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ti.• SERIE DA
BIBLIOTECA PE DAGOGICA IJRASILEIBA
SOB A DIREÇ.'\O nE FERNANDO DE AZEVEDO
VOLC':MES PUBLICADOS:
0
75 4
Sede 5.ª BRASILIANA l'ol. 121
BIBL:OTECA PE DAGOGIOA BRAq ILElBA
Primitivo Moacyr
A !NSTRtJÇÃO
E o 1MPE1lto
(Suhsidi os pora a Hi s toria da Educnçiio no brasU)
1854- 188 9
3.º VOLUME
~
~
·1 938
COMPANHIA EDITORA NACIONAL
S i o PA ULO • Rio DE J1, :,;uao . RCC!Ft • PORTO AL!.OB •
Do mesmo autor
na Serie "Brasiliana":
A tNS1'RtJÇÃ0 E O IMPERIO
Subsidio~ para a Historia da Educação no Brasil
t .' Tomo - 1823-1853 Vol. 66
Reformas do Ensino
2.0 Tomo - 1850-1887 Vol. 87
A sair:
A INSTRUÇÃO NAS PROV!NCIAS - '1.0 vol.
A INSTRUÇÃO NAS PROVINCIAS - 2.0 vol.
En1çõrs o,
CO~fPANHIA EDITORA NACIO:\"AL
Rua dos Gusmôes, 118-140 - S.-o P,c1.0
1ND1CR
Ensino sccunda r io . 13
Ex3mcs de prcpa rato rios í6
Ensino jurkó 120
Ensino medico . 145·
Ensino p olitccnico 213
Ensine, profissional 247
Ensino norma l 297
Ensi no militar 339
E nsino religioso 438
Ensino art ístico 455
Ensino cmendativo 503
Regime univcrs ita rio 524
Cursos e estabclccimeatos liv res de ensino supe-
rior . 583
Instiluições cientificas e li te r nr ias 610
Cultura e tccnica 645
Falas de trono 661
Esta tis lica escolar 668
Dcs pc.sns com o ensino 682
Notas. 68'1
Meu caro Primitivo: recebi e lhe agradeço, de co-
ração. o seu segundo volume da A Instrução e o Im-
perio. Vou le-lo com o mesmo 'interesse com que li o
primeiro uolumc. O· seu lrabalh o me ,enternece. Acho
que está a fazer pela. educação mais do que muitos
que vivem a prega-la e não saem da sua prf9ação.
Aliás já lhe disse que o primeiro volume m e mostrou
como esse foi - e não será ainda? - o defeito oopital
das educadores brasileiro.{i. Estivemos · todo o tem-
p o com grandes planos gerais, com grandes d ebates de
principfos, chocando idcai:; educativos. E nada de lhes
estudar os problemas concretos, de llies analisar as ne,
cessidades reais e típicas, ·de e:vaminar as dificuldades
e facilidades caracteristicas de execução, d e realisa-
ção. O seu trabalho, no Brasil, é ,un primeiro pasw
para o estudo intelectual da educaçiío nacional. Com
os seus volumes, $ tantos a sentir ao uivo como nunca
faltaram idéas . .. Essas proliferaram num crescimen-
to sem controle, desordenado e n"co, como a v egetação
das cabeças dos adolescentes. Aqui e ali, um cerebro
serio. disciplinado, sentia as intimCJções da realidade.
ft(as isolado, sem apoio, levantava a sua vo;, n a este-
rilidade daquelas macégas impetuosas de geradores es-
pontaneo.~ (/e idéus e teorias e principias. Si ao lado
dos seus quatro volumes de historia dus idéas educa-
cionai,_do Brasil, se fizer a historia das realidade.3 edu-
cativw do Brasil, talvez não se consiya sinâo um uolu-
mezin.ho m ofino e franzino. Somos, assim esgallwdoj
e frondo sos em idéas, e pêcos e estereis, em frut os .
O aen grande serviço está sendo o de Jtos mostrar isso
é não apenas nos dizer isto. Precisavamos -que cm todos
03 demais sectores, homens de sua probidade, sua agu-
deza e sua rara tenacidade, fiz essem obra sem elhante.
De qualquer modo, estamos todos . a lh e d euer muito
• muito. E! essa gralidão de pequeno trabalhador da
educação qu e lhe quer, mais uma v ez, exprimir o
( a) ANISIO TEIXEIRA.
ENSINO SECUNDARIO
1850. Colegio Pedro 2.0 - Concursos para o banco
<lc ho nrn. Tendo a cxpcr icncia d cmouslra d o qu e algu-
mas providencias se to r nam nccessarins em beneficío
do Hcg. do ens ino no Colcgio P edro 2.º : hei por bem
d ecreta r : .. Quando o Trihuna! d o julgam ento tiver
a J>rovado o a lu no, r epetir-se-á o cscrutin io para rc-
conhcccr-se se :t. aprovação d eve ser ple na ou sim-
p les, e neste caso será a quela indicada p ela unani-
n1idadc dos votos n. favor. e esta p or qualquer voto
contrario. Nos concursos incnsais para os lugares do
banco d e honra, além elo qu e se ach a disposto uos
a rtigos 111 a ll ü cios cslalutos, obser var-se-á o scsuin-.
te: 1.0 cada pon to par ;., os concursos deverá compre-
ender asslmlos jú cxplic~,dcs cm varias lições, quer
seja destacados. quer rcu11idos em nova se rie de idéas,
se a ma tcria o perm itir; 2.0 no <lia seguinte ao do
concur so o pro f essor chan1ar:.i a que les a lunos, cujos
escritos lhe parecerem me lhores, para q ue os rcpro-·
duso m d e viva vóz. ou os expliquem d e modo que
fique fôra de duvida o mcrito p essoal do concurren.
te. O exame ora l d o fim do ano de que tra ta m os es-
tatutos scrú tnmbcm consi der ado como decimo e u l·
timo concurso para u adjudicação dos premios e me n-
ções honrosas, sendo g uardadas as regr as seguintes:
no fim dos exam es c1e catla ano de estudos, o comis-
sario do govcr11 0, o r eitor, o vice-reitor e to dos o~
E:sS!XO SEC U~DAIHO
Exame de madureza. 11
Entre nós felizmente. j á
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r cs. P ara esta p osiçüo fa lece aos catedra ticos dos c ur-
sos superio r es a compctcn eia. q ue ningucm lhes po-
d ei·á, todavia. d esconhecer. ele acorn panhar a exames
sec u nda rios e nqu iJa tar-lhc o vJ lui·.
A contiss:::io dos cursos superiores. segun do os
planos que co nceb em os. ter ia voto nas p r ovas escritas
e or~is. Es tas, p or ém, tocari.1111, respect iva m ente. aos
professor es dos candidatos n as va rias d isciplinas. O
fi m, com efeito, d o exame n ã o é intimida r o cxam.l-
ua n<lo. c nl lll"\'al-o, mas pelo contrario, crcn r-lhc 1Jtcio
amplo e liv r e, o n<lc as van tagens do merecimento s e
possam m ~111ifcs ta r plcn a n1c11te, n a m a ior ca lmn, na
confiança perfeit a do aluno cm si m e.smo. A comis~
são aeom p.:in hando, pois. do a lto as J)cripecias da
p r ova, podcrú hem <lisccnir nos c an did:.1 tos o aca -
n hamen to d a ineapad <la de. j ulga ndo, a u m temp o,
p e la <..l ircção do exame, o examina ndo e o cxan1i-
11ador.
Acaso o Es tado nos seus cstabclcciln cn los n ão
confer e aos m estres a autoridade sim ultanea de exa-
mina d ores e j u h,cs '! Q ue m uito é , pois. q ue cm reln-
ç tl o ..a os ins litulos p ri ,·ad os. en tregues os cxarncs .rws
professor es pnt licula re·s , d esde q u e reserve a si tncs-
mo a ga r a n tia d e concentrar a funç:1o do voto n os
representa ntes da f iscalisaçiio oficia l ? Si por algum
lado, p ü t l:1.11to, c:-.tc sistc111a p udesse incorr e r <>lll r e-
p aro, seria por m enos fa voravel a o m agis terio par-
ticular cuja compctcncia é. d cst'arte. subn1ctida, pe-
riodicam en te, a u m processo de v erifica çã o i ndireta,
m as solene. m ora lizador a e includ ivel ; exercendo-se
a vigiJ anci a do Es tado. a u m te mpo, sobre a capaci-
dade dos a lu nos e a p roficicncia dos Jncslres, qu e
p erd eria m. n..io o di reito <lc ensin ar . m ns o de e xa -
minar os d iseipulos logo que para essa grave fun ção
do seu m inis ler io a comissão os julgasse inaptos.
118 EXAMES DE PIH::t,A JIATORIOS
rá. prova sobre cada rna terin que faz p arte do ensino
cm cada ano; e n a m esma ocasião podcrú cada tur-
ma tirar o pon to de duas <las d itas materias. Cha-
mado p elo pres idente da 1ncsa cada exa111inando, se
tiver .d e f azer prova escrita de duas ma ter ias, rece-
berá Ires folha s de papel, ru bricadas pelo diretor,
num a das quais escreverá os pon tos, assinand o o
nome por ex ten so, e nas outras redig irá as provas sem
assinar. E' vedado ao examinando levar consigo cad er-
nos, papci!i, escritos ou Il\,r os, e cmnunica r-sc entre si
dura nte os lraUal hos da.s provas~ .Sl! precisarem d e sair
da sala .1ntcs de concJuido o n1csn10 trabalho, só o
p oderã o f3.zcl' COJH licença do pres idente. O qual .OS
mandará acom1>nn har e vigiar por p essoa d e sua con-
fi ança. O trabalho das provas escri tas ser,i feito sob
a vigi1ancia da mesa, incumbin do ao dire tor fisca-
lisar toda s as p rov[ls, para o qu e passará de umn a
ou lras sa las. como ju lga r convenien te, se no mcs1no
dia forem Sll_jcitos a tais provas es tudan tes de ano di-
versos. Scr.i d e uma h ora o tem po d a prova escrita
de cad a ma lc1·irl do ano; esgoto. do esse tem po, as pro-
vas no estado c m que se ach ar crn , e as foJhas cm que
estiverem escritos os p on tos, serão p c1os exami na ndos
entregu es no diretor, o qua l 1narcará as que receber
com o mesmo nll mero, que serú diverso do que cor-
r espon der ao nome do rcspccth·o examinando na lis-
ta da chamada . O diretor conservará em seu poder as
fo lhas d e papel assinadas p elo exam inando, onde
cslivcrc1n escritos os pontos, e ap resentará ás u1csas
de julgamen to ns que conti verem ns provas. As pro-
vas serão sucessivamen te c;xaminadas pe1a m esa para
notar-lh es cad a um dos seus membros os erros e de-
feitos e fornrn lnr sob a su a ass ina tura no pape l elas
mesmas provas as observações q u e en tender con ve-
176 :f:~SJNO MEDICO
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de,·ida aplicação. 5. - o encarregado do ensino de
caligrafia terú a seu cargo, aperfeiçoar n escrita dos
alunos, no que concerne tanto a sua correção orto-
grafica, como ao caralcr da letra, e lhes dará lições
de des enho linear, com aplicação á indus tria tanto
qu anto fôr possivcl.
As inscrições para matricula dos alunos estarão
abertas de 20 á 31 d e janeiro. O a luno que pretender
matricula r-se deverá declarar o seu nmne, idade, na-
turalisação, filiação, juntando ao requerimento cer-
tülõc.s ou documentos que provem ser maior de lô
anos, ter sido aprovado cm lingua nacional, compre-
endendo a grama lica, e a escrita, inglês e franc ês,
arimctica, algclJra (até equações do 2. 0 gráo), geo-
rnetria pJana e consiclcrn da no espaço, trigono1nctria.
O numero de preparatorios p oderá no futuro ser au-
1ncn ta<lo pelo governo exigindo-se lambem o ale1não.
Os bacharéis cm letras do Colcgio Pedro 2. 0 ; os que
tiverem titulo da aprovação nos est udos de 1.0 classe
no mesmo Colcgio; os que tiveretn sido aprovados no
l.') ano el as Esco1ns ele 1narinha e n1ilitar contanto
que passem no cxmnc de inglês e sejam uela aprova.:
<los; podem ser matriculados no Instituto de Comer-
cio. Podem ainda ser mat r icul ados os alun os da Aula
de Con1crcio, ora cxislcn_tc, que tiverem sido aprova-
dos no pritnciro ano da· ntesma Aula, apresentando
lambem certidão de terem sido aprovados em inglês.
Terminado · o prazo das matriculas o diretor fará ex-
trair e remeterá ao governo e ao respectivo professor
e publicnrú pela imprensa uma lista de todos os alu-
nos ma tricu la dos no primeiro ano do Instituto.
As aulas se abrirão cm 3 de fevereiro e se fecha-
rão a 30 de outubro. As horas p a ra as Iiçõ<'s serão
dist ribuídas pela Junta dos professores no principio
de cadu ano, dcvcn<lo durar horn e 1n eia o ensino de
254 Er-:sts o PR0 f1SSI0~AL
Plen ame nte de neor<lo com este j u iso emi tido pela
congregaç ão nuqttc la e pocn, a comis:,;ão n ão po de
de ixa r el e so licitar, a vista el as cons iderações es.pen-
<lidns1 n 1nod ifi~nç:io no a rti go 18 ~ 7 n. 1 par a que
as a tr il>ui<;õcs conferidas no Conse lho superior de ins-
tr ução pul>lieu sej mn da com pe lcnC'ia da congregação
d e cada fncu l<la d e; po rque alé m das razões jú ex ara-
das, é inexcquivcl :l rep rcsent açiio d e u ma faculdade
de provincia no di Lo Conse]ho, segundo a disposição
do arligo 21 do teor seguinte: "os n1en1bros do Conse-
lho resid e nt es á g rande dista ncia da Côrtc, que p or
isso não poderem cotnpa recer ás reuniões exlraor<li-
narias o n m esmo o rdi narim;, por moli\'o justificado,
pod erão faze r-se r ep resen tar por procurad ores ido-
n eos, a qu cn1 clnrfi.o as suas instruções e m tempo
habil. Do 111csn10 n1odo e nten de a com issão que as
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~11:0;:;~::(!:i.::,,a ~J;";,.tÂ1:ir.
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of<' r r«-ido rm lfl!'í~ r or Gon~ah ·e., D i:1~, mm'! pro,;nvr.l mr..nh' eon11 1011t o pef!i\
hiPITU"> · do P:ir.\ n. ,l,n:,i i; AfnMo ,lc ~for:il!I T.M r r!I'. ( t omo' XVTT. 1~~~
o Vnral.uTa r in ifos int1io, Ct1!11,fi.~. m:1n11!lrrit1J of('rrddo !)('ln hnriío ; -\1!:
Antonin:'L (tomo XIX . JS;i"G) ·: p:1r:i. n·i o r it:ir ~l"n:Ío O!! pr inrip:i.i11. o ~
mnl!'I .'IC nrerc:ir,'lm d:\ d r.t:'\ cm qu fi o Impcr:i.lor Jr-111h rnu :in I nstituto : ~;
com·cnicnci,1 dt' t.al nr {lcm ela in\•cstig:i~õee. (Sob r e o c n.<ii"o da Ji11~
tupi, Rodolfo G.:i.rc ia).