Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
MOSSORÓ - RN
2012
FRANCISCO HINÁIO DE PAIVA
MOSSORÓ - RN
2012
Ficha catalográfica preparada pelo setor de classificação e
catalogação da Biblioteca “Orlando Teixeira” da UFERSA
P149l Paiva, Francisco Hináio de.
Bibliotecária: Levantamento planimétrico utilizando diferentes equipamentos
Vanessa de topográficos. / Francisco Hináio de Paiva. -- Mossoró, 2012.
Oliveira
38 f.: il.
Pessoa
CRB15/453
Monografia (Graduação em Ciência e tecnologia) –
Universidade Federal Rural do Semi-Árido.
Orientador: Francisco de Assis de Oliveira.
CDD: 526.98
FRANCISCO HINÁIO DE PAIVA
Á Deus que esteve sempre presente na minha vida, ajudando-me em todos os sentidos;
Aos meus pais que sempre me apoiaram durante toda a minha jornada acadêmica e
sempre estiveram do meu lado dando força para vencer os desafios da vida;
Ao meu amigo Elias Marques Dias que me ajudou muito durante todo esse tempo que
me encontrei nesta universidade;
Ao meu amigo Paulo Augusto Nogueira, no qual estudamos juntos por muitos anos,
além de estudarmos algumas disciplinas juntos ainda hoje;
A todos os meus amigos que sempre me apoiaram nos momentos mais difíceis;
Aos meus irmãos que contribuíram financeiramente para que eu pudesse me manter
aqui nessa universidade.
RESUMO
Os receptores GPS de mão ou navegação estão se tornando cada vez mais populares.
Devido a facilidade de manipulação e preço acessível, seu uso para em levantamentos
planimétricos vem aumentando consideravelmente, podendo haver erros nas estimativas
das dimensões de terrenos. Este trabalho teve como objetivo estudar e aplicar o GPS de
navegação em levantamentos planimétricos de pequenas áreas, e avaliar o seu
desempenho por meio de comparações com equipamentos tradicionais usados em
topografia. Foram realizados levantamentos planimétricos de três poligonais de
dimensões diferentes, utilizando o aparelho receptor GPS de navegação, um Teodolito
Eletrônico e uma trena. Em cada poligonal foram realizadas duas repetições nos
levantamentos realizados com o GPS e o Teodolito, e uma repetição com a trena. Os
dados obtidos foram trabalhados utilizando software topográficos (Track Maker e
MapSource) para determinação de comprimento de lados e perímetros, e das áreas das
poligonais. A partir dos resultados obtidos neste trabalho, conclui-se que o GPS de
navegação apresentou variações nas dimensões das poligonais das dimensões em
comparação com o teodolito eletrônico. A trena apresenta maior erro no levantamento,
principalmente em áreas de maior dimensão. O GPS de navegação é uma ferramenta de
trabalho muito eficiente para trabalhos preliminares de topografia.
Figura 1 - Modelos de diastímetros (Trena de lona (A) e de fibra de vidro (B)) ......... 12
Figura 2 - Esquema do levantamento planimétrico por irradiação............................... 14
Figura 3 – Esquematização de um levantamento planimétrico por intercessão ........... 15
Figura 4 - Representação do alinhamento curvo e da linha auxiliar traçada ................ 15
Figura 5 - Representação esquemática de um levantamento por caminhamento ......... 16
Figura 6 - Visão aérea do terreno da área utilizada no trabalho ................................... 20
Figura 7 - Esquematização do terreno dividido nas áreas estudadas............................ 21
Figura 8 - Teodolito eletrônico utilizado no levantamento........................................... 21
Figura 9 - Esquema do terreno com a estação no seu interior. ..................................... 22
Figura 10 - GPS de navegação utilizado neste trabalho ............................................... 23
Figura 11 - Trena utilizada neste trabalho .................................................................... 24
Figura 12 - Vista aérea (Google earth) da poligonal P1 delimitada pela coordenadas
coletadas com o GPS Garmin. ........................................................................................ 26
Figura 13 - Vista aérea (Google earth) da poligonal P2 delimitada pela coordenadas
coletadas com o GPS Garmin ......................................................................................... 27
Figura 14 - Vista aérea (Google earth) da poligonal P3 delimitada pela coordenadas
coletadas com o GPS Garmin. ........................................................................................ 28
SUMÁRIO
Sumário
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 10
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ............................................................................................ 11
2.1. Importância da topografia para projetos de engenharia................................................. 11
2.2. Processos de medição de distâncias............................................................................... 12
2.3. Tipos de levantamentos topográficos ............................................................................ 12
2.3.1.Levantamento por irradiação......................................................... .................... ..13
2.3.2.Levantamento por interseção.................................................... .................... .......14
2.3.3.Levantamento por ordenadas............................................. ................... ...............15
2.3.4.Levantamento por caminhamento ou poligonação................ .................. ............16
2.4.1.Tipos de Receptores GPS............................................................................ .........17
2.4.1.1.GPS de Navegação.................................................... ................... ...........17
2.4.1.2.DGPS – GPS diferencial................................................ ..................... ....18
2.4.1.3.Cadastrais...................................................................................... ......... .18
2.4.1.4.Topográficos................................................................................. .......... .18
2.4.1.5.Geodésicos............................................................................. ............... ..18
2.4.2.Uso de GPS de navegação em levantamentos topográficos............... ................. 19
2.4.2.1.Vantagens e limitações do uso de GPS de navegação em levantamentos
topográficos................ ....................................................................................................... .......19
3. MATERIAL E MÉTODOS .................................................................................................. 20
3.1. Caracterização e localização da área de estudo ............................................................. 20
3.2. Levantamento topográfico realizado com o teodolito ................................................... 21
3.3. Levantamento topográfico realizado com o gps de navegação ..................................... 23
3.4. Levantamento topográfico realizado com a trena.......................................................... 24
3.5. Análise dos dados .......................................................................................................... 24
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO ......................................................................................... 25
5. CONCLUSÕES ................................................................................................................... 36
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................ 37
10
1. INTRODUÇÃO
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1. Importância da topografia para projetos de engenharia
Antigamente, o estudo da topografia era feito em locais restritos, isso
porque o principal foco era reduzir os problemas que a curvatura da terra provocava na
representação. Porém, depois surgiu a necessidade de obter representações de
superfícies cada vez maiores, isso, por sua vez fez com que a limitação do território
fosse alargada e a curvatura da terra teve de ser considerada (RIBEIRO et al., 2006 ).
Devido ao fenômeno citado anteriormente a topografia passou a relaciona-se
com a geodésia. Esta permite considerar a curvatura da terra em um estudo topográfico
de terrenos de grandes dimensões. Os sistemas de referências geodésicos são adotados
internacionalmente (RIBEIRO et al., 2006).
Segundo Loch (2000), a topografia consiste no conhecimento dos instrumentos
e métodos os quais têm por finalidade determinar o contorno, dimensão e posição
relativa de uma porção limitada da superfície terrestre, sem considerar a curvatura
resultante da esfericidade terrestre.
Muitos trabalhos de engenharia, arquitetura e agronomia, faz-se necessário o
uso adequado da topografia. Na construção civil é de fundamental importância um
estudo conveniente do terreno onde será construído a obra. Isso contribui para o bom
aproveitamento do terreno acarretando consequências econômicas, técnicas e estéticas
da obra. O conhecimento topográfico é indispensável até mesmo no acompanhamento
da execução da obra (GIACOMIN et al., 2009).
Os trabalhos de engenharia civil, arquitetura, urbanismo, agrícola, e outras
engenharias, são desenvolvidos sobre o terreno onde poderá ter obras viárias,
hidrografia, projetos de irrigação, reflorestamentos, etc. Os conhecimentos da
topografia poderão ser usados em diversas áreas, tais como: agronomia, para práticas
conservativas do solo; engenharia agrícola para, por exemplo, projetos de irrigação e
drenagem; engenharia florestal em urbanismo; engenharia de pesca para a construção
de tanques; engenharia civil para a criação de rodovias (VERA JÚNIOR et al., 2003).
12
A. B. C.
A Figura 3 ilustra uma superfície demarcada por sete pontos com os pontos (P) e
(Q) estrategicamente localizados no interior da mesma. De (P) e (Q) são medidos os
ângulos horizontais entre a base e os pontos (1 a 7).
2.4.1.3. Cadastrais
São os aparelhos que trabalham com código C/A ( aparelhos de SIG) e os que
trabalham com a fase da portadora L1 (o código C/A é o modulado sobre ela), através
da resolução da ambiguidade de cada satélite.
A grande diferença deste tipo de equipamento é a sua capacidade de aquisição e
armazenamento de dados alfanuméricos associados às feições espaciais levantadas
(ponto, linha e área). Este equipamento é utilizado para levantamentos cadastrais de
escala 1:50.000 ou menor, sendo que o pós-processamento é realizado em gabinete
com o uso de software específico.
2.4.1.4. Topográficos
São aparelhos que possuem uma precisão da ordem de 1 cm, sendo considerados
cadastrais por ser semelhante a este, e são utilizados para levantamentos topográficos
que permitem aquisição de dados para escalas 1:2000 ou menor. O pós-processamento
é realizado da mesma forma que nos aparelhos cadastrais.
2.4.1.5. Geodésicos
Este tipo de aparelho possui dupla frequência (sofrem menos interferência da
ionosfera), recebendo a frequência L1 (e código C/A) e a frequência L2 (código C/A
ou P). Estes instrumentos são indicados para trabalhos geodésicos como transportes de
coordenadas e controle de redes. Sendo utilizados em trabalhos topográficos
conseguem produtos de escala 1:1000, ou menor. O pós-processamento é realizado da
mesma forma que nos aparelhos cadastrais e topográficos, ou seja, em gabinete
utilizando-se um software específico.
19
3. MATERIAL E MÉTODOS
3.1. Caracterização e localização da área de estudo
O trabalho de campo foi realizado no campus sede da Universidade Federal
Rural do Semi Árido – UFERSA, em Mossoró, no estado do Rio Grande do Norte –
RN, localizada nas seguintes coordenadas geográficas: Latitude 5º 11’ S; Longitude
37º 20’ O; altitude média de 18 m.
O terreno em estudo localiza-se próximo a vila acadêmica feminina e do
conjunto de prédios do Departamento de Ciências Animais, por trás do Laboratório de
Biotecnologia da UFERSA. O terreno também é delimitada próximo ao muro da
universidade. A Figura 6 mostra a visão aérea do terreno vista de longe e de perto( A e
B), respectivamente.
Figura 6 - Visão aérea do terreno da área utilizada no trabalho
A.
B.
Área do estudo
7
10 9 8
Área 1
Área 2
3 4
2 5 Área 3
1
10 9 8
Área 1
4 Área 2
3
2 5 Área 3
1
DH = 100 (Ls-Li).cos2α
Em que:
DH – Distância horizontal, m;
Ls – Leitura no retículo superior, m;
Li – Leitura no retículo inferior, m;
α – Inclinação (90 – Zenital)
23
Para a medição da área com o aparelho GPS foi usado o seguinte procedimento.
Ligou-se o aparelho, e escolheu-se a página que mostra os satélites. Depois o aparelho
GPS foi colocado em um ponto central (polo) e esperou-se chegar à melhor precisão,
marcou-se o ponto e anotou-se a precisão mostrada na página de satélites. Depois fez-
se o mesmo para a baliza inicial, localizada no vértice zero do terreno a ser medido
(vértice 1). Em seguida contornou-se a área, passando-se por todos os vértices, em
sequência, até se chegar novamente no vértice inicial. Depois de todo o terreno ser
contornado, gravou-se o trajeto no aparelho. Esse método possibilita adquirir o
desenho e os dados de área e perímetro do terreno medido.
Em cada vértice foram coletados as coordenadas em UTM, em seguida os dados
foram tabulados em planilha eletrônica (Excel®), para determinação da área cada
parcela. Foram determinados os lados de cada parcela, o perímetro e a área.
24
O levantamento com a trena foi realizado apenas uma vez, utilizando uma Trena
de fibra de vidro, fabricado pela Tramontina® com arco em ABS à prova d’água, com
largura de 13 milímetro (mm), graduação métrica de 2 em 2 mm, numerada em
centímetros a cada metro (Figura11).
O levantamento com a trena foi realizada apenas uma vez, para cada área
separadamente. Utilizou-se trena com 50 metros de comprimento, assim, nos
alinhamentos que apresentaram mais de 50 metros foram realizadas mais de uma
medida, tomando-se o cuidado de demarcar o limite da medida anterior, utilizando um
piquete, tomando-se o cuidado para não forçar a trena nem estende-la sobre a
vegetação.
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Na Tabela 1 são mostradas as coordenadas (UTM) obtidas como o GPS de
navegação Garmin coletadas para a Poligonal P1, bem como as distâncias entre os
vértices, nas duas repetições. Pode-se observar que ocorreram variações nas coordenadas
coletadas, ocorrendo diferença absoluta máxima de 5 m (9,80%) no comprimento do lado
1-2, e de 2 m no perímetro (0,83%). Para a área da poligonal, verificou-se diferença
absoluta de 7 m2 (0,20%).
3500
3480
3460
3440
3420
3400
Trena Teodolito GPS
Equipamentos
32
250
200
150
100
50
0
lado 1-2 lado 2-3 lado 3-4 lado 4-1 Perímetro
Lados da poligonal
7600
7500
7400
Área (m2 )
7300
7200
7100
7000
6900
6800
Trena Teodolito GPS
Equipamentos
500
Comprimento (m)
400
300
200
100
0
lado 1-2 lado 2-3 lado 3-4 lado 4-1 Perímetro
Lados da poligonal
34
12000
11500
Área (m2 )
11000
10500
10000
9500
Trena Teodolito GPS
Equipamentos
5. CONCLUSÕES
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ESPARTEL,
JÚNIOR, Luis Vera Júnior. Topografia – Notas de aula. Disponível em: <
http://www.recife.ifpe.edu.br/topografia/topufrpe.pdf > Acessado em 04 de maio de 2012.
REID J.F. Precision guidance for agricultural vehicles, 1998. Disponível em:
<http://www.age.uiuc.edu/oree/pdf/uilu-eng-98-7031.pdf>. Acesso em: fev. 2004