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Alfama Cursos
Antônio Garcez
Fábio Garcez
Diretores Geral
MATERIAL DIDÁTICO
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Princípios de
Tecnologia
Industrial
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Apresentação do Curso
A ênfase na Gestão de Segurança Ocupacional tem sido cada vez mais exigida nas empresas
e a abordagem relacionada à produtividade e competitividade das empresas possui nos dias
atuais uma importância cada vez mais relevante. Neste aspecto, a ocorrência de acidentes
de trabalho provoca um impacto significativo nos níveis de produtividade, bem como
afetam diretamente as partes envolvidas: acidentado, sociedade, empresa e governo. Este
é o nosso desafio: encontrar alternativas práticas para a prevenção de acidentes utilizando
conhecimentos da Tecnologia Industrial.
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Apresentação do Professor
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Componente Curricular
EMENTA
OBJETIVOS
HABILIDADES
PÚBLICO-ALVO
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Índice
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Índice
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Capítulo 1 - A Revolução Industrial e o Histórico da
Administração Científica
Outro fato histórico, datado de 1776, foi a publicação do livro “A Riqueza das Nações” escrito
pelo economista escocês Adam Smith, que apontava as vantagens econômicas da divisão
do trabalho. Além disto, Eli Whitney colocou em prática o uso de peças intercambiáveis
na fabricação de mosquetes (arma de fogo que lembra um rifle), nas quais as máquinas
deveriam trabalhar dentro de certos limites de tolerância e organizou a produção em
estações de trabalho a fim de garantir fluxo sem interrupções. Historiadores datam a
partir de 1750 o processo que deu início à Revolução Industrial na Inglaterra. Podem-se
distinguir três períodos no processo de industrialização em escala mundial:
I - 1850 a 1900 – A Revolução espalha-se por Europa, América e Ásia: Bélgica, França,
Ale-manha, Estados Unidos, Itália, Japão e Rússia. Cresce a concorrência, a indústria de
bens de produção se desenvolve, as ferrovias se expandem; surgem novas formas de
energia, como a hidrelétrica e a derivada do petróleo. O transporte também se revoluciona
com a invenção da locomotiva e do barco a vapor.
São inegáveis os benefícios advindos da Revolução Industrial, que trouxe, dentre outros,
o grande aumento da produtividade, proporcionando a ampliação do consumo de bens
para a sociedade de um modo geral. O avanço obtido no período da Revolução Industrial,
determinado pela visão capitalista de possibilidades econômicas e de altos níveis de
produção em detrimento de melhorias do ambiente de trabalho e com precárias condições
de trabalho, aumentou o número de trabalhadores mortos e mutilados. Foi gerado um
problema social que influenciou o advento de normas jurídicas de proteção ao acidentado
e seus dependentes.
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horas de trabalho por dia, proibia o trabalho noturno, tornava obrigatória a ventilação do
ambiente de trabalho e a lavagem das paredes das fábricas duas vezes por ano.
Em 1834 surge o primeiro Inspetor Médico de Fábricas, o Dr. Robert Baker, da Inglaterra.
Em 1842, na Escócia, surge o primeiro Médico de Fábrica, quando uma fábrica têxtil contratou
um médico para submeter os menores trabalhadores a exames médicos admissionais e
periódicos: surgiam, então, as funções específicas do médico de fábrica.
Em 1897 é criado o “Factory Inspectorate”, órgão do Ministério do Trabalho da Inglaterra
para realizar exames médicos admissionais e periódicos e, notificar e investigar casos de
doenças profissionais.
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Fica a dica!
A Revolução Industrial permitiu utilizar máquinas e equipamentos, empregou pessoas,
aumentou a produtividade e reduziu os custos dos produtos, porém gerou também o
aumento dos riscos do trabalho e, em consequência, a falta de respeito às condições
físicas e mentais dos trabalhadores.
1.3 - GLOSSÁRIO
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Recordando
- São descritas três fases da Revolução Industrial: I - 1760 a 1850 – produção de bens
de consumo, especialmente têxteis e a energia a vapor; II - 1850 a 1900 - surgem
novas formas de energia, como a hidrelétrica e a derivada do petróleo. O transporte
também se revoluciona, com a invenção da locomotiva e do barco a vapor; III -
1900 até hoje - avanço da indústria química e eletrônica, da engenharia genética, da
robótica.
- Os expoentes da Administração Científica foram: Frederick Taylor, Frank Gilbreth e
Henry Ford.
( ) 1760 a 1850 – A Revolução espalha-se por Europa, América e Ásia: Bélgica, França,
Ale-manha, Estados Unidos, Itália, Japão e Rússia.
( ) Com o avanço obtido no período da Revolução Industrial, foi gerado um problema
social que influenciou o advento de normas jurídicas de proteção ao acidentado e seus
dependentes.
( ) A Revolução Industrial permitiu utilizar máquinas e equipamentos, empregou pessoas,
aumentou a produtividade e reduziu os custos dos produtos, porém gerou também o
aumento dos riscos do trabalho.
( ) A Revolução Industrial permitiu utilizar máquinas e equipamentos, empregou pessoas,
aumentou a produtividade e reduziu os custos dos produtos, reduzindo, também, os riscos
no ambiente de trabalho.
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Capítulo 2 - Conceito de Administração e as Escolas mais
Importantes – Fundamentos da Administração
Henry Fayol (1916) foi o primeiro a definir as funções básicas do administrador: planejar,
organizar, controlar, coordenar e comandar (POCCC). Atualmente, para Peter Drucker, os
princípios foram retrabalhados e são conhecidos como Planejar, Organizar, Dirigir e Controlar
(PODC). As funções que modificaram a abordagem foram “comandar e coordenar” que
anteriormente chamava-se Dirigir ou Liderança.
Tarefas, estrutura, pessoas, ambiente e tecnologia - cada uma dessas cinco variáveis
provocou uma teoria administrativa, marcando um gradativo passo no desenvolvimento da
Teoria Geral da Administração. Cada teoria administrativa procurou privilegiar ou enfatizar
uma dessas cinco variáveis, omitindo ou relegando a um plano secundário todas as demais.
Veremos adiante algumas destas teorias a título de conhecimento básico.
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AUTORIDADE
Teoria Tradicional Nova concepção de Barnard
Autoridade é função do cargo. Autoridade é função da anuência do cargo.
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Tradicionalista Behaviorista
AUTORIDADE: de cima para baixo. AUTORIDADE: aceita e não imposta.
LIDERANÇA: exercida por meio da LIDERANÇA: influência do grupo e do meio
autoridade. ambiente, intimamente relacionados.
EFICIÊNCIA: ponto de vista mecânico: EFICIÊNCIA: eficácia; eficiência
maior produção. humanizada, ligada aos objetivos.
INCENTIVOS: sociais ou financeiros. INCENTIVOS: sociais e financeiros
simultaneamente.
TRABALHO: meio de subsistência. TRABALHO: não só satisfação das
necessidades, mas também afirmação
social.
CONTROLE: por meio de comando vertical CONTROLE: com base na comunicação;
e sobre pessoas. atividade de caráter permanente; circular;
controle de fatos e não de pessoas.
PLANEJAMENTO: esporádico; usado em PLANEJAMENTO: mutável em função
situações de crise. do controle de caráter permanente. O
planejamento é institucionalizado.
ORGANIZAÇÃO: como estrutura burocrática. ORGANIZAÇÃO: como instituição social.
MEIO AMBIENTE DE TRABALHO: autocrático. MEIO AMBIENTE DE TRABALHO:
democrático.
DECISÃO: como ato individual, DECISÃO: como ato coletivo, com base na
profundamente centralizado. situação.
MUDANÇA TECNOLÓGICA: por ordem. MUDANÇA TECNOLÓGICA: por consulta
LUCRO: de qualquer maneira. LUCRO: como responsabilidade social
INFORMAÇÕES: incompletas e imprecisas. INFORMAÇÕES: completas e precisas.
Tabela 2 – Confronto dos principais conceitos das escolas tradicionalistas e behavioristas.
(Fonte: Adaptado de Cury [2006])
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Fica a dica!
O conhecimento acerca das Escolas da Administração para o profissional de Segurança
é importante para o desenvolvimento das ações preventivas e também para
compreender o ambiente empresarial. A aplicabilidade dos conceitos apresentados é
extensiva a organizações de qualquer porte, respeitadas as variáveis de atuação de
cada uma.
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Recordando
Administração é o conjunto de normas e funções elaboradas para disciplinar elementos
de produção, que têm como objetivo alcançar um resultado eficaz e retorno financeiro.
3 - Administração é?
a) O conjunto de ações elaboradas para organizar elementos de produção, que têm como
objetivo alcançar um resultado efetivo.
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Capítulo 3 - Classificações dos Sistemas de Produção
a) Contínuo puro - uma só linha de produção, os produtos finais são exatamente iguais e
toda a matéria-prima é processada da mesma forma e na mesma sequência.
a) Produção contínua propriamente dita: é o caso das indústrias de processo, este tipo
de produção tende a ter um alto grau de automatização e a produzir produtos altamente
padronizados;
a) Por lotes: ao término da fabricação de um produto outros produtos tomam seu lugar
nas máquinas, de maneira que o primeiro produto só voltará a ser fabricado depois de
algum tempo.
b) Por encomenda: o cliente apresenta seu próprio projeto do produto, devendo ser
seguidas essas especificações na fabricação.
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III - Sistemas de produção de grandes projetos sem repetição: produto único, não
há rigorosamente um fluxo do produto, existe uma seqüência predeterminada de atividades
que deve ser seguida, com pouca ou nenhuma repetitividade.
Existe ainda o tipo Misto, onde a fabricação de componentes é feita de maneira intermitente
nas seções de fabricação e a montagem do produto final é feita de maneira contínua na
linha de montagem.
Tubino (1997) discute de maneira mais ampla as classificações dos sistemas de produção,
identifica o critério que serve de base para três delas:
Slack (1997) apresenta um modelo de transformação que nada mais é do que a aplicação da
teoria de sistemas à análise dos sistemas de produção. Depois de descrever detalhadamente
cada um de seus elementos, apresenta uma classificação cruzada em função dos tipos de
recursos a serem transformados e dos tipos de processos de transformação (ver
figura 3).
• Volume de saídas.
• Variedade de saídas.
• Variação da demanda das saídas.
• Grau de contato com o consumidor envolvido na produção da saída. Para cada
uma destas medidas considera um continuum e descreve as implicações para o
sistema de produção.
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• Processos contínuos.
• Processos de produção em massa.
• Processos em lotes ou bateladas.
• Processos de jobbing.
• Processos de projeto.
• Serviços profissionais.
• Lojas de serviços.
• Serviços de massa.
Considerando o modelo apresentado por Slack como base para a análise de um sistema de
produção podemos estabelecer relações entre os elementos do sistema e os critérios das
diversas classificações.
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Recordando
Os sistemas de produção estão divididos em três grandes categorias: Sistemas de
produção contínua ou de fluxo em linha, Sistemas de produção intermitente (fluxo
intermitente) e Sistemas de produção de grandes projetos sem repetição.
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Capítulo 4 - Organização do Sistema de Trabalho
4.1 – DEFINIÇÕES
Para Dejours (1987), a organização do trabalho é a definição das tarefas e das condições
de execução, por instâncias exteriores aos trabalhadores.
Para Fleury apud Proença (1993), o surgimento de uma forma específica de organização do
trabalho é resultante de condicionantes políticas, econômicas, tecnológicas e socioculturais.
Enfatiza que a adoção e implantação dessa forma específica passa a influenciar essas
condicionantes, num processo dinâmico, de acordo com o esquema da figura 6.
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Muito jovem preocupou-se com o esbanjamento de tempo, que significava para ele o tempo
morto na produção. Assim sendo, ele iniciou uma análise racional, do tipo cartesiano por
meio da cronometragem de cada fase do trabalho eliminado os movimentos muito longos
e inúteis. Desta forma, conseguiu dobrar a produção. Infelizmente, este método, bastante
lógico do ponto de vista técnico, ignorava os efeitos da fadiga e os aspectos humanos,
psicológicos e fisiológicos, das condições de trabalho.
Visando obter maior intensidade no processo de trabalho, Henry Ford retoma e desenvolve
o taylorismo através de dois princípios complementares. Os mesmos são definidos pela
integração, por meio de esteiras ou trilhos dos diversos segmentos do processo de trabalho,
assegurando o deslocamento das matérias-primas em transformação; e pela fixação dos
trabalhadores em seus postos de trabalho. Deste modo, é garantida que a cadência de
trabalho passa a ser regulada de maneira mecânica e externa ao trabalhador, é a regulação
do trabalho coletivo.
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Alguns autores salientam que os pressupostos considerados nesta escola são considerados
incompletos na medida em que não alteram, de forma alguma, o modo como o trabalho é
organizado na organização taylorista, são mudanças periféricas.
Desta forma, as mudanças foram encaradas mais como uma compensação ou complemento
do que como uma contradição ao taylorismo.
Relacionando essas ideias com os princípios da organização taylorista, pode-se afirmar que
são satisfeitas somente as necessidades fisiológicas e de segurança, não tendo o trabalhador
possibilidades de satisfazer as necessidades colocadas mais no topo da pirâmide.
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A solução para as questões colocadas por essas teorias foi um conjunto de ideias
para organizar o trabalho denominado enriquecimento de cargos. Baseavam-se,
fundamentalmente, pela ampliação do conteúdo do trabalho, seja por Rotação de Cargos
(rodízio); Ampliação Horizontal (tarefas de mesma natureza agrupadas num único cargo);
Ampliação Vertical (tarefas diferentes agrupadas num único cargo), ou pela combinação
dessas alternativas.
Este método apresenta-se como uma espécie de corretivo para as técnicas do taylorismo, na
medida em que depende da aplicação desse último para ser introduzido, “o enriquecimento
pressupõe que exista alguma coisa não enriquecida”.
A corrente Sóciotécnica tem sua origem nos trabalhos desenvolvidos no Instituto Tavistock
de Londres, nos anos 50, sob a coordenação de E. Trist e de F. Emery.
O modelo sociotécnico parte da abordagem de que todo sistema tem entrada, processamento
e saída. Assim, a organização enquanto sistema de produção recebe (importa) matérias-
primas (energia, informação, recursos e etc.) do meio ambiente, processam essas
matérias-primas, através de uma conversão, em energia, informações, produtos acabados
ou semiacabados e serviços, que são exportados conforme exigências do meio ambiente.
A abordagem sociotécnica mostra que a técnica e a organização não podem ser pensadas
independentemente uma da outra. Não que haja uma ligação determinística entre elas:
uma técnica não determina um único modo de organização; mas toda mudança técnica
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A Teoria Contingencial das organizações considera que existe, de fato, em cada situação
particular, um conjunto específico de vários fatores que conduz à escolha de uma
determinada forma de organização do trabalho. Dentre estes fatores pode-se citar:
Estes fatores, normalmente, não são objetos de uma descrição explícita. As diferentes
possibilidades em matéria de organização do trabalho são raramente explicitadas, a fim de
se estabelecer um debate na empresa, sobre as vantagens e os inconvenientes, de cada
solução proposta. Durante a implantação de um sistema de produção, é frequente que
a organização do trabalho seja definida pela simples recondução de formas existentes,
anteriormente ao projeto, ou de outras soluções.
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4.4 - POLIVALÊNCIA
A polivalência pode ser definida como um modo de gestão do pessoal que conduz os
operadores a ocupar várias funções ou postos tradicionalmente considerados como
distintos. Isto não é um fenômeno novo, mas toma uma importância cada vez maior nas
organizações do trabalho. Sublinham-se três funções assumidas pela polivalência:
O enriquecimento de cargos foi proposto como uma forma de tornar o trabalho sempre
novo e desafiador, com isso satisfazendo às necessidades dos indivíduos e proporcionando
uma melhora na produtividade. Mas isto nem sempre é aplicado. Na realidade ocorre uma
ampliação da tarefa, mas dentro de um esquema extremamente rígido e formalizado.
A única mudança visível foi em relação ao parcelamento das tarefas, ou seja, não mais
era entregue a um trabalhador uma parcela elementar do trabalho, mas um conjunto de
tarefas, embora as tarefas em si continuavam a ser planejadas minuciosamente.
Esta ampliação pode ocorrer no sentido horizontal (tarefas de mesma natureza agrupadas
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num único cargo) ou vertical (tarefas diferentes agrupadas num único cargo). Assim, a
ampliação vertical de tarefas consiste em confiar a um trabalhador tarefas suplementares,
de natureza diferente aquelas que ele já efetuava sobre o posto de trabalho. Ex.: Um
operador de produção é encarregado de executar tarefas de manutenção, de controle e
etc.
4.6 - GLOSSÁRIO
Ergonomia - vem de duas palavrasg: “ergon” que significa trabalho, e “nomos” que significa
leis. Hoje em dia, a palavra é usada para descrever a ciência de “conceber uma tarefa que
se adapte ao trabalhador, e não forçar o trabalhador a adaptar-se à tarefa”.
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Recordando
As diferentes formas de organização do trabalho desenvolvidas desde o começo
deste século, ainda coexistem em nossos dias, com o objetivo comum do aumento da
produtividade.
A posição da Ergonomia é que um novo investimento, um projeto industrial, é a ocasião
de uma reflexão de fundo sobre os sistemas organizacionais existentes e sobre as
modificações que são possíveis de ser introduzidas.
Vantagens para o trabalhador com o enriquecimento de tarefas:
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Capítulo 5 - Gestão por Processos – Processo e Produção
5.1 - INTRODUÇÃO
Você já dever ter ouvido falar em Gestão por Processos, mas exatamente o que significa
gerir uma empresa por Processo? Bom, para responder esta pergunta será necessário
explicar as etapas de um projeto de mapeamento de processos.
Esta abrangência permite que o conceito de processo ponta a ponta seja caracterizado com
todo e qualquer processo que tenha impacto direto ou indireto na organização, seja ele real
ou potencial, frequente ou sazonal a qualquer parte interessada. Vejamos a demonstração
de um processo na figura 7 abaixo:
Agora que entendemos o que significa processo, devemos saber como os processos são
levantados dentro de uma organização. Geralmente, as empresas desenham os seus
processos através de entrevistas com as chefias de cada departamento. Nesta entrevista,
a chefia fica responsável por informar todas as atividades de sua responsabilidade e de
seus subordinados.
Existem diversas metodologias para realizar este levantamento das atividades. Após
desenho de todos os fluxos oriundos das entrevistas com as chefias da organização,
é necessário unificar os fluxos de cada departamento. Com eles unificados, agora sim
podemos falar de processos, pois até então, os fluxos desenhados não passavam de meras
atividades dos departamentos.
A adoção da gestão por processos pelas empresas quase que pressupõe a obrigatoriedade
da cadeia de valor para representar graficamente a lógica da interação dos processos. É
comum os processos serem divididos em principais, de gestão e de apoio.
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Agora que conhecemos os processos da organização, o que fazer com eles? Para ser possível
ter uma gestão por processos é necessário definir responsáveis para cada um deles. Este
gestor é responsável pela melhoria e pela prestação de contas para garantir a eficácia do
processo, e preza pela defesa das necessidades de seus processos. De modo geral, donos
de processos gerenciam como o trabalho será realizado, mas não necessariamente as
pessoas que realizarão o trabalho.
Na figura 8 abaixo podemos visualizar as etapas para que a organização seja capaz de ter
uma gestão orientada por processos:
A figura 6 acima é rica em informações. As empresas estão cada vez mais mapeando os
seus processos e depois não sabem o que fazer com eles. Na verdade, estas empresas se
enquadram em uma gestão ainda funcional com os processos em segundo plano.
Mudar a gestão de uma empresa de funcional para horizontal não é uma tarefa simples
nem tão pouco rápida. Para viabilizar este “Tombamento” precisamos, além dos donos dos
processos, definir indicadores de desempenho (Key Performance Indicators - KPI’s) que
monitorem a performance de cada processo.
Para definição destes KPI’s, realiza-se uma oficina de indicadores com profissionais
representando os diversos processos ponta a ponta da empresa. Este evento geralmente
tem a duração de um dia sendo dividido em duas partes. A primeira parte é conceitual,
explicando a metodologia para definição dos indicadores a ser aplicada. Já a segunda
parte, o trabalho é confeccionar os indicadores, passando pela aprovação de uma banca
para garantir o alinhamento da métrica com o processo. É importante que se pense nos
indicadores independentemente das informações existirem na empresa, não limitando a
sistema ou formulários existentes.
Outro ponto essencial para uma boa gestão por processos é a adoção de procedimentos de
trabalhos com base nas atividades representadas nos processos da empresa, padronizando
o “como fazer”, ajudando as pessoas novas assimilarem as tarefas complexas rapidamente
e eficazmente.
Neste ponto passamos para uma gestão processual com funcional em segundo plano.
Para atingirmos uma gestão com seus processos horizontais, devemos atribuir às devidas
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Outro fator importante que não deve ser esquecido é a mudança de cultura na organização.
As pessoas estão acostumadas a responder hierarquicamente o seu trabalho, e em uma
gestão por processos estes profissionais responderão para os donos de processos.
Lembrete!
A Gestão por Processos é um conceito inovador para os sistemas de produção e
proporciona uma melhor distribuição das atividades e por sua vez uma melhor
condição para eventuais avaliações relacionadas à segurança.
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Recordando
Um processo ponta a ponta considera a transversalidade de diversas áreas e
cargos de chefias distintas de uma estrutura organizacional.
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Capítulo 6 - Processos Empresariais Conceitos de Sistemas
de Gestão
O resultado ótimo de cada parte gera o resultado ótimo do todo. A figura 10 apresenta um
modelo de gestão orientada por processos:
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d) Seus recursos.
e) Sua administração.
O sistema de gestão possui em sua forma atual a base nas normas e sua estrutura
independente, tal como apresentado na figura 12 abaixo:
A tendência mundial é a migração para um sistema de gestão integrado, onde possam ser
visualizados todos os processos da empresa, conforme demonstrado na figura 13.
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Uma empresa tem um forno onde é feito o tratamento térmico de 500 tipos diferentes de
peças de aço. Cada tipo de peça é tratado numa temperatura diferente. Padronizando-se
as temperaturas de operação do forno em, por exemplo, quatro faixas, é possível adaptar
cada tipo de peça a uma das faixas. O resultado é o aumento da produção, redução de
custos e melhoria da qualidade.
Padronizar é reunir as pessoas e discutir o procedimento até encontrar aquele que for
melhor, treinar as pessoas e assegurar-se de que a execução está de acordo com o que foi
consensado. A padronização das empresas é, em sua grande parte, voluntária, ou seja,
as pessoas discutem aquilo que será padronizado, estabelecem o procedimento padrão
e o cumprem. Sua alteração é possível e até incentivada como forma de se melhorar os
processos. Há casos em que a padronização resulta em obrigatoriedade como, por exemplo,
a espessura mínima de tubulações submetidas a vapor em alta pressão, condições de
projeto de aeronaves e operação de centrais nucleares.
A sequência geral da padronização possui etapas básicas, a saber:
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Fica a dica!
A padronização de processos é a forma mais adequada de estabelecer controles em
um sistema de produção. É importante ressaltar que de nada valerá padronizar os
processos se na prática estes procedimentos não serão cumpridos.
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Recordando
O ideal é que as atividades empresariais sejam vistas em processos-chaves.
2 - Defina os tipos de padrões que podem existir em uma empresa, de acordo com o que
foi apresentado.
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Capítulo 7 - Processos Empresariais - A SST e o Contexto
Estratégico
7.1 - INTRODUÇÃO
• Missão.
• Visão de futuro.
• Políticas.
• Valores e códigos de conduta.
O ambiente de negócios deve ser identificado a fim de se obter o melhor resultado dos
processos que o compõem, isso por que antigamente o fluxo de processo era bastante
simplificado:
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Desta forma as ações de Segurança e Saúde no Trabalho (SST) são também influenciadas por
todas as variáveis apresentadas. Face às exigências deste novo ambiente as organizações
passaram a ter como objetivo a sustentabilidade do negócio através da excelência
organizacional.
a) Clientes.
b) Força de trabalho.
c) Acionistas.
d) Mantenedores ou proprietários.
e) Fornecedores.
f) Sociedade.
Para isto, a organização deve possuir princípios, políticas e diretrizes em SST, com
vistas a alcançar objetivos mais amplos derivados da declaração da “MISSÃO e VISÃO
ORGANIZACIONAL”.
Missão: de acordo com Kotler, uma declaração de missão é uma declaração do propósito da
organização – o que ela deseja atingir em um ambiente maior. A definição clara da missão
age como uma “mão invisível” guiando as pessoas dentro da organização. É, portanto a
razão de ser da organização, no presente, em relação à visão e ao seu negócio.
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Visão: é uma declaração da alta direção da organização sobre como ela entende que será
o futuro, onde estarão as oportunidades e as ameaças. Também pode ser entendida como
o “sonho” da direção para a organização. Pode ser entendido como o estado de excelência
desejado pela organização no futuro.
Cada processo tem autonomia para realizar as atividades necessárias aos seus resultados
por toda a organização.
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Recordando
A estratégia corporativa relaciona-se com o ambiente de negócios e com a eficácia dos
resultados, com a definição de forças e fraquezas.
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Capítulo 8 - Cultura, Valores e Crenças
Segundo Tamayo & Porto (2005), os valores orientam as pessoas na escolha dos
comportamentos cotidianos. Ainda definem que o comportamento pode ser espontâneo,
escolhido e planejado, bem como o comportamento pode ser influenciado pelos valores
exercidos pela aprendizagem, que torna o comportamento automático ou inconsciente.
Dessa forma pode-se entender que a cultura organizacional depende dos valores cultivados
através das pessoas que a compõem. Esta associação de valores e cultura tem ligação com
a motivação das pessoas e o estudo entre valores e comportamento ou comprometimento
é basicamente a identificação dos tipos motivacionais que o influenciam.
Bley (2006) destaca que o estudo da influência humana no acidente de trabalho deve
considerar o conjunto de relações que se estabelecem entre um organismo e o seu ambiente
de trabalho para ser considerado comportamental. Diante disso, pode-se estabelecer a
relação entre a ocorrência de acidentes de trabalho e as tendências comportamentais
influentes para estas ocorrências.
Moraes (2009), faz uma abordagem acerca de valores organizacionais e cultura, traçando
um paralelo com o comportamento das pessoas que fazem parte da organização, definindo
que não há como implementar um sistema de gestão sem entender os indivíduos com seus
valores, motivações e frustrações. O conceito de liderança é demonstrado como requisito
fundamental para o sucesso dos programas de segurança. Neste ponto Tamayo & Porto
(2005), definem liderança como práticas de gerenciamento e que as tomadas de decisão e
percepção do ambiente são importantes para a estratégia de ação, onde comportamentos
são facilitados ou extinguidos, de acordo com a necessidade.
Moraes (2009) explica que o termo cultura de segurança surgiu como adendo ao conceito
de cultura organizacional no sentido de enfatizar as questões de segurança no ambiente
de trabalho. Para Moraes (2009) não é possível tratar de forma diferenciada os valores de
segurança na cultura organizacional e define cultura de segurança como sendo:
Partindo deste princípio, pode-se entender que quanto maior for o nível de compreensão da
organização acerca dos valores de segurança, maior será grau de comportamento seguro
adotado pelos colaboradores que fazem parte desta.
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O método apresentado por Moraes (2009) serve como modelo para quantificar a cultura
de segurança levando em consideração princípios de verificação do nível de cultura de
segurança embasados nas normas ISO 9001:2008; ISO 14001:2004 e OHSAS 18001:2007,
atribuindo pontuações máximas a cada princípio, conforme apresentado na tabela 3 abaixo:
Moraes (2009) ainda apresenta modelos gráficos que parametrizam os níveis de atenção
da organização relacionando-os com o nível de cultura de segurança existente. O gráfico 1
apresenta o Modelo Reativo Alto e suas características:
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Outro modelo apresentado por Moraes (2009) que mostra outra forma de variação no nível
de atenção é o Modelo Reativo Médio, conforme gráfico 2 abaixo:
No modelo representado pelo gráfico 2 pode-se destacar uma convivência com acidentes
ocasionais, onde o nível de atenção cai gradativamente após a ocorrência de um acidente. A
organização dispensa energia para resolver acidentes pontuais. Um modelo de permanente
nível de atenção alto com tendência a melhoria contínua é apresentado por Moraes (2009)
como Modelo Proativo, conforme gráfico 3 abaixo:
Nota-se que neste modelo o nível de atenção aumenta sempre após cada ocorrência de
acidentes, demonstrando preocupação com as ações preventivas.
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Esta representação, abordada por Cardella (2010), é interpretada como sendo o ângulo 0°
em concordância total, ajuste perfeito e o ângulo 180º significa que a cultura é contrária
ao sistema de gestão. Desta forma, pode-se analogamente estabelecer relação entre o
modelo reativo alto de Moraes (2009) estando entre o ângulo 90° e 180° e o modelo
proativo próximo do ângulo 0°, ou seja, uma cultura que valoriza as ações permanentes
de segurança e mantém nível alto de atenção sistematicamente.
A análise de riscos é qualitativa, cujo objetivo final é propor medidas que eliminem o
perigo ou, no mínimo, reduzam a frequência e consequências dos possíveis acidentes se
os mesmos forem inevitáveis.
Fica a dica!
É importante entender a relação entre a ocorrência de acidentes e o nível de maturidade
da cultura de segurança de uma organização. Não basta investigar as ocorrências. A
ação deve ser proativa ao invés de reativa e estas ações dependem diretamente do
entendimento dos conceitos de cultura organizacional e cultura de segurança.
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Recordando
Os resultados alcançados em termos de desempenho de segurança e saúde ocupacional
recebem influência do elemento humano quer seja diretamente, quando este é o
agente da ação, liderando ou executando determinada atividade ou indiretamente,
quando deixa de perceber os riscos associados às atividades por descontentamento ou
desmotivação, provocando condições e comportamentos de risco.
A análise de riscos é qualitativa, cujo objetivo final é propor medidas que eliminem o
perigo ou, no mínimo, reduzam a frequência e consequências dos possíveis acidentes
se os mesmos forem inevitáveis.
2 – Sabendo que uma empresa pode ser caracterizada dentro do modelo proativo, podemos
correlacioná-lo com oqual ângulo de aderência? Explique.
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Capítulo 9 - Gestão de SST - OHSAS 18001
9.1 - INTRODUÇÃO
A OHSAS 18001 é uma ferramenta que permite uma organização atingir e sistematicamente
controlar e melhorar o nível de desempenho em Saúde e Segurança do Trabalho. Algumas
informações importantes sobre a OHSAS 18001:
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Recordando
Onde quer que o trabalho tenha sido dividido numa organização, a tarefa de integrar
efetivamente os vários elementos é predominante.
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Capítulo 10 - Conceito de Perigo e de Risco
10.1. – PERIGO
Perigo é a qualidade (propriedade) daquilo que pode causar danos. Portanto identificar
perigos é identificar substâncias perigosas, agentes perigosos, produtos perigosos,
situações perigosas, eventos perigosos, operações perigosas ou eventos danosos. A escolha
do tipo de perigo depende do método adotado e dos objetivos do estudo, mas a análise dos
riscos associados sempre requer a identificação de eventos perigosos, pois a eles podemos
associar frequências e consequências. Para identificar eventos perigosos identificam-se
agentes agressivos, fontes, possibilidades de liberação, alvos e possibilidades de expansão.
De acordo com a conceituação da OHSAS 18001, perigo é a fonte ou situação que apresenta
uma capacidade potencial de causar danos à saúde e à integridade física do homem, danos
à propriedade, ao meio ambiente ou uma combinação destes efeitos como, por exemplo:
vazamentos, princípio de incêndio, explosão, entre outros.
10.2 – RISCO
Também chamamos de fator de risco a qualquer elemento que possa contribuir para
produzi-lo, como comportamento, falha, estado físico de instalação, agressividade de
agente agressivo e etc.
O risco pode ser expresso como sendo a razão entre o potencial de perigo oferecido pelos
agentes presentes na atividade e a prevenção aplicada, dando a expressão:
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Perigo existente
R = -----------------------------
Prevenção aplicada
No conjunto das falhas, a falha humana tem destaque especial. A quase totalidade das falhas
pode ser atribuída, de uma forma ou de outra, a fatores humanos. Podemos classificá-las
em: falhas técnicas, descuido e falhas conscientes.
I - Falha técnica: quando cometida por falta de meios adequados para exercer a função.
A falha técnica pode ser randômica ou sistemática.
Ex: Um soldador efetua uma solda com vários defeitos. Os eletrodos não atendiam às
especificações. Recurso inadequado: material.
Ex: Um homem coloca creme de barbear na escova de dente. Ele já efetuou essa operação
corretamente centenas de vezes.
III - Falha consciente: quando provocada pela adoção de procedimentos alternativos que
envolvem maiores riscos que o procedimento-padrão. A pessoa conhece o procedimento
seguro e desvia-se dele por decisão consciente.
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Ex: Uma pessoa abre a garrafa golpeando a tampa contra a beirada da mesa, quebra a
garrafa e corta a mão. Ela não tinha encontrado o abridor.
10.3.3 - FALHA COMPOSTA
As fronteiras entre os 3 tipos de falhas não são perfeitamente definidas. Praticamente todas
são falhas compostas. A decomposição das falhas é importante para a tomada de ações
preventivas em função da contribuição relativa dos componentes. A falha final resulta da
composição descuido - técnico – consciente.
Fica a dica!
Uma correta identificação de perigos e riscos proporciona a aplicação de ações
direcionadas de forma adequada. Para a organização isto significa otimização de
recursos e aumento de nível de segurança.
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Recordando
Para identificar eventos perigosos identificam-se os agentes agressivos, fontes,
possibilidades de liberação, alvos e possibilidades de expansão.
As falhas são fatores de risco e na quase totalidade dos casos os acidentes ocorrem
devido a algum tipo de falha.
1 – Conceitue PERIGO.
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2 – Sendo o risco um dano ou perda esperada no tempo, como pode ser determinado?
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3 – Associe:
a) RISCO REAL
b) RISCO PERCEBIDO
c) RISCO BRUTO
d) RISCO LÍQUIDO
e) RISCO INDIVIDUAL
f) RISCO SOCIAL
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Capítulo 11 - Gestão de Riscos
11 - GESTÃO DE RISCOS
Dedicaremos este momento para delinearmos, com base no fluxo apresentado na figura
19, os tópicos de gerenciamento de riscos.
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Esta dificuldade faz com que, em algumas situações, se proceda a uma análise qualitativa
do risco.
Desta forma, temos dois tipos de avaliação da frequência e consequência dos eventos
indesejáveis: a qualitativa e a quantitativa, alertando-se apenas para o fato que ao proceder
à avaliação qualitativa estamos avaliando o perigo e não o risco.
a) Fatores de risco
b) Avaliação de frequências
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ÍNDICE FREQUÊNCIA
0 Quando o contato é muito limitado ou casual – considerado exposição de
até 02 horas por dia.
1 Quando o contato é limitado e pouco frequente - considerado exposição
por tempo > 02 horas e < 4 horas por dia.
2 Quando o contato ocorre com relativa frequência - considerado exposição
por tempo > 4 horas e < 6 horas por dia.
3 Quando o contato é elevado e frequente - considerado tempo de exposição
> 06 horas por dia.
Tabela 1 – Categorização de Frequência de acidentes.
(Fonte: Adaptado de Cardella [2010])
A análise das consequências tem por objetivo avaliar o campo de ação do agente agressivo,
calculando a capacidade agressiva em cada ponto. Ao evento danoso está associada
uma consequência, o dano ou perda esperada. A gravidade das consequências depende
da capacidade agressiva do agente, nocividade do agente inoculado, vulnerabilidade,
susceptibilidade e capacidade de assimilação do alvo e tempo de exposição. A tabela
abaixo apresenta uma classificação qualitativa simplificada das consequências dos eventos
danosos.
ÍNDICE DESCRIÇÃO
0 Efeito muito limitado.
1 Efeito moderado e reversível.
2 Efeito médio ou elevado e irreversível.
3 Efeito grave e irreversível (carcinogênico, teratogênico - risco
incapacitante).
Tabela 1 – Categorização de frequência de acidentes.
(Fonte: Adaptado de Cardella [2010])
A avaliação qualitativa dos riscos pode ser feita combinando as tabelas 1 e 2, produzindo
a tabela 3 abaixo. Entrando com a somatória dos índices de frequência e consequência,
podem ser estabelecidas as prioridades para adoção das medidas de controle.
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a) Controle no agente
b) Controle no alvo
1. Reduzir a susceptibilidade por seleção (pessoas de pele clara não devem trabalhar em
salinas).
2. Reduzir a vulnerabilidade por seleção, projeto ou construção (casas de controle
resistentes à explosão).
3. Aumentar a capacidade dos sistemas de defesa dos alvos.
Fica a dica!
A gestão de riscos é o papel mais importante dentro da organização em se tratando
de atuação proativa. Uma adequada gestão trabalha com indicadores preventivos e
realiza ações de âmbito geral a fim de melhorar cada vez mais os processos visando,
além da redução de acidentes, o aumento da produtividade da organização.
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Recordando
A Gestão de Riscos pode ser definida também como a ciência, a arte e a função que
visa à proteção dos recursos humanos, materiais e financeiros de uma empresa, no
que se refere à eliminação, redução ou ainda financiamento dos riscos, caso seja
economicamente viável.
2 - Assinale corretamente:
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Capítulo 12 - Programas de Segurança: Tradicional X Moderno
12.1 - INTRODUÇÃO
Como conclusões e resultados dos enfoques abordados podem-se citar vários pontos:
d) Tornou-se necessária uma visão mais técnica para complementar os estudos de Bird e
Fletcher, pois os problemas relacionados com o processo produtivo, a manutenção e o projeto
tinham, até então, soluções específicas muito no plano filosófico. Conforme preconizado
por Hammer, a visão técnica aliada à doutrina administrativa permite o conhecimento
dos riscos de uma atividade através de custos mais baixos. Embora se possa pensar que
estes programas esqueçam o homem e fixa-se nos resultados econômico-financeiros, a
experiência tem mostrado que estes programas são eficazes tanto para redução de perdas
materiais quanto pessoais. Quando corretamente aplicados, estes programas poderão
melhorar a segurança de forma direta, como também na aplicação dos recursos financeiros
advindos da redução das perdas dos acidentes.
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Princípios de Tecnologia Industrial
Para melhor avaliar o desempenho da aplicação dos programas de segurança, devem ser
utilizados indicadores REATIVOS e PROATIVOS. Os indicadores reativos visam avaliar
a eficácia com foco no resultado: taxas de frequência, nº de doenças ocupacionais,
entre outros. Os indicadores proativos avaliam a eficiência com foco nos insumos
e recursos disponíveis: horas de treinamento em SST, nº de exames periódicos,
quantidade de campanhas, nº de registros de quase acidentes, entre outros.
Esta visão moderna provoca também a necessidade das organizações adotarem modelos
de Sistemas de Gestão eficazes e eficientes para modificar a cultura organizacional de
forma gradativa .
No que se refere aos elementos para um programa de segurança, não devemos esquecer
que uma empresa de pequeno porte, embora com grandes riscos, o de implementar o
mesmo programa de segurança de uma empresa grande.
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segurança.
2. Parcial - quando é feita em alguns setores da empresa, certos tipos de trabalhos, certos
equipamentos ou certas máquinas.
3. De rotina - traduz-se pela preocupação constante de todos os trabalhadores, do pessoal
de manutenção, dos membros da CIPA e dos setores de segurança.
4. Periódica - efetuada em intervalos regulares, programada previamente e que visa
apontar riscos previstos, como os desgastes, fadigas, superesforço e exposição a certas
agressividades do ambiente a que são submetidas máquinas, ferramentas, instalações e
etc.
5. Eventual - realizada sem dia ou período estabelecido e com o envolvimento do pessoal
técnico da área.
6. Oficial - efetuadas pelos órgãos governamentais do trabalho ou securitários. Para este
caso, é muito importante que os serviços de segurança mantenham controle de tudo o que
ocorre e do andamento de tudo o que estiver pendente relativamente à segurança e que
estejam em condições de atender e informar devidamente à fiscalização.
7. Especial - é a que requer conhecimentos e ou aparelhos especializados. Inclui-se aqui
a inspeção de cadeiras, elevadores, medição de nível de ruídos, de iluminação e etc.
Uma inspeção de segurança, para que seja corretamente realizada, deve ser desenvolvida
em cinco fases:
Fica a dica!
Existem outros programas que podem ser implantados em uma organização. Pesquise
e relacione programas de sucesso na redução de acidentes no Brasil.
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Recordando
Os indicadores reativos visam avaliar a eficácia com foco no resultado: taxas de
frequência, nº de doenças ocupacionais, entre outros.
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Respostas dos exercícios
CAPÍTULO 1
1-F/V/V/F
2 – Porque foi gerado um problema social oriundo do avanço obtido no período da revolu-
ção industrial, determinado pela visão capitalista de possibilidades econômicas e de altos
níveis de produção em detrimento de melhorias do ambiente de trabalho e com precárias
condições de trabalho, aumentando o número de trabalhadores mortos e mutilados.
3 – RESPOSTA PESSOAL.
CAPÍTULO 2
1-
AUTORIDADE
Teoria Tradicional Nova concepção de Barnard
Autoridade é função do cargo. Autoridade é função da anuência do cargo.
CAPÍTULO 3
• Processos contínuos.
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• Serviços profissionais.
• Lojas de serviços.
• Serviços de massa.
CAPÍTULO 4
1 - RESPOSTA PESSOAL.
CAPÍTULO 5
1 – É todo e qualquer processo que tenha impacto direto ou indireto na organização, seja
ele real ou potencial, frequente ou sazonal a qualquer parte interessada.
CAPÍTULO 6
1 - d) Todas as respostas.
CAPÍTULO 7
CAPÍTULO 8
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e ações corretivas e preventivas, porém, devido à influência de uma cultura reativa, sem
sistemática para encontrar os pontos de vulnerabilidade, existe repetição de eventos.
No modelo Reativo alto há a convivência com acidentes ocasionais, onde o nível de atenção
cai gradativamente após a ocorrência de um acidente. A organização dispensa energia para
resolver acidentes pontuais.
No modelo proativo o nível de atenção aumenta sempre após cada ocorrência de aciden-
tes, demonstrando preocupação com as ações preventivas.
2 – Correlaciona-se com o ângulo 0°, ou seja, uma cultura que valoriza as ações perma-
nentes de segurança e mantém nível alto de atenção sistematicamente.
CAPÍTULO 9
D (Do): Execução. Execução das atividades planejadas e coleta de dados para verificação
do processo.
A (Action): Atuação. Neste passo desenvolvem-se ações corretivas para eliminar, de for-
ma definitiva, desvios e anomalias encontradas no processo.
CAPÍTULO 10
3–c/d/e/f/b/a
CAPÍTULO 11
2 - IV / II / III / I / III / II
CAPÍTULO 12
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e) Sistema de registro de acidentes: tem por finalidade criar interesse geral na preven-
ção de acidentes, determinar as principais fontes de acidentes e ajudar na verificação da
eficiência dos programas de segurança através das estatísticas.
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Referências
CURY, Antonio. Organização e Métodos: Uma Visão Holística. 8ª edição revista e ampliada,
São Paulo: Atlas, 2006.
EMERY, F.E.; TRIST, E.L. The Causal Texture of Organizational Environments. Human Rela-
tions. V. 18, n. 1, p. 21-32, 1965.
RIBEIRO NETO, João Batista M. Sistemas de Gestão Integrados: Qualidade, Meio Ambien-
te, Responsabilidade Social, Segurança e Saúde no Trabalho. São Paulo: Editora SENAC,
2008.
SLACK, Nigel et. al. Administração da Produção. São Paulo: Atlas, 1997.
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TUBINO, Dalvio Ferrari. Manual de Planejamento e Controle da Produção. São Paulo: Atlas,
1997.
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Referências de Figuras
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