Você está na página 1de 25

Aula 24 – Trocadores de Calor

UFJF/Departamento de Engenharia de Produção e


Mecânica

Prof. Dr. Washington Orlando Irrazabal Bohorquez


Trocadores de Calor
Análise de Trocadores de Calor
1-) Método da Média Logarítmica das Diferenças de Temperatura
Trocador de calor de correntes paralelas: q  U A T

 qcp ,qdTq
dq  m

 f cp ,f dTf
dq  m

Troca de calor através de uma área elementar: dq  U dA T


onde:
T  Tq  Tf
T é a diferença de temperatura local entre os fluidos.
Trocadores de Calor
Análise de Trocadores de Calor
1-) Método da Média Logarítmica das Diferenças de Temperatura

ΔT é determinado por um balanço de calor num elemento de fluido,


para os fluidos quente e frio.

Hipóteses Simplificadoras:
• Trocador de calor isolado da
vizinhança
• Condução axial desprezível
• Cp’s constantes
• U constante
Balanço de energia:
dq   m q c p ,q dTq  m f c p , f dT f
dq  Cq dTq  C f dT f C  Capacitância Térmica
dq  U dA T T  Tq  T f
Trocadores de Calor
Análise de Trocadores de Calor
1-) Método da Média Logarítmica das Diferenças de Temperatura

T  Tq  T f
dq dq
d (T )  dTq  dT f d (T )   
m q c p ,q m f c p , f

 1 1 
d (T )    dq
 m c 
 q p ,q m f c p , f 
Mas dq  U dA T logo:
 1 1 
d (T )    U dA T
 m c 
 q p ,q m f c p , f 
d (T )  1 1 
   U dA
 m c 
T  q p ,q m f c p , f 
Trocadores de Calor
Análise de Trocadores de Calor
1-) Método da Média Logarítmica das Diferenças de Temperatura
Tsai d (T )  1 1 
    U dA
Integrando  m c  A
T  q p ,q m f c p , f
Tent

Tsai  1 1 
ln    U A
 m c 
Tent  q p ,q m f c p , f 

Para os fluidos quente e frio, respectivamente:


q   m q c p ,q Tq , sai  Tq ,ent 
q  m f c p , f T f , sai  T f ,ent 
Isolando m q c p ,q e m f c p , f , respectivamente:
Tsai  (Tq , sai  Tq ,ent ) (T f , sai  T f ,ent ) 
ln     U A
Tent  q q 
Trocadores de Calor
Análise de Trocadores de Calor
1-) Método da Média Logarítmica das Diferenças de Temperatura

Tsai UA
ln
Tent
 
  (Tq ,ent  T f ,ent )  (Tq , sai  T f , sai )
q

Tsai UA
ou ainda ln  (Tent  Tsai )
Tent q

Logo: U A(Tent  Tsai )


q
T
ln sai
Tent

Ou, U A( Tsai  Tent )


q
Tsai
ln
Tent
Trocadores de Calor
Análise de Trocadores de Calor
1-) Método da Média Logarítmica das Diferenças de Temperatura

U A( Tsai  Tent )
q
Tsai
ln
Tent

A equação pode ser escrita como, q  U A Tml

onde Tml é a diferença de temperatura média logarítmica

( Tsai  Tent )
Tml 
Tsai
ln
Tent
Trocadores de Calor
Análise de Trocadores de Calor
1-) Método da Média Logarítmica das Diferenças de Temperatura

U A( Tsai  Tent )
q
Tsai
ln
Tent
Entrada Saída

• Trocador operando com correntes


paralelas:
Tent  (Tq ,ent  T f ,ent )
Tsai  (Tq , sai  T f , sai )
• Trocador operando com correntes
contrárias:
Tent  (Tq ,ent  T f , sai )
Tsai  (Tq , sai  T f ,ent )
Entrada Saída
Trocadores de Calor
Análise de Trocadores de Calor

Correntes paralelas (CP) x Correntes contrárias (CC)


• Para as mesmas temperaturas na entrada e saída, ΔTlm,CC > ΔTlm,CP

⇒ para um mesmo U, a área superficial requerida para o trocador CC é


menor do que para o trocador CP

• A temperatura fria de saída pode ser maior do que a temperatura


quente de saída, no arranjo contra corrente, mas não no paralelo
Trocadores de Calor
Análise de Trocadores de Calor
2-) Método da Efetividade - NTU

• Método da Média Logarítmica das Diferenças de Temperatura:


o Temperaturas de entrada e saída dos fluidos são especificadas;
o Coeficiente global de transferência de calor U é especificado.

• Método  - NUT ou Método da Efetividade:


o Temperaturas de entrada dos fluidos são especificadas, Mas as
temperaturas de saída dos fluidos NÃO são conhecidas;
o Vazões dos fluidos são especificadas;
o Coeficiente Global de transferência de calor U é especificado.
Trocadores de Calor
Análise de Trocadores de Calor
2-) Método da Efetividade - NTU
Para este método é definido a efetividade do Trocador de Calor:
• q: troca de calor real.
• qmax: máxima troca de calor
possível.

Cc  C h :
q  m c c p ,c Tc ,o  Tc ,i  fluido frio, máximo para Tc,o = Th,i (L)
qmax  m c c p ,c Th ,i  Tc ,i   Cc Th ,i  Tc ,i 
C h  Cc :
q  m h c p ,h Th ,i  Th ,o  fluido quente, máximo para Th,o = Tc,i (L)

qmax  m h c p , h Th ,i  Tc ,i   Ch Th ,i  Tc ,i 


Trocadores de Calor
Análise de Trocadores de Calor
2-) Método da Efetividade - NTU

- Se ε, Th,i e Tc,i são conhecidos, pode-se determinar:

(depende somente das temperaturas de entrada...)

Para qualquer Trocador de Calor, mostra-se que:

Onde NTU: número de unidades de Transferência:

E a razão das Capacitâncias Térmicas:


Trocadores de Calor
Análise de Trocadores de Calor
2-) Método da Efetividade - NTU
Trocadores de Calor
Análise de Trocadores de Calor
2-) Método da Efetividade - NTU
Trocadores de Calor
Análise de Trocadores de Calor

2-) Método da Efetividade - NTU

• Cálculos semelhantes podem ser realizados


e as
relações -NTU podem ser desenvolvidas em
trocadores de calor com outros arranjos de
correntes.
• Nas figuras seguintes são apresentadas cartas de
efetividade () para várias disposições do
escoamento.
Trocadores de Calor
Análise de Trocadores de Calor
2-) Método da Efetividade - NTU

NUT NUT

(a) Correntes Paralelas (b) Contracorrente


Trocadores de Calor
Análise de Trocadores de Calor
2-) Método da Efetividade - NTU

NUT NUT

(c) Um passe no casco e dois, quatro, (d) Dois passes no casco e quatro,
seis, etc. passes nos tubos oito, doze, etc. passes nos tubos
Trocadores de Calor
Análise de Trocadores de Calor
2-) Método da Efetividade - NTU

NUT NUT

(e) Correntes cruzadas, ambas não (f) Correntes cruzadas, um fluido


misturadas misturado e outro não misturado
Exemplo Aula 24.1
Uma planta de potência geotérmica utiliza água subterrânea de grande
profundidade, sob pressão, a TG = 147°C como a fonte de calor para um
ciclo Rankine orgânico. Um evaporador, constituído por um trocador de
calor casco e tubos, verticalmente posicionado, com um passe no casco e
um passe nos tubos, transfere energia entre a água subterrânea, passando
pelos tubos, e o fluido orgânico do ciclo de potência, escoando pelo casco,
em uma configuração contracorrente.
O fluido orgânico entra no casco do evaporador como um líquido sub-
resfriado a Tf,ent = 27°C e deixa o evaporador como um vapor saturado, com
qualidade XR,sai = 1 e temperatura Tf,sai = Tsat = 122 °C.
No interior do evaporador, há transferência de calor entre a água
subterrânea líquida e o fluido orgânico no estágio A com UA = 900 W/(m2·K),
e entre a água subterrânea líquida e o fluido orgânico em ebulição no
estágio B com UB = 1200 W/(m2·K).
Para vazões da água subterrânea e do fluido orgânico de ṁG = 10 kg/s e ṁR
= 5,2 kg/s, respectivamente, determine a área da superfície de transferência
de calor requerida do evaporador.
O calor específico do fluido orgânico líquido do ciclo Rankine é cp,R = 1300
J/(kg·K) e seu calor latente de vaporização é hfg = 110 kJ/kg.
Considerações:
a) Condições de regime estacionário;
b) Propriedades constantes;
c) Perdas para a vizinhança e variações nas energias
cinética e potencial desprezíveis.
Propriedades do vapor de água (Tabela A-6).

Aplicando a conservação de energia no evaporador:


A temperatura da água subterrânea saindo do
evaporador pode ser determinada a partir de um
balanço de energia na corrente quente:

As temperaturas de entrada e de saída da corrente fria


são:

enquanto para a corrente quente:


As taxas de capacidade caloríficas no estágio da base
(A) do evaporador são:

A efetividade associada ao estágio na base do


evaporador é:
O NTU pode ser calculado com a relação para o
trocador de calor em contracorrente, Equação 11.29b,
sendo:

A área de transferência de calor requerida para o


estágio A é:

Há mudança de fase no fluido orgânico no estágio no


topo (B). Consequentemente, Cr,B = 0 e Cmín,B =
42.670 W/K. A efetividade do estágio B é:
Da Equação 11.35b:

Depois,

A área completa de transferência de calor é:

Você também pode gostar