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Mais Ergonomia 1 PDF
Mais Ergonomia 1 PDF
do Trabalho
Material Teórico
Ergonomia e Segurança do Trabalho
Revisão Textual:
Prof.
Ergonomia e Segurança do Trabalho
• Conceito de Ergonomia
• Origem da Ergonomia
• Os precursores da Ergonomia
• A abrangência da Ergonomia
O conteúdo dessa unidade foi elaborado de maneira a propiciar sua participação efetiva nas
atividades.
Leia o conteúdo sugerido, procure se aprofundar no complementar com artigos, vídeos e
filmes.
Essa dinâmica vai coloca-lo no caminho da construção do seu próprio conhecimento. Esse
é o único caminho no sentido de obter não somente informações “regulamentares”, mais
obter sim, a “ampliação do tamanho do seu mundo” que é verdadeiramente emancipadora.
Participe dos fóruns. O compartilhamento de informações e de pontos de vista é de grande
valia na construção e consolidação do seu conhecimento além de ser, incondicionalmente,
um exercício de cidadania e democracia!
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Como o curso está estruturado:
• Os assuntos abordados nas unidades estão apresentados de forma tão objetiva quanto
possível. Seus tópicos mais importantes estão enfatizados por elementos gráficos.
• Todas as lições apresentam:
• Um texto introdutório dando uma ideia geral da matéria que será enfocada;
• Seções expositivas, dividindo didaticamente a matéria em temas ordenados;
• Exercícios de fixação de aprendizagem.
• Tenha em mente que vários períodos curtos de estudo são mais producentes que um
único período longo.
Pense
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Contextualização
Um dos principais objetivos no mundo de hoje é a produção máxima com um custo mínimo.
Isso vale tanto os países subdesenvolvidos que buscam de alguma maneira alternativas que
possam melhorar os seus custos para eventualmente alcançar o crescimento, quanto os países
desenvolvidos que buscam o controle econômico, mas, muitas vezes, esse interesse deixa de
lado o bem estar do ser humano e, para isso é necessário que exista algo que possa tratar da
segurança do mesmo.
Fonte: http://segurancasaude.blogspot.com.br/2011/10/acidentes-de-trabalho-consequencias-e.html
Com isso, podemos pensar nos conceitos de segurança e de ergonomia que podem e devem
atuar em conjunto com um fator imprescindível na redução dos custos: a tecnologia.
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Unidade: Ergonomia e Segurança do Trabalho
1 – Conceito de Ergonomia
Disse, pois, o Senhor Deus ao ser humano: maldita é a terra por tua
causa; em fadiga comerás dela todos os dias da tua vida. Do suor do
rosto comerás teu pão, até que tornes a terra; pois dela foste tomado;
pois és pó, e ao pó tornarás.
É conclusivo que o trabalho está relacionado com a noção geral de sofrimento e pena. (Bíblia,
1995).
Segundo Falzon (2009), a International Ergonomics Association (IEA), em 2000 adotou uma
definição que é referência internacional. Todavia, vamos apresentar a definição que antecedeu
a definição de 2000 para que o leitor possa compreender a evolução da conceituação entre os
próprios ergonomistas. Assim, ilustramos a premissa de que além de ser uma disciplina “nova”,
em especial no Brasil, o conceito vêm sendo continuamente revisto causando assim, uma
constante ampliação de escopo da citada disciplina.
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A ergonomia (ou fatores humanos) é a disciplina científica que visa a
compreensão fundamental das interações entre os seres humanos e
outros componentes de um sistema, e a profissão que aplica princípios
teóricos, dados e métodos com o objetivo de otimizar o bem estar das
pessoas e o desempenho global dos sistemas.
Os profissionais que praticam a ergonomia, os ergonomistas,
contribuem para planificação, concepção e avaliação das tarefas,
empregos, produtos, organizações, meios ambientes e sistemas, tendo
em vista torna-los compatíveis com as necessidades, capacidades e
limites das pessoas.
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Unidade: Ergonomia e Segurança do Trabalho
As “áreas de especialização da ergonomia” proposta pelo IEA, segundo Falzon (2009), são
citadas por autores em todo mundo e, assim, adotada como referência internacional.
E, segundo Falzon (2009), ainda na segunda definição proposta pelo IEA em 2000 esclarece-
se que:
A palavra Ergonomia deriva do grego Ergon [trabalho] e nomos [normas, regras, leis]. Trata-
se de uma disciplina orientada para uma abordagem sistêmica de todos os aspectos da atividade
humana.
Para darem conta da amplitude dessa dimensão e poderem intervir nas atividades do
trabalho é preciso que os ergonomistas tenham uma abordagem multidisciplinar de todo o
campo de ação da disciplina, tanto em seus aspectos físicos e cognitivos, como sociais,
organizacionais, ambientais, etc.
Contudo, pode dizer que ergonomia está apoiada em dois pilares fundamentais:
De um lado o objetivo centrado nas organizações e sua busca incansável pela eficiência,
produtividade, confiabilidade, qualidade, durabilidade, etc. a fim de serem mais competitivas
reduzindo custos. De outro, o objetivo centrado no ser humano considerando-se segurança,
saúde, conforto, facilidade de uso, motivação, etc.
Sob o enfoque de projeto do trabalho, a ergonomia é definida por Barnes (2008) como
o meio de encontrar a mais eficiente combinação entre homem e máquinas equipamentos e
materiais no ambiente de trabalho e cita que o objetivo da ergonomia é a adaptação das tarefas
ao ambiente de trabalho às características sensoriais, perceptivas, mentais e físicas das pessoas, e,
como resultado, obtém-se então melhores projetos de equipamentos, sistemas homem-máquina,
de produtos de consumo, métodos e ambiente de trabalho.
2 – Origem da Ergonomia
1
Disponível em:< http://www.abergo.org.br>. Acessado em: jul / 12.
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Figura 1.1 – http://www.portalplanetasedna.com.ar/images/guerra2_05.jpg
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Unidade: Ergonomia e Segurança do Trabalho
4 – Os precursores da Ergonomia
Figura 1.2 – Máquina a vapor. Figura 1.3 – Cena do Filme Tempos Modernos - “Não sois
Fonte: http://www.viaki.net/wp-content/ máquinas; Homens é o que sois” – Charlie Chaplin
uploads/2012/06/maquinas-a-vapor-antiga.jpg - Fonte: http://guia.uol.com.br/album/2012/08/09/confira-filmes-de-
Acessado em julho 2012. charles-chaplin-em-mostra-de-belo-horizonte.htm#fotoNav=2 –
Acessado em julho 2012.
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No final do século XVIII e início do século XIX, surge nos Estados
Unidos da América um simples operário que revolucionaria a maneira de
se produzir bens industrialmente (em larga escala), seu nome é Frederick
Winslow Taylor. Taylor estudou e tornou-se Engenheiro Mecânico e,
no ambiente que conhecia, foi de simples operário à gerente industrial
promovendo estudos sistêmicos acerca de como organizar a produção e
melhorar a sua eficiência. Esses estudos transformaram-se em publicações
que preconizavam uma maneira sistêmica, científica de analisar o
trabalho buscando redução de movimentos e aumento de eficiência. A
essa “maneira científica” de “organizar o trabalho” deu-se o nome de Figura 1.4 – Frederick
Wisnlow Taylor (1856 – 1915)
Administração Científica ou Taylorismo. Fonte: upload.wikimedia.
org/wikipedia/commons/9/90/
Na Europa, mais especificamente na Alemanha e França e países Frederick_Winslow_Taylor_
crop.jpg
escandinavos em meados de 1900, surgiram estudos sobre a fisiologia
humana voltada ao trabalho (fisiologia do trabalho) e gastos energéticos
na tentativa de migrar os conhecimentos sobre fisiologia desenvolvidos em laboratório para
ambientes extremos tais como: minas de carvão, fundições e outras situações onde a energia
gasta para realizar o trabalho humano era máxima e o ambiente extremante agressivo à saúde
humana.
Ao redor do mundo, muitos esforços foram mobilizados para realização de estudos
relacionados sobre os movimentos do corpo como: fadiga muscular, fadiga psicológica, aptidão
física, postura no trabalho, desenvolvimento de mobiliário, iluminação, ventilação, temperatura,
ruído, umidade, vibração, etc.
Todos esses conhecimentos que foram acerca da combinação harmônica entre homens
e sistemas acumulados em todas as partes do planeta foram de grande valor na ocasião da
Segunda Guerra Mundial (1939 – 1945) com a finalidade de desenvolver projetos e promover
a construção de materiais bélicos sofisticados tais como submarinos, tanques, radares, navios,
aviões, sistemas contra incêndio, etc. Além do alto custo de cada um desses produtos, o operador
(soldado) no manuseio dessas “máquinas” era exposto a condições de extrema fadiga física e
psicológica. Assim, estudos foram promovidos por equipes multidisciplinares a fim de melhorar a
adaptação do homem ao sistema, ou seja, do soldado às máquinas bélicas no campo de batalha.
A ergonomia do pós-guerra, em tempos de paz, era frequentemente ridicularizada por sua
“falta de credibilidade” que perdurou até o Departamento de Defesa dos EUA desenvolver
pesquisas em Universidades e Centros de Pesquisa Especializados.
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Unidade: Ergonomia e Segurança do Trabalho
Pelo fato de Taylor iniciar sua vida profissional como simples operário, nessa função, teve a
oportunidade de vivenciar o que a sociologia do trabalho chama de código de trabalho. Código
de trabalho é quando os funcionários de um determinado setor de uma empresa definem regras
próprias quanto ao ritmo de trabalho e, muitas vezes, regras próprias para o método de trabalho
também. Por isso, mais tarde, Taylor definiu os funcionários de “indolentes”; oportunamente
retornaremos a essa afirmação.
Ao receber sua primeira promoção, Taylor, como qualquer líder, inclusive nos dias de hoje,
passou a ser cobrado por resultados. Como era conhecedor de como o trabalho era realizado
em sua empresa, sabia que era vital para seu sucesso profissional organizar a parte feia, suja e
desorganizada da empresa chamada de produção.
Como não havia nenhum histórico anterior relacionado a estudos específicos sobre
organização da produção ou eficiência do processo produtivo, Taylor pode realizar, sem nenhum
tipo de cobrança ou expectativa, seus experimentos acerca do que ele, Taylor, imaginava ser uma
empresa organizada e eficiente. Fez muitos testes tipo tentativa e erro. O resultado desses testes e
observações fez com que Taylor publicasse sua teoria de organização do trabalho conhecido como
“Princípios da Administração Científica” que consistia primeiramente na divisão do trabalho.
Taylor pregava que para se obter ganhos de eficiência na produção de todo trabalho a ser
realizado, esse “trabalho todo” deveria ser dividido em tarefas simples e repetitivas e que o
funcionário deveria ser treinado nas suas tarefas seguindo rigorosamente a “prescrição da
tarefa”. Naquela época o funcionário recebia por dia e não havia um vínculo formal de trabalho
na forma de “emprego” como conhecemos hoje. Antes de seu método, não havia nenhuma
recomendação da sequência de atividades que deveriam ser feitas ou como essas atividades
deveriam ser feitas. Cada um fazia, mais ou menos, o que queria da forma que queria e com
a “carga de trabalho” que achava justa pelo seu ganho diário. Ou seja, um funcionário que
trabalhava muito ganhava o mesmo dinheiro que um funcionário que trabalhava pouco; logo,
a realização do trabalho era nivelada por baixo. E Taylor sabia disso, sabia que havia uma boa
parcela de ineficiência aceita pelo formato de trabalho da época. Foi nesse cenário que Taylor,
ao dividir o trabalho, impôs uma sequência de trabalho, posto a posto de trabalho. Definiu que,
em cada posto de trabalho as tarefas deveriam ser feitas de maneira simples e repetitivas. Foi
uma maneira inteligente de definir um fluxo contínuo de produção além de tentar garantir que
o trabalho fosse feito, sempre, da mesma maneira e, como consequência distribuiu a carga de
trabalho uniformemente entre os operários em cada um dos seus postos der trabalho.
Na prescrição da tarefa dos postos de trabalho, Taylor procurava pensar na tarefa e rever os
movimentos de maneira a eliminar os movimentos desnecessários a fim de economizar tempo
e energia. A fim de tornar o trabalho mais eficiente e menos exaustivo ao operário, começou a
medir o trabalho no tempo, o que mais tarde seria chamado de cronoanálise. Além de dividir
o trabalho, passou a definir a sequência e fazer a prescrição da tarefa, Taylor também imprimiu
um ritmo de trabalho na produção com as esteiras móveis. A esteira móvel a que nos referimos,
nesse momento, não é a esteira móvel de Ford que foi a precursora da produção em massa. A
esteira móvel de Ford veio mais tarde.
Além de todas as preocupações de Taylor relativas à organização da fábrica bem como
sua eficiência, preocupou-se também em organizar o espaço fabril ordenando os elementos
(máquinas) de maneira eficiente no meio (fábrica).
Após as publicações de Taylor “Princípios da Administração Científica” muitas empresas
adotaram seus métodos.
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Taylor foi muito criticado em sua obra, pois afirmava-se que ele rebaixava o homem a
condição de animal. Taylor dizia que o estudo do método de trabalho deveria ser executado
por uma parte da empresa composta por pessoas que deveriam ser estudadas e devidamente
preparadas para isso. Não deveria, jamais, ser dado ao simples funcionário a autonomia de
decidir o que, como e quando fazer. Falava-se, com essa afirmação, que Taylor definia o simples
funcionário como “acéfalo”, ou, pouco dotado de inteligência e incapaz de tomar decisões
racionais. Taylor dizia também que o trabalho deveria ter um método definido com ritmo a fim
de “impedir” que funcionário “burlasse intencionalmente” os índices de eficiência esperados,
hoje em dia poderíamos dizer que Taylor não queria que o simples funcionário “encostasse o
corpo”, e, com essa situação, afirmava-se que Taylor havia rotulado o simples funcionário de
indolente, ou se preferir, vagabundo.
Taylor, para “motivar” seus funcionários, oferecia prêmios para ganhos em produtividade;
quem produzisse mais, ganhava mais.
Todavia, nem sempre os princípios de Taylor eram devidamente empregados. Muitas vezes
o tempo definido para execução da tarefa e, muitas vezes o próprio método eram definidos por
quem sequer conhecia a fábrica e, muitas vezes, impossíveis de ser cumpridos. Os funcionários
sentiam-se oprimidos pela gerência da fábrica e, muitas vezes, reagiam descumprindo as
normas (prescrição da tarefa) e danificando, intencionalmente, os equipamentos além de não
se sentirem minimamente comprometidos com a qualidade.
Por sentirem-se vítimas de um ambiente absolutamente coercitivo, houveram reclamações
generalizadas por todo país (EUA), envolvendo inclusive os sindicatos. O descontentamento
era tão grande que Taylor foi chamado a se explicar no Congresso Nacional Americano sob o
argumento de que, nesse “novo método de trabalho”, trabalhava-se mais (produzia-se mais) e
ganhava-se a mesma quantidade em dinheiro além de ser coercitivo.
Taylor defendeu-se dizendo que, na Administração Científica, o trabalhador não trabalhava
mais, trabalhava melhor. Como havia uma grande preocupação com a economia de energia do
trabalhador através da racionalização dos movimentos, ele trabalhava menos, produzia mais e
ainda tinha prêmio relativo ao seu desempenho.
Segundo a física, toda ação requer uma reação, e, como reação à Administração Científica
de Taylor, ou Taylorismo, surge a Escola das Relações Humanas onde seu ícone é Elton Mayo.
Figura 1.5 – Georges Elton Mayo (1880 – 1949), psiólogo australiano precursor da sociologia industrial.
Fonte: http://4.bp.blogspot.com/-cWf6oh1eyps/T5f_oI8sBZI/AAAAAAAAAOE/WwRSPdRuHeY/s1600/Elton%2BMayo%2B6.jpg
Acessado em: Ago/2012
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Unidade: Ergonomia e Segurança do Trabalho
Até Mayo a noção de trabalho era relacionada à pena bem como na Bíblia. E a imagem de
operário era relacionada a quem não tem vontade, direitos ou, sequer, dores.
Meados da década de 1920, Mayo promoveu uma pesquisa que revolucionou a relação
homem x trabalho na empresa Western Electric em Hawtorne, EUA.
Mayo pretendia estudar os efeitos da iluminação na eficiência da fábrica. Separou um grupo
de trabalhadores da produção e colcou-os num ambiente isolado da produção. Nesse espaço,
não havia a presença do “capataz”, encarregado ou supervisor de produção nos dias de hoje.
Muitas vezes o capataz era coercitivo a ponto de castigar fisicamente o operário.
Mayo forneceu iluminação adequada e a produção aumentou. Em um segundo momento
Mayo reduziu a iluminação e a produção continuou a subir. Esse foi chamado o efeito
Hawtorne onde Mayo concluiu que a eficiencia na produção não era explicada ou justificada
apenas fatores físicos, havia o componente humano que deveria ser identificado, reconhecido e
valorizado. Os operários escolhidos para essse estudo receberam atenção especial e, ao saberem
que estavam sendo filmados, sentiram-se valorizados.
Ao contrário da proposta de Taylor onde o operário era analisado isoladamente, Mayo
propôs, a partir do efeito Hawtorne, a humanização da produção criando incentivos morais e
psicológicos. Afinal, posto que o trabalho é um meio de vida e não de morte, não precisa der
“penoso”. A partir do efeito Hawtorne, surge um novo campo de pesquisa conhecido como
sociologia industrial e, com ela, os grupos autônomos com tarefas mais integradas nos moldes
da organização do trabalho como conhecemos nos dias de hoje.
6 – A abrangência da Ergonomia
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Em havendo um acidente, a empresa preenche um formulário chamado de CAT, comunicação
de acidente no trabalho.
Esse formulário é enviado ao Ministério do Trabalho e será revertido no FAP, fator previdenciário
que abordaremos detalhadamente em uma próxima unidade bem como a abordagem “legal”
da ergonomia e suas devidas regulamentações.
A fim de aplicar a devidamente ergonomia em toda sua amplitude, muitas empresas criam
e mantém o “COMITÊ DE ERGONOMIA”, que é um grupo de profissionais multidisciplinar
a fim de “garantir” que, nessa organização, as interações entre homens e sistemas acontecem
harmonicamente. Esse grupo deve-se reunir periodicamente e planejar a aplicação de ações
imediatas além de planejar eventos futuros guardando a premissa de “Melhoria Contínua”.
De acordo com IIda (2005), há profissionais ligados à saúdo do trabalhador, à organização
do trabalho, ao projeto de máquinas e equipamentos. Trazem consigo sua contribuição em
conhecimentos úteis que devem ser considerados na solução de problemas ergonômicos, dentre
os quais destacam-se:
Médicos do trabalho: podem ajudar na identificação dos locais que provocam acidentes
ou doenças ocupacionais a realizar acompanhamentos de saúde e ainda, criar um dossiê de
“histórico de dor” por setor. Essa prática vai servir para orientar o “Comitê de ergonomia” na
revisão de processos de trabalho atuais e no projeto de novos processos de trabalho.
Engenheiros de projeto: contribuem nos aspectos técnicos procurando adequar máquinas
e ambiente de trabalho.
Engenheiros de produção: procuram distribuir o trabalho sem sobrecarga estabelecendo
um fluxo racional de materiais e postos de trabalho, devem estudar os métodos de trabalho,
tempos e postos de trabalho.
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Unidade: Ergonomia e Segurança do Trabalho
Quando não existe um grupo multidisciplinar, que aqui chamamos de “Comitê de ergonomia”,
apoiado incondicionalmente pela alta administração, ou, quando a organização dá os primeiros
passos dentro do universo da ergonomia, muitas vezes a ergonomia é aplicada de acordo com
a ocasião que é feita e, segundo IIda (2005) apud Wisner (1987), essa “ergonomia de ocasião”
é classificada em concepção, correção, conscientização e participação.
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nos custos bem como a perda de eficiência vai persistir. Por mais que seja oneroso “parar” a
operação para palestras, ainda é bem mais barato do que perder os investimentos de energia,
tempo e dinheiro para “aplicar devidamente a ergonomia”.
Ergonomia de participação: é quando o trabalhador ou usuário participam do processo
de desenvolvimento de máquinas, equipamentos, mobiliário e processo de fabricação e/ou
prestação de serviços. A ergonomia de participação é efetiva quando o trabalhador ou usuário
já possui conhecimentos prévios sobre o que vem a ser ergonomia.
Traçando um paralelo entre o conceito de ergonomia e o conceito de qualidade, igualmente
atuais em constante ampliação de escopo, sabemos que, quando o conceito de qualidade
invade toda organização podemos entender que a organização ampliou o escopo de tal forma
que tomou, invadiu toda organização. Para essa situação é possível afirmar que a empresa
chegou ao estágio de QUALIDADE TOTAL.
Bem como a empresa que invade toda a organização com os conceitos de qualidade e chega
ao estágio de qualidade total, a organização seja de natureza manufatureira ou de prestação de
serviços, quando “invade” toda empresa com os conceitos de ergonomia, podemos afirmar que
a organização aplicou a MACROERGONOMIA.
Sempre onde há trabalho humano, em qualquer segmento de mercado, inclusive em nossa
vida quotidiana, deve haver ergonomia. No ato de um estudante levar uma mochila para escola,
deve haver ergonomia de correção na ou conscientização sobre como carregar a mochila, as
duas alças devem ser usadas, uma em cada ombro. Caso seja possível, as mochilas com rodinhas
devem ser escolhidas.
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Unidade: Ergonomia e Segurança do Trabalho
Material Complementar
Com o objetivo de consolidar as informações obtidas nesse ambiente, sugiro que façam uso
do seguinte material:
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Referências
21
Unidade: Ergonomia e Segurança do Trabalho
Anotações
22
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