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Dicionário Técnico Automotivo v o


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COPYRIGHT BY FIAT AUTOMÓVEIS S.A. - PRINTED IN BRAZIL - Os dados contidos nesta publicação são
A
fornecidos a título indicativo e poderão ficar desatualizados em consequência das modificações feitas pelo
fabricante, a qualquer momento, por razões de natureza técnica, ou comercial, porém sem prejudicar as
Desenvolvimento Profissional da Rede características básicas do produto.

Impresso n° 53001362 - 07/2012


INTRODUÇÃO

Prezado Leitor,

Para o profissional da área, é fundamental conhecer os princípios de funcionamento


de determinados acessórios e equipamentos, bem como obter noções gerais sobre a
tecnologia presente nos automóveis modernos.

Para que esse conhecimento básico possa ser adquirido de forma prática, a Fiat preparou
este dicionário, que esclarece o significado dos termos mais conhecidos e utilizados no
meio automotivo.

Para facilitar a consulta, organizamos os respectivos verbetes do dicionário em ordem


alfabética para que você possa localizar com rapidez o termo procurado.

Desejamos a você uma excelente leitura!

Atenciosamente,

FIAT AUTOMÓVEIS S.A.

Comercial
Desenvolvimento Profissional da Rede
ÍNDICE

A 5 K 47

B 11 L 48

C 15 M 49

D 28 N 53

E 32 O 53

F 37 P 55

G 42 R 59

H 44 S 62

I 45 T 66

J 47 V 70

3
A
ABS ACELERADOR ELETRÔNICO

É a sigla de Antilock Brake System (Siste- Sistema que “acelera o motor” através de senso-
B
ma Anti-travamento das rodas). res no pedal do acelerador e um motor de cor-
rente contínua que atua no corpo de borboleta.
C
O sistema antibloqueio do freio atua indi-
vidualmente nas rodas, sempre que houver Quando o motorista pisa no acelerador,
tendência de travamento por excesso de este envia uma informação para a central
frenagem, ou seja, o veículo freia o máxi- de injeção eletrônica, que por sua vez
mo possível, sem que as rodas bloqueiem. transmite um comando fazendo com que
Veículos com rodas travadas durante a fre- aconteça a abertura do corpo de borbole-
nagem não são estáveis, não possuem diri- ta e consequente aceleração.
gibilidade e necessitam de maior distância Portanto, nesse sistema, não é o motorista
de parada. quem acelera o carro, ele somente infor-
ma sua intenção para a central de injeção,
que de fato comanda esse trabalho.
Conhecido como Drive By Wire.

AÇO
Aço é uma liga metálica formada essen-
cialmente por ferro e carbono, com por-
centagens deste último variando entre
0,008 e 2,11%.
ACEA O aço, pela sua ductibilidade, é facilmen-
te deformável por forja, laminação e ex-
É a sigla de Association des Constructeurs trusão.
Européens de L`automobile.
Ele é utilizado em toda a linha de monta-
Segue a mesma linha de classificação gem de um veículo. Trata-se de um material
adotada pela API, porém usa classificação de ótimas qualidades mecânicas, elevada
de serviço europeu. resistência à tração e notável dureza. Pra-
ticamente insubstituível na maioria de suas
ACELERAÇÃO DA GRAVIDADE aplicações atuais.

De uma forma genérica, podemos dizer


que a aceleração da gravidade é a ace-
leração sentida por um corpo em queda
livre, aproximadamente igual a 9,8 m/s².

5
A
ADMISSÃO AERODINÂMICA
B Uma das fases do ciclo de funcionamento O estudo da aerodinâmica da carroceria
C do motor de combustão interna. é fundamental devido à grande influência
que ela exerce no consumo, nível de ruído
Ela começa no momento em que a válvula
de admissão se abre e o pistão está próxi- e comportamento do veículo em alta velo-
mo do início de sua descida. cidade.
O deslocamento do pistão do PMS (ponto O carro em movimento deve “rasgar” o ar,
morto superior, ou seja, o ponto mais alto enfrentando a menor resistência possível.
do curso do pistão) ao PMI (ponto morto Para isso, é essencial encontrar o perfil ae-
inferior, ou seja, o ponto mais baixo do rodinâmico mais vantajoso.
curso do pistão) gera uma depressão que A facilidade com que o carro penetra no
puxa o ar com o combustível (ciclo Otto), ar é indicada pelo produto entre a seção
ou somente ar (ciclo Diesel) para dentro mestra e o coeficiente de resistência aero-
do cilindro. dinâmica (Cx). Em termos de desempenho,
são importantes, além da forma da carro-
ceria, detalhes como espelhos, calhas, ma-
çanetas.
A resistência aerodinâmica não varia de
forma linear com a velocidade, mas se tor-
na cada vez maior à medida que a veloci-
dade aumenta.

AEROFÓLIO
Apêndice aerodinâmico instalado sepa-
radamente da carroceria em seu lado ex-
terno, no qual, devido ao seu formato, o
ar circula em velocidades diferentes pela
parte superior e inferior do aerofólio.
Ele visa desenvolver certa pressão aerodi-
nâmica para baixo na carroceria, dessa
forma pode-se obter melhor desempenho
na estabilidade, evitando, por exemplo,
uma “perda de peso” do veículo em altas
velocidades e consequente perda de ade-
rência do veículo ao plano.

A/F
Do inglês air/fuel(ar/combustível), ou
seja, a relação entre a massa de ar e a
massa de combustível.

6
A
AFOGADOR ALTERNADOR
Dispositivo usado nos carburadores para en- Componente elétrico que transforma ener-
B
riquecer a mistura ar/combustível na fase da
partida a frio. O acionamento ou desligamento
gia mecânica em energia elétrica. Normal-
mente, o alternador é instalado ao lado do
C
do afogador pode ser automático ou manual. motor, sobre suportes, sendo acionado pelo
virabrequim por meio da correia. A gera-
ção é feita em corrente alternada e depois
AIRBAG transformada em corrente contínua pelo re-
tificador, ficando disponível para recarga
Bolsa inflável que protege os passageiros
da bateria e consumidores elétricos.
em caso de acidente.
Em um impacto de determinada intensida-
de, medida por sensores, o airbag infla
em frações de segundo, formando um col-
chão de ar resistente que se coloca entre
os ocupantes e as partes rígidas no interior
do veículo, minimizando choques e lesões.
Sua atuação é melhor quando se usa o cin-
to de segurança.
As tipos mais usuais são: Airbag frontal
(motorista e passageiro), Window bag
(bolsa de janela), Side bag (bolsa lateral)
e Knee bag (bolsa de joelho).

ALUMÍNIO
Metal de baixo peso caracterizado por ele-
vada condutividade térmica e característi-
cas mecânicas muito diferentes das do aço.
Seu coeficiente de dilatação térmica é mui-
to mais alto do que o das ligas ferrosas e
como o ferro, nunca é utilizado no estado
puro, mas sempre em forma de liga.
ÁLCOOL COMBUSTÍVEL
Na indústria automobilística serve para
Ver etanol combustível fabricar pistões, radiadores, carcaças das
caixas de câmbio e em alguns casos, tam-
bém blocos de motor e rodas.
ALETAS
As peças podem ser feitas por fundição, o
Pequenas alas com o objetivo de aumentar processo mais comum, ou forja.
a área de contato. As ligas de alumínio conhecidas como li-
Nos motores refrigerados a ar, usam-se gas leves, apresentam características no-
aletas para aumentar a superfície dos ci- tavelmente diferentes entre si, dependendo
lindros, dessa forma obtém-se uma área dos metais empregados.
maior de refrigeração. O cárter também
pode ter aletas, embora menos extensas.

7
A
AMORTECEDOR ANALÓGICO
B Se os sistemas de suspensão só tivessem O termo é usado para indicar medidas ou
C molas, o comportamento dos veículos na
estrada deixaria muito a desejar e o con-
valores que irão variar de forma continua
no tempo em decorrência de um determina-
forto seria péssimo. do fenômeno físico. Sendo assim, os indica-
As molas se comprimiriam e se esticariam, dores analógicos são geralmente dotados
provocando oscilações e solavancos mes- de um ponteiro ou de uma escala graduada
mo depois de superados os obstáculos ou e fornecem informações de tipo contínuo.
as irregularidades do piso.
Os amortecedores existem para diminuir ANEL DE SEGMENTO
essas oscilações.
Eles garantem uma boa “parada” hidráu- Nos motores OTTO geralmente encontramos
lica, tanto na fase de extensão quanto na 3 anéis de segmento por pistão(anel de com-
de compressão das molas, produzindo um pressão, anel raspador e anel de óleo).
amortecimento que se opõe ao movimento Na parte superior da zona dos anéis dos
da suspensão e freia as vibrações da mola, pistões, encaixados em suas respectivas
resultando em maior conforto e segurança. canaletas trabalham os anéis de segmento.
Eles são responsáveis pela perfeita vedação
entre os pistões e os cilindros, para que possa
haver a compressão da mistura, evitando que
os gases da combustão cheguem ao cárter(anel
de compressão) e que o óleo lubrificante do
cárter chegue à câmara(anel de óleo).
Além das funções apresentadas, temos o
anel raspador que deve deslizar sobre o
óleo no curso ascendente do pistão, como
de raspá-lo no curso descendente.
Também devem ter uma boa capacidade
de transmitir calor, pois absorvem o calor
da cabeça do pistão, transmitem para os
cilindros que por sua vez transmitem para
AMORTECEDOR POWER SHOCK –
o sistema de arrefecimento.
Amortecedor dotado em seu interior de uma
mola com a finalidade de limitar a inclina- ANEL LOW FRICTION
ção lateral da carroceria nas curvas. Apare-
ce nos veículos FIAT da família Locker. Anel de segmento de baixo atrito.

AMORTECEDOR PRESSURIZADO ANEL DE RASPADOR


Tipo de amortecedor que possui, além do Anel posicionado abaixo dos anéis de com-
óleo, um gás em seu interior. A vantagem pressão, cuja função é raspar o excesso de
é evitar a formação de bolhas de ar (cha- óleo da parede do cilindro e drená-lo em di-
mada cavitação), comum em situações de reção ao cárter do motor, assegurando uma
solicitação contínua, que leva à perda de película adequada de óleo lubrificante, sufi-
eficiência do amortecedor. ciente para lubrificar os anéis de compressão.

8
A
ANEL SINCRONIZADOR AQUAPLANAGEM
Responsáveis por sincronizar as engrena- É a “flutuação”, ou derrapagem, do pneu
B
gens das marchas, os anéis sincronizado-
res atuam como “freios” para que todas
sobre uma camada de água, como po-
ças d’água ou pistas muito molhadas. Na
C
as peças girem na mesma rotação, o que aquaplanagem, o pneu perde contato dire-
garante o engate rápido e seguro. O me- to com a pista. As rodas deixam de transmi-
canismo não permite a entrada da marcha tir tração e a direção ao veículo, fazendo
se a sincronização não estiver completa. com que ele saia de sua trajetória prevista
e perca o controle. A aquaplanagem ocor-
re principalmente quando a banda de ro-
dagem dos pneus está muito gasta e não
consegue mais drenar, ou seja, expelir la-
teralmente a água por meio de seus sulcos.

AR-CONDICIONADO
Sistema no qual um gás refrigerante é envia-
do, sob pressão, por um compressor alterna-
ANTIESMAGAMENTO tivo, acionado pelo motor, o qual sofre ele-
vação de temperatura. Depois atravessa um
Sistema de proteção utilizado nos sistemas radiador no qual se condensa ao ser subme-
de vidros elétricos e de teto solar de alguns tido a resfriamento, passando para o estado
modelos, quando é adotada a função one líquido. Em seguida, passa por uma válvula
touch de subida para os vidros. de expansão e entra no evaporador coloca-
Ao encontrar resistência durante o fecha- do na cabine ou em contato com ela, onde
mento, o vidro retorna parcialmente. volta novamente ao estado gasoso, tornando-
-se um gás frio nesse processo. Portanto, o ar
que atravessa o evaporador sofre um acentu-
ANTI-WHIPLASH ado resfriamento, e o ciclo recomeça quando
o gás passa novamente pelo compressor.
Ver encosto de cabeça ativo.

API
É a sigla de American Petroleum Institute.
(Instituto Americano de Petróleo). Em ge-
ral, aparece nas latas de óleo de motor e
é seguida por duas letras que indicam o
nível qualitativo do lubrificante. ÁREA DE SQUISH
Nos óleos para motores a gasolina/etanol/
flex, nos quais a primeira letra é sempre “S” e É a área da câmara de combustão que
a segunda se refere à qualidade, o melhor ní- se fecha quando o pistão atinge o ponto
vel alcançado hoje é indicado pelas letras SN; morto superior. Essa possuía a função de
para os óleos destinados aos motores a diesel, gerar turbulência, o que aumenta a veloci-
nos quais a primeira letra é sempre “C” e a dade de combustão em marcha lenta e em
segunda se refere à qualidade, o melhor nível baixas cargas e giros.
alcançado hoje é indicado pelas letras CF.

9
A
ARTICULAÇÕES PANTOGRÁFICAS ATUADOR
B Sistema que utiliza varetas metálicas articula- Termo genérico que indica qualquer dispo-
C das que formam uma rede de losangos defor-
máveis. Usado em alguns cupês e sedãs para
sitivo utilizado para acionar componentes
mecânicos ou intervir em circuitos hidráulicos
evita ocupar espaço dentro do porta-malas depois que estes receberam comandos en-
ao se fechar a tampa traseira, o que geral- viados por um sistema de controle eletrônico.
mente ocorre com as dobradiças tradicionais. Alguns exemplos são os bicos injetores
Por ser externas, também permitem gran- de combustível, o cilindro hidráulico de
de ângulo de abertura da tampa. Como acionamento da embreagem e as válvulas
exemplo temos a tampa traseira do LINEA. eletro-hidráulicas dos sistemas ABS.

ÁRVORE DE MANIVELAS AUTOBLOCANTE


Ver virabrequim. Define-se assim o diferencial concebido
para evitar que, no caso da perda de ade-
rência de uma das rodas motrizes, essa
ASR gire em falso enquanto a outra transmite
ao solo uma força motriz quase nula.
Sistema que evita a derrapagem das rodas
motrizes na fase de aceleração, graças a uma Esse tipo de diferencial é muito usado em
série de sensores e uma central eletrônica. carros de competição e nos modelos de
alto desempenho.
Para tanto, age no sistema de injeção,
controlando o torque do motor e também
nos freios das rodas motrizes, permitindo AUTOIGNIÇÃO
assim que o veículo acelere o máximo pos-
sível, sem que as rodas patinem. Acontece quando a queima da mistura ar/
combustível, ou parte dela, não é provoca-
da pela faísca emitida pela vela, ou pela
ATRITO frente de chama que se segue.
É a componente horizontal da força de Motores de combustão interna também
contato que atua sempre que dois corpos são popularmente chamados de motores
entram em choque e há tendência ao mo- a explosão, essa denominação, apesar de
vimento. Ela é sempre contrária ao movi- frequente, não é tecnicamente correta.
mento ou a tendência de movimento. O que ocorre no interior da câmara de
O atrito depende da rugosidade do mate- combustão não é uma explosão de gases,
rial das superfícies de contato e do compo- é uma combustão (queima controlada com
nente vertical da força de contato. Graças frente de chama).
a ela, os pneus transmitem ao solo a força O que se pode chamar de explosão (quei-
de tração e a força dos freios e dispositi- ma descontrolada sem frente de chama
vos como embreagem e freios funcionam. definida) é uma detonação dos gases.
Dentro do motor e dos componentes de Durante uma combustão da mistura no ci-
transmissão, o atrito deve ser reduzido clo OTTO, o gás na frente da superfície
ao mínimo para evitar uma excessiva ab- normal da chama é comprimido pela ex-
sorção de potência desgaste e danos às pansão da mistura carburante, e assim sua
peças. Por isso, todas as partes móveis temperatura e densidade aumentam.
precisam ser bem lubrificadas. Se a temperatura exceder a temperatura

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de autoignição do combustível e ainda BALANCIM ROLETADO
A
existir alguma quantidade de mistura não
queimada, ocorrerá a autoignição. Esse tipo de balancim reduz o atrito, me-
B
Nesse caso a liberação de energia é muito lhorando o rendimento, as vibrações, os
ruídos e permite utilizar perfil de cames
C
mais rápida que na combustão normal, de-
vido à multiplicidade de frentes de chama. mais esportivo.
Esse fenômeno pode causar vibrações in-
desejáveis na estrutura do motor, devido BALANÇO DIANTEITO
às ondas de choque, gerando ruído carac-
terístico e os efeitos chamados de detona- No sentido dimensional, é a medida entre
ção ou batida de pino. o centro de uma roda dianteira e a extre-
midade dianteira do veículo.
A detonação é um fenômeno importante
porque pode ter efeitos desastrosos so- A tendência atual é de balanços cada vez
bre os componentes mecânicos do motor, menores, pois as medidas entre-eixos vêm
como o rompimento da cabeça do pistão. crescendo na maioria dos automóveis sem
alteração significativa no comprimento.
Para o mesmo motor, quanto maior a octa-
nagem do combustível, menor a possibili-
dade de ocorrência da autoignição. BALANÇO TRASEIRO
No sentido dimensional, é a medida entre
AVANÇO DE IGNIÇÃO o centro de uma roda traseira e a extremi-
dade traseira do veículo.
É a distância, expressa em graus de rota-
ção do virabrequim, entre o ponto no qual
há faísca na vela e o ponto morto superior BAR
do pistão no fim da compressão.
Nas modernas ignições eletrônicas os Unidade de medida da pressão.
ângulos de avanços são controlados por A pressão atmosférica padrão é igual a
microprocessadores nos quais está memo- 1.013 bar.
rizado um mapa tridimensional que indica A unidade de medida kg/cm² correspon-
o melhor ângulo de ignição para qualquer de a 0.98 bar.
condição de funcionamento.
A unidade de medida psi corresponde a
0,069 bar.
AWD
Sigla para All Weel Drive. BARRA DE AMARRAÇÃO
Ver tração integral. É um elemento metálico que interliga as
torres de uma suspensão, a fim de reduzir
a movimentação do chassi provocada pe-
BALANCIM las solicitações em curvas fortes.
Componente intermediário entre o tucho e o
pé da válvula, utilizado em motores com acio- BARICENTRO
namento indireto das válvulas, ou seja, nos
motores nos quais o eixo comando de válvula Ver centro de gravidade.
não está diretamente acima das válvulas.

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A
BARRA ESTABILIZADORA BATERIA
B Componente da suspensão independente Um acumulador químico é capaz de armaze-
C de muitos veículos. nar, e fornecer, energia a partir de reações
químicas de oxirredução. Bateria é a asso-
Ela une os dois braços de suspensão de
um mesmo eixo. Tem a função de contra- ciação de um conjunto de acumuladores quí-
balançar a inclinação transversal do carro micos envolvidos num determinado invólucro.
numa curva (rolagem), sendo configurada
e fixada para trabalhar à base de torção.

BICO INJETOR
Dispositivo usado para injetar o combustível,
sob a forma de um ou mais jatos pulverizados
BARRA DE TORÇÃO e direcionados, no duto de admissão (nos mo-
tores OTTO com injeção indireta), ou na câ-
É um tipo de mola usada nas suspensões. mara de combustão (nos motores a diesel com
Trata-se de uma barra, geralmente de se- injeção indireta ou OTTO com injeção direta).
ção circular: com uma extremidade fixada
ao chassi e a outra presa ao estriado do
braço da roda, resultando, consequente- BIELA
mente, em torção.
É a peça que une o pistão ao virabrequim.
Trata-se de um dos componentes mais so-
BAS licitados do motor. As bielas são de aço
forjado ou de ferro-gusa, fabricadas por
Sigla em inglês para brake assist system. fundição. Recentemente foram propostas
(Sistema de Assistência a Frenagem). também bielas produzidas por sintetização.
Sistema eletrônico que interpreta o comporta-
mento do motorista quando ele pisa no pedal
na hora da freada. Acelera e reforça a aplica-
ção de pressão no freio ao detectar uma pisa-
da rápida e/ou violenta no pedal, o que carac-
teriza uma situação de emergência. Ver HBA

BATIDA DE PINO
Ver Autoigniçao.

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BIMETÁLICO BLOQUEIO DO CONVERSOR DE
A
Componente formado por duas lâminas sobre-
TORQUE B
postas, ligadas entre si, com coeficientes de
dilatação térmica sensivelmente diferentes um
Ver lock-up.
C
do outro. Quando a temperatura aumenta, a
lâmina bimetálica se curva porque um dos me- BLOQUEIO DO DIFERENCIAL
tais tende a se dilatar mais do que o outro e
enquanto uma das lâminas se alonga a extre- É usado para impedir que em condições
midade da outra tende a “recuar”. As lâminas de pouca aderência, como pisos com
bimetálicas geralmente são utilizadas como lama ou neve, uma das duas rodas de um
elementos termo sensíveis para acionar inter- mesmo eixo gire em falso enquanto a ou-
ruptores ou facilitar a abertura de válvulas. tra fica parada devido à intervenção do
diferencial. Trata-se de um sistema de blo-
queio que torna solidários os dois semiei-
BITOLA xos que saem do diferencial, tornando-o,
portanto, inoperante. É como se as rodas
Expressão usada para indicar, num automó- fossem unidas a um único eixo.
vel, a distância entre as rodas de um mesmo
eixo. Embora outros fatores também influen-
ciem, normalmente quanto maiores forem as BLOW-BY
bitolas, melhor será a estabilidade do veícu-
lo e menor a possibilidade de capotagem. Ver respiro do motor.

BLOCO DE MOTOR BLUE&ME

Componente que abriga em seu interior o Sistema eletroeletrônico que permite ao con-
virabrequim, bielas e pistões e pode ser dutor ter as funções de seu telefone celular
em ferro fundido ou alumínio. vinculadas ao sistema de som de seu carro,
permitindo-o executar chamadas por coman-
Na prática, é a “estrutura de suporte” do do de voz, atender chamadas, ter suas men-
motor, na qual ficam os suportes da sede sagens de texto lidas para ele pelo sistema.
de casquilhos e também os cilindros. Permite também o comando de itens multimí-
Normalmente o bloco de um motor é fechado dia como CD, pen-drives e i-Pod.
por cima pelo cabeçote e por baixo pelo cárter.

BLUE&ME NAV
É um sistema GPS integrado ao BLUE&ME.

BLUETOOTH
Tecnologia de baixo custo para comunica-
ção sem fio entre dispositivos eletrônicos,
BLOCO DE MOTOR ENCAMISADO
por meio de ondas de rádio. Nos automó-
Trata-se dos blocos de motores com cilin- veis tem sido usada para telefones celula-
dros não incorporados, normalmente as ca- res, que ganham sistema viva-voz usando
misas são cravadas no interior dos blocos, os próprios alto-falantes do sistema de áu-
permitindo assim a troca delas somente. dio e um microfone instalado no veículo.

13
A
BOBINA DE IGNIÇÃO BOMBA DE FREIO
B É o componente de ignição que origina a Também chamada de cilindro mestre.
C corrente de alta tensão. Essa, ao alcançar
a vela, gera a faísca que inicia a combus-
Dispositivo gerador da pressão hidráulica
em um circuito de freios, mediante acio-
tão da mistura ar/combustível. namento do pedal. Sua parte interna tem
A tensão necessária para a ignição é in- a forma de um cilindro com uma ou mais
duzida no enrolamento secundário da bo- saídas, no qual trabalham os pistões e ga-
bina no momento em que se interrompe o xetas hidráulicas.
fluxo da corrente de baixa tensão.

BOMBA DE ÓLEO
BOMBA D’ÁGUA
Bomba do tipo mecânica que retira o lubri-
Normalmente é do tipo centrífuga e ser- ficante do cárter e o envia sob pressão ao
ve para ativar a circulação do líquido no circuito de lubrificação do motor.
circuito de arrefecimento. Frequentemente Geralmente vem encaixada diretamente
é acionada por uma correia trapezoidal na extremidade do virabrequim, do lado
auxiliar ou pela correia dentada da dis- oposto ao do volante.
tribuição.

BOMBA DE VÁCUO
Nos motores OTTO a depressão é gerada
BOMBA DE COMBUSTÍVEL no coletor de admissão, quando a válvula
borboleta está praticamente fechada.
Nos motores a ciclo Otto modernos, a
Quando isso não é possível, utiliza-se uma
bomba é elétrica e quase sempre coloca-
bomba de vácuo que fornece ao servofreio
da dentro do próprio tanque. Tem a função
a depressão necessária. Nos veículos com
de enviar o combustível pressurizado até
motor a diesel ou alguns do ciclo OTTO,
os bicos injetores.
como o motor Multiair, usa-se uma bomba
acionada mecanicamente.

14
BORBOLETA BUCHA
A
A borboleta é formada por um disco fixa- Componente mecânico de forma cilíndrica,
B
do a um eixo que atravessa um duto.
Esse, com a sua rotação, regula o fluxo
normalmente inserido no pé da biela como
reforço quando se usam eixos flutuantes.
C
de um gás, permitindo ou impedindo sua Outro exemplo de sua utilização em mate-
passagem. riais antifricção inclui o interior dos câm-
bios de velocidade. Em alguns tipos de
aplicação utilizam-se buchas autolubrifi-
BOXER cantes, em geral de metal poroso e revesti-
das com substâncias como o teflon.
Motores com cilindros horizontais contrapostos.
Quando suportam pequenos eixos ou ele-
mentos tirantes, as buchas são feitas de
BRAÇOS OSCILANTES material plástico.
Componente mecânico, utilizado nas suspen-
sões independentes, com uma extremidade BY·PASS
unida ao chassi e outra fixada ao montante.
Sistema ou peça que permite contornar
É comum utilizar-se só um braço oscilante
componentes ou circuitos inteiros.
para cada roda; outro esquema frequente
são dois braços sobrepostos, de compri- Em geral, o fluxo desviado volta ao per-
mentos diferentes, para cada roda. curso normal assim que ultrapassa a zona
contornada.
Uma típica válvula de by-pass é a válvula
BRONZE de alívio do turbo compressor.
Ligas à base de estanho e cobre, acrescidas São desse tipo, também, as válvulas de se-
de pequenas quantidades de outros elemen- gurança utilizadas nos filtros de óleo, quan-
tos de liga. Esse material, de boas caracte- do a resistência ao fluxo se torna grande
rísticas antifricção, é um excelente condutor porque o filtro está entupido, a válvula se
de calor e em muitos casos apresenta uma abre e o óleo circula pela canalização prin-
considerável rigidez. São feitas em bronze cipal do circuito sem atravessar o filtro.
peças como as caixas de certos rolamentos
e, às vezes, as guias e sedes das válvulas
especialmente nos motores de competição. CABEÇOTE
Componente, normalmente de alumínio, que fe-
BRONZINA cha a parte superior do bloco do motor com seus
cilindros e no qual estão alojadas as válvulas, os
Conhecida como “casquilho”, sua função tuchos, os coletores de admissão e de descarga,
é essencialmente proteger e prolongar a as câmaras de combustão, as velas, além de ge-
vida dos elementos móveis de maior res- ralmente o eixo comando de válvulas.
ponsabilidade e custo, como o virabre-
quim e o seu alojamento. A bronzina deve
sofrer os ddesgastes que de outro modo,
iriam alcançar a outra peça.

15
A
CAIXA DA DIREÇÃO CÂMARA DE COMBUSTÃO
B Dispositivo que transforma o movimento de É o vão à disposição dos gases presentes
C rotação do eixo da coluna de direção em
movimento de controle da direção das rodas.
no cilindro no momento em que o pistão se
encontra no Ponto Morto Superior (PMS).
Sua extremidade está ligada ao tirante Em alguns modelos, a câmara de combustão
que gera o movimento das rodas. está totalmente inserida no cabeçote, mas em
outros parte dela fica na cabeça dos pistões.
A conformação da cabeça do pistão é
CAIXA DE TRANSFERÊNCIA
muito importante, pois constitui sempre a
Dispositivo usado em alguns veículos com parede móvel da câmara de combustão.
tração nas quatro rodas para subdividir a
força motriz entre os dois eixos em medi-
CÂMBER
das preestabelecidas.
Normalmente é o diferencial longitudinal Valor verificado durante o alinhamento
ou o central que cumpre essa função. das rodas.
É o ângulo formado pela inclinação da
roda em relação ao plano de apoio do ve-
CAIXA DO DIFERENCIAL
ículo, tendo como referência a parte supe-
Nos veículos com motor dianteiro e tração rior da roda e com as rodas sem esterçar.
traseira, é a caixa que abriga o diferencial As duas rodas de um mesmo eixo devem
e a engrenagem cônica da redução final. ter a mesma inclinação.
Normalmente vem empregada em conjun- Ela é positiva quando as rodas têm a parte su-
ção com uma suspensão traseira de eixo perior inclinada para fora; quando é a parte in-
rígido; possui dois “braços” nos quais se ferior que está inclinada para fora, é negativa.
alojam dois semieixos. Camber Positivo: Ocasiona desgaste pre-
maturo no ombro externo do pneu.
CALÇO HIDRÁULICO Camber Negativo: Ocasiona desgaste
prematuro no ombro interno do pneu.
Acontece quando um líquido, geralmente Camber Desigual: O veículo tende a des-
água é aspirado para o interior do cilin- viar sua trajetória para o lado da roda que
dro, formando uma massa que, ao contrá- estiver com o ajuste mais positivo.
rio da “névoa” de ar e combustível, não
pode ser comprimida.
Quando os pistões sobem e encontram CÂMBIO
grande resistência, podem-se avariar com-
Componente utilizado para multiplicar o
ponentes como pistão, biela ou mesmo o
torque gerado pelo motor e adequar sua
virabrequim. É mais comum que aconteça
velocidade de rotação às rodas.
pela absorção de água em alagamentos.
Entre o motor e o câmbio mecânico é co-
locada uma embreagem para fazer o aco-
plamento e desacoplamento entre esses
componentes.
O câmbio permite variar a relação de
transmissão.

16
CÂMBIO AUTOMÁTICO CÂMBIO ROBOTIZADO
A
Sistema de cambio que faz a troca das Sistema de cambio mecânico, que através
B
marchas sozinho.
Entre o motor e o câmbio automático é co-
da aplicação de um robô, controlado por
um computador, faz o acionamento da
C
locado um conversor de torque, que subs- embreagem e a troca das marchas sem
titui a embreagem tradicional e permite a intervenção direta do motorista, pois o
diminuir o número de relações. mesmo não possui o pedal de embrea-
gem, nem a tradicional alavanca de mar-
O engate das marchas é obtido por meio
chas, sendo essa última substituída por um
de fricções comandadas hidraulicamente.
comando eletrônico tipo “joystick”, com o
Os câmbios automáticos são comandados qual o motorista pode sugerir marchas, ou
por uma central eletrônica de controle. fazer a opção entre o modo automático e
manual sequencial.

CAME
Ressalto do eixo comando de válvulas,
que é responsável por abrir a válvula,
empurrando-a para baixo, e suavizar o
seu fechamento, esse feito geralmente por
mola.

CAMISA
É a parte interna dos cilindros quando
CÂMBIO AUTOMÁTICO SEQUENCIAL esses não foram gerados no processo de
fundição do bloco.
Câmbio automático que pode ser conduzi-
Em alguns motores o cilindro é constituído
do na função manual no modo sequencial,
por uma “camisa” que nada mais é que
comandado pelo motorista, porém, não
um tubo cilíndrico colocado dentro do blo-
na maneira tradicional. O controle é fei-
co do motor.
to por um joystick, que ao ser levemente
comandado para frente ou para trás, faz Em caso de desgaste do cilindro, a substi-
a troca das marchas. Em alguns modelos, tuição da camisa geralmente é mais fácil
essa troca pode ser feita por borboletas do que a retífica do cilindro.
no volante. Existem dois tipos de camisa: A camisa seca
No sistema sequencial, como o nome su- e a camisa molhada, sendo esta ultima ca-
gere, as marchas são trocadas em sequ- racterizada pela refrigeração feita através
ência, ou seja, não se pode ir da segunda da circulação de água em sua volta.
para quarta sem passar pela terceira.

CAMBIO AUTOMATIZADO
Ver câmbio robotizado.

17
A
CÂNISTER CARREGADOR DE BATERIA
B Recipiente que contém carvão vegetal Dispositivo elétrico dotado de uma série
C ativo com a função de absorver os hidro-
carbonetos (gasolina em forma de vapor)
de diodos por meio do qual é possível
transformar a corrente alternada em cor-
emitidos, em algumas situações pelo res- rente contínua, e através desta ultima reali-
piradouro do reservatório de combustível, zar a recarga da bateria.
evitando assim que cheguem à atmosfera.
Durante o funcionamento do motor, esses va-
pores podem ser aspirados pelo sistema de ali- CÁRTER
mentação e queimados no interior do cilindro.
Nos motores de quatro tempos, o cárter
Esse dispositivo, atualmente, é controlado funciona como uma bandeja em que fica
pela central de injeção eletrônica. alojado o óleo na parte inferior do motor,
também conhecido como cárter úmido.
CARBONO Através de uma bomba, o óleo é enviado
sob pressão a vários componentes móveis
Elemento químico presente na natureza sob do motor.
a forma de diamante e grafite, cujos átomos Nos motores de dois tempos com aspira-
estão presentes em todas as substâncias ção no bloco fala-se de cárter para indicar
abordadas pela química orgânica. Recen- a câmara de manivelas e a parte inferior
temente o carbono assumiu uma grande do cilindro, onde a mistura carburada che-
importância nas construções da indústria ga ao interior do cárter trazida pelo movi-
automobilística mais sofisticada, ou seja, mento do pistão.
nos carros esportivos ou de corrida. Com ele
é possível fabricar fibras e outros materiais
que, impregnados com resinas de diversos
tipos, permitem a construção de carrocerias
e outros elementos estruturais com atraentes
características mecânicas e baixo peso.
As fibras podem ser dispostas de forma a ofe-
recerem a máxima resistência na direção que
ocorre a maior solicitação, ou se concentra-
rem nas zonas em, que o stress é mais alto,
como por exemplo, nos discos de freios dos
carros de competição e em suas pastilhas. CASQUILHO
É um tipo de mancal, também conhecido
CARBURADOR por bronzina. Utilizado para reduzir o
atrito e servir de apoio e guia para peças
Dispositivo que alimenta o motor com a mis- giratórias, como virabrequins e comandos
tura ar/combustível na dosagem correta. Ele de válvula, permitindo o movimento com
também deve permitir ao motorista regular um mínimo de atrito.
a distribuição de potência, tarefa executada
pela válvula borboleta, permitindo em maior Formadas por duas carcaças de forma se-
ou menor grau a aspiração do motor. micirculares para facilitar a montagem.
Os carburadores foram substituídos pela inje-
ção eletrônica devido à emissão de poluen-
tes ser muito menor nos sistemas eletrônicos.

18
CÁSTER CAVALO-VAPOR
A
Valor verificado durante o alinhamento Unidade de medida muito utilizada para ex-
B
das rodas.
Ângulo medido em graus, que o pino-mes-
primir a potência dos motores, sigla “CV”.
Os ingleses e norte-americanos usam um
C
tre forma em relação à vertical, medido na cavalo designado pela sigla HP, cujo valor
sua projeção sobre o plano longitudinal é um pouco diferente: 0,986 o valor do CV.
do veículo.
Em uma linguagem mais simples, é o ângu-
CENTRALINA
lo formado pela inclinação da coluna do
amortecedor no sentido longitudinal, em É a central eletrônica que controla um ou
relação ao plano de apoio do veículo. mais sistemas ou dispositivos como igni-
Influi diretamente na estabilidade direcio- ção, injeção, cambio, suspensão, etc.
nal: quanto maior o efeito do ângulo de Em geral, as centrais eletrônicas são capa-
cáster, mais intensas serão as forças de zes de intervir numa série de informações
realinhamento da direção após as curvas. recebidas por meio de sensores.
Essas informações são analisadas e “inter-
CATALISADOR pretadas” segundo uma lógica muito bem
definida e uma série de diretrizes memo-
Substância que acelera e facilita significa- rizadas.
tivamente uma reação química sem tomar
parte dela.
No campo automobilístico é utilizado para
favorecer a oxidação dos hidrocarbonetos
presentes nos gases de escape, transfor-
mar o óxido de carbono em água e di-
óxido de carbono, e reduzir o óxido de
nitrogênio para oxigênio e nitrogênio. Me-
tais nobres como a platina, o paládio e o
ródio são empregados para essa função.

CENTRO DE GRAVIDADE
Centro de gravidade ou baricentro é o
ponto de aplicação, em um corpo, de to-
das as forças elementares devido à gravi-
dade, portanto é o ponto onde se podem
equilibrar todas essas forças de atração.
Se um objeto pudesse ser suspenso por um
fio ao ponto exato de seu baricentro, ele
ficaria em equilíbrio perfeito.
É um dos elementos mais importantes em
qualquer veículo, por influir fortemente no
comportamento dinâmico. Quanto mais
baixo, melhor o comportamento.

19
A
CHASSI “CHIPAR”
B Estrutura, geralmente em aço, sobre a qual O nome popular vem da reprogramação
C se monta toda a carroçaria do veículo. do chip (o “cérebro”) do sistema eletrôni-
co. Termo para remapeamento de centrais
Sistema onde o corpo do veículo é apli-
cado por cima de uma estrutura inferior eletrônicas, das quais a injeção é a mais
(chassi), sendo partes separadas, diferente usual de ser retrabalhada, por controlar
do monobloco, onde a base e a carroceria a injeção e a ignição do motor, com pa-
formam uma única peça. râmetros que favorecem o desempenho.
Procedimento que deve ser tratado com
Por ser o suporte do carro, o chassi ou mo-
cuidado, pois as montadoras utilizam
nobloco sofre empeno ou desalinhamento
laboratórios de última geração, além de
nos casos de colisão. A maior vantagem
uma bagagem de muitos anos de experi-
do monobloco é redução de peso e espa-
ência, quando fazem a calibração de uma
ço ocupado pela estrutura.
central eletrônica original.
O chassi é mais barato para reparar, pois
pode substituir peças com mais facilidade.
CILINDRADA
Capacidade volumétrica do motor.
É o volume gerado por cada pistão em seu
movimento de um ponto morto a outro, mul-
tiplicado pelo número de cilindros do motor.
A cilindrada é indicada em centímetros
cúbicos (cm³) ou em litros no qual um litro
equivale a 1.000 cm³.

CHAVE DESMODRÔMICA CILINDRO


É uma chave diferenciada devido ao seu É o componente no interior do qual corre o
segredo mecânico estar localizado nas pa- pistão, que, com o seu movimento retilíneo
redes laterais da chave e não nas bordas, alternado, resulta nas várias fases do ciclo
o que dificulta a realizar cópias por equi- de funcionamento do motor. Os cilindros
pamentos comuns. dos automóveis modernos são quase sem-
pre moldados diretamente no processo de
fusão do bloco do motor.
CHECK CONTROL
Sistema de controle eletrônico, normalmente CILINDRO MESTRE
munido de um visor, que informa o motoris-
ta, antes da partida, sobre o funcionamento Ver bomba de freio.
dos equipamentos e dispositivos mais im-
portantes do veículo no que se refere à se-
gurança. Quase sempre o sistema continua
a monitorar esses equipamentos durante o
funcionamento. Eventuais problemas são si-
nalizados por meio de luzes coloridas.

20
COEFICIENTE DE ATRITO COMANDO DE VÁLVULAS
A
Indica a resistência que os materiais e as su- Mecanismo responsável pela abertura das
B
perfícies oferecem ao movimento. Em uma
estrada com elevado coeficiente de atrito, por
válvulas.
Consiste em um eixo cilíndrico, no qual
C
exemplo, os pneus têm ótima aderência e po- está fixado um conjunto de peças ovala-
dem transmitir um excelente torque motriz ou das, chamadas cames, que quando em ro-
de redução sem que se verifique deslizamento. tação, promovem a abertura das válvulas
A força de atrito é diretamente proporcio- do motor.
nal a esse coeficiente.

COLETOR DE ADMISSÃO VARIÁVEL


Coletor de admissão que possui dois dutos, um
mais curto e outro mais longo. Uma borboleta,
gerenciada pela central eletrônica, determina se
o ar aspirado deve fazer um percurso ou o ou-
tro. Uma vez que coletores curtos favorecem a
potência e coletores longos melhoram o torque COMANDO DE VÁLVULAS VARIÁVEL
em baixas rotações, esse mecanismo faz com
É uma das propostas técnicas mais interes-
que o motor trabalhe sempre na configuração
santes dos últimos tempos, inclusive para
mais adequada ao regime de giros utilizado.
os motores de série.
Trata-se da distribuição variável, que per-
COLMÉIA mite modificar o diagrama de distribuição,
Estrutura em forma de casa de abelha nor- ou seja, a antecipação da abertura e o
malmente instala da entre duas folhas planas, atraso do fechamento das válvulas durante
como um sanduíche, para formar um painel o funcionamento do motor, graças a dispo-
dotado de grande resistência e leveza. sitivos chamados variadores de fase.
Alguns fabricantes utilizam sistemas mais
complexos, além de variar o momento de
COLUNA DE DIREÇÃO abertura e fechamento das válvulas, tam-
Coluna que liga o volante à caixa de dire- bém alteram o quanto a válvula irá abrir,
ção do veículo. Atualmente, quase sempre ou seja, alteram o “lift” da válvula.
é formada de duas ou mais partes unidas Desse modo é possível obter, além de uma
entre si por meio de algumas ligações. potência específica elevada, um campo de
Por motivos de segurança, às vezes um dos ele- utilização muito amplo no que diz respeito
mentos que a compõe é fabricado proposital- aos médios e baixos regimes de rotação.
mente para ceder, após um choque frontal de Com o sistema de distribuição variável,
certa intensidade, reduzindo assim riscos para também se pode conseguir melhoras sen-
o motorista, conhecida por coluna colapsável. síveis na emissão de poluentes.
Também conhecido como VVT (Variable
Valve Timing).
Uma variação mais simples desse princípio,
que atua apenas nos tempos de abertura e fe-
chamento, é o variador de tempo de válvulas.

21
A
COMBUSTÃO o que significa que a bomba gera a alta
B Do ponto de vista químico, trata-se de um
pressão que está disponível para todos os
injetores através de um tubo distribuidor
C rápido processo de oxidação do combustí-
vel que acontece com considerável libera-
comum. Esta pressão pode ser controla-
da independente da rotação do motor.
ção de energia térmica. A pressão do combustível, início e fim da
Nos motores a ciclo Otto ocorre logo após a injeção são precisamente calculados pela
ignição da vela, com a consequente queima unidade de comando a partir de informa-
da mistura ar/combustível aspirada e com- ções obtidas dos diversos sensores instala-
primida no cilindro. A chama inicia na vela dos no motor, o que proporciona excelente
e atravessa toda a câmara de combustão, fa- desempenho, baixo ruído e a mínima emis-
zendo queimar progressivamente a mistura. são de gases poluentes.
Nos motores a diesel acontece no momen-
to em que o injetor introduz o combustível COMPRESSÃO
pulverizado na câmara quando o ar está a
uma temperatura elevada, durante a fase É a fase do ciclo de funcionamento do mo-
final da compressão. tor durante a qual a mistura ar/combustí-
vel (nos motores a diesel, somente ar) aspi-
rada no cilindro é elevada a alta pressão
COMBUSTÍVEL e temperatura para depois ser acesa pela
Nos motores a ciclo Otto o combustível ge- faísca gerada pelos eletrodos da vela.
ralmente é a gasolina. No Brasil, também Teoricamente, a fase deveria terminar no
temos o etanol e o GNV. momento em que o pistão alcança o PMS,
A gasolina é formada por uma mistura de mas ela é antecipada porque a faísca entre
hidrocarbonetos e não tem uma fórmula os eletrodos é gerada um pouco antes des-
química bem definida. sa posição. A injeção nos motores a diesel
também começa vários graus antes do PMS.
O etanol possui uma elevada octanagem;
mas, para sofrer uma combustão comple-
ta, deve formar com o ar uma mistura di- COMPRESSOR
ferente da mistura ar/gasolina. Com cada
quilo de álcool etílico deve-se misturam 9 Dispositivo que fornece ar, ou mistura ar/
kg de ar, enquanto cada quilo de gasolina combustível, ao motor a uma pressão supe-
é misturado a 13,2 kg de ar, como conse- rior à atmosférica.
quência, o consumo é elevado em compa- Os compressores volumétricos que a
ração ao obtido com a gasolina. cada giro da árvore deslocam sempre a
mesma quantidade de ar são acionados
pelo motor, roubando-lhe certa potência
COMMON RAIL e são acionados pelo motor por meio de
Sistema de injeção diesel que disponibili- correias dentadas, cintas, engrenagens ou
za alta pressão de injeção de combustível correias trapezoidais.
em praticamente todo o campo de rota- Já os compressores centrífugos em geral
ções do motor, conferindo torque excep- são movidos por uma turbina acionada
cional e esportividade ao dirigir, aliado pelos gases de escape, assim geram so-
ao baixo consumo de combustível. brepressão para melhor alimentar os ci-
Nesse sistema, a geração de pressão e lindros sem “roubar” energia do motor. O
a injeção de combustível são separadas, conjunto de compressor centrífugo e turbi-
na centrípeta chama-se turbocompressor.

22
CONSUMO ESPECÍFICO CONVERSOR CATALÍTICO
A
Revela quanto combustível é utilizado pelo Dispositivo instalado no coletor, que é o
B
motor para cada kilowatt, ou cavalo, de
potência produzida em uma unidade de
primeiro segmento do sistema de escapa-
mento, cuja função é reduzir a níveis bai-
C
tempo. Em geral é expresso em gramas/ xíssimos a quantidade de substâncias po-
kilowatt hora (g/kWh). luentes, como o monóxido de carbono, os
óxidos de nitrogênio, os hidrocarbonetos,
etc., presentes nos gases de escape.
CONTROLE DE TRAÇÃO
Os catalisadores oxidantes podem limitar
Ver ASR. apenas as emissões de óxidos de carbono
e hidrocarbonetos, transformando-os em
dióxido de carbono e água.
CONVERGÊNCIA Já os catalisadores de redução neutrali-
zam os óxidos de nitrogênio em oxigênio
Valor verificado durante o alinhamento
e nitrogênio.
das rodas.
Os catalisadores trivalentes desempenham
É a abertura ou fechamento das rodas,
tanto funções de oxidação quanto de re-
tendo como referência a frente do veículo.
dução.
Precisamente é o ângulo formado entre o
Embora o catalisador trivalente tenha ren-
eixo longitudinal do veículo e a linha me-
dimento elevado - alta eficiência de conver-
diana das rodas. A convergência é positiva
são, que pode atingir 90%, é indispensá-
quando as linhas medianas das rodas con-
vel que o motor seja alimentado com uma
vergem para a parte dianteira do veículo e
mistura ar/combustível de título controlado
negativa quando as duas linhas medianas
com a máxima precisão, a fim de mantê-la
tendem a se encontrar atrás do veículo. Nes-
dentro de uma estreita faixa de dosagem.
se caso, fala-se, também, de divergência.
Por isso usa-se uma sonda lambda ligada
à centralina de injeção eletrônica.
Para que o catalisador entre em funciona-
mento, sua temperatura deve superar os
280 °C.

23
A
CONVERSOR DE TORQUE COROA E PINHÃO
B Dispositivo que liga o motor ao câmbio auto- É formado por duas engrenagens cônicas
C mático. Na prática, ele substitui a embreagem
tradicional e permite adotar câmbios com nú-
ligadas entre si e permite a transmissão de
movimento entre dois eixos perpendicula-
mero menor de marchas do que as que se- res ou inclinados entre eles.
riam necessárias num câmbio mecânico.
Isso porque ele é capaz de aumentar o torque CORPO DE BORBOLETA
produzido pelo motor, incremento acompanhado
por uma diminuição da velocidade de rotação. Elemento no qual está alojada a válvula (bor-
A ligação resultante nunca é rígida, mas é obti- boleta) que regula a respiração nos motores
da por meio de um óleo hidráulico especial, sem OTTO alimentados por injeção eletrônica.
vincular mecanicamente os dois componentes. Comandado pelo pedal do acelerador,
A transmissão da potência é obtida graças quando o sistema é acelerador a cabo.
à força centrífuga e ao movimento do óleo Comandado pela central de injeção eletrô-
que passa continuamente da parte periféri- nica quando o sistema é acelerador eletrô-
ca da polia motora à polia movida. nico, conhecido como Drive By Wire.
Algumas marchas, acima de certa veloci-
dade usam a função lock-up.

CORNERING LIGHT
Sistema eletroeletrônico que aciona um
dos faróis de neblina quando esterçar o
volante mais de 40° ou sinalizar através
da seta. O farol de neblina à ser acendido
é do lado para o qual a direção foi ester-
çada ou foi sinalizado; para este procedi-
mento ocorrer os faróis deve estar acesos.

COROA
Entre duas rodas dentadas unidas entre si
ou ligadas a uma corrente, é aquela que
possui as dimensões maiores. A engrena-
gem menor é o pinhão.

24
CORREIA DENTADA CORREIA POLY-V
A
Componente da transmissão que permite, São correias com pequenos frisos em V.
B
sem nenhum deslizamento, enviar o movi-
mento e fazer o sincronismo do virabre-
Tipo particular de correia para órgãos au-
xiliares, caracterizada por uma flexibilida-
C
quim ao comando de válvulas, ou seja, de excepcional, hoje muito utilizada para
sincroniza os pistões com as válvulas. comandar dispositivos como: bomba da
São correias planas, dotadas de uma série direção hidráulica, alternador, ar-condi-
de dentes que se inserem nos vãos das en- cionado etc. Uma única correia desse tipo
grenagens correspondentes. pode substituir diversas correias trapezoi-
Uma correia dentada possui uma série de dais. Suas principais características são:
cordões inextensíveis de algodão, kevlar flexibilidade para um uso em polias de
ou outra fibra. Esses são imersos em um pequeno diâmetro, transmissão de potên-
corpo de borracha sintética sobre o qual, cia mesmo com o dorso das correias, em
em um dos lados, inserem-se dentes de particular no caso da dupla poly v, campo
perfil trapezoidal ou arredondado, geral- de temperatura de trabalho elevado para
mente protegidos por uma ou mais cama- garantir uma maior vida útil.
das de nylon ou outro material plástico. A
correia dentada trabalha silenciosamente
CORREIA TRAPEZOIDAL
e sem nenhuma lubrificação.
Essas características fazem com que as Tipo de correia utilizada para comandar
correias dentadas sejam ótimas para co- dispositivos como o alternador e a bomba
mandar a distribuição. d’água. É feita de te
la revestida de borracha reforçada por
diversos elementos internos resistentes tra-
balhando em tração. Essa correia envolve
polias dotadas de sulcos em flancos incli-
nados.

CORRENTE DE TRANSMISSÃO
Componente de transmissão responsável
pelo envio do movimento e do sincronismo
do virabrequim ao comando de válvulas.
à primeira vista, sua aparência lembra
bastante uma corrente de bicicleta.
Tem a mesma função da correia dentada,
porém com características diferentes, prin-
cipalmente pela sua grande resistência e
durabilidade.

25
A
CREMALHEIRA CUBO DE RODA
B Dispositivo composto da união de uma ré- É a parte central, onde a roda se apoia,
C gua dentada com movimento retilíneo e de
uma engrenagem que age sobre ela.
na qual costumam ficar os rolamentos e
os elementos de fixação. Normalmente é
reforçado com ranhuras ou paredes de
maior espessura.
CROSSOVER
Em inglês significa cruzamento. CURSO
Define os veículos que combinam elemen-
tos de duas ou mais categorias, como au- É a distância que separa os pontos mortos
tomóvel e utilitário esporte, ou minivan e superior e inferior, ou seja, o espaço per-
utilitário esporte. corrido pelo pistão para se deslocar entre
os pontos extremos do seu movimento.
É expresso em milímetros.
CROSS-FLOW
Termo utilizado para cabeçotes de fluxo CUT OFF
cruzado.
Indica os cabeçotes nos quais os dutos de É a interrupção do fluxo do combustível
admissão são colocados do lado oposto para o motor, que ocorre na fase de desa-
aos dutos do escape. celeração, diminuindo assim o consumo e
a emissão de poluentes.
Tais cabeçotes tendem a melhorar a eficiên-
cia volumétrica, tanto pelo fluxo dos gases, Assim que o regime de rotação do motor
principalmente quando há cruzamento das se tornar menor do que um valor predeter-
válvulas, como pela menor troca de calor minado, ou o acelerador é acionado nova-
entre os gases de admissão e escape. mente, a alimentação é restabelecida.

CRUZAMENTO CVCP

Indica a fase do ciclo de funcionamento Continuous Variable Cam Phaser, ou varia-


dos motores de quatro tempos na qual as dor de fase contínuo, que permite uma va-
válvulas de admissão, que estão começan- riação da fase do motor proporcionando
do a se abrir, e as de descarga que já es- redução de consumo combustível e emis-
tão quase fechadas ficam abertas simulta- sões de poluentes.
neamente, mesmo que de forma limitada.
Essa é tanto mais longa quanto maior for o
impulso dado à fase do eixo comando de
válvulas, principalmente nos motores de alta
performance e permite desfrutar do efeito
“extrator” dos gases de escape, que saem
do cilindro, para colocar em movimento os
gases frescos (mistura ar/combustível) pre-
sentes no duto de admissão antes mesmo de
o pistão iniciar seu curso do PMS ao PMI.

26
CVT
A
Sigla de Continuously Variable Transmis-
B
sion. (transmissao continuamente variavel).
Trata-se de uma forma especial de câmbio
C
automático caracterizado por um variador
com polias expansíveis, com diâmetro útil
variável, ligado a uma correia especial.
E como se a transmissão tivesse um núme-
ro infinito de conexões. A polia é dividida
em duas partes que se afastam quando o
diâmetro útil diminui, a correia, que tem
uma secção trapezoidal, nesse caso traba-
lha mais internamente.
A diminuição do diâmetro de envolvimen-
to da polia motora deve corresponder um
aumento proporcional do diâmetro útil da
polia movida e vice-versa. Dessa forma,
obtém-se a transmissão do movimento com
uma gama infinita de relações.
O controle desse sistema de transmissão é
confiado a uma central eletrônica que leva
em conta a velocidade do veículo e o re-
gime de rotação do motor necessário para
mantê-lo sempre dentro do melhor campo
no que diz respeito ao rendimento e ao
desempenho.

CX
Sigla que indica o coeficiente de penetra-
ção aerodinâmica.
Valor que exprime a maior ou menor fa-
cilidade com que o veículo rompe o ar a
sua frente. Quanto menor o valor, mais fá-
cil esse rompimento e, por consequência,
menor o consumo de combustível e menor
ruido em uma mesma velocidade. Um bom
valor hoje, em carros de passeio, é 0,30.

27
DECIBEL DIESEL

Corresponde a um décimo de bel, unidade Combustível formado por uma mistura de


de medida mais usada para medir a inten- hidrocarbonetos derivados de petróleo,
sidade sonora. como a gasolina, porém mais pesado.
O óleo Diesel, em suas diversas denomina-
ções, é o principal combustível comerciali-
D
DETONAÇÃO
zado no mercado brasileiro, utilizado no
transporte de cargas e de passageiros, em
E
Ver Autoigniçao.
embarcações, na indústria, na geração de
energia, nas máquinas para construção ci-
F
DIAGRAMA DE DISTRIBUIÇAO vil, nas máquinas agrícolas e locomotivas,
atendendo as necessidades dos consumi-
Os pontos de início e de final do fecha- dores e as mais avançadas tecnologias em
mento de válvulas, indicados em graus de motores e combustão.
rotação do virabrequim, podem ser mos-
Os tipos de Diesel variam de acordo com
trados graficamente por meio de um dia-
o teor de enxofre máximo que eles podem
grama circular conhecido como diagrama
possuir.
de distribuição. Também se fala de “dia-
grama” para indicar o grau de abertura
da distribuição. DIFERENCIAL
Grandes avanços de abertura e atrasos de
fechamento caracterizam o diagrama dos Quando um veículo entra numa curva,
motores de alto desempenho destinados a suas rodas internas percorrem uma distân-
funcionar em regimes de rotação mais ele- cia menor do que as externas.
vados. O gráfico é determinado pelo perfil Por isso, é preciso usar no eixo do motor um dis-
dos excêntricos, que considera a geome- positivo capaz de permitir que as duas rodas se
tria dos componentes sobre os quais os ex- movimentem com velocidades diferentes.
cêntricos atuam, e do comando de válvu- Esse dispositivo é o diferencial, formado por
las ou do posicionamento dos excêntricos uma carcaça de engrenagens, à qual estão
em relação à manivela do virabrequim. ligados os eixos, geralmente dois, sobre os
quais se instala uma dupla de satélites liga-
dos a duas engrenagens cônicas, chamadas
DIÂMETRO DO CILINDRO
planetárias, acopladas aos dois semieixos
É a medida do diâmetro interno dos cilin- que enviam o movimento às rodas.
dros do motor, expressa sempre em milí- A carcaça roda junto com a coroa da du-
metros. pla, cilíndrica ou cônica, de redução final.

29
DIGITAL DIODO
É o contrário de analógico. Um indicador Semicondutor que permite o fluxo da cor-
digital é dotado de um mostrador no qual rente numa determinada direção e o impe-
os valores numéricos aparecem de manei- de de seguir em direção contrária.
D ra descontínua, ou seja, variam em “pas-
sos” ou “degraus” de valores no decorrer
Para exemplificar, diodos combinados são
usados para transformar a corrente alter-
E do tempo para a variável medida.
São digitais os instrumentos que fornecem
nada, produzida pelo alternador, em cor-
rente contínua, que pode ser utilizada na
F informações por meio de números ou le-
tras luminosas compostas por elementos
recarga da bateria.

de cristal líquido ou LEDs.

DIÓXIDO DE CARBONO
Ver Gás Carbônico.
DILATAÇÃO TÉRMICA
Com o aumento da temperatura, os corpos DIREÇÃO ELÉTRICA
tendem a se expandir, ou seja, aumentar
de tamanho devido à dilatação térmica, Sistema em que um motor elétrico substitui
que varia dependendo da natureza dos a bomba hidráulica da assistência conven-
materiais. As ligas de alumínio, por exem- cional. Entre as vantagens estão menor
plo, dilatam mais do que materiais ferro- consumo de energia do motor, ausência
sos. de fluido, o que reduz a manutenção e
a facilidade ao fabricante de ampliar a
assistência quando desejado, como por
DIN
exemplo, a função “City”.
Sigla para Deutsches Institut Für Norrnunq
(Instituto Alemão de Padronização). DIREÇÃO ELETROIDRÁULICA
Essa entidade estabeleceu uma série de
normas que encontram aplicação em mui- Tipo de assistência de direção em que a
tos setores. No campo automobilístico em bomba é acionada por um servomotor elé-
particular existem modalidades determina- trico, e não mais pelo próprio motor, via
das para medir a potência e o consumo correia. Com isso, consome menos ener-
específico. gia do motor e torna a assistência inde-
pendente do regime de giros.

30
DIREÇÃO HIDRÁULICA DISTRIBUIÇÃO DESMODRÔMICA
Dispositivo que diminui o esforço do moto- Em todos os motores de automóveis, as
rista para girar as rodas. válvulas são fechadas por meio de molas.
A direção hidráulica, normalmente tem um Muitas vezes, porém, foram propostos sis-
cilindro hidráulico incorporado no aloja-
mento tubular da haste dentada (caixa de
temas de fechamento de válvulas do tipo
“positivo”, sem elementos elásticos para D
direção à cremalheira).
Uma bomba ligada ao motor faz o fluido
fechamento, ou seja, distribuições desmo-
drômicas. E
hidráulico do circuito circular sob pressão.
Uma válvula de controle regula a passa-
O esquema prevê o uso de dois cames de
perfil complementar por válvula, fazendo
F
gem de óleo de um lado ao outro do cilin- a função tanto de abertura como fecha-
dro hidráulico, em cujo interior há um pis- mento da válvula.
tão vinculado à haste dentada, de acordo A distribuição desmodrômica abre e fecha
com a velocidade e o ângulo de rotação as válvulas com grande rapidez, eliminan-
do volante de direção. do o risco de “overspeed” se o motor fun-
Por motivo de segurança, a direção hi- cionar acima da rotação adequada, mas
dráulica é construída de tal forma que na tem seus inconvenientes: aumenta muito a
remota eventualidade de uma falha de fun- complexidade da construção, o que impli-
cionamento, o motorista pode continuar ca grande elevação dos custos.
virando a direção mesmo que com mais
esforço.
DISTRIBUIDOR

DISTRIBUIÇÃO Em geral, o termo indica o dispositivo res-


ponsável pelo envio, no momento correto,
O chamado “conjunto de distribuição” é da corrente de alta tensão proveniente da
a somatória dos componentes do motor bobina a cada uma das velas do motor.
antepostos ao controle do fluxo dos gases Nos sistemas de ignição convencionais,
que entram e saem dos cilindros, ou seja, ele é constituído por uma caixa, chamada
as válvulas e todos os componentes que de tampa do distribuidor, dentro da qual
asseguram o seu funcionamento (comando fica alojada uma escova rotatória, chama-
de válvulas, balancins etc.). da de rotor, que distribui a corrente de alta
Fala-se de “comando da distribuição” tensão para a vela correspondente.
para indicar os componentes utilizados Distribuidor é qualquer componente ou dis-
para acionar o eixo comando de válvulas, positivo capaz de dividir o fluxo de um flui-
que pode ser simples, com um único eixo, do gerado por uma única fonte, fazendo-o
ou duplo, com dois. chegar, exatamente no momento previsto,
aos componentes a ele ligados.

31
DNA DRIVE BY WIRE
É uma chave seletora que permite mudan- Ver acelerador eletrônico
ça de mapeamento dos curso de pedal do
acelerador, modificando a forma de res-
DUALOGIC
D posta do veiculo a aceleração.
Sistema eletro hidráulico que monitora e
D - Dinâmico, provoca respostas mais rá-
E pidas aos comandos do acelerador e si- realiza as trocas de marchas no cambio
mecânico, com o acionamento e controle
naliza uma troca de marchas em rotações
F mais altas, propondo uma condução mais da embreagem.
esportiva;
N - Normal, mantém as configurações usu- DÜCTIL
ais de condução;
Que se pode reduzir a fios, estirar, disten-
A - Autonomia, disponibiliza um econôme- der, sem se romper; flexível, elástico.
tro gráfico no visor e sinaliza para o moto-
rista os momentos exatos de trocas de mar-
chas, buscando sempre o menor consumo. DUMMY
Boneco de alta tecnologia utilizado em
DOHC testes de colisão, crash-tests. Dotado de
sensores extremamente precisos, permite
Sigla de Double Overhead Camshaft. (du- avaliar os esforços e impactos exercidos
plo comando de valvulas no cabeçote). em cada parte do corpo durante a colisão,
Utilizada para designar os motores com de modo a auxiliar o desenvolvimento de
duplo comando de válvulas no cabeçote. automóveis mais seguros.

DOIS TEMPOS DUPLA IGNIÇÃO

Podem ser motores de ciclo Otto ou a Die- Em alguns motores utilizam-se duas velas
sel. Enquanto os motores de quatro tempos para cada cilindro. Em geral, são coloca-
têm uma fase útil a cada dois giros do eixo das no lado oposto da câmara de com-
motor, nos de dois tempos todas as fases bustão. Em inglês, o termo é “twin spark”.
do ciclo de funcionamento ocorrem num
único giro do virabrequim, ou seja, em
dois movimentos do pistão.
Os motores de dois tempos a ciclo Otto são
muito mais simples, compactos e leves do
que os de quatro tempos, mas têm um ren-
dimento bem pior e um consumo especifico
muito mais alto. Além disso, os níveis de suas
emissões de hidrocarbonetos e óxido de car-
bono são muito mais elevados. Todavia, ge-
ram uma potência específica bem mais alta.

32
DUPLO COMANDO DE VÁLVULAS ECO:DRIVE
O termo indica as distribuições com dois O eco:Drive é um programa que analisa
eixos comandos de válvulas no cabeçote. os percursos usados pelo motorista, cole-
Trata-se de uma solução adotada univer- tando várias informações da condução
salmente nos motores de competição, mas
também muito difundida nos motores de
durante o trajeto.
Essas informações são convertidas em in-
D
série de performance mais agressiva.
Permite reduzir ao mínimo as massas dos
fográficos bastante objetivos, de leitura fá-
cil, traduzidas em desempenho de espec-
E
componentes em movimento alternado, an-
tes do acionamento de cada válvula.
tro geral. O grande objetivo é fornecer ao
motorista dados para que sua condução
F
Os componentes localizados entre o ex- seja a mais eficaz possível, especialmente
cêntrico e as válvulas possuem grande rigi- em termos de consumo de combustível e
dez e permitem obter um excelente contro- níveis de emissões.Dentre as informações
le do movimento das válvulas. disponíveis, o destaque é o eco:Index:
uma nota de 0 a 100, que pontua de for-
ma global o modo de condução do moto-
DURAÇÃO DO COMANDO rista. Se ele quiser, pode ainda comparti-
lhar e comparar seu índice com os amigos
Refere-se ao sistema de distribuição e indi- através do Facebook e Tweeter
ca a antecipação ou o atraso, em relação
à manivela do virabrequim, com o qual
ocorre um determinado evento mecânico, ECU
elétrico ou hidráulico.
Sigla de Electronic Control Unit (unidade
Fala-se ainda de “ângulo de ignição” para
eletrônica de controle).
indicar o avanço com que a faísca corre
entre os eletrodos da vela. Ver Centralina
O ângulo de fase da distribuição é forma-
do pela antecipação da abertura e o atra- EDC
so de fechamento das válvulas em relação
ao ponto morto. Sigla de Electronic Diesel Control.
É um sistema de controle dos motores a
diesel de última geração que permite eli-
EBD minar o regulador de giros, o variador
Sigla em inglês de Electronic Braking For- de fase de funcionamento mecânico e a
ce Distribution (distribuição eletronica da ligação direta entre o pedal do acelera-
força dos freios). dor e o conjunto regulador-bomba de in-
jeção. Com esse sistema é possível manter
Sistema que distribui a frenagem entre os a alimentação do motor a diesel sempre
eixos dianteiro e traseiro. no melhor nível e limitar as emissões de
Na prática ele calcula a máxima pressão poluentes e o consumo, assegurando um
do freio que pode ser aplicada sem risco bom desempenho.
de travamento do eixo traseiro e a reduz
quando necessário.
Sem o EBD, a distribuição imperfeita pode
levar a tendência prematura de travamen-
to das rodas de um dos eixos, o que impli-
ca atuação do ABS.

33
EFEITO RAM EIXO CARDAN DE TRANSMISSAO
Ver coletor de admissão variável. Tem a função de ligar a saída do câmbio
à caixa do diferencial nos veículos com
tração traseira e motor dianteiro. Em geral
EFEITO SOLO
D é formado por um eixo tubular dotado de
“cruzetas” posicionadas em uma ou am-
Força aerodinâmica dirigida para baixo
E que pode alcançar valores consideráveis
bas as extremidades.
em altas velocidades. Pode ser obtida em
F maior ou menor intensidade por meio de EIXO COMANDO DE VÁLVULAS
apêndices aerodinâmicos, como aerofólios,
para melhorar a aderência das rodas motri- Nos motores de quatro tempos o movimen-
zes, como no caso dos carros de Fórmula 1. to das válvulas é controlado por uma série
de excêntricos do comando de válvulas,
conhecidos como cames.
EGR
O comando roda com velocidade reduzi-
Sigla para Exhaust Gas Recirculation (re- da em comparação ao virabrequim, que
circulação dos gases de exaustão). o aciona por meio de correias dentadas,
corrente de distribuição ou engrenagens.
É a recirculação dos gases de escape usa-
da até certo ponto em alguns motores para O comando de válvulas pode estar loca-
diluir a mistura fresca com os gases já lizado no bloco e, nesse caso, aciona as
queimados do escapamento e, portanto, válvulas por meio de varetas e balancins.
abaixar as temperaturas máximas do ciclo Na maioria dos motores modernos, porém, está
com o objetivo de reduzir as emissões do localizado no cabeçote e controla as válvulas
óxido de nitrogênio. agindo sobre os tuchos ou sobre os balancins.
As superfícies de trabalho dos excêntricos
EIXO devem ser muito duras e durante o funcio-
namento, ser constantemente lubrificadas.
Do ponto de vista mecânico, o eixo difere
de uma árvore exclusivamente pelo fato de
EIXO CONTRA-ROTANTE
não transmitir nenhum movimento de torção.
Também na suspensão dos veículos fala- Componente mecânico empregado em alguns
-se de eixo dianteiro e traseiro, mas como motores para eliminar vibrações que podem
hoje a maioria dos modelos tem suspen- ser incômodas aos ocupantes do veículo. Em
sões dianteiras independentes, seria mais certos casos, há dois eixos auxiliares de equilí-
correto referir-se a trem dianteiro. brio, sempre dotados de uma ou mais massas
excêntricas girando em sentido contrário.

EIXO AUXILIAR DE BALANCEAMENTO


ELASTÔMERO
Ver eixo contra-rotante.
Material plástico, na realidade uma bor-
racha sintética, dotado de grande elasti-
cidade. Os elastômeros encontram ampla
utilização na indústria automobilística,
principalmente na fabricação de elemen-
tos de impermeabilização e guarnição.

34
ELETROFORESE EMBREAGEM DUPLA
Tratamento protetor efetuado por meio da Sistema adotado em algumas caixas de
imersão numa solução galvânica. É aplica- câmbio manuais automatizadas em que
do à lâmina de aço e resulta na formação há duas embreagens. A árvore primária
de uma fina camada protetora que adere
firmemente às superfícies metálicas.
de transmissão é dividida em duas seções,
uma com as marchas de número par, ou- D
tra com as ímpares. Enquanto uma das
marchas está selecionada e ativa, com E
EMBREAGEM
Dispositivo que liga o motor ao câmbio e
sua embreagem acoplada, a transmissão
comanda que a marcha seguinte seja sele- F
cionada, permanecendo sua embreagem
permite ao motorista obter uma transmis-
desacoplada. No momento da mudança,
são progressiva de torque.
esta embreagem se acopla ao mesmo tem-
Ela coloca o veículo em movimento com po em que a outra (da marcha que está
certo deslizamento e separa os dois com- saindo) é desacoplada. Com isso, não é
ponentes, tornando independente a rota- preciso interromper o fornecimento de po-
ção de cada um deles, permitindo assim, tência para uma operação suave.
um engate fácil das marchas.
Quando a embreagem é acionada, os
dois elementos, platô e disco se separam, EMISSÕES
desacoplando o motor do câmbio.
Em teoria, um motor a ciclo Otto alimenta-
Quando a embreagem é deixa de ser acio- do com uma mistura na dosagem correta
nada, os dois elementos se unem, transfe- deveria emitir pelo escapamento apenas
rindo assim o torque do motor para o câm- gás carbônico, água sob forma de vapor
bio e consequentemente para as rodas. e nitrogênio. Esse último gás compõe apro-
ximadamente 78% do ar e deveria ser to-
talmente inerte, ou seja, não tomar parte
nas reações químicas que se desenvolvem
nos cilindros. A água e o gás carbônico
resultam da combustão, ou seja, da oxida-
ção dos hidrocarbonetos.
Na realidade, a combustão dentro do
motor é sempre incompleta, o que acaba
determinando a emissão de certa quanti-
dade de monóxido de carbono e hidro-
carbonetos não queimados. Em função da
combinação com oxigênio a temperaturas
muito elevadas, saem do motor, sob a for-
ma de gases de escape, alguns óxidos de
nitrogênio. O monóxido de carbono e os
hidrocarbonetos são emitidos em quan-
tidades consideráveis quando o motor é
alimentado com uma mistura rica, ou seja,
excesso de gasolina em relação ao ar. Ao
contrário, quando o motor é alimentado
com uma mistura pobre, ou seja, pouca
gasolina em relação ao ar, os óxidos de

35
nitrogênio estão presentes em grande ENGRIPAMENTO
quantidade.
Nos motores a diesel, que emitem menos Termo informal que indica o fenômeno que
gases poluentes, há o problema do par- se verifica quando o jogo diametral entre
ticulado, ou seja, o conjunto de todas as um componente móvel e o seu encaixe se
D partículas sólidas e líquidas que saem do
motor pelo sistema de escape.
anula ou quando se rompe a camada de
óleo lubrificante que separa as superfícies
E de trabalho. Nestas condições, ocorre
uma acentuada produção de calor, com
F ENCOSTO DE CABEÇA ATIVO rápido desgaste e danificação das super-
fícies metálicas em menor ou maior grau:
São programados para que em uma coli- vai de um simples risco a sulcos mais ou
são por trás do veículo, assuma uma posi- menos profundos. Nos casos mais graves
ção favorável à proteção dos ocupantes, in- pode ocorrer um princípio de soldagem
clinando para perto da cabeça, diminuindo do material em ponto localizado e irreme-
assim o espaço entre a cabeça e o apoio. diável perda do componente. Em termos
mecânicos, as peças que podem engripar
incluem os eixos nos rolamentos que os
ENERGIA apoiam, as válvulas nas guias etc.
É a capacidade de um corpo ou sistema
de realizar trabalho. Este pode manifestar- ENTRE EIXOS
-se sob várias maneiras diferentes: energia
térmica, elétrica, cinética, mecânica, etc. É a distância entre os eixos anterior e pos-
Como essas formas de energia podem ser terior de um veículo, mas qualquer com-
transformadas entre si, um motor também ponente mecânico dotado de dois furos
poderia ser considerado uma espécie de possui um entre eixos, que é a distância
transformador de energia já que converte que separa os eixos dessas partes.
parte do calor desenvolvido na combus-
tão da mistura ar/combustível em energia
mecânica. Os freios também podem ser
EP
considerados transformadores de energia, Sigla de Extreme Pressure (EXTREMA PRES-
pois convertem energia cinética, ou de mo- SÃO).
vimento, em calor.
Indica os aditivos que permitem ao óleo
criar nas superfícies metálicas uma fina
camada lubrificante capaz de suportar
pressões muito elevadas sem que se rom-
pam. Muitos óleos destinados a lubrificar
engrenagens hipóide têm características
EP marcantes.

36
EPICICLOIDAL ESCALONAMENTO
Devido à analogia com o sistema solar, o É a definição das relações de marcha em
trem epicicloidal é frequentemente chama- função das características do motor e do
do de trem planetário ou trem de engrena- veículo como um todo.
gens planetárias.
Em virtude disso, a engrenagem central é
D
ESPELHO CONVEXO
chamada de solar, as engrenagens que
giram em torno dela são chamadas de Espelho retrovisor com ligeira curvatura
E
planetárias. da lente, propiciando um campo de vi-
são maior, mas com menos clareza de
F
Quase sempre se utiliza também, uma en-
grenagem de dentes internos em torno do distâncias: os objetos refletidos parecem
conjunto, onde os planetários também se mais distantes do que realmente estão.
engrenam. Essa é chamada de engrena- Sua maior vantagem é a segurança e
gem, anular ou coroa. conforto em mudanças de pista e acessos
Esse grupo de engrenagens é muito utiliza- em ângulo a vias, pois permite enxergar
do em câmbios automáticos, motores de veículos na pista ao lado que o retrovisor
partida e alguns diferenciais para trans- plano não mostra. No retrovisor do lado
mitir o movimento com diferentes relações do passageiro é adotado universalmente,
de redução entre dois eixos coaxiais, mas enquanto no do motorista há divergências.
sem inverter a direção de rotação. Há também o tipo biconvexo, com uma fai-
xa externa de curvatura mais acentuada.

EPROM
ESTEQUIOMETRIA
Significa Erasable Programmable Read
Only Memory ou memória de leitura can- Mistura ideal entre o ar e um combustível.
celável e reprogramável (memória de leitu-
ra cancelavel e reprogramavel).
ETANOL COMBUSTÍVEL
Indica uma memória que manda instruções
à central eletrônica que em caso de neces- A produção de álcool no Brasil é realizada
sidade pode ser anulada e reprogramada. a partir da fermentação da cana-de-açúcar.
Esse dispositivo vem sendo bastante usado Seguindo recomendações específicas, ele
nos sistemas de injeção eletrônica, uma pode ser misturado ao diesel e à gasolina.
vez que permite variar rapidamente os ma- O álcool com que você abastece o seu carro é
pas de avanço e admissão de combustível. diferente daquele que é adicionado à gasolina.
O combustível que abastece os veículos
ERGONOMIA movidos a álcool ou flex é o álcool etílico
hidratado (6,2 a 7,4 % de água), que se
Definida como a adaptação de um espaço caracteriza por sua apresentação límpida
ao trabalho humano, no caso dos veículos e incolor. Já o produto que é adicionado à
envolve a disposição e o funcionamento de gasolina é o álcool etílico anidro.
todos os comandos para o motorista, como
volante, pedais, alavancas de câmbio e freio
de estacionamento, controles do painel etc.

37
ERM ESTATOR
Sigla para eletronic roll mitigation (ATE- Parte de um motor ou gerador elétrico que
NUAÇÃO ELETRONICA DA INCLINA- não gira durante o funcionamento da má-
ÇÃO DA CARROCERIA). quina e é responsável pela criação de um

D O sistema de prevenção à capotagem tra-


balha com as informações de velocidade
campo magnético que influencia o rotor.

E do veículo e o esterçamento do volante.


Em caso de probabilidade de capotagem,
F o sistema intervém na aceleração e aplica
freio seletivamente nas rodas.

ESCOVA
Permite a passagem da corrente elétrica
entre um componente fixo e outro móvel.
Nos alternadores e nos motores de arran-
que usam-se escovas de grafite que pas-
sam pela parte móvel, contra a qual ficam
pressionadas por molas apropriadas.
EXCÊNTRICO
Componente que com o seu movimento de
ESP
rotação determina o deslocamento retilí-
Sigla de Electronic Stability Program (esta- neo de outro componente.
bilidade eletronica programada). Os excêntricos são utilizados nos sistemas
Trata-se de um sistema estabilidade eletrônica. de comando das válvulas.
Monitora em tempo integral a velocidade Durante a sua rotação, os excêntricos de-
do veículo, a posição do volante e a incli- terminam também um impulso lateral sobre
nação da carroceria. os componentes a eles ligados, levantan-
do-os. Por isso nunca atuam diretamente
Caso haja divergência entre esses valores, sig-
sobre as válvulas: eles as acionam por
nifica que o veículo está derrapando e o sistema
meio de balancins ou tuchos, projetados
entra em ação atuando nas rodas dianteiras ou
para absorver esse impulso lateral.
traseiras para fazer a correção da trajetória.

EXPANSÃO
É a fase do funcionamento do motor que
vem depois da combustão. Nela, o pistão
desce do PMS ao PMI e parte da pressão
exercida sobre ele pelos gases em alta
temperatura é transmitida ao virabrequim.
Essa fase também é conhecida como
“combustão”.

38
EXTRUSÃO FEIXE DE MOLAS
Passagem forçada de um metal ou de um Tipo de elemento elástico muito usado no
plástico através de um orifício, visando a passado por sua simplicidade, custo e ta-
conseguir forma de fio. manho reduzido. Em geral, os feixes de
molas são formados por várias lâminas de
aço curvas, sobrepostas e de comprimen- D
FADING tos diferentes, conhecido como “feixe de
molas semielíptico”. E
Termo em inglês que indica o fenômeno
que se verifica quando, após um supera- Em alguns casos, são utilizados feixes de
molas compostos de uma única lâmina, de
F
quecimento, os freios perdem a sua efici-
ência. espessura variável, ou de duas lâminas so-
brepostas, em contato entre si apenas na
parte central, conhecido como “feixe de
FAROL AUTODIRECIONAL molas parabólico”.
Os feixes desse tipo podem ser dispostos
Traz um sistema automático de orientação
no sentido longitudinal ou transversal em
do facho nas curvas, de modo a iluminá-
relação ao veículo.
-las conforme a velocidade do carro e o
movimento do volante.
FERRO FUNDIDO
FAROL BI-PARÁBOLA O ferro fundido é uma liga de ferro, car-
bono e silício.
É um farol com duplo refletor: um para o
facho baixo e outro para o alto, o que per- Forma uma liga metálica de ferro, carbono
mite que o desenho de cada refletor seja 2,11 e 6,67%, silício 1 e 3%, podendo
mais elaborado para a função. Ao acio- conter outros elementos químicos.
nar o farol alto o facho baixo é mantido Sua diferença para o aço, que também é
aceso, o que utiliza ambos os refletores uma liga metálica, é que ele é formado
com quatro fachos no total, para ilumina- essencialmente por ferro e carbono, mas
ção mais eficiente. com percentagens entre 0,008 e 2,11%.
Os ferros fundidos dividem-se em três tipos
principais: branco, cinzento e nodular.
FAROL POLIELÍPTICO
Refletor de farol composto por inúmeros
FLEX
e pequenos prismas em forma de elipses,
daí o nome, que permitem obter grande Motores com tecnologia para utilizar livre-
iluminação e um corte de facho bem defi- mente e em qualquer proporção, gasolina
nido em um conjunto bastante compacto. tipo C ou Etanol Hidratado Combustível.

39
FLUTUAÇÃO DE VÁLVULAS FILTRO DE COMBUSTÍVEL
Fenômeno que ocorre em rotações excessi- Geralmente são de papel no seu interior e
vamente altas, em que as válvulas não con- colocados na linha da tubulação de passa-
seguem abrir e fechar com a rapidez neces- gem do combustível.
D sária, tornando então irregular o enchimento
e a exaustão de gases dos cilindros.
Os filtros de combustível são designados para
isentar o combustível das partículas de sujeira
E como pó, ferrugem, água e resíduos do tanque.
Eles são utilizados em todos os motores de com-
FLUXO CRUZADO
F Ver cross-flow.
bustão, sejam eles movidos a Diesel, gasolina
ou álcool, com sistema de injeção eletrônica ou
carburado. Atendendo à segurança da opera-
ção, eles protegem carburadores, bicos de in-
FILTRO DE AR jeção e agregados extremamente sensíveis do
sistema de alimentação do combustível.
É utilizado para evitar que partículas estra-
nhas, muitas delas abrasivas, entrem nos
cilindros junto com o ar. FILTRO DE ÓLEO
Normalmente, os filtros são de papel trata-
O lubrificante que circula no interior do
do quimicamente e deve ter elevado poder
motor deve chegar aos vários componen-
de acúmulo e oferecer a menor resistência
tes absolutamente livre de partículas estra-
possível ao fluxo de gases, ou seja, não
nhas que, mesmo de dimensões reduzidas,
representar um obstáculo à “respiração”
podem causar danos às superfícies de tra-
do motor.
balho dos componentes e provocar um rá-
pido desgaste. Para reter impurezas, todos
os circuitos de lubrificação são dotados de
um filtro a cartucho, ao qual se agrega
um filtro reticulado, cuja função é reter as
impurezas mais grosseiras. O filtro a cartu-
cho, que costuma ser fixado externamente
ao bloco para facilitar sua substituição, é
colocado ao longo do circuito no caminho
do fluxo da bomba.

40
FILTRO DE PARTICULADOS FORÇA DE SUSTENTAÇÃO
Trata-se de um dispositivo que detém impu- É uma força direta para o alto, gerada
rezas de tamanho extremamente reduzido. pelo avanço e determinada pela aerodi-
Foi projetado para ser colocado ao longo nâmica do veículo. O perfil ou a superfície
do sistema de escape dos veículos a diesel
com o objetivo de reduzir a emissão de
dos aviões é tal que produz uma força de
sustentação considerável, suficiente para D
partículas.
Os filtros de particulados atuais têm condi-
vencer a força da gravidade e assim, fazê-
-los voar. Nos automóveis de alta perfor- E
ções de filtrar quase completamente as par-
tículas de fuligem no fluxo de gás de exaus-
mance pode-se criar forças de sustentação
que agem sobre a carroceria, resultando F
tão, incinerando-as subsequentemente. em diminuição de peso.
Os sistemas de filtro do tipo colmeia inte- Para contrabalançar esse efeito, usam-se
grados ao sistema de exaustão consistem spoilers e aerofólios.
de pequenos canais organizados para-
lelamente. Quando as extremidades dos
FORÇA MOTRIZ
canais são fechadas alternadamente, os
gases são forçados a fluir através das É a força que o virabrequim transmite à
paredes intermediárias, que têm poros embreagem e em consequência, ao câm-
extremamente finos. Enquanto os compo- bio. Esse, dependendo da marcha engata-
nentes gasosos conseguem atravessar as da, encarrega-se de aumentá-la e enviá-la
paredes, as partículas são retidas nesta às rodas por meio de outros componentes
“armadilha”. de transmissão.
Os motores a combustão interna geram um
FORA DE ROTAÇÃO torque que varia de acordo com o regime
de rotação, com um desenvolvimento que
Quando o motor alcança um regime de vem expresso graficamente como “curva
rotação superior ao da potência máxi- de torque”.
ma diz-se que está fora de rotação. Nos
carros dotados de conta-giros, essa zona
costuma ser indicada por uma faixa ver-
melha ou laranja. Sempre se deve evitar o
funcionamento do motor nestas condições.
Quando o regime de potência máxima é
ultrapassado frequentemente, há risco de
danos às válvulas e outros componentes.
Um limitador de giros pode evitar que um
motor “esticando” uma marcha ao extre-
mo, supere o regime de potência máxima.

41
FORJAMENTO FOUR WHEEL DRIVE (4 WD)
Procedimento por meio do qual se produ- Sigla de Four Wheel Drive, ver Tração In-
zem alguns componentes metálicos me- tegral.
diante a deformação a quente de certos
D materiais.
Em muitos casos, consiste em dar a estes,
FPS

E características mecânicas elevadas, muito


melhores do que se o mesmo componente,
Sigla para Fire Prevention System.
É um sistema de segurança contra incên-
F do mesmo material, fosse fabricado por
fundição.
dios em caso de acidentes.
Seu componente mais importante é o in-
Quase todos os componentes de aço são
terruptor inercial que bloqueia o fluxo de
forjados; o ferro, ao contrário, só se presta
combustível do tanque ao motor, além da
à manufatura por fundição.
aplicação de matérias de baixa propaga-
O procedimento de forjamento prevê o ção de chamas no interior do veículo e vál-
aquecimento de uma barra metálica em vulas anti-refluxo de combustível.
níveis elevados.
Esta barra é colocada em um estampo de
aço sobre o qual se posiciona um “contra- FREIO A DISCO
-estampo”. Os freios a disco substituíram há muito tem-
A deformação, que leva a barra de me- po os a tambor nas rodas dianteiras e em
tal a tomar a forma do molde, é obtida diversos modelos, nas traseiras também.
fechando-se o estampo com o contra-es- Um freio a disco é formado por uma pin-
tampo por meio de uma prensa. Também ça, no interior da qual estão localizadas
há casos em que esta barra metálica aque- duas pastilhas recobertas por um material
cida é deformada por “martelamento”, ou de atrito. Quando se pisa no pedal, as
malho, com golpes sucessivos. pastilhas comprimem com força um disco
de freio ligado à roda.
FOSFATAÇÃO O disco é normalmente feito de ferro, mas
em alguns carros de corrida pode ser de
Tratamento protetor de superfícies metá- carbono, assim como as pastilhas. Para ga-
licas que deposita uma fina camada de rantir um resfriamento adequado do disco,
fosfato sobre elas. Em certos casos a fosfa- ele pode possuir uma série de passagens
tação resulta em uma superfície levemente de ar radiais, são os discos ventilados.
porosa bastante adequada à formação
de uma fina camada de óleo, ideal para
componentes nos quais a lubrificação é
fundamental, especialmente no início do
funcionamento. A fosfatação das chapas
nuas da carroceria, antes do processo de
pintura, também proporciona uma exce-
lente aderência da tinta catódica, catafo-
rese, sobre as mesmas.

42
FREIO A TAMBOR FUNDIÇÃO
Praticamente suplantados nas rodas dian- Conjunto de atividades requeridas para
teiras pelos freios a disco, os freios a tam- dar forma aos materiais por meio da sua
bor ainda equipam as rodas traseiras, que fusão.
trabalham menos numa frenagem, de mui-
tos modelos. D
FUSÃO
O freio a tambor é constituído de um com-
ponente, o tambor, que gira junto com a O termo indica a mudança do estado físi-
E
roda e tem uma banda anular interna con-
tra a qual, em uma frenagem, são pressio-
co de um corpo que, levado a certa tempe-
ratura, passa de sólido a líquido, ou seja,
F
nadas duas sapatas recobertas por mate- se funde.
rial de atrito.
O alargamento das sapatas é obtido por
meio de pequenos cilindros hidráulicos. FUSÍVEL
Elemento usado para proteger um circuito
elétrico.
Ele é fabricado de tal forma que, se o flu-
xo da corrente for excessivo, devido a um
curto-circuito por exemplo, o filamento in-
terno ou a lâmina através da qual passa a
corrente se funde, interrompendo a alimen-
tação do circuito. Dessa forma, é possível
evitar sérios prejuízos.

43
G GASOLINA
Símbolo com o qual se indica o valor de Combustível utilizado quase universalmen-
uma aceleração em relação à aceleração te para alimentar os motores a ciclo Otto.
da gravidade. Trata-se de uma mistura de hidrocarbone-
tos com diferentes fórmulas químicas.
De importância fundamental é o seu poder
GAIOLA
antidetonante, indicado pela octanagem.
Componente mecânico também chamado O “conteúdo energético” dos combustíveis
de “carcaça” é usado para conter outros é indicado por seu poder calorífico inferior
componentes. A carcaça mais comum é a que, no caso da gasolina, é de aproxima-
do rolamento, cuja função é manter as es-
feras separadas e guiadas.
damente 9857 kcal/kg.
Para obter uma combustão correta do pon-
G
to de vista químico, um quilograma de ga-
solina brasileira deve ser misturado com
H
GÁS CARBÔNICO
13,2 kg de ar. I
Dióxido de carbono, composto químico Toda gasolina comercializada do território
constituído por dois átomos de oxigénio nacional (gasolina C) possui a adição de
e um átomo de carbono, é o CO2, que 20% de etanol anidro conforme legislação
resulta da queima do combustível. vigente descrita pela Portaria (MAPA) n°
678 de 31 de agosto de 2011.
GASES DE ESCAPE
GEOMETRIA VARIÁVEL
Produzidos pela combustão da mistura ar/
combustível, são emitidos pelo motor. Para obter um desenvolvimento favorável da
Se a combustão fosse completa, ou seja, curva de torque e potência nos regimes mé-
se todos os átomos de oxigênio se combi- dios e baixos, alguns motores têm sistemas de
nassem com todos os de hidrogênio e car- admissão com geometrias variáveis, normal-
bono do combustível, os gases de escape mente comandados por uma central eletrônica
só produziriam gás carbônico, água sob a que comanda uma válvula a borboleta, que
forma de vapor e nitrogênio. abrindo ou fechando, obriga o ar a cumprir
percursos diferentes no interior de um sistema
Como o nitrogênio está presente no ar em
de admissão de conformação complexa. Na
medidas superiores a 78%, teoricamente
prática, é como se houvesse dutos de admis-
ele deveria se comportar como um gás
são independentes de diversos comprimentos,
inerte. Na prática, porém, o escape libera
influenciando no rendimento do motor ou a
certa quantidade de substâncias poluen-
progressão da curva característica.
tes, como óxidos de carbono, hidrocarbo-
netos não queimados, óxido de nitrogê-
nio, dentre outros. GERADOR DE IMPULSO
É formado por um elemento giratório, roda
dentada axial ou radial e um sensor colo-
cado à sua frente que envia à central ele-
trônica da ignição ou da injeção um ou
mais impulsos elétricos. Com base neles, a
central aciona os atuadores ligados a ela.

45
GPS GRAU CELSIUS
sistema de posicionamento global Global Indicado pela sigla “°C” é às vezes cha-
Positioning System, ou do português “geo- mado popularmente de grau centígrado.
-posicionamento por satélite”) é um sistema O grau Celsius é a unidade de medida da
de navegação por satélite que fornece a temperatura mais usada no mundo.
um aparelho receptor móvel a posição do
mesmo, assim como informação horária,
sob todas quaisquer condições atmosféri- GRAU FAHRENHEIT
cas, a qualquer momento e em qualquer
lugar na Terra, desde que o receptor se en- Nos países anglo-saxões ainda é a medi-
contre no campo de visão de quatro saté- da de temperatura mais utilizada.
G lites GPS. Encontram-se em funcionamento Para fazer a conversão da escala Fahre-
dois sistemas de navegação por satélite: o nheit para a escala Celsius usar a fórmula:
H GPS americano e o GLONASS russo. Exis- °C = (°F − 32) / 1,8.
tem também dois outros sistemas em imple-
I mentação: o Galileo da União Europeia e
GRAU TÉRMICO
o Compass chinês. O sistema americano
é detido pelo Governo dos Estados Uni-
Indica a capacidade de perda de calor da
dos e operado através do Departamento
base isolante da vela de ignição.
de Defesa. Inicialmente o seu uso era ex-
clusivamente militar, estando actualmente Quanto mais “fria” a vela, mais curto é o
disponível para uso civil gratuito. isolante, assim a superfície atingida pelo
gás incandescente da mistura de combustí-
vel fica limitada, trocando mais calor com
GNV o ambiente.
Já uma vela “quente”, a base isolante tem
O Gás Natural Veicular (GNV), conhecido
grande comprimento, portanto, a super-
como combustível do futuro, é uma mistura
fície exposta aos gases em combustão é
de hidrocarbonetos leves que, à tempera-
bem maior, retendo mais o calor na câma-
tura ambiente e pressão atmosférica, per-
ra de combustão.
manece no estado gasoso. É constituído
predominantemente por metano (CH4)
com teor mínimo em torno de 87%. Ele é
encontrado acumulado em rochas porosas
no subsolo, frequentemente acompanhado
por petróleo, constituindo um reservatório.
A queima do GNV é reconhecidamente
uma das mais limpas, praticamente sem
emissão de monóxido de carbono. Por
não possuir enxofre em sua composição,
a queima do Gás Natural não lança com-
postos que produzam chuva ácida quando
em contato com a umidade atmosférica,
contribuindo, assim, para a melhoria da
qualidade de vida da população.

46
GRAXA HBA
Substância lubrificante de consistência Sigla para Hidraulic Break Assist.
cremosa, formada por óleo misturado com A assistência adicional de frenagem corri-
um sabão de base metálica ou um adensa- ge a aplicação insuficiente de pressão no
dor de outra natureza. pedal do freio pelo motorista, em freadas
Caracterizada por um ponto de gota mais de emergência.
ou menos elevado, de acordo com o tipo Estatisticamente, em situações de emergên-
de uso ao qual se destina, a graxa é inva- cia, muitos motoristas incorrem nestes erros,
riávelmente dotada de uma considerável desperdiçando o potencial de frenagem do
adesividade. automóvel. O HBA detecta a rapidez e a
As graxas mais usadas são à base de
sabão de lítio, enquanto as destinadas a
força de acionamento do freio e amplia sua
atuação, reduzindo os espaços de freagem.
G
trabalhar na presença de altos teores de
umidade ou expostas aos agentes atmosfé-
H
HERTZ
ricos geralmente são à base de sabão de
cálcio. Para determinadas funções, exis-
I
Unidade de medida de frequência, a qual
tem graxas aditivadas com lubrificantes
é expressa em termos de ciclos por segun-
sólidos, como o grafite ou o bissulfeto de
do. Todos os fenômenos de natureza osci-
molibdênio.
latória, como as vibrações, as frequências
sonoras, as ondas magnéticas e muitos
GUARNIÇÃO dos fenômenos de natureza cíclica, são
medidos em Hertz (Hz).
Conhecida também como “junta”.
E um elemento rígido que se interpõe entre HÍBRIDO
as superfícies planas de dois componentes
unidos entre si por meio de parafusos. Sua Embora o termo tenha sentido amplo, é
função é tornar a junção hermética, impe- como se denominam os veículos que pos-
dindo o vazamento de líquidos ou gases. suem dois motores de tipos diferentes,
sendo um elétrico e outro a combustão (a
gasolina ou a diesel, por exemplo), que
HASTE trabalham em sinergia.
É um componente mecânico utilizado em
várias partes do automóvel que, depen- HIDROCARBONETOS
dendo do caso, pode trabalhar movida a
tração ou a compressão. As hastes coman- São os compostos químicos orgânicos
dam os balancins nos motores com o eixo gasosos ou líquidos mais simples, cons-
comando de válvulas no bloco, a bomba tituídos apenas por átomos de carbono
de freio e a bomba do circuito hidráulico e de hidrogênio, que ligados entre si de
de embreagem. diversas maneiras, formam moléculas de
estruturas diferentes, onde a gasolina é um
dos exemplos clássicos.
Misturados com o oxigênio do ar se oxi-
dam, formando gás carbônico e água. A
gasolina e o diesel são misturas de hidro-
carbonetos líquidos.

47
HIDROGÊNIO INJEÇÃO DIRETA
Gás extremamente leve e inflamável. Em É o sistema de alimentação no qual o com-
teoria é o melhor combustível que existe, bustível é jogado por um ou mais jatos
já que após a combustão desenvolve uma precisamente orientados no interior do ci-
grande quantidade de calor sem gerar lindro ou na câmara de combustão. Nesse
emissões nocivas, mas infelizmente ainda caso a pressão de injeção é maior do que
não se resolveu o problema de como ar- a usada nos sistemas de injeção indireta.
mazená-lo e transportá-lo de maneira sim-
ples, econômica e segura num veículo. O
ar é composto de aproximadamente 21% INJEÇÃO INDIRETA
de oxigênio.
G Introduz o combustível sob forma de jato
finamente pulverizado no duto de aspira-
H HILL-HOLDER ção nos motores a ciclo Otto e na câmara
auxiliar nos motores a diesel.
I Dispositivo de funcionamento automático,
que impede que um veículo parado numa
subida ou descida recue no momento de INJEÇÃO SEQUENCIAL
se movimentar. Para tanto ele mantem por
Tipo de injeção de combustível multiponto
um período o freio acionado, mesmo após
que injeta a mistura em sequência, para o
o pedal ter sido liberado. Caso o motorista
cilindro correspondente que irá fazer a ad-
acelere antes desse prazo determinado, o
missão. Permite ligeiro ganho de potência,
freio também deixa de ficar acionado.
redução no consumo e emissões se com-
Esse dispositivo evita o estresse comum en- parada à injeção multiponto simultânea,
tre os motoristas no momento de arrancar convencional.
o veículo nesses casos.

IGNIÇÃO
Os motores de ciclo Otto são conhecidos
como “motores a combustão”. Neles, a
mistura ar/combustível sofre uma compres-
são considerável para depois ser queima-
da rapidamente por uma faísca que salta
entre os dois eletrodos da vela.
A faísca deve ocorrer sensivelmente antes
que o pistão alcance o chamado ponto mor-
to superior, PMS, na fase final de compres-
são. Essa antecipação da ignição, em geral
expressa em graus de rotação do eixo de
manivela é necessária porque a combustão
requer certo tempo para acontecer por com-
pleto. Os motores a diesel funcionam por “ig-
nição espontânea”: só ar é comprimido no
cilindro. Quando se inicia a injeção, o com-
bustível vaporiza aos poucos, se mistura com
o ar e começa a queimar espontaneamente.

48
INTERCOOLER INTERFERÊNCIA
É um sistema de troca de calor, geralmente É o contrário de folga ou de jogo. Dois
do tipo ar- ar, usado para abaixar a tem- componentes estão unidos com interferên-
peratura do ar enviado aos cilindros nos cia quando entre eles existe uma força.
motores turboalimentados, quando se ado-
tam pressões elevadas de alimentação.
ISO
Trata-se de uma espécie de radiador do tur-
bocompressor. Tem aparência semelhante Sigla para International Standard Organi-
à de um radiador comum. No compressor, zation ou Organização Internacional de
o ar pode atingir temperaturas elevadas Padronização. A entidade elabora tabelas
de 160 °C a 200 °C e cabe ao intercooler
abaixá-las. Dessa forma fria, o ar compri-
normativas para peças mecânicas, como
ranhuras de parafusos, forma dos dentes
G
mido que entra no cilindro é mais denso, o
que auxilia o rendimento do motor.
de diversos tipos de correias, dentre ou-
tros.
H
I
ISOFIX
Sistema de fixação para cadeiras infantis
que prevê pontos de ancoragem no veí-
culo, em geral no banco traseiro e em al-
guns casos no dianteiro direito, de modo a
dispensar o uso dos cintos como meio de
amarração. Diferentes tipos e tamanhos
de cadeiras podem ser ancorados nos
pontos Isofix.

49
JANELA JUNTA HOMOCINÉTICA
Indica a abertura na parede do cilindro Componente articulado de transmissão
nos motores de dois tempos. Essas janelas que une dois eixos, cujos eixos de rotação
de admissão e de escape são fechadas ou podem formar um ângulo bastante aber-
abertas pelo próprio pistão durante o seu to. O movimento é transmitido de maneira
movimento para impedir ou permitir a pas- uniforme, sem as oscilações típicas das
sagem dos gases. juntas cardânicas. Atualmente, estas jun-
Em eletrônica o termo é utilizado para de- tas são utilizadas em todo o mundo para
signar um espaço aberto para coleta de unir os semieixos às rodas esterçantes nos
informações. veículos de tração dianteira.

JOGO KELVIN
Também conhecido como “folga”, é o con- É a unidade de medida da temperatura
trário de interferência. absoluta. A escala Kelvin é centesimal e
começa no zero absoluto, correspondente
a 273 °C, limite que é fisicamente impos-
JUMELO sível de ser ultrapassado. A temperatura J
em graus Kelvin é indicada pela letra K
Trata-se de um elemento de união forma-
do por uma plaqueta metálica estriada em
colocada após o valor numérico. K
ambas as extremidades nas quais estão
inseridos dois braços de articulação. KEVLAR
L
Na maioria dos casos há duas plaquetas
Fibra dotada de excepcional resistência
M
paralelas entre si, atravessadas pelos mes-
à tração, muito utilizada para fabricar os
mos braços. Um exemplo típico de jumelo
cordões inextensíveis das porções resisten-
está na fixação de uma das extremidades
tes das correias dentadas e para compor,
do feixe de molas ao chassi.
junto com fibras de carbono, tecidos que
embebidos em resina de epóxi, constituem
JUNTA CARDAN alguns dos materiais compostos mais utili-
zados.
É um tipo de junta formada basicamente
por uma cruzeta ligada a uma forquilha
conduzida por meio de quatro articula- KICK DOWN
ções.
Manobra de redução de marchas efetua-
Essa peça permite a transmissão de movi- da ao se pressionar o pedal do acelera-
mento entre dois eixos não alinhados, que dor até o fundo em veículos com câmbio
formam certo ângulo entre si, podendo va- automático.
riar durante a rotação.

51
LÂMBDA LEVANTE DE VÁLVULA

Letra do alfabeto grego (␭) que indica o Indica a distância entre a válvula e a sua
coeficiente de ar na mistura ar/combustí- sede, ou seja, é o valor máximo da aber-
vel. Quando a dosagem de combustível é tura da válvula.
correta, do ponto de vista químico, o fator
lambda é igual a 1.
LIFT
Para as misturas ricas assume valores infe-
riores a 1, para as pobres é superior a 1. Ver levante de válvula.
Por isso, um sensor que mede a quanti-
dade de oxigênio presente nos gases de
LIMITADOR DE FREIO TRASEIRO
escape e envia essa informação a uma
central eletrônica, que calcula a dosagem Ver Válvula equalizadora de pressão de
da mistura ar/combustível, foi chamado freio.
de “sonda lambda”.

LINER
LÂMPADAS DE XENÔNIO
J Também conhecidas por Xenon, são lâmpa-
Elemento utilizado na construção dos pneu-
máticos sem câmara, tem a finalidade de
K das de descarga de alta intensidade (HID),
que preenchidas pelo gás que lhes dá nome,
fazer as vedações quando o mesmo furar.

L resultando em iluminação mais intensa e


branca, sem ampliar o risco de ofuscamento LOCKER
M de motoristas no sentido contrário. Conso-
mem menor energia que as convencionais, Sistema de bloqueio eletrônico do dife-
exceto nos segundos iniciais de funcionamen- rencial utilizado como opcional pela Fiat
to, e são mais usadas no facho baixo. Usa-se veículos Adventure. Para ser acionado, o
a expressão bi-xenônio quando essas lâmpa- veículo deve estar parado, o pedal do fe-
das respondem pelos fachos alto e baixo. rio acionado e a tecla “ELD” instalada no
painel deve ser acionada.

LCD
Sigla para Liquid Crystal Display, ou mostrador
de cristal líquido. É um elemento usado em ins-
trumentos digitais. Que, após a passagem da
corrente elétrica, modifica a sua transparência.

LED
Sigla para Light Emitting Diode. É usado
para indicar certos diodos capazes de
emitir luz quando atravessados por uma
corrente elétrica de baixa tensão.
Os LED são amplamente utilizados pela in-
dústria automobilística nos instrumentos do
painel, lanternas e no check control.

52
LOCK-UP MANGA DE EIXO
Bloqueio das duas metades do conversor Componente ao qual é fixado o complexo
de torque, dos câmbios automáticos, que roda/freio no eixo dianteiro dos veículos
a partir de determinada velocidade, unem- com tração traseira. Em cima dele é fixado
-se solidamente e anulam o deslizamento, um eixo e com sua rotação comandada
como se fosse uma ligação mecânica en- por tirantes especiais, permite o esterça-
tre o motor e a transmissão. O bloqueio mento da roda.
é mais comum na penúltima e última mar-
cha.
MANGUEIRA

LUBRIFICAÇÃO É um componente oco de conformação ci-


líndrica.
Consiste essencialmente em separar as As mais comuns são as tubulações de bor-
superfícies de dois componentes em movi- racha do sistema de arrefecimento para a
mento relativo por meio de uma camada passagem de água.
fina de óleo ou graxa, minimizando o atri-
to e portanto o desgaste.
MANÔMETRO J
MAGNÉSIO Instrumento para medir a pressão. K
Nos carros, os manômetros mais comuns
Metal caracterizado por excepcional leve-
za em relação ao volume. Sua densidade
são os que indicam a pressão do óleo no L
circuito de lubrificação do motor.
é de 1.74 g/cm³. Nas construções mecâ-
nicas, o magnésio é usado em vários tipos Nos veículos equipados com turbocom- M
de ligas obtidas por fundição ou forjamen- pressor, serve para indicar a pressão de
to, mas suas características mecânicas são sobrealimentação.
limitadas inferiores às das ligas de alumí-
nio. Além disso, facilmente sofrem a ação MAPA
dos agentes atmosféricos. Para protegê-los
da corrosão são submetidos a tratamentos As centrais eletrônicas de controle da ig-
químicos especiais. nição, da injeção, contém uma série de
elementos gravados na memória que indi-
cam à central como ela deve se comportar
MANCAL
diante da variação do regime de rotação
Dispositivo, em geral de ferro ou de bron- e a mistura ar/combustível. O conjunto
ze ou alumínio, sobre o qual se apoia um desses valores, aos quais a central sempre
eixo girante, deslizante ou oscilante, e que deve recorrer para desenvolver a sua fun-
lhe permite o movimento com um mínimo ção é chamado de mapa.
de atrito.
Nos motores dos carros mancal do bloco
do motor é o vão no qual está alojado o
virabrequim.

53
MATERIAL DE ATRITO METANO
É aquele que recobre as superfícies de tra- O metano é o mais simples dos hidrocar-
balho do disco da embreagem, das sapa- bonetos, sua molécula é tetraédrica e apo-
tas dos freios a tambor e das pastilhas dos lar (CH4).
freios a disco. Quando adicionado ao ar se transforma
O material deve ter coeficiente de atrito em mistura de alto teor inflamável e é um
alto, suportar temperaturas muito elevadas dos principais gases formadores do GNV.
e sofrer um desgaste mínimo no desenvol-
vimento de seu trabalho.
MISTURA AR-COMBUSTÍVEL
Tradicionalmente eram empregas massas
ou tecidos à base de amianto, mas de al- Termo técnico com o qual se indicam os
gum tempo para cá a substância tem sido títulos de combustível e ar enviados ao ci-
banida porque seu pó é cancerígeno. lindro.
Hoje se usam materiais de atrito metálicos,
metalocerâmicos dentre outros obtidos por
sinterização. MOLA

J Nos carros de competição com discos de car-


bono, as pastilhas são do mesmo material.
Elemento elástico por excelência, capaz
de absorver energia mecânica deforman-
K do-se por compressão, tração ou torção,
proporcionalmente à força aplicada e
MCPHERSON
L restituindo-se quando cessa essa força per-
turbadora.
São as suspensões com rodas independentes
M nas quais a manga do eixo de cada roda é di- As molas mais usadas na indústria auto-
retamente fixada à extremidade inferior de um mobilística são as de hélice, formadas por
montante telescópico que incorpora a mola e um fio de aço enrolado em espiral, geral-
o amortecedor. Na parte inferior, a manga do mente do tipo cilíndrico. Mas não faltam
eixo é presa a um braço oscilante transversal. exemplos de molas cônicas. Nas suspen-
Esse tipo de suspensão é muito utilizado devi- sões são empregados também feixes de
do à sua simplicidade e racionalidade. molas e barras de torção.

MEDIDOR A FIO QUENTE


Dispositivo pelo qual passa o ar de admissão
e que transmite à central eletrônica da injeção
informações sobre a massa de ar aspirada
pelo motor. Rígido, oferece uma resistência
muito reduzida à passagem do ar. O prin-
cípio de funcionamento é simples: o ar, cuja
temperatura é registrada, toca um fio aqueci-
do pela passagem de corrente elétrica.
A quantidade de corrente necessária para
manter o fio a uma determinada temperatura
permite calcular a massa de ar aspirada. Os
medidores a fio quentes fazem parte de mui-
tos sistemas de injeção eletrônica modernos.

54
MONOBLOCO MOTOR ASPIRADO
Carroceria do veículo, formada por um Motor que não recorre a nenhum tipo de
“único bloco” em que os componentes das sobrealimentação, como turbo ou com-
partes mecânicas como grupo motopropul- pressor mecânico.
sor e suspensões, são agregados direta- No motor aspirado o ar é admitido por
mente na carroceira. aspiração natural e não “empurrado” por
Os veículos de passeio mais antigos eram um sistema compressor.
construídos de uma carroceria fixada so-
bre uma plataforma, chamada de chassi,
sendo que os componentes das partes me- MOTOR DE QUATRO TEMPOS
cânicas eram fixados diretamente nesta
Neste tipo de sistema, a energia é forne-
plataforma.
cida em forma de calor, pela queima do
combustível. Os quatro tempos são: Ad-
missão, compressão, combustão ou expan-
são e descarga.

MOTOR PARCIAL J
O termo define o bloco quando esse incor-
pora também o grupo de pistãos, bielas e
K
a árvore de manivelas. L
MOTOR OTTO M
São os motores de ignição por centelha
(vela de ignição), como por exemplo, os
MONTANTE motores a gasolina, álcool e GNV.
Elemento vertical (coluna) com a função de Implementado com sucesso pelo engenhei-
servir de apoio. ro alemão Nikolaus Otto em 1876.
Na carroceria, os montantes geralmente
são de chapas soldadas, como no teto do
habitáculo com as colunas.
Na suspensão dianteira dos sistemas
Mcpherson, montantes são componentes
aos quais são fixados os cubos de roda
e o amortecedor e que tem a sua rotação
comandada pela caixa de direção e seus
tirantes, permitindo o esterçamento da
roda.

55
MOTOR DIESEL MOTOR TURBO
Diesel são os motores com ignição por Ver turbocompressor.
compressão.
Neles o combustível vem dos injetores sob
MP3
a forma de jatos finamente pulverizados
aos cilindros, ou às câmaras auxiliares, Arquivos de áudio compactos. A compac-
para misturar-se com o ar num movimento tação permite que um CD comum receba,
turbulento, vaporizar e queimar devido à em média, 10 vezes mais músicas em MP3
elevada temperatura do ar. que no formato convencional.
Graças à possibilidade de usarem taxas
de compressão muito mais altas, os moto-
res a diesel são caracterizados por rendi- MULTIAIR
mentos bem superiores aos dos motores a
sistema eletro hidráulico de acionamento
ciclo Otto e não há risco de detonação,
inteligente das válvulas de admissão, que
que inevitavelmente se verifica nos moto-
controla a entrada do ar diretamente em
res com ignição por faísca, cujas taxas de
cada cilindro, ciclo a ciclo.
compressão são mais baixas.
J Pelo contrário, no diesel é necessário
empregar taxas de compressão elevadas MULTILINK
K para levar o ar a altas temperaturas e ob-
ter, em seguida, a combustão espontânea É o termo usado para indicar um sistema
L do combustível. de suspensão de braços múltiplos, muito
eficiente e bastante difundido nos carros
M Outra diferença importante entre os moto-
res a diesel e a gasolina é o sistema de
de última geração.
regulagem da distribuição de potência,
que nos motores a diesel, os cilindros sem-
pre “respiram” livremente e a regulagem é
do tipo qualitativo; o pedal do acelerador
age, de fato, sobre a bomba de injeção,
fazendo variar a quantidade de combustí-
vel enviada a cada cilindro pelos injetores,
modificando, assim, a dosagem da mistu-
ra ar/combustível.

56
MULTIPLEX
Combina um conjunto de sinais eléctricos
num único sinal elétrico.
Ela reúne todas as funções da parte elétri-
ca do veículo em apenas dois cabos. As
vantagens são reduzir em muito a quanti-
dade de cabos, que ocupam menor espa-
ço e pesam menos, facilitar a localização
de defeitos no sistema elétrico, ampliar a
quantidade possível de funções e facilitar
a integração entre elas.

MULTIPOINT
Sistema de injeção no qual existe um inje-
tor para cada cilindro.
Ë o sistema de injeção utilizado nos dias
de hoje, pois consegue controlar melhor o
J
funcionamento do motor, comparado ao
sistema singlepoint e reduzir assim os índi-
K
ces de emissão de poluentes.
L
M

57
NEWTON NÚMERO DE CETANO
No sistema Sistema Métrico Internacional Nos motores à diesel, o ar aspirado para
(SI) equivale à unidade de força e é indica- o interior do cilindro é depois comprimido
do pela letra N. Um Newton corresponde pelo pistão, bem mais do que um motor
a 0,102 kgf. à gasolina ou álcool, fazendo com que o
O nome é uma homenagem ao físico britâ- ar aspirado atinja temperatura superior a
nico Isaac Newton. 500ºC. Após esse processo de elevação
da temperatura do ar, o combustível é in-
jetado na câmara de combustão, fazendo
NITRO com que o mesmo entre em ignição. O
tempo decorrido entre o início da injeção
Nome popular para injeção de óxido ni- e o início da combustão é chamado de
troso. atraso de ignição. Este atraso é consequ-
É um sistema de preparação que consiste ência do tempo requerido para que ocor-
em injetar um gás, o óxido nitroso (N2O), ra: pulverização; aquecimento e evapora-
junto a uma quantidade adicional de com- ção do combustível; sua mistura com o ar e
bustível no motor. Ao entrar em contato finalmente sua autoignição. Quanto menor
com o calor da câmara de combustão, o for o atraso melhor será a qualidade de
N2O se dissocia em oxigênio e nitrogênio. ignição do combustível. Um atraso longo
O oxigênio atua então como comburente provoca um acúmulo de combustível sem
para o combustível e o nitrogênio resfria a queimar na câmara, que quando entra em
câmara, ajudando a evitar a detonação. autoignição, já fora do ponto ideal, provo-
ca aumento brusco de pressão e um forte
ruído característico, chamado de batida
diesel.
A qualidade de ignição do diesel pode ser
medida pelo seu número de cetano (NC),
que é no mínimo de 42, podendo chegar
N
a 51 no Diesel Podium. O
P

59
OCTANAGEM OFF-SET

É a capacidade que o combustível tem, em Medida das rodas que determina sua posi-
mistura com o ar, de resistir a altas tem- ção em relação à superfície de montagem
peraturas na câmara de combustão, sem e, por extensão, a todo o veículo. Medida
sofrer detonação. em milímetros representa a dimensão entre
A detonação, também é conhecida como a linha de centro da roda (a exata metade
batida de pino, e pode destruir o motor. de sua largura) e a superfície de monta-
Quanto maior a octanagem, maior será a gem (cubo da roda). Quanto maior a me-
resistência à detonação. dida, mais “para dentro” fica a roda. Ao
substituir as rodas, é importante respeitar
O manual de cada veículo especifica o a profundidade original de fábrica, ou sua
tipo de gasolina que possui a octanagem tolerância prevista pelo fabricante, para
mínima necessária ao bom funcionamento evitar esforço excessivo aos rolamentos
e desempenho do mesmo, sem a ocorrên- e desajuste da geometria de suspensão e
cia danosa da detonação. Qualquer gaso- direção.
lina que possua octanagem maior que a
mínima especificada poderá ser utilizada
sem problemas. OHC
No Brasil, a octanagem é expressa em
IAD = Índice Antidetonante. Sigla para Overhead Camshaft, que sig-
nifica comando de válvulas no cabeçote.
A octanagem mínima dos combustíveis no
Brasil variam de 87 (Comum e Aditivada),
91 (Premium), 95 (Pódium) e 100 (Etanol OHM
Hidratado Combustível).
É a unidade de medida da resistência
elétrica, indicada pela letra grega ômega
N (Q).

O
P

60
ÓLEO ONE TOUCH
Lubrificante líquido de fórmulas diferentes Função do controle elétrico de vidros que
usado em motores, caixas de câmbio, den- efetua a subida ou descida completa da
tre outros dispositivos. janela a um único toque da tecla, podendo
Os óleos derivados do petróleo por desti- o movimento ser interrompido com outro
lação ou refinamento têm base mineral; os toque.
ésteres são de base sintética.
As características do óleo base são modi- OVERBOOSTER
ficadas e melhoradas por meio do acrés-
cimo de aditivos, como antiespumante, Indica um sistema que permite, em alguns
detergentes, antioxidantes, inibidores de veículos equipados com turbocompressor,
corrosão, etc. elevar momentaneamente a pressão de
A viscosidade, ou seja, a resistência ao sobrealimentação acima do valor máximo
escoamento, ou o atrito interno, é funda- utilizado no funcionamento contínuo. Des-
mental para indicar qual óleo deve ser sa forma, é possível obter uma verdadeira
empregado segundo uma escala da SAE. “superpotência”, mesmo que por períodos
limitados, o que pode ser muito útil em ul-
Os óleos monoviscosos, por exemplo, SAE
trapassagens e outras situações. Para ob-
30, têm uma única viscosidade, que muda
ter essa pressão de sobrealimentação mais
após uma variação de temperatura: au-
alta, geralmente há um botão para fazer a
menta consideravelmente no frio e diminui
alteração no mapa da central de injeção
no calor.
eletrônica, que nos veículos modernos,
Já os óleos multiviscosos, que possuem ele- controla a pressão do turbocompressor.
vado índice de viscosidade, se comportam
no frio como um monoviscoso mais fluido,
um SAE 15 W e no calor como um mono- OXIGÊNIO
viscoso muito mais viscoso, um SAE 50.
Nesse caso, as variações de viscosidade Gás que constitui aproximadamente 21% N
em função da temperatura são significa-
tivamente menores. Isso equivale a dizer
do ar.
É o comburente nas reações que ocorrem
O
que os multiviscosos escorrem muito bem
no frio e ao mesmo tempo, conservam-se
no interior dos cilindros do motor. Durante
a combustão combina-se com os átomos
P
bastante viscosos no calor, portanto, supor- de hidrogênio e de carbono do combustí-
tam exigências elevadas. Por convenção, vel, liberando grande quantidade de ener-
no caso de óleos muito fluidos emprega- gia térmica, parte da qual é transformada
-se um sistema de medida de viscosidade em energia mecânica e transmitida pelos
SAE diferente do aplicado aos óleos mais pistões e bielas ao virabrequim.
viscosos. Para os primeiros, o valor numé-
rico vem seguido da letra “W” (winter, ou
inverno em inglês), que indica que a me-
dida foi feita em baixa temperatura. O ní-
vel qualitativo dos óleos vem indicado por
uma sigla de duas letras precedida de API
(American Petroleum Institute), ou ACEA
(Association des Constructeurs Européens
de L`automobile).

61
PARTICULADO PILOTO AUTOMÁTICO

Por definição é o material reduzido a par- O nome mais correto é controlador de ve-
tículas. locidade de cruzeiro.
São partículas líquidas e sólidas, quase É um sistema que mantém a velocidade
todas de dimensões reduzidíssimas, pre- estabelecida pelo motorista sem o uso do
sentes no gás de escape. acelerador.
Nos motores a ciclo Otto a emissão de Compensa, dentro do possível, as varia-
particulado é bem pequena. ções causadas pela topografia da estrada,
O mesmo não acontece com os motores a além de se desligar ao ser pressionado o
diesel: a situação é tão grave que as par- freio ou a embreagem.
tículas emitidas por eles são hoje o princi-
pal problema dos fabricantes. PINÇA DE FREIO
As partículas são quase sempre compos-
tas de negro de fumo impregnado com Componente no qual estão alojados pe-
hidrocarbonetos e outros subprodutos da quenos pistões e as pastilhas de freio e
combustão. que, uma vez acionado o circuito hidráuli-
A composição do particulado varia de co através do pedal do freio, permite frear
acordo com o combustível e a tempera- a rotação dos discos e por consequência
tura. A quantidade emitida, influenciada as rodas.
pela abertura da injeção e pelo estado
dos injetores, varia de acordo com o die- PINHÃO
sel utilizado.
Entre duas rodas dentadas, ligadas entre
si diretamente ou por meio de uma corren-
PASCAL te, é o componente que tem as menores
N É a unidade de medida da pressão segun- dimensões.
do o Sistema Métrico Internacional (SI).
O Como as pressões nos motores de combus- PINO DE PISTÃO
P tão interna são muito mais altas do que
um Pascal, usa- se o “bar”, um múltiplo do Também conhecido por “Pino Munhão”.
Pascal. 1bar=100000Pa Elemento tubular que liga o pistão à biela
de um motor.
PASTILHA Feito de aço e dotado de elevada resistên-
cia superficial, pode ser livre para oscilar
Termo genérico que indica os discos de no curso do pistão ou no pé da biela.
aço com espessura calibrada utilizados
nos motores para regular o jogo das vál-
vulas.
Tremo também utilizado para designar as
plaquetas móveis munidas de material de
atrito, usadas nos freios a disco, conheci-
das por “pastilhas de freio”.

62
PISTÃO PNEU
Componente móvel, instalado no interior Em sua apresentação convencional, é ca-
de um cilindro. racterizado por uma estrutura resistente,
Quando falamos de motores de combus- chamada carcaça, formada por várias te-
tão interna, ele é ligado por um pino à las sobrepostas e cruzadas, que também
biela e age como parede móvel da câma- podem estar dispostas no sentido radial.
ra de combustão. No caso dos pneus radiais, os mais utiliza-
Com o seu movimento, é responsável pela dos hoje em dia, é possível se empregar
sequencia dos tempos do motor: admissão uma única tela, sobre a qual são coloca-
da mistura ar/combustível, compressão da das diversas cintas circunferenciais. Esta
mistura, expansão (quando recebe a pres- estrutura de suporte é então mergulhada
são dos gases em combustão), e expulsão na borracha, formando o que constitui o
os gases queimados no cilindro. corpo do pneu.
A parte que toca o solo apresenta uma sé-
rie de sulcos de desenhos diferentes.
As telas que compõem a carcaça são fei-
tas com cordões de fibras, como nylon,
rayon, dentre outras.
A medida de um pneu é indicada pelo diâ-
metro do encaixe da roda, sempre expres-
so em polegadas e dois números separa-
dos por uma barra. O primeiro refere-se à
largura nominal da secção, em milímetros;
o segundo trata da relação entre a altura
PMI e a largura da secção do pneu, expresso

Sigla que indica o ponto morto inferior.


em percentual.
N
Ver Ponto Morto
PODER CALORÍFICO O
PMS É o calor resultante da combustão de uma P
quantidade de combustível prefixada.
Sigla que indica o ponto morto superior.
Na prática, indica a energia contida no
Ver Ponto Morto.
próprio combustível, geralmente expressa
em Kcal/Kg.

POLICARBONATO
Plástico de alta resistência utilizado nas
lentes de faróis. Além do menor peso que
nas lentes de vidro, não causa ferimentos
em caso de atropelamento e, no caso de
não ser usada superfície complexa, facilita
a confecção das estrias na face interna.

63
PONTO MORTO POTÊNCIA BRUTA E LÍQUIDA
O termo indica as duas extremidades al- O valor bruto é obtido em método de me-
cançadas pelo pistão em seu movimento dição em que o motor fica dispensado de
retilíneo e alternado no interior do cilindro. movimentar os sistemas de apoio, como al-
Quando chega a um dos pontos mortos, o ternador e bomba d’água, e é medido sem
pistão pára momentaneamente para inver- silenciadores que causem restrições no sis-
ter sua trajetória. tema de escapamento. Como esses siste-
mas consomem potência para funcionar,
O ponto morto superior (PMS) correspon-
sua retirada na medição resulta em valores
de ao momento em que o pistão se encon-
bem mais altos. Mas o motor não pode
tra mais distante do virabrequim, ou mais
trabalhar sem seus sistemas de apoio, nem
próximo do cabeçote, no ponto morto
o carro circular por ruas sem silenciador, o
inferior (PMI) o pistão está mais perto do
que levou a uma normatização a respeito.
virabrequim.
Os fabricantes passaram então a ter de di-
vulgar potência e torque líquidos, ou seja,
POTÊNCIA obtidos com o motor movimentando todos
os componentes.
É o trabalho realizado na unidade de tem- Esse conceito é válido também para o tor-
po, sendo, portanto, ligada à velocidade que.
em que esse é desenvolvido.
Entre dois veículos iguais, o que possui o
motor mais potente é aquele que acelera POTÊNCIA ESPECÍFICA
com maior rapidez, realizando um mesmo
Fator expresso em cv/l (cavalos por litro)
percurso em menos tempo.
e obtido com a divisão da potência máxi-
Na unidade de medida do Sistema Métri- ma pela cilindrada. Expressa o desenvol-
co Internacional (SI). a potência dos mo- vimento do motor em termos de esportivi-
N tores é dada em múltiplos de watt (W), dade.
sendo que um quilowatt (kW) corresponde
O a 1,36cv (cavalo vapor) ou 1,34hp (horse
POTENCIÔMETRO
power).
P Dispositivo que permite calcular o desloca-
mento de um componente, por exemplo, a
abertura de um acelerador, traduzindo-o
em um sinal elétrico modulado.

64
PRÉ-IGNIÇÃO PUNTA-TACCO
Muitas vezes confundida com a detona- Ponta e salto (do sapato) em italiano, é um
ção, é a combustão espontânea da mis- recurso utilizado para elevar a rotação do
tura ar-combustível antes do aparecimento motor nas reduções de marcha, por meio
da centelha na vela. de uma breve acelerada, antes de soltar
o pedal de embreagem. Para essa acele-
rada enquanto se está freando, a ponta é
PRESSÃO colocada no pedal de freio e o salto (na
verdade o lado direito do sapato) no ace-
É uma força dividida por uma superfície.
lerador. Assim, conseguem-se movimentar
Nas antigas unidades de medida a pres-
três pedais com dois pés. A técnica é mui-
são era indicada em kg/cm2 ou em atmos-
to útil também ao arrancar numa subida,
feras. Nas modernas unidades do Sistema
dispensando o uso do freio de estaciona-
Métrico Internacional (SI) costuma ser ex-
mento.
pressa em bar, que é um múltiplo do Pas-
cal, muito limitado aos valores existentes
nos automóveis.

PRESSÃO DE SOBREALIMENTAÇAO
Medida em bar e indica a pressão com
que o ar, ou a mistura ar/combustível, é
enviada ao cilindro pelo compressor de
motores turbinados.
Para se chegar à pressão de alimentação,
deve-se somar a pressão atmosférica.
N
PRETENSIONADOR
O
Dispositivo aplicado aos cintos de segu-
rança de muitos carros atuais, em geral P
equipados com bolsas infláveis (airbag).
Sua função é eliminar a folga entre o cin-
to e o corpo do ocupante no momento da
colisão, puxando o ponto de ancoragem
por disparo de pequena carga explosiva
(sistema pirotécnico).

65
RADIADOR RELAÇÃO DE TRANSMISSÃO

Componente que realiza uma troca de ca- Indica a redução da velocidade de rota-
lor ar-água ou ar-óleo. ção à qual corresponde um aumento pro-
É constituído de dois recipientes ligados a porcional de torque ao se enviar o movi-
um “pacote radiante”, formado por uma mento da embreagem às rodas motrizes.
série de fileiras de tubulações metálicas, Para cada marcha existe uma relação di-
ligadas por aletas transversais, pelas quais ferente. A redução final da velocidade de
passa o ar. rotação é obtida graças à dupla de engre-
nagens de redução final. Para conseguir a
relação de transmissão total, multiplica-se
RADIAL a relação de redução do câmbio em uma
dada marcha pela relação de redução da
É um tipo de pneu no qual a carcaça é dupla de engrenagens do diferencial.
formada por uma ou mais telas dispostas
de forma radial. Hoje em dia, esses pneus
são os mais comuns e praticamente substi- RELAÇÃO DIÂMETRO X CURSO
tuíram os modelos de tela diagonal.
Parâmetro que se obtém dividindo o curso
do cilindro pelo seu diâmetro. Assim, os
motores “superquadrados” são aqueles
em que o resultado da divisão é inferior
a um (motores de curso curto); nos “qua-
drados” o resultado é um (o curso é igual
ao diâmetro) e nos “subquadrados” (de
curso longo), o número obtido na divisão
é maior do que um.
Esses motores podem ter câmaras de com-
bustão compactas, o que é vantajoso do
ponto de vista de rendimento e emissões.
Os motores de curso curto, por outro lado,
podem usar válvulas maiores e atingir re-
RECOVERY
gimes de rotação mais elevados com igual
Procedimento utilizado pelas centrais ele- solicitação mecânica.
trônicas para substituir o valor enviado
pelo sensor danificado (em curto-circuito
R
RELÉ
ou circuito aberto) por um valor pré-pro-
gramado, permitindo assim, que o veículo
S
Interruptor, que sob a ação de uma força
consiga funcionar mesmo com algum sen- magnética, liga ou desliga componentes
sor eletrônico danificado. elétricos.

67
RESPIRO DO MOTOR RETROVISOR INTERNO ELETROCRÔMICO
O termo indica o movimento gasoso que Também conhecido por fotocrômico, pos-
acontece entre os anéis de segmento e o sui um sensor de luminosidade que, haven-
cilindro. Nos motores em boas condições do incidência de luz por trás do veículo
mecânicas ele é da ordem de 0,4% a (como um veículo com faróis altos acesos),
0,6% do fluxo gasoso total. Ele tende a au- escurece automaticamente, evitando o
mentar com o avanço da quilometragem e ofuscamento do motorista. Dispensa, por-
o desgaste dos anéis de segmento e dos tanto, a mudança entre as posições “dia”
cilindros. e “noite” do retrovisor convencional.
A diminuição da pressão de compressão
que se segue causa uma queda do rendi-
RODA
mento, fazendo com que a elevada quan-
tidade de gases que circula no bloco saia Componente que, através dos pneus, une
deste através do respiro, que, por motivos os eixos ao solo. A roda é constituída por
ecológicos, é unido ao sistema de admis- um flange, na qual se instala o pneu, liga-
são para permitir o retorno dos vapores ao da à ponta do eixo por uma série de raios
interior dos cilindros onde são queimados. ou por uma parte discoidal.
Também conhecido como Blow-By. Em geral, os veículos mais baratos rece-
bem rodas de lâminas de aço com estrutu-
ra discoidal, dotada de furos para ventila-
RETENTOR
ção, enquanto os esportivos e sofisticados
É um elemento de suporte que impede a são equipados com rodas de raio, feitas
passagem do lubrificante, de outros líqui- de liga de alumínio.
dos ou de gás entre um eixo que roda e o
furo do suporte através do qual ele passa.
Um retentor típico é constituído de um anel
metálico de suporte recoberto por uma
estrutura de borracha sintética munida de
uma borda de vedação às vezes dupla,
que vai trabalhar sobre a árvore. Pode ha-
ver uma mola que transmite o esforço de
trabalho correto à borda.
R Há um retentor em cada extremidade do
virabrequim, nos eixos comandos de vál-
S vula, nos eixos auxiliares e nos eixos de
contra rotantes de balanceamento.
Outros retentores desse tipo são emprega-
dos na entrada e na saída dos eixos, na
caixa de câmbio.
O retentor também é empregado para im-
pedir a passagem de líquidos ou de gás
entre alojamentos e árvores que deslizam
de forma linear, por exemplo, onde a has-
te entra no corpo do amortecedor.

68
RODA FÔNICA ROLAMENTO
Disco giratório que apresenta uma série Peça interposta entre um componente mó-
de ranhuras ou de apêndices (dentes) ao vel e outro fixo.
longo da circunferência e tem um sensor Se lubrificada adequadamente, trabalha por
que mede a velocidade de rotação. longos períodos com atrito e desgaste insig-
Geralmente está vinculado à rotação do nificantes, mesmo sob a pressão de cargas
motor, empregado nos sistemas de inje- pesadas e altas velocidades relativas.
ção eletrônica, ou a uma roda do veículo, Os rolamentos dividem-se em duas gran-
empregado nos sistemas antibloqueio das des categorias: os de “deslizamento” e os
rodas, ou ABS de esfera. Estes são formados por um anel
interno e outro externo, ambos de aço, en-
tre os quais são colocadas várias esferas
ou rolos, geralmente separados e guiados
por uma espécie de gaiola. Nos rolamen-
tos deste tipo, as exigências de lubrifica-
ção são modestas, em geral, basta um fio
de óleo ou simplesmente graxa.
Os rolamentos a esfera servem para supor-
tar os eixos do câmbio, os cubos das rodas,
dentre outros. Para poderem funcionar com
cargas pesadas e altas velocidades de rota-
ção, os rolamentos, de “deslizamento” de-
vem ser lubrificados com grande quantidade
de óleo pressurizado. Em tais condições, os
eixos, que rodam no interior do rolamento,
são apoiados por uma camada de lubrifi-
RODA LIVRE cante, sobre o qual “flutuam”, é o chamado
atrito hidrodinâmico sem que haja contato
Permite transmitir movimento a um eixo em entre as superfícies metálicas. Os rolamentos
um só sentido de rotação ou de um eixo de deslizamento têm grande capacidade de
para um componente, engrenagens ou ro- carga, baixo custo e volume reduzido.
das, em um único sentido.
Alguns veículos de tração integral manual
têm, no eixo que pode ser desengatado,
ROTOR R
duas rodas livres que ligam o semieixo às
rodas. Essas podem ser “inseridas” ou de-
Componente acionado pelo movimento
de rotação, instalado no interior de um
S
sativadas, fazendo com que sejam solidá- alojamento fixo e, em geral, munido de
rias a esse semieixo de modo manual ou uma série de palhetas. Ele gira de forma
automático. Assim, quando somente duas coaxial dentro ou fora do estator. Rotor é
rodas motrizes são usadas, as outras duas um termo genérico, referente à mecânica,
não tracionam o semieixo, o diferencial mas também a máquinas elétricas, dispo-
nem a árvore de transmissão em rotação. sitivos hidráulicos, etc. Pode ter forma ci-
líndrica, discoidal, a tambor e faz parte
das turbinas, do compressor centrífugo de
um turbocompressor, da bomba de água e
vários outros.

69
SAE fechada.
Nos cabeçotes de liga de alumínio sempre
Sigla para Society of Automotive Engine- se usam sedes reforçadas, possuindo par-
ers, entidade norte-americana que divul- tes intermediárias de aço, ferro ou bron-
gou, entre outros estudos, uma série de ze. Para instalar essas inserções anulares,
especificações para medir a potência dos em geral recorre-se ao “método térmico”,
motores. Uma de suas normas mais conhe- aquecendo o cabeçote para que os com-
cidas e usadas são os chamados pontos partimentos se dilatem. Pode-se também
SAE para medir a viscosidade do óleo. resfriar os anéis da sede com gelo seco
ou propano líquido para que eles se con-
SANGRIA traiam.

É o processo para eliminar o ar, quando


SEGURANÇA ATIVA
presente, nos circuitos hidráulicos de di-
reção, freio, arrefecimento, dentre outros. Consideram-se elementos de segurança
Como todo gás, o ar é compressível e se ativa os que contribuem para evitar um
está presente em um circuito hidráulico acidente, como freios, suspensão, faróis e
no momento em que este é submetido à lanternas, retrovisores.
pressão, em vez de acionar os atuadores,
a pressão só comprime as bolhas de ar
presentes no circuito, podendo causar tam- SEGURANÇA PASSIVA
bém danos às bombas, cavitação e supe-
raquecimento no sistema. Consideram-se elementos de segurança
passiva os que podem reduzir as conse-
quências de um acidente, como cintos de
SAPATA segurança, bolsas infláveis e barras de
proteção no interior das portas.
Elemento móvel do freio a tambor, em ge-
ral fixada em uma extremidade. Tem for-
ma arqueada e revestimento de material
de atrito em sua superfície de trabalho,
chamada de lona de freio. Uma vez em-
purrado contra a parte externa do cilindro
hidráulico, estanca a rotação do tambor.
R
SATÉLITE
S
Roda cônica dentada que nos diferenciais
tradicionais une a carcaça aos planetários.

SEDE DE VÁLVULA
É a superfície de apoio, cravada por in-
terferência no cabeçote, contra a qual se
posicionará a base da válvula.
A sede é onde a válvula faz a vedação
dos gases quando a mesma se encontra

70
SEMIEIXO SERVOFREIO
É o elemento que liga qualquer uma das Dispositivo que age sobre o cilindro mestre
rodas motrizes à engrenagem cônica ou do sistema de freio quando se aciona o
cilíndrica de redução final, para que a pedal, multiplicando a força exercida pelo
força seja transmitida até a roda. Nos ve- motorista.
ículos de tração traseira e eixo rígido, os O servofreio é um aparelho para amplifi-
semieixos costumam ser colocados dentro cação da força aplicada ao pedal, apro-
dos braços da caixa do diferencial, em veitando a diferença de pressão gerada
todos os outros casos, ficam do lado de com a sucção de ar do motor e a pressão
fora. Para garantir o esterçamento das atmosférica como fonte de energia. A in-
rodas nos veículos de tração dianteira, tensidade dessa força depende da força
emprega-se uma junta homocinética para de acionamento, do tamanho do servo-
cada semieixo, colocado em posição cor- freio e do valor de vácuo gerado.
respondente ao cubo de roda.
Em caso de falha e ausência de vácuo, o
sistema continua funcionando normalmen-
SENSOR te como qualquer outro sistema de freio
hidráulico, exigindo, no entanto, maior
Termo genérico que indica os elementos esforço para acionamento do pedal.
capazes de fornecer informações, como
simples impulsos elétricos, a instrumentos
de medida e centrais eletrônicas.
Na prática, os sensores transformam sinais
mecânicos, óticos e outros em sinais elé-
tricos.

SENSOR DE DETONAÇÃO
Sensor fixado no bloco, capaz de detectar
o momento em que a combustão se torna
rude devido à detonação incipiente.
Sua função é “avisar” a central de controle
da injeção, que intervém atrasando a igni-
ção ou diminuindo o avanço.
SINCRONIZADA
R
Marcha que possui sincronizador e, por S
isso, pode ser engatada com o veículo em
movimento. É o caso das marchas à frente
de todos os automóveis atuais e da mar-
cha a ré de alguns modelos.

71
SINGLE-POINT SOBREESTERÇO
Sistema de injeção no qual o combustível é Comportamento em curva, no qual a roda
lançado no coletor de admissão por um úni- traseira perde a aderência. “sair de traseira”.
co bico injetor fixado no corpo de borboleta
colocada no ponto onde se situaria o carbu-
rador. Esse componente serve todos os cilin-
dros do motor. A injeção single-point substitui
com vantagens e baixo custo o carburador.

SISTEMA DE ESCAPAMENTO
Constituído de tubos e câmaras acústicos pre-
viamente dispostos, que permite a saída dos
gases queimados que podem se dispersar na
atmosfera depois de terem sido filtrados por
dispositivos especiais, como o catalisador. SOHC
Um sistema de escapamento deve assegu- Sigla para Single Overhead Camshaft, ou
rar baixo nível de ruído sem causar uma seja, comando único de válvulas no cabeçote.
contrapressão significativa, ou seja, sem
penalizar o desempenho.
SONDA LAMBDA
SOBREALIMENTAÇÃO É um sensor de oxigênio instalado no siste-
ma de escapamento para analisar, através
Recurso que aumenta a potência de um de análise constante dos gases, a qualida-
motor sem incrementar a cilindrada e sem de da combustão da mistura ar/combustí-
utilizar regimes de rotação muito alta. vel, detectando se houver excesso de com-
O compressor de sobrealimentação envia ar bustível (mistura rica) ou sua falta (mistura
com pressão superior à atmosférica aos ci- pobre). Em qualquer dos casos, a informa-
lindros, introduzindo no cilindro uma quanti- ção é transmitida para a central eletrônica
dade maior de ar em todas as fases de aspi- do motor, para que reajuste a mistura.
ração. Em consequência disso, em todas as Esse sensor também é utilizado pela cen-
fases úteis do motor, é liberada uma quanti- tralina dos veículos flex para que em al-
R dade maior de calor, o que garante um me- gumas situações específicas e por tempo
lhor rendimento energético. Isso aumenta a limitado, seja identificado o combustível
S força motriz e a potência no mesmo regime utilizado.
de rotação, sobretudo em comparação ao
mesmo motor em sua versão naturalmente
aspirada (motores não-sobrealimentados re-
cebem ar à pressão atmosférica).
Como a sobrealimentação também determi-
na um aumento do calor e solicitação me-
cânica ao qual são expostos componentes
como pistões, válvulas, bielas, dentre outros,
essas peças muitas vezes são fabricadas com
materiais mais sofisticados do que os empre-
gados nas versões naturalmente aspiradas.

72
SPOILER SUPERFÍCIE COMPLEXA
Apêndice aerodinâmico completamente Faróis em que o refletor possui prismas que
integrado à carroceria do veículo, sem se- direcionam o facho, tendo por isso lentes
paração, como ocorre com os aerofólios. lisas e transparentes. Há melhoria de efici-
Os spoilers são usados para eliminar fenô- ência em relação a faróis convencionais.
menos que podem se manifestar em altas
velocidades como a perda de peso.
SUSPENSÃO INDEPENDENTE

STOP/START Suspensão que permite a completa liberdade


da roda de um lado em relação à do lado opos-
Parada e partida automáticas, é um siste- to no que se refere aos movimentos verticais.
ma voltado à redução de consumo e emis-
sões no uso urbano. Quando o carro está
parado e em ponto-morto, o dispositivo
desliga o motor; quando se engata uma
marcha e/ou se pisa no acelerador, o mo-
tor volta a funcionar, sem qualquer inter-
venção do motorista.

SUBESTERÇO
Comportamento em curva, no qual a roda
dianteira perde a aderência. “sair de frente”.
SUSPENSÃO INTELIGENTE
Alguns modelos atuais têm sistemas de
suspensão controlados por uma central
eletrônica que age sobre os amortecedo-
res, regulando a modulação hidráulica,
adaptando-as às diferentes condições de
velocidade, piso e uso.
A central é ligada a uma série de sensores
relativos à aceleração vertical, ângulo de
esterçamento, velocidade de rotação do R
volante, velocidade do veículo e pressão
do sistema de freios. Para dar à suspensão S
características de maior ou menor rigidez,
SUBWOOFER a central pode intervir separadamente nos
dois eixos, variando também a carga das
Alto-falante encarregado da reprodução molas ou a pressão das molas pneumá-
de sons de baixa frequência, os chama- ticas. A altura do veículo em relação ao
dos subgraves. Em geral vem montado em solo pode ser mantida constante, indepen-
uma caixa acústica no porta-malas, mas dentemente da carga que transporta, agin-
pode também ser aplicado à cobertura do-se individualmente sobre cada uma das
deste, em que o volume do compartimento rodas, impedindo a inclinação transversal
trabalha como caixa. em curvas.

73
TAMBOR TENSIONADOR DE CORREIA
Termo genérico que indica um componen- É um rolamento, roldana ou roda denta-
te mecânico de conformação cilíndrica e da que guia ou tensiona uma correia ou
com uma borda circunferencial bastante corrente.
saliente, destinado a rodar interna ou ex-
ternamente a outro componente. Os tam-
bores de freio são um exemplo típico. TERMOSTATO
Ver válvula termostática.
TAXA DE COMPRESSÃO
Indica a relação entre o volume total do TITÂNIO
cilindro somado à câmara de combustão,
Metal de excelentes características mecâ-
em relação à câmara de combustão, ou
nicas e excepcional leveza.
seja, a relação de quantas vezes os gases
são comprimidos dentro do cilindro. O titânio é muito resistente à corrosão, mas
tem o inconveniente de ser muito caro, o
Quanto maior a taxa de compressão, me-
que torna o seu emprego na fabricação
lhor o rendimento térmico do motor.
em série virtualmente inviável.
Para o motor de ciclo Otto, porém, exis-
As bielas de alguns carros de competição
te uma taxa de compressão limite, acima
e diversos componentes de ligação são fa-
dela ocorrerá detonação.
bricados de titânio.
Como nos motores a diesel esse problema
não existe, adotam-se taxas de compres-
são elevadas, necessárias para levar o TÍTULO
ar a altíssimas temperaturas e assim obter
uma rápida vaporização e eficiente com- Na mecânica, indica a dosagem da mis-
bustão do diesel. tura ar/combustível. Trata-se da relação,
em peso, entre a quantidade de ar e de
combustível necessária para obter uma
TBI combustão completa do ponto de vista quí-
mico, com a utilização de todos os átomos
Ver corpo de borboleta de oxigênio do ar e de todo o carbono e
hidrogênio do combustível.
TCS
Ver ASR

T
V

75
TOLERÂNCIA TPMS
Significa o afastamento de um valor “nomi- Tyre Pressure Monitoring System, sistema
nal” ou técnico de referência. de monitoramento da pressão dos pneus.
Na produção em série, já que a perfeição Sistema eletrônico que informa ao condu-
absoluta no trabalho mecânico é impossí- tor o estado em que se encontra a pressão
vel, o projetista deve sempre especificar os dos pneus.
valores mínimos e máximos de afastamen-
to aceitáveis, como um ou dois centésimos
TRABALHO
de milímetro a mais ou a menos em rela-
ção ao número nominal. Do ponto de vista físico, é o produto de
Dessa maneira determina-se um “campo” uma força aplica- da em um corpo pelo
de tolerância, limitado por uma medida deslocamento que provoca no mesmo,
mínima e outra máxima, dentro do qual considerando o ângulo formado pelo veto
todas as peças devem ser produzidas. r força e o deslocamento. Na antiga uni-
dade de medida, o trabalho era expresso
em kgm (quilograma metro), no Sistema
TORQUE Métrico Internacional (SI) é dado em J
(Joule). A Física determina que, se não há
Indica um esforço de torção e é o produto
deslocamento, não há trabalho. Portanto,
entre uma força e um braço de alavanca,
se alguém tenta erguer uma caixa de 40
a distância entre o ponto de aplicação da
kg, o cansaço é evidente, mas, de acordo
força e o eixo de rotação do corpo.
com a física, não há trabalho! Ele é inde-
O torque pode ser incrementado, sempre pendente do tempo gasto para realizá-lo
em prejuízo da velocidade de rotação, e, em termos físicos, tem as mesmas dimen-
que diminui proporcionalmente ao seu au- sões da energia.
mento, por meio de engrenagens ou trans-
missões com cintas ou correias. Quanto
maior o torque enviado às rodas, maior a
força de tração que os pneus transmitem
ao solo. Torque não implica só movimen-
to, quando não se consegue afrouxar uma
porca com uma chave, também se aplica
torque.

T
V

76
TRAÇÃO INTEGRAL TREM TRASEIRO
São todos os veículos com tração nas qua- Indica O eixo posterior, ou seja, todos os
tro rodas motrizes (4x4). componentes da suspensão, da transmis-
Fala-se de tração integral “permanente são final, as rodas e os freios. Às vezes
(AWD)” ou “manual (4WD)”. usa-se, incorretamente, o termo para de-
signar toda a parte posterior do veículo.
No primeiro caso, está sempre ligada ao
motor por meio dos componentes de trans-
missão. TUBELESS
No segundo, um dos eixos pode tornar-se
menos motriz por meio de um sistema de São pneus desprovidos de câmara de ar,
comando acionado pelo motorista. muito usados na indústria automobilística.
Têm a vantagem de não se esvaziarem ra-
Nos veículos desse tipo, uma vez que há
pidamente quando furam, graças às talas
dois eixos motores utilizam-se dois diferen-
especiais que aderem perfeitamente às
ciais transversais ou um por eixo. Além
rodas, especialmente desenvolvidas para
disso, para compensar eventuais diferen-
esse tipo de pneu.
ças na velocidade de rotação dos eixos
recorre-se a um diferencial longitudinal ou
central, que muitas vezes também tem a TUBETIPE
função de repartir o torque. Para que o
veículo possa rodar em condições limite São pneus que utilizam câmara de ar. São
com uma só roda dotada de aderência desprovidos de Liner em sua construção.
suficiente, empregam-se diferenciais com
sistema de bloqueio.
TUBULAÇÃO DE FREIO

TREM DIANTEIRO O circuito hidráulico, através do qual o


fluido de freio transmite pressão aos pis-
Indica as rodas da frente e o conjunto de tões das pinças e aos cilindros de roda.
suspensões e componentes do volante li-
gados a elas. Em certos casos, o termo é
utilizado de forma mais abrangente, com-
preendendo toda a parte dianteira do ve-
ículo.

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TUCHO TURBINA
Componente do sistema de distribuição Tecnicamente, é um rotor dotado de palhe-
que tem a finalidade de transmitir os movi- tas alojado dentro de um estator em forma
mentos dos câmes do comando de válvu- de caracol. Na indústria automobilística,
las para as válvulas. empregam-se turbinas acionadas pelos ga-
ses de escape, recuperando parte da ener-
gia de movimento que, de outra forma, se
TUCHO HIDRÁULICO dispersaria na atmosfera. Os gases que
saem do cilindro possuem temperatura ele-
Tipo de tucho com um dispositivo telescó-
vada e certa pressão, e a turbina converte
pico hidráulico incorporado que é alimen-
uma parte deles em energia mecânica. As
tado com óleo pressurizado do circuito de
turbinas a gás de escape é utilizada para
lubrificação do motor. O comprimento útil
acionar compressores centrífugos.
do tucho pode variar em função da neces-
sidade, o que permite recuperar automati-
camente o jogo da distribuição. TURBO-LAG
Esse tipo de tucho, além de ser mais silen-
cioso, elimina a exigência da regulagem Termo em inglês que indica o atraso da
das folgas de válvulas. resposta ao acionamento do pedal do ace-
lerador que ocorre nos motores sobreali-
mentados por turbocompressor, especial-
TUCHO MECÂNICO mente nos movidos a ciclo Otto.
Nos veículos modernos, esse atraso, que
Tipo de tucho que necessita de folga para
ocorre porque na fase de repouso bem
a dilatação.
poucos gases podem acionar a turbina, é
A verificação da folga deve obedecer ao reduzido ao mínimo a ponto de ser insig-
plano de manutenção periódica do veículo nificante em muitos casos, são as turbinas
e corrigido quando necessário. de baixa inércia.
Quando essa folga está acima do limite,
provoca barulho e desgaste acentuado,
quando essa folga é insuficiente, fará com
que as válvulas não se assentem correta-
mente quando o motor estiver aquecido,
gerando perda de compressão, de potên-
cia.

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TURBOCOMPRESSOR TURBULÊNCIA
Equipamento cuja função é aumentar a Movimento vigoroso, do tipo orientado a
capacidade de admissão de ar ao motor, turbilhonamento ou não, que é dado à mis-
gerando maior potência. tura ar/combustível presente no interior do
O turbocompressor é formado pela junção cilindro com a função de tornar a combus-
de um compressor centrífugo e uma turbi- tão mais rápida e completa. A faísca se
na acionada por gases de escape, fixados move com velocidade muito maior nas mis-
em um cárter central. turas dotadas de boa turbulência, mas se
espalha com extrema lentidão nas misturas
O turbo sobrealimenta o motor “de gra-
em repouso, nas quais a turbulência não
ça”, pois utiliza a energia contida nos ga-
existe. Para cada motor, a turbulência ide-
ses de escape. Um eixo que atravessa o
al, tanto em função do desempenho quan-
cárter central em todo o seu comprimento,
to do consumo e da emissão de gases,
liga o rotor da turbina diretamente ao rotor
depende das características construtivas e
do compressor.
termodinâmicas estabelecidas no projeto.
Contrário ao que se pensa, os gases do es-
cape não retorna ao motor, pois são iner-
tes. Eles são utilizados somente para girar T.W.I.
a turbina, que por sua vez gira a hélice do
compressor, o qual tem a função de com- Sigla para Tread Wear Indicator.
primir o ar fresco para dentro do motor. Indicador de desgaste da superfície de ro-
As dimensões reduzidas, o peso limitado lamento.
e a grande liberdade de posicionamento É um recurso de segurança importante
tornam os turbocompressores muito ade- que permite mostrar facilmente quanta su-
quados ao uso no campo automobilístico, perfície de rolamento resta no pneu a ser
uma vez que a ligação ao motor é feita utilizada. Barras de borracha estreitas são
apenas por tubulações. moldadas numa altura de 1,6 mm na par-
te inferior das ranhuras da superfície de
rolamento. Quando os desgastes da super-
fície de rolamento atingem essas barras, o
pneu deve ser substituído.

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TWIN CAM VÁLVULA
Termo em inglês que significa motor com Na mecânica, indica um dispositivo que
duplo comando de válvulas no cabeçote. regula o fluxo de um fluido, bloqueando
ou permitindo total ou parcialmente a sua
passagem. As válvulas podem ter funcio-
TWIN SPARK na- mento automático ou ser controladas
por um sistema de comando. São cha-
Termo em inglês que significa motor com
madas de “unidirecionais” aquelas que
duas velas por cilindro.
permitem o fluxo de fluido em apenas um
sentido. Nos veículos, as válvulas mais
VÁLVULA EQUALIZADORA DE importantes ficam alojadas no cabeçote:
PRESSÃO DE FREIO duas, três, quatro ou cinco por cilindro.
Elas regulam o fluxo de gases que entram
Atuam como reguladoras de pressão en- e saem (válvulas de admissão e de esca-
tre as rodas dianteiras e traseiras e são pe), e são comandadas por um ou dois
componentes fundamentais nos sistemas eixos comandos, com alguns componen-
de freio. tes interpostos, normalmente um balancim
ou tucho para cada válvula. Em torno de
Atuando como reguladoras de pressão
cada válvula existe uma mola de hélice
nos freios traseiros, são as responsáveis
cilíndrica, ou duas molas de diâmetros di-
pelo equilíbrio do veículo no momento da
ferentes dispostas de forma coaxial, com a
frenagem.
função de fazer seu fechamento.
Existem dois tipos de Válvulas equalizado-
ras de pressão, dependendo do projeto do
veículo:

- Válvula de ponto de corte fixo


- Válvula sensível à carga

Ao frear um veículo, uma grande parcela


de seu peso é transferida do eixo traseiro
para o eixo dianteiro, processo denomina-
do “Transferência dinâmica de carga nos
eixos”.
A função da válvula equalizadora de
pressão é regular a pressão de aplicação
do freio, evitando o excesso de força de
frenagem nas rodas traseiras, que, depen-
T dendo da situação do peso sobre a roda,
das condições de pista, bem como da
V intensidade da frenagem, provocariam o
perigo de o veículo desgovernar-se, com-
prometendo sua estabilidade.

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VÁLVULA DE ALÍVIO VÁLVULA WASTEGATE

Também chamada de wastegate, costuma Válvula que desvia parcialmente os gases


ser instalada sobre a turbina do turbocom- do escape para que esses não passem
pressor. Sua função é controlar a pressão pela turbina, regulando assim a velocida-
de sobrealimentação. Abre-se quando o de de rotação do turbocompressor e sua
turbo é muito solicitado, evitando que uma pressão.
quantidade excessiva de gases queimados
passe pela turbina, o que aumentaria de-
mais a pressão. VARIADOR DE FASE
Nos motores com distribuição variável, o
VÁLVULA POP-OFF dispositivo modifica o posicionamento an-
gular de um comando de válvulas em rela-
Válvula usada para limitar a pressão de so- ção à roda dentada do comando, alterando
brealimentação do turbo. Quando a pres- a curva de distribuição, ou seja, variando
são máxima regulada é atingida, a válvula o momento de abertura e fechamento das
pop-off abre a linha de sobrealimentação, válvulas. Em alguns casos empregam-se dis-
desviando o ar comprimido para atmosfe- positivos que agem sobre os balancins ou
ra e limitando assim a pressão máxima. que fazem correr axíalmente uma árvore de
A vantagem deste sistema em relação à cames com excêntricos e geometria comple-
válvula de alívio é que ele mantém o tur- xos. Ver “Comando Variável”.
bo sempre em alta rotação, reduzindo o
retardo do turbo (turbo-lag) e tornando as
reações do motor mais rápidas. Mas isso
provoca um desgaste excessivo do turbo,
pois ele trabalhará sempre em rotação má-
xima. A válvula Wastegate também faz o
controle da pressão do turbocompressor,
mas sem o inconveniente do desgaste pre-
maturo.

VÁLVULA TERMOSTÁTICA
Trata-se de um dispositivo simples de fun-
cionamento automático que acima de
certa temperatura determina a abertura
progressiva de uma válvula, permitindo a
um fluido efetuar um trajeto diferente do
percorrido em temperaturas mais baixas.
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VELA VELA DE PRÉ-AQUECIMENTO
Componente, fixado ao cabeçote, respon- Para garantir partidas a frio em motores a
sável pela ignição da mistura ar/combustí- diesel. Usa-se um componente dotado de
vel no interior do cilindro. uma resistência elétrica interna, instalado
A vela se liga externamente à bobina, num lugar especial do cabeçote. Trata- se
através do cabo de vela, que fornece a da vela de pré-aquecimento quê em pou-
corrente de alta tensão. co tempo, alcança uma temperatura muito
elevada, permitindo que o diesel emitido
Ela é formada por um corpo metálico com a
pelo injetor se vaporize rapidamente e
extremidade inferior filetada e um conjunto
queime à medida que se mistura com o
isolante disposto ao longo de todo o com-
ar. Geralmente, há uma dessas velas para
primento do eletrodo central, conectado ao
cada cilindro. Em alguns casos, seu funcio-
cabo de vela pelo terminal. Na ponta da
namento é comandado eletronicamente.
extremidade filetada é colocado o eletrodo
de massa. Os dois eletrodos ficam expostos
na câmara de combustão e, quando pro- VENTOINHA
duzem a faísca, dão início à combustão
da mistura carburante. Existem vários tipos Ventilador que ativa um fluxo de ar que atra-
de velas que se diferenciam entre si pelo vessa o radiador, gerando assim uma vigo-
diâmetro, pelo comprimento da extremida- rosa troca térmica com o líquido contido
de exposta, pela conformação, número e nele. Na maior parte dos veículos moder-
disposição do eletrodo de massa. O grau nos empregam-se ventoinhas de aspiração
térmico de uma vela é fundamental porque acionadas por um motor elétrico e munidas
indica sua capacidade de reter calor. de pás que entram em funcionamento auto-
maticamente quando o líquido do sistema
de arrefecimento atinge uma determinada
temperatura. Em certos casos empregam-se
ventoinhas a acoplamento viscoso, também
automáticas, que sempre giram a uma velo-
cidade semelhante à do motor conforme a
temperatura aumenta. Desse modo, a ven-
toinha só absorve energia mecânica quan-
do é realmente necessário.

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VIN VISCOSIDADE
Sigla em inglês para Vehicle identification Resistência de um fluido ao escoamento,
number, número de identificação do veículo, ou seja, o seu próprio atrito interno. É mui-
também conhecido como número do chassi. to importante nos óleos e vem, por norma,
indicada segundo uma escala concebida
pela SAE.
VIRABREQULM
Também chamado de árvore de manive- VOLANTE
las, responsável por transformar o mo-
vimento de sobe e desce dos pistões em Componente com o qual o motorista es-
movimento de rotação. terça as rodas. É formado por uma caixa
Os virabrequins são de aço forjado ou ferro- central, ligada à barra de direção e poste-
-gusa fundido e se apoiam, por meio das riormente à caixa de direção.
bronzinas, nos respectivos suportes do bloco.
Para girar sem provocar vibrações inad- VOLANTE DO MOTOR
missíveis, o virabrequim deve ser cuidado-
samente balanceado. Para isso, utilizam-se A rotação do virabrequim não é uniforme
alguns contrapesos colocados junto aos bra- porque no cilindro ocorre uma sucessão
ços das manivelas. Em geral, o virabrequim de fases úteis (combustão) e fases que não
é atravessado por uma série de canais inter- produzem trabalho. Para torná-la a mais
nos que têm a função de levar o óleo sob homogênea possível para reduzir a ace-
pressão das bronzinas dos mancais fixos às leração e a desaceleração, emprega-se o
bronzinas das bielas. Numa das extremida- volante do motor, um disco espesso fixado
des do virabrequim fica preso o volante do a uma das extremidades do virabrequim.
motor, ao qual está vinculado o sistema de É ele que absorve energia mecânica du-
embreagem; na extremidade oposta está lo- rante as fases úteis para restituí-la durante
calizada a polia dentada do comando da as fases passivas, conservando assim a
distribuição e a engrenagem para a correia energia.
que comanda dispositivos acessórios.

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