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Tanto o PNM quanto o PNAF integram as bases da assistência farmacêutica, sendo esta
caracterizada pelo conjunto de ações que promovem a proteção de qualidade e uso racional
de medicamentos para os usuários. A assistência farmacêutica demonstra três segmentos:
Básico, Estratégico e Especializado. Existe também, a farmácia popular, mas esta não é
classificada como um segmento, e sim como outra forma de utilização de medicamentos no
setor saúde. A obtenção e o recursos da assistência farmacêutica originam muitas
discordâncias, necessitando identificar a mesma como muito mais que a distribuição e
obtenção de medicamentos , porém, quando colocado em prática, esta é sua principal ação,
pois se atribui a aquisição a um gestor especifico, ocorre menor comprometimento, o
que produz um efeito de transferência de autoridade entre as esferas de poder.
Segundo a RENAME, até o ano de 2010, a PNAF deveria ser guia para processos clínicos e
administrativos segundo os critérios de essencialidade. Assim, a OMS define
medicamentos essenciais como: “ medicamentos que atendem as necessidades prioritárias
de saúde da população, sendo selecionados de acordo com sua pertinência para saúde
pública, com a existência de evidências sobre sua eficácia e segurança e comparação de
custos”. Contudo, esta definição é resultado de modificações derivadas da epidemia de
AIDS, a qual pode não apresentar tão alta prevalência, porém apresenta alto prejuízo
econômico e social.
A partir desta definição passada, os medicamentos para AIDS não seria enquadrados como
fundamentais. A Constituição, juntamente com a lei 8080/90 , garantem a assistência
terapêutica, inclusive farmacêutica, assegurando assim, o acesso a medicamentos, mesmo
que estes não estejam inclusos na RENAME, uma vez que os medicamentos inclusos
nesta são os mais vantajosos em termos de custo, acesso e benefício terapêutico,
apresentando prescrição preferencial e de uso generalizado. Eventualmente, se algum
paciente não se adequar ao tratamento ou não seja responsivo, assim como, necessite de
medicamentos que não estejam na RENAME, existe a proteçã0, apenas a esse grupo, do
acesso a medicamentos que não estejam na RENAME, com a finalidade de garantir o
principio da integralidade. Desde 2010, a partir do decreto sobre a integralidade no SUS, a
mesma é garantida pelo Ministério da Saúde, logo a definição do que faz parte da
integralidade é determinada pelo MS, e o que não estiver contemplado nessa definição do
Ministério da Saúde de essencial, deve ter evidências enviadas ao MS a fim de justificar a
integralidade. Após 2012 ocorreram mudanças na definição de medicamentos essências os
quais são aqueles definidos pelo SUS para garantir o acesso do usuário ao tratamento
medicamentoso. Com isso a RENAME deixa de ser lista de seleção para ser de seleção e
padronização de medicamentos, onde os medicamentos que estão na lista serão pagos
pelo SUS, e os que não estiverem o SUS não paga. Com isso se perde o critério de
que pode ser usado para uso generalizado e para uso específico.
Se a prescrição não est á dentro dos diagnósticos da CID para aquele quadro clínico, não
deve ser inserido no componente especializado. Tem financiamento de acordo com TRÊS
grupos:
- Grupo 1: financiamento pela União. Contém protocolos para condições clínicas que
apresentem refratariedade às primeira e segunda linhas de tratamento contidas na
RENAME, e com alto impacto financeiro. Dividido em grupo 1A, o qual é adquirido e
financiado pelo MS, sendo medicamentos de alto custo; e grupo 1B, o qual a União financia
e os estados adquirem.