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Agentes físicos e

químicos
de controle
microbiano

Rodrigo Tavanelli Hernandes


1846: Ignaz Philipp Semmelweis – os médicos podem transportar a morte
JOSEPH LISTER 1867 – uso de fenol (ácido carbólico) em salas cirúrgicas

“On a new method of treating compound fracture and abcess”


“On the antiseptic principle in the practice of surgery”
O CONTROLE DO CRESCIMENTO MICROBIANO
PODE PREVENIR

Infecções Deterioração Contaminação de

de alimentos medicamentos,
cosméticos, água, meio
ambiente etc...
NÍVEL DE CONTROLE DO CRESCIMENTO
MICROBIANO POR AGENTES QUÍMICOS E FÍSICOS

Inibição do Eliminação Total

crescimento Morte

“Stático”: “Cida”:
bacteriostático, bactericida,
fungistático fungicida, algicida
Destruição ou remoção das formas de vida e vírus

TOTAL PARCIAL

Objeto ou Superfícies Tecidos


habitat. inanimadas vivos

Esterilização

Esterilizantes Desinfetantes Antissépticos


Susceptibilidade relativa de diferentes microrganismos
Ação dos agentes físicos e químicos de
Controle do Crescimento Microbiano

Alteração da
Permeabilidade da
Membrana Citoplasmática

Danos às Proteínas e
aos Ácidos Nucleícos
Métodos Físicos de

Controle Microbiano
Formas de Controle do Crescimento

1.Calor

2.Radiação

3.Filtração

Aplicação: dependente de vários fatores, como


por exemplo a natureza do material
Controle do crescimento pelo calor

Mecanismo de ação: desnaturação de proteínas.


Controle do crescimento pelo calor

Efeitos do calor – dependentes de tempo

Tempo necessário:
Inversamente proporcional à temperatura empregada
Diretamente proporcional ao tamanho da carga
microbiana no material
Dependente do tipo e formas de vida dos microrganismos
presentes
Controle do crescimento pelo calor

Calor Úmido Calor Seco

Fervura (100ºC/30min) Chama direta

Pasteurização Esterilização em ar

quente (Forno)
UHT (ultrahigh temperature

processing) Não é a melhor maneira de


utilização do calor:
 Autoclave (vapor sob pressão) o ar é pior condutor da
temperatura que a água.
Controle do crescimento pelo calor

Calor Seco Esterilização:


Incineração
Chama direta
Flambagem

Esterilização em ar

quente (Forno)
Controle do crescimento pelo calor

Calor Seco
Esterilização:
Chama direta 160°C/2 h ou 180°C/1 h
 vidrarias e outros
Esterilização em ar materiais.
quente (Forno)
Controle do crescimento pelo calor

Calor Úmido

Fervura (100ºC/30min) Desinfecção


doméstica
Pasteurização Eliminação de
esporos de C.
UHT (ultrahigh temperature botulinum:
Fervura - 5,5 h
processing)
(120°C - 4 a 5 min).
 Autoclave (vapor sob pressão)
Controle do crescimento pelo calor

Calor Úmido

Fervura (100ºC/30min) não é esterilização

Pasteurização (63°C/30 min, ou


72°C/15 seg)

UHT (ultrahigh temperature

processing)

 Autoclave (vapor sob pressão)


Controle do crescimento pelo calor

Calor Úmido

Fervura (100ºC/30min)

Pasteurização (63°C/30 min, ou


72°C/15 seg)

UHT (74ºC -140ºC – 74ºC em Denaturação de


proteínas
5 seg)

 Autoclave (vapor sob pressão)


Controle do crescimento pelo calor

Calor Úmido

Fervura (100ºC/30min)

Pasteurização (63°C/30 min, ou


72°C/15 seg)

UHT (74ºC -140ºC – 74ºC em


Esterilização:
5 seg)  121°C/15 min.
 meios de cultura,
 Autoclave (vapor sob pressão) vidrarias, etc.
Controle do crescimento pelo calor

AUTOCLAVAÇÃO
Esterilização por Radiação

Efeitos da radiação – dependentes de:

 Comprimento de onda
 Intensidade
 Distância da fonte
 Tempo
Controle do crescimento: RADIAÇÕES

RADIAÇÃO RADIAÇÃO
IONIZANTE NÃO-IONIZANTE

Radiação Gama e Raio X. Radiação Ultravioleta


ALTO poder de penetração BAIXO poder de penetração:
Ionização de átomos: perda não atravessa vidros, filmes
da elétrons. sujos e outro materiais.
Destruição do DNA formação de dímeros de
timina
RADIAÇÃO IONIZANTE – radiação Gama
RADIAÇÃO IONIZANTE – radiação Gama

esterilização de plásticos e alimentos


RADIAÇÃO NÃO-IONIZANTE: ultravioleta (UV)

Extremamente eficiente na eliminação de


microrganismos presentes em superfícies.
Esterilização por Filtração
Eficiência da filtração é dependente do:
 Diâmetro do poro
Controle do crescimento: FILTRAÇÃO

Membrana de
nitrocelulose
Controle do crescimento: FILTRAÇÃO

Passagem de um líquido ou gás através de um filtro com poros


pequenos o suficiente para reter os micróbios.

Soluções que não


podem ser
autoclavados:
Meios de cultura
medicamentos
Controle do crescimento: FILTRAÇÃO

AR: fluxos laminares contém filtros HEPA (High Efficiency


Particulate Air filters): removem 99,97% de partículas de 0,3 µm.
Métodos Químicos de

Controle Microbiano
DESINFETANTES OU ANTI- SÉPTICOS

“IDEAIS”

 Efeito rápido
 Amplo espectro antimicrobiano
 Ação prolongada
 Estabilidade química
 Inodoro ou odor agradável
 Incolor ou não produzir manchas

Ainda não existe um produto que satisfaça todas


estas exigências.
Alcoóis
ETÍLICO, METÍLICO, ISOPROPÍLICO,
PROPILENOGLICOL

ÁLCOOL ETÍLICO a 70 - 80%


Denaturação das proteínas
Dissolução dos lipídeos

Antissepsia e desinfecção
Bactericida para células
vegetativas
- eliminam bactérias e fungos, mas não esporos e vírus não envelopados.

- mecanismo de ação: denaturação de proteínas.

- desvantagem: evaporam muito rápido sem deixar resíduos.


Aldeídos

Formaldeído (3-8 %)
Glutaraldeído (2%)

Inativadores de proteínas

Desinfecção

Desvantagem: alta
toxicidade
Fenóis e Derivados

-fenol: pouco usado como anti-séptico ou desinfetante devido


irritação da pele e odor desagradável.

- compostos fenólicos: fenol com detergente ou sabão, que


reduz as qualidades irritativas com aumento da atividade
antibacteriana.
- mecanismo de ação: inativam enzimas e denaturam proteínas.

- mais usados:
DERIVADOS DO FENOL:CRESÓIS

CREOLINA
 Desinfecção

TIMOL
 Antissépticos
cresóis (desinfecção de superfícies)

O- fenilfenol
Bifenóis
- hexaclorofeno: bacteriostático eficiente contra
estreptococos e estafilococos
Propaganda anos 60
- pHisoHex (hexaclorofeno)

https://healthy.kaiserpermanente.org

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http://www.3dchem.com/molecules.asp?ID=191

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Triclosano

0,25% Triclosan: sabonete


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http://www.mnn.com/health

http://glynnesoaps.com/soap_blog
http://www.redicecreations.com/specialreports/2005
HALOGÊNIOS

IODO

- efeito letal contra todos os tipos de bactérias, muitos esporos, vários fungos
e vírus.

- mecanismo de ação: inibição protéica.

- pode ser encontrado como tintura (iodo em solução com álcool) ou como

iodóforo (iodo com compostos orgânicos, onde o iodo é liberado

lentamente).
CLORO

- largo uso como desinfetante.

- ação germicida ocorre somente na forma de ácido


hipocloroso (HOCl), que se forma quando o cloro é adicionada
à água.
- mecanismo de ação: não totalmente conhecido, mas sabe-se

que o HOCl é muito oxidante, impedindo o funcionamento do

sistema enzimático da bactéria.


Ácidos inorgânicos e orgânicos

ÁCIDOS INORGÂNICOS

ÁCIDO BÓRICO

 Desnatura proteína

 Alta toxicidade
ÁCIDOS ORGÂNICOS
Ácido sórbico,
Ácido acético,
Ácido lático,
Ácido benzóico e
Ácido propiônico

Desnaturação protéica

Conservantes de alimentos

Atividades bacteriostática e
fungistática
Agentes de superfícies

SABÕES E DETERGENTES
Quaternário de Amônia

Rompimento de membranas
citoplasmáticas
Cloreto de benzalcônio
Cloreto de cetilpiridínio
Cloreto de cetilpiridínio
Biguanidas
Biguanidas - Clorexidina

Rompimento de membranas
citoplasmáticas
bactericida
 atóxico, persistente.
assepsia (escovação cirúrgica)
Metais pesados

Mercúrio, Prata, Cobre e Zinco

Desnaturação de proteínas
Desinfetantes
Anti – sépticos
Desvantagens:
Baixo índice terapêutico
Intoxicação por absorção
Hg: grande espectro de ação, com efeito bacteriostático. Como
desvantagem é tóxico, corrosivo e ineficaz na presença de
matéria orgânica.

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www.nívea.com.br
Agentes Oxidantes

Peróxido de Hidrogênio
3%
Permanganato de
Potássio 1:5000

Desnaturação de
proteínas

Assepsia

Desvantagem
Baixa atividade residual
Esterilizantes

ÓXIDO DE ETILENO (EtO)


Desnaturação de proteínas

Esterilização
Desvantagens:
é explosivo
Alto grau de toxicidade
Plasma de Peróxido de Hidrogênio

Desnaturação de proteínas

Esterilização
Não gera subprodutos tóxicos

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