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1.

Introdução

O presente trabalho vai descrever o processo de orçamentação dos custos e despesas do sector da
educação a nível do Serviço Distrital de Educação, Juventude e Tecnologia. No processo de
elaboração do plano e do orçamento, uma vez identificadas as acções prioritárias para atingir os
objectivos da Educação, deve-se então prosseguir com o cálculo dos custos e o plano da
afectação de recursos para a sua realização.

A afectação de recursos constitui a planificação de tudo o que for considerado necessário para
realizar uma determinada acção, e inclui recursos humanos, financeiros e materiais. Os SDEJT
devem utilizar os seus recursos limitados em acções que tenham um maior impacto positivo no
alcance dos objectivos da Educação.

1.1. Objectivos
1.1.1. Objectivo Geral
 Addff
1.1.2. Objectivos Especificos
2. Processo de Orçamentação

As finanças do Estado em Moçambique estão reguladas pelo SISTAFE - Sistema de


Administração Financeira do Estado e por legislação complementar. As Finanças Públicas tratam
da mobilização de receitas e a sua aplicação em despesas públicas.

Os dois principais instrumentos do processo orçamental são:

a) Orçamento do Estado: é o instrumento por meio do qual o Governo estima as receitas


mínimas que irá colectar e define o máximo das despesas que espera realizar durante um ano
económico. No caso de Moçambique, este coincide com o ano civil. É o plano financeiro, base
de implementação dos compromissos assumidos no PES – Plano Económico e Social.

b) Conta Geral do Estado: evidencia a execução orçamental e financeira, bem como apresenta os
resultados do exercício económico e da avaliação do desempenho dos órgãos e instituições do
Estado.

As principais despesas dos SDEJT

a) Salários e Remunerações

Salário do pessoal

O salário de um funcionário do Estado é determinado pelo vencimento-base correspondente ao


índice, escalão, classe e categoria onde se encontra enquadrado, por suplementos, e é deduzido,
pela fonte pagadora, através dos descontos.

Suplementos: existem para estimular os funcionários com formação técnica (subsídio técnico),
para trabalhar na zona rural (subsídio de localização), para estimular os funcionários a exercerem
cargos de direcção e chefia com remuneração abaixo da correspondente à sua carreira
(gratificação de chefia), para reparar as falhas não intencionais de funcionários que efectuam
pagamentos (subsídio por falha).

Descontos: existem para proporcionar ao funcionário o direito à assistência médica e


medicamentosa, subsídio de funeral e futura aposentação.
Remunerações extraordinárias

As remunerações extraordinárias são pagas aos funcionários que, com a devida autorização
superior, executem horas de trabalhos superiores às horas regulamentadas (por exemplo: acima
de 8 horas diárias para funcionários não-docentes; mais de uma turma para docentes do EP1;
acima de 24 horas lectivas para docentes do ESG1 e de 20 para docentes do ESG2).

Despesas relacionadas com a evolução na carreira

É necessário prever a evolução na carreira dos funcionários – progressão, promoção, mudança de


carreira, reconversão de carreira – e a sua possível colocação em cargos de direcção e chefia –
nomeação em comissão de serviço.

b) Outras despesas com o pessoal

Ajudas de custo: é a rubrica que mais se aplica neste grupo de despesas (outras despesas com o
pessoal) e é relacionada com a deslocação do funcionário em missão de serviço para fora do
local onde habitualmente executa as suas actividades.

As ajudas de custo são uma parte considerável das despesas dos SDEJT, e a alocação orçamental
nunca é suficiente para atender à demanda de todas as áreas dos Serviços. Para racionalizar a
planificação, uso e prestação de contas das ajudas de custo, o ideal é fazer um plano integrado de
deslocação, que é discutido abertamente pelos funcionários, favorecendo assim todos os
subsectores dos SDEJT.

c) Transferências correntes

• Subsídio de funeral: para cobrir as despesas de funeral dos funcionários ou dos seus
dependentes;

• Bolsas de estudo

d) Bens e serviços
Juntamente com as despesas de salários e remunerações, as despesas em bens e serviços
relacionam-se com o funcionamento das instituições: comunicações, materiais, manutenções e
pequenas reparações, água e electricidade, etc. É necessário que haja muito cuidado na
distribuição destes recursos, pois alguns pontos são prioritários.

As principais fontes de recursos dos SDEJT

1. Tesouro público (Fonte Interna): são transferências de recursos dentro do Estado, que são
feitas aos órgãos do Estado a partir de dotações orçamentais inscritas no Orçamento do Estado.
Por exemplo, os salários são pagos através desta fonte.

2. FASE (Fundo de Apoio ao Sector da Educação; Fonte Externa): são fundos disponibilizados
pelos parceiros de cooperação (em conjunto) ao Sector da Educação. As modalidades de
disponibilização e utilização deste fundo vêm descritas no Memorando de Entendimento entre o
Governo de Moçambique e os seus parceiros. Estes fundos estão inscritos no Orçamento do
Estado e são executados através do Tesouro público, da mesma forma que as fontes internas.

3. Parceiros de cooperação bilaterais: são recursos disponibilizados pelos parceiros


(individualmente) aos vários níveis e devem ser inscritos no orçamento. Podem ser executados
através do Tesouro, do financiador ou do MINED, nos vários níveis.

4. Receitas próprias: são aquelas que são colectadas pelo sector nos vários níveis e instituições.
Por exemplo: receitas provenientes de matrículas e propinas, taxas de internamento nos Lares e
Centros Internatos, receitas provenientes do aluguer para exploração da Cantina da Escola,
receitas resultantes da produção escolar.

5. Receitas consignadas: são colectadas pelas instituições com autonomia administrativa e


financeira (por exemplo, as Universidades).

6. Contribuição dos pais e das comunidades locais: são contribuições feitas pelos pais,
comunidades e/ou congregações religiosas.
República de Moçambique

Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano

Serviço Distrital de Educação, Juventude e Tecnologia de

Proposta de orçamento de funcionamento para 2019

Desenvolvimen
Classificação Económica da Despesa to Institucional Ensino (Pré) Primaria Alfabetizaçã Ensino
e o e Educação Secundári Cultura Total
Administrativo de Adultos o Geral
Serviços Ensino Ensino Total
Código Descrição Auxiliares de Pré Primário
Educação Primário
110000 Despesa com pessoal
111000 Salários e remunerações
111100 Pessoal Civil
111108 Remunerações Extraord.Pessoal
não docentes
111112 Remunerações Extraord. 2ͣ turma
111116 Remunerações Extraord. Docente
112000 Demais Despesas com Pessoal
112101 Ajudas de Custo dentro do País
112102 Ajudas de Custo fora do País
112106 Subs. Combustível Man. de Viat.
112109 Subsídio de Comunicação
120000 Bens e serviços
121000 Bens
121001 Combustíveis e Lubrificantes
122000 Serviços
122001 Comunicações
140000 Transferências Correntes
141000 Transferências Corr. a Admn.Public
143000 Transferência Corrente a Famílias
143300 Assistência Social
160000 Exercícios Findos
161000 Retroactivo de Salario
164099 Outros Pagamentos de Ex. Findos
200000 Despesas de capital
210000 Bens de Capital
211000 Construcoes
212000 Maquinaria, Equipmnt e mobiliario
213000 Meios de Transporte
214000 Demais Bens de Capital

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