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INSTITUTO DE ECONOMIA
CAMPINAS
OUTUBRO DE 2004
ÍNDICE:
1 . RESUMO ----------------------------------------------------------------------------------------- 1
5. CONCLUSÕES E PERSPECTIVAS----------------------------------------------------------------- 22
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1. RESUMO:
física dos países do Mercosul. Estas, por sua vez, serão entendidas sob novo
destes países.
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2. INTRODUÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DO PROBLEMA:
uma breve descrição do avanço da indústria do gás na década 90, das novas
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monopólios nacionais nos respectivos setores de energia, consubstanciou a
economias de escala nos diversos elos da cadeia (Almeida & Machado, 2001;
Cano, 1999).
uma das faces do processo de estatização das dívidas (Lessa, 2001; Cepal, 2003;
i
A nomenclatura "Mercosul Ampliado" refere-se aos países membros do Mercosul (Brasil, Argentina,
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tiveram em suas estatais uma fonte de receita para o Estado e não de déficit. A
em mais de 200% entre 1980 e 1985, a despeito da queda vertiginosa das receitas
Fonte: IEA
OBS: Excluindo comércio de eletricidade
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liberalização. Na verdade, o tema "Reforma do Estado" e as políticas de
o precoce caso chileno pode ser identificado nos anos 80 e foi tomado como
exemplo a ser seguido (Cano, 1999; Bandeira, 2002; ICEG, 1991; IAD, 1992).
culpadas pelo déficit fiscal. Na verdade, pode ser argumentado que todo esforço
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todas reajustadas previamente aos processos de desestatização (Cano, 1999;
Furtado 2003).
(ICEG, 1991; Cano, 1999). Por fim, o efeito da desnacionalização seria benéfico
Lutz, 2001; Coutinho & Ferraz, 1994). Alguns autores, como Levi-Faur (2003),
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novos agentes marcou a construção de agências pouco efetivas na mediação
países da região, até meados da década de 90. Como relatam estudos sobre as
estrangeiroii.
ii
Em mercados pequenos como os dos países da América Central as questões de escala ótima não indicavam
possibilidades de introdução de concorrência. Ademais, alguns destes países já possuíam empresas privadas,
muitas delas com capital estrangeiro (CEPAL/OLADE/GTZ, 2003).
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países como Uruguai, Paraguaiiii e México mantiveram suas empresas estatais e
estatal único.
downstream. Por fim, países como Venezuela e Chile abriram espaços para
um controle estatal sobre a atividade, bem como o seu poder para direcionar mais
iii
Cabe observar que o Paraguai é exportador líquido de energia elétrica dados seus projetos hidrelétricos com
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rapidamente políticas de desenvolvimento das cadeias produtivas associadas à
Meeting, 1998; Campondónico, 2000; Sodupe & Benito, 2001; Lutz, 2001). Na
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Europa, de onde naturalmente surgem os exemplos para integração econômica,
região.
iv
Na Indústria do petróleo.
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importantes para seu desempenhov, o potencial econômico da atuação em bloco,
ressaltar que estes projetos não constituem uma rede integrada e compõem,
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Além das estatais, cabe citar a presença importate da Repsol, cuja estratégia para a América Latina e volume
de ativos na região assumem papel importante em sua estratégia global.
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Denominação utilizada por Almeida & Machado (2001)
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Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai, Chile e Bolívia.
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cheque algumas proposições até então imaginadas pelos fóruns de discussão e
iniciativas não surtiram efeitos significativos, como pode ser exemplificado pelo
Sul: Brasil e Argentina. De fato, como ressaltam Almeida & Machado (2001), o
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substituiu outros fornecedores, especialmente do Oriente Médio, pela Argentina.
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estudos e projetos para os diversos eixos de integração regional na América do
natural (GN), podemos enumerar algumas propostas básicas (Bajay, Nebra &
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impulsionaram a utilização do GN nas últimas décadas. Entretanto, a evolução da
Repsol, Shell, Enron, El Paso, British Gas, BP Amoco, ExxonMobil, além das
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principais agentes do setor, viabilizou um significativo crescimento do consumo
O Brasil, por sua vez, foi apontado como grande motor da integração em
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geração – previsões pré-apagão – e as características dos investimentos em ciclo
setor elétrico. Ademais, o Brasil foi apontado como potencial demandante de mais
eventos recentes.
todas à gás, ampliado durante a crise para suprir a insuficiência de oferta, frustrou-
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Como comparação, podemos citar os valores de R/P de outras regiões: América do Norte – 10 anos;
Europa 16 anos; Rússia (maiores reservas do mundo) – 83 anos; África – 90 anos; não há dados disponíveis
para reservas do Oriente Médio;
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Cabe lembrar que o Brasil, o Paraguai e o Uruguai são os países da região com baixíssima participação do
GN em suas matrizes energéticas.
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O segundo evento, em ordem cronológica, foi a descoberta de volume
dos maiores mercados consumidores do país. Esses novos recursos, que triplicam
apontar para uma matriz hidrotérmica, tem como premissa a modicidade tarifária e
indústria de gás, que não conta mais com capital estatal. Para evitar o acirramento
energética no Mercosul deverá ser revisto. O objetivo deste trabalho é mostrar que
esta integração deverá ocorrer sobre outras bases. Nesse sentido uma nova
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Gás Natural Liquefeito.
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investimentos, capazes de fortalecer o bloco em seu aspecto político, fortalecer a
regional serão essenciais para uma nova política para integração no Mercosul
Ampliado.
uso termelétrico.
Isso não significa negar o papel das empresas estrangeiras, nem dos avanços em
xi
Os custos da geração térmica são, no mínimo, 50% superiores aos custos de uma hidrelétrica.
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avanço da indústria e da produção tecnológica em gás natural no Mercosul
bloco.
Mercosul Ampliado.
xii
São chamados usos nobres do GN aqueles associados à maiores eficiência energética, como uso para
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apontam para a necessidade de novos rumos para a integração energética
regional.
desta trajetória, os países da América Latina realizaram, muitas vezes por força da
econômico. O gás natural, elencado por Furtado como uma das alternativas
(Santos, 2002).
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Partindo do princípio da existência de volumes consideráveis de reservas de GN
nacionais.
Esta, por sua vez, é entendida como alternativa às crises energéticas e como novo
5.CONCLUSÕES E PERSPECTIVAS:
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suprimento, preços e qualidade da oferta, a possibilidade de otimização das
regulação no bloco é condição essencial para este processo. Esse novo ambiente
de tudo, deverá criar condições para as empresas com forte atuação na região,
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macroeconômicos em eficiência energética e benefícios ambientais pela
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6. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA:
BAJAY, Sergio V., NEBRA, Silvia A. & GONZÁLEZ P., Raúl. “Indústria de gás
2004.
Janeiro, 2002.
de 2003.
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CANO, Wilson. “Soberania e Política Econômica na América Latina”. Editora
Unesp, 1999.
Zero/FINEP, 1985.
CEPAL (2001). “Foreign Investment in Latin America and the Caribbean” Santiago
de Chile.
1998
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GUITIERREZ, Maria B. S. “Desenvolvimento Sustentável no Mercosul: Proposta
LESSA, Carlos (org.) “O Brasil à Luz do Apagão” Editora Palavra e Imagem, 2001.
eléctrica en países del América del Sur”; Serie Recursos Naturais e Infra-
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MERCOSUR/CMC. “DEC no10/99. Memorandum de entendimiento relativo a los
SANTOS, Edmilson M. (org.) “Gás Natural: Estratégias para uma energia nova no
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