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3 DICAS INFALÍVEIS PARA

SAIR DA ZONA DE
CONFORTO
Thaís Santos • 7 de dezembro de 2015

O nosso cérebro opera num sistema de piloto automático pré­
configurado para facilitar o nosso dia a dia, mas que pode nos
atrapalhar quando precisamos dar um rumo diferente para a nossa
vida.

É por isso que toda mudança, por menor que seja, pode ser tão
difícil e ao mesmo tão dolorosa, mesmo que seja para o nosso
próprio bem.

Sair da zona de conforto significa remar contra a maré, dos
outros e, principalmente, de nós mesmos. É como tentar
emagrecer ou parar de fumar. Uma batalha diária para abandonar
um vício, portanto, esteja preparado.

Reconheça cada vitória, por menor que seja, e não desista se
acabar regredindo em algum momento. É normal se atrapalhar no
meio do caminho, o importante é manter­se firme no próposito de
melhorar a cada dia.

Então mãos à obra:

1. Comece a usar o diálogo interno a
seu favor
Estima­se que falamos mentalmente em média 1.300 palavras a
nós mesmos por minuto! É muita coisa, principalmente se
comparado à quantidade de palavras usadas em diálogos
externos  – quando nos comunicamos com os outros – que é uma
média de 150 a 200 palavras por minuto.

Palavras têm poder. Se você acha que não, experimente xingar
alguém para ver o resultado. É óbvio que as palavras carregam
mais do que informação. Elas podem ser fontes de amor ou ódio,
harmonia ou discórdia, gratidão ou ressentimento, porém é mais
fácil reconhecer o impacto das palavras quando nos
comunicamos com os outros do que quando nos comunicamos
com nós mesmos.

O nosso diálogo interno, contudo, tem um papel muito mais
importante na nossa vida do que imaginamos e o primeiro passo
para sair da zona de conforto é renovar o próprio repertório e
substituir os diálogos destrutivos por outros construtivos.

Não há problema nenhum em reconhecer os próprios erros, mas
ao invés de se punir por tê­los cometido, precisamos aprender a
nos perdoar com mais frequência, virar a página e preparar­se
para fazer o melhor na próxima oportunidade.

A minha sugestão, portanto, é que você preste mais atenção a
esse diálogo interno que acontece na sua mente e comece a fazer
pequenas modificações nele para adaptar a sua conversa interna
aos seus objetivos, talentos e qualidades ao invés de focar nos
aspectos negativos da sua vida e personalidade.

Para sair da zona de conforto, você precisa gerar força e
motivação de dentro para fora e não de fora para dentro e é aí que
entra o trabalho do nosso diálogo interno que tem o poder de nos
colocar para cima ou de nos sabotar para que continuemos
boiando na água parada e suja da nossa zona de conforto.
2. Ressignifique, de uma vez por
todas, o seu passado
A nossa memória pode ser o nosso pior veneno ou o nosso maior
remédio. Imagine um porão enorme, abandonado, escuro, cheio
de pó e mofo. Essa é a nossa memória inconsciente, responsável
por aproximadamente 85% das nossas atitudes e emoções,
segundo estudos científicos.

Isso quer dizer que apenas 15% das nossas ações são tomadas de
modo consciente, ou seja, sem a influência do nosso inconsciente
ou piloto automático, como eu gosto de chamar. Sei que parece
assustador, mas também é a explicação, segundo a Psicologia,
para muitos dos nossos problemas interpessoais e
comportamentais.

Como é o caso da armadilha da zona de conforto, onde
geralmente nos refugiamos em algo que já conhecemos, ainda
que nos faça mal, para não termos que encarar os desafios de uma
mudança.

A boa notícia é que a zona de conforto é uma armadilha criada
por nós mesmos para, basicamente, nos proteger do
desconhecido. Por isso, quando pensamos em mudar o rumo das
coisas, o porão da nossa memória inconsciente começa a emitir
sinais de perigo, enviando à mente consciente informações e
sentimentos de experiências passadas que nos causam medo,
confusão e dor.

No entanto, quando nos esforçamos para sair do círculo vicioso
da nossa zona de conforto e paramos, por um momento, para
pensar na nossa situação presente, podemos certamente verificar
que NADA daquilo que a memória insconsciente está nos
mostrando é real ou palpável, mas são apenas suposições do
que poderia acontecer, baseado em experiências passadas, isto é,
do que passou, acabou, não existe mais!

A minha dica, portanto, é para que você comece a usar a lógica
para combater o medo, confusão e dor que as suposições da sua
mente lhe trouxer na tentativa de te manter na sua zona de
conforto. Contra argumente consigo mesmo, escreve num papel
os seus objetivos e como fará para atingi­los, comece a acreditar
em si mesmo, confie no futuro, seja otimista e, acredite, você
pode fazer diferente e melhor.

Mas para que a sua mudança seja constante e sustentável, você
precisa fazer algumas visitas periódicas ao porão do inconsciente,
abrir algumas janelas para a luz entrar e, de preferência, tirar o pó
de algumas mesas. Em outras palavras, você tem que revisitar
algumas experiências passadas que te magoaram, te assustaram,
te diminuíram ou te fizeram acreditar em algo que você não quer
acreditar mais.

E quando você estiver lá embaixo (no porão do inconsciente),
lembre­se de ressignificar essas experiências negativas, de forma
a acolhê­las como parte da sua história, mas sem se apegar a elas.
Deixe­as ir com as águas do passado.

Talvez você não consiga ter acesso a tudo o que o seu
inconsciente guarda, talvez ninguém tenha conseguido ainda,
pois é um território muito pouco explorado, mas para tudo o que
você conseguir lembrar e revisitar, lembre­se de exercitar o
perdão a si mesmo e aos outros em cada situação que ainda te faz
sofrer.

Esse é um método super eficiente e altamente testado, conhecido
como Hoponopono, e você pode praticá­lo repetindo várias
vezes, diariamente e em voz alta as frases “eu te perdoo”, “eu te
amo” e “obrigada” ao pensar em alguém ou algo que tenha te
magoado para conseguir se libertar de ressentimentos e gerar
mais amor, gratidão e leveza para a sua vida.

A sugestão é que, com menos ressentimentos, você fique mais
leve e motivado para fazer as mudanças necessárias na sua vida e
pare de ser controlado pelo seu piloto automático.

3. Renove o seu repertório de
experiências
Para sair da zona de conforto você precisa de novidade. Precisa
colocar o seu corpo e mente para experimentar coisas novas,
conhecimento novo. Você precisa ir em busca de novas soluções
para problemas antigos e, para isso acontecer, você precisa
começar a pensar fora da caixinha de sempre.

Quanto mais estímulos novos, melhor será para o seu cérebro,
para que ele comece a perceber as infinidades de outras conexões
neurais possíveis, além daquelas que ele já está acostumado na
sua zona de conforto.

Sintonize o rádio numa outra estação, preste atenção no que esse
locutor estranho está falando, pode ser um assunto
interessantíssimo que você nunca tinha ouvido falar antes e pode
acabar agregando algo à sua vida (isso aconteceu comigo várias
vezes). Ouça uma música nova no youtube (eu já me apaixonei
várias vezes por artistas desconhecidos no youtube).

Se você está acostumado a assistir todos os dias a mesma coisa
na TV, que tal assistir algo novo no Netflix, um documentário,
uma série ou até mesmo um clássico. Você pode acabar o dia,
surpreendentemente, inspirado.

Se você tem o costume de ler notícias o dia inteiro ou ficar horas
no facebook rolando a página de feeds sem parar, que tal usar um
pouco desse tempo online para ler ou aprender algo novo que
você sempre teve vontade, mas nunca teve tempo ou motivação
para começar. Tem muita coisa boa disponível gratuitamente por
aí. Eu, por exemplo, descobri recentemente uma nova paixão por
Física Quântica, Yoga e Meditação e, sempre que posso, leio ou
assisto algum vídeo a respeito, pois isso me alimenta, me tira da
rotina, me coloca para pensar fora da caixa e isso tem feito toda a
diferença no meu caminho fora da zona de conforto.

Espero de coração que possa fazer a diferença para você também,
afinal, como dizia Albert Einstein “Insanidade é continuar
fazendo sempre a mesma coisa e esperar resultados diferentes”.

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