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Sumário

Datação Relativa / Datação Absoluta.

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Diversidade de Rochas

As rochas,
arquivos
históricos
da Terra.
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Datação relativa

• Até se conseguir quantificar a idade das


rochas no séc. XX, a cronologia geológica
(ou geocronologia) era relativa.

• Neste tipo de datação as noções de


anterioridade e de posterioridade são
fundamentais.

• Assim, é um tipo de datação que só


permite afirmar, por ex., que:
“esta rocha é mais antiga do que aquela.”

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Datação relativa

• O interesse pela geocronologia levou à


elaboração de princípios simples que
continuam a ser utilizados pelos
geólogos.

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Princípio da sobreposição

•Nesta
Nicolaus Stenonde
sequência (séc. XVII) embora
estratos,
estabeleceu o princípio da
sobreposição.
ligeiramente deformados – não estão
•rigorosamente
Numa sucessãohorizontais -, anão
de estratos idade vai
deformados, um estrato é mais antigo
aumentando, doque
do que aquele topoo para
cobreaebase
mais–
recente
praia do que
da Foz aqueleSesimbra.
da Fonte, que lhe serve de
base.

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Datação relativa

• Princípio da Identidade Paleontológica:

• Estratos que contenham o mesmo conjunto de fósseis têm a


mesma idade.

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Datação relativa

•• Figura A- Estes
(A) -Estes filõesfilões (injeções
(injeções de
de magma em
magma
fraturas)em fraturas)
cruzados cruzados a rocha
intersetam
intersetam a rocha calcária,
calcária, acinzentada – praiaacinzentada,
do Abano,
sendo-lhe
Cascais. posteriores – praia do Abano,
Cascais.
A B

•• (B)
Figura B- Num conglomerado,
– Conglomerado – serra deos
Gaiteiros,
sedimentos são mais antigos do que a
Palmela.
rocha onde estão incluídos – serra de
Gaiteiros, Palmela.
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Datação relativa

• Princípio da interseção (A) - Qualquer


elemento geológico é posterior aos
elementos que interseta e anterior
àqueles que não afeta.

A B

• Princípio da inclusão (B) – Qualquer


rocha que contenha elementos de outra
(preexistente) é posterior a ela.
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Arquivos históricos da Terra

• Fósseis à vestígios de seres vivos ou


da sua atividade que, num dado
momento da História da Terra,
viveram no nosso Planeta e que se
encontram preservados nos estratos
das Rochas Sedimentares.

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Fósseis

• Se um determinado grupo de seres vivos


existiu durante um certo intervalo de
tempo, os respetivos fósseis só podem
ser encontrados nas rochas formadas no
mesmo intervalo de tempo.

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Datação relativa

Fossilização à conjunto de processos que leva à


preservação de restos ou vestígios de organismos
nas rochas.
• É necessário que, após a morte, o
organismo seja rapidamente incluído
num material protector que o
preserve dos agentes decompositores.

• As partes duras nos organismos e a


inclusão em sedimentos finos à
favorecem a fossilização.

• Nota: As rochas têm a mesma idade


dos fósseis que contêm.
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Arquivos históricos da Terra

Mumificação
• Os organismos ou partes
deles são preservados
sem alteração ou com
pequenas modificações.
• Este processo acontece
quando o organismo é
totalmente envolvido num
meio asséptico, como por
exemplo, a resina fóssil
ou âmbar, e o gelo.

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Arquivos históricos da Terra
Mineralização
• Os constituintes de partes duras,
como ossos, conchas, etc, são
substituídos por minerais
transportados em solução nas
águas subterrâneas e que
precipitam.
• Mesmo troncos de árvores
aparecem, por vezes,
completamente silicificados
(constituídos por sílica).
• Os tecidos vegetais foram
substituídos, partícula a partícula,
por sílica, de tal modo que a
estrutura do órgão é perfeitamente
mantida.

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Arquivos históricos da Terra

Moldagem
• O organismo ou parte dele imprime um
molde em sedimentos finos que o
envolvem ou preenchem.
• O organismo pode, posteriormente, ser
destruído, mas o molde persiste.
• No caso de algumas peças ocas, como
conchas, pode formar-se um molde
interno e um molde externo.
• Certos órgãos achatados, como folhas
de plantas, asas de insectos, podem
fossilizar por um tipo especial de
moldagem designado por impressão.

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Arquivos históricos da Terra
Marcas fósseis - Icnofósseis
• Constituem evidências da
existência do ser vivo que deixou
essa marca:
•Pegadas
•Marcas de reptação
•Fezes fossilizadas
•Etc.

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Arquivos históricos da Terra

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DATAÇÃO ABSOLUTA

• Permite datar as rochas/minerais com


valores numéricos.

• Ex: “Esta rocha tem 280 M.a.”

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Datação absoluta

• A técnica mais rigorosa para fazer


datação absoluta é a datação
radiométrica.

• Consiste na determinação da idade de


certas rochas e minerais, baseada nas
propriedades radioactivas de certos
elementos químicos.

• A datação radiométrica só foi possível


com a descoberta da radioactividade, em
1896, pelo físico francês Henri Becquerel.

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Datação radiométrica

• Requer tecnologias e trabalhos de


laboratório complexos.

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Etapas principais da datação
radiométrica

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Datação radiométrica de uma
rocha magmática
Amostra de rocha (Granito)

Pulverização

Minerais seleccionados (Biotite, por ex.)

Inclusão contendo isótopos Pb-207 e U-235


num cristal de biotite
Laboratório de
preparação
química
Laboratório de
espectrometria
de massas
Idade
Espectrometria Radiométrica

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Cálculos
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Radioatividade

• Os isótopos com propriedades radioactivas tendem a


transformar-se, com o tempo, noutros isótopos,
independentemente das condições do ambiente, como
a temperatura e a pressão.
• O mesmo acontece nas rochas que contêm os referidos
isótopos radioactivos.

• Assim, num dado intervalo de tempo, a quantidade de


“isótopo-pai” que desaparece é igual à quantidade de
“isótopo-filho” que se forma no lugar daquele.
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• Essa transformação decorre num intervalo de tempo
que é característico para cada par de isótopos,
permitindo determinar a idade de uma rocha a partir
da quantidade relativa de 2 isótopos que nela estão
presentes.

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Datação radiométrica

• O tempo necessário para que se dê a desintegração de


metade do n.º de átomos iniciais de uma amostra,
originando átomos estáveis, designa-se por período de
semitransformação, semivida ou meia vida do
elemento (T1/2).

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RADIOATIVIDADE

A desintegração ou decaimento radioactivo, ou seja a


radioactividade, é a propriedade que possuem os nuclídios
radioactivos de se desintegrarem periodicamente emitindo
partículas e/ou radiações.

Não se pode prever o instante em que um determinado átomo


de um elemento radioactivo sofrerá desintegração, mas está
comprovado que dado um elevado número de átomos, haverá
sempre uma determinada fracção que se desintegra por
unidade de tempo. Chama-se meia-vida (t1/2) o tempo
necessário para que ocorra a desintegração de metade dos
átomos radioactivos contidos num mineral.

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Datação radiométrica

Na datação radiométrica utilizam-se minerais


isolados de uma rocha ou uma porção de rocha.
Neste segundo caso, fala-se em análise de rocha
total. Quando se procede à datação, pressupõe-se
que o mineral ou rocha analisados correspondam a
sistemas fechados, isto é, que não tenham sofrido
alterações químicas tanto do elemento radioactivo
como do que resulta do decaimento.

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