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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

ESCOLA DE ENFERMAGEM

Av. Dr. Enéas de Carvalho Aguiar, 419 - CEP 05403-000

Departamento ENC - Tel.: 11 3061-7544 - Fax: 11 3061-7546 – enc@usp.br


São Paulo - SP - Brasil

ENC0229 - ENFERMAGEM EM CENTRO DE MATERIAL

ROTEIRO PARA VISITA EM CENTRO DE MATERIAL E ESTERILIZAÇÃO (CME)-


HOSPITALAR

Objetivos:

• Inserir o aluno em CME, unidade responsável pelo processamento de produtos


para saúde;
• Reconhecer a classificação do CME e as particularidades que o caracterizam
como Classe 2;
• Vivenciar a dinâmica de trabalho em CME relacionadas às áreas de: material
sujo, limpo e esterilizado.

Itens a serem reconhecidos:

• Área de limpeza: acompanhar o processo, realizar observações, ações possíveis


e relevantes.
 Observar o fluxo de chegada dos materiais a serem processados pelas unidades
consumidoras e aqueles encaminhados por empresas consignadoras de
materiais.
 Observar/realizar pré-limpeza, limpeza manual/automatizada, enxágüe e
secagem.
 Identificar insumos (tipos de detergentes) e artefatos (tipos de escovas)
utilizados para limpeza.
 Analisar o tipo de água utilizado para o enxágüe (potável e purificada).
 Analisar os EPI´s utilizados pelos recursos humanos.
 Identificar recursos tecnológicos disponibilizados para limpeza (jato de água
sob pressão e ultrassom) e critérios para utilização de cada equipamento.
 Identificar o monitoramento da limpeza adotada pela CME; frequência da sua
realização e formas de arquivamento.
 Acessar manuais de Protocolos Operacionais Padrão (POP) para as atividades
do setor.
 Descrever a rotina de tratamento de materiais consignados e de propriedade
dos cirurgiões.

• Área de inspeção e preparo: Identificar recursos humanos (RH), ergonomia,


estrutura física, mobiliário, e as atividades realizadas no setor: métodos de
inspeção da limpeza e da funcionalidade dos produtos para saúde (com ou sem
luvas), métodos para secagem, tipos de embalagens utilizados de acordo com o
tipo de produto, etiqueta para identificação e rastreabilidade dos produtos
processados, indicadores químicos utilizados (IQ).

• Área de esterilização: tipos e número de equipamento esterilizador com


respectivo parâmetro adotado, qualificação dos esterilizadores (de instalação,
de operação e de desempenho), carregamento e descarregamento dos
produtos, EPI’s, sistema de transporte até a sala de guarda dos materiais.
Dependência de empresas terceirizadas de esterilização.

• Área de desinfecção: tipos e número de equipamento termodesinfetador com


respectivo parâmetro adotado, qualificação das máquinas, carregamento e
descarregamento dos produtos, formas de acondicionamento, EPI’s, sistema de
transporte até a sala de guarda dos materiais. No caso de desinfecção química:
local próprio atendendo a RDC ANVISA 15/2012, princípio ativo, controle do
reuso da solução e parâmetros adotados para tempo, concentração, enxágue e
acondicionamento.

• Área de guarda e distribuição: estrutura física, formas de acondicionamento e


distribuição dos produtos esterilizados.

• Informações gerais:
 Método de rastreabilidade do material processado.
 Sistemas de controle e distribuição dos materiais.
 Política do reuso de materiais de uso único.
 Definição do prazo de validade do produto em prateleira.
 Criação do comitê de processamento de produtos para saúde atendendo RDC
15.
 Controle de inventário.
 Recursos humanos: composição e atividades.
 Educação e inicial e permanente.
 Instrumentos administrativos: regimento, norma, rotina, programação de
atividades, POPs, escalas de serviço, relatórios, indicadores e comunicações.
ORIENTAÇÕES PARA O RELATÓRIO REFLEXIVO

1. O relatório deverá estar pautado, minimamente, nas duas referências


indicadas: RDC 15/2012 e capítulo 1 do livro Graziano KU, Silva A, Psaltikidis
EM. Enfermagem em Centro de Material e Esterilização. Barueri (SP): Manole,
2011 (Moodle). Recomenda-se a utilização de material adicional como,
legislações nacionais e SOBECC/Associação Brasileira de enfermeiros de centro
cirúrgico, recuperação anestésica e centro de material e esterilização. Práticas
recomendadas. 7ª ed. São Paulo: Manole; 2017.

2. Roteiro para elaboração:


O relatório fará a comparação entre as instituições visitadas, segundo os itens
destacados no roteiro, incluindo:
a. Identificação e caracterização da unidade considerando os itens a serem
reconhecidos, descritos anteriormente (conformidades e
inconformidades), pautados nas referências indicadas ou outras
bibliografias (incluir nas referências as bibliografias usadas na
construção do material)
b. Análise crítica da situação das CME visitadas e sugestões de melhoria
(preocupação com o meio ambiente, ergonomia, saúde ocupacional,
atendimento às normas propostas pela ANVISA, entre outros).
c. Análise do trabalho de enfermagem executado por categoria
profissional (Enfermeiro, auxiliar e técnico de enfermagem).

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