e isolados. Quadro de febre, reflexos lentos e mastigação no local da mordedura.
Costumam falecer de 3 a 10 dias.

A prevenção é a principal forma de tratamento em animais, mas varia de acordo com a


comunidade e o sucesso da profilaxia da raiva humana. No Brasil a incidência da raiva canina
diminui. Já nos herbívoros, o número de casos aumentou principalmente no Rio de Janeiro e
São Paulo.
A forma de diagnosticar animais com raiva, é através da coleta de amostra do Sistema
Nervoso Central, respeitando as seguintes recomendações de laboratório: Animais silvestre
devem ser levados inteiros; Cães e Gatos, a cabeça inteira ou o Sistema Nervoso Central;
Bovinos, Equinos e outros, uma amostra do Sistema Nervoso Central. O diagnóstico da raiva,
é sempre laboratorial, por não apresentar lesões pós-morte por patogenia.

Mostrar imagem da célula contaminada no SNC, nas células de Purkinje do


Cerebelo e medula.

Conclusão

Os tratamento de raiva tem avançado cientificamente, os diagnósticos costumam ser rápidos e


precisos....

Tópicos para discussão

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