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Análise Matemática II C

Departamento de Matemática FCT-UNL


2009

TPC12 - Turnos 3, 4, 5 e 6

Nome:
No :
Turno:

1. Considere a curva em R3 definida pelas equações x2 + 8y 2 = 4 e z = 2.

(a) Determine uma representação paramétrica da curva.


µ ¶
√ 1
(b) Determine a recta tangente à curva no ponto P0 = 2, , 2 .
2
2. Considere o sólido definido por
p
V = {(x, y, z) ∈ R3 : 1 ≤ x2 + y 2 + z 2 ≤ 4 ∧ z ≥ x2 + y 2 ∧ y ≥ 0 ∧ x ≥ 0}.

(a) Calcule o volume do sólido V.


(b) Designe por S a fronteira de V orientada segundo a normal exterior. Usando o teorema da
~
divergência determine o fluxo do campo vectorial F(x, y, z) = 3xy 2 ·~i − y 3 ·~j + 3z · ~k através
da superfı́cie S.
+∞ √
X n
3. Determine a natureza da série .
n2 + 1
n=1

Uma resolução:
1.(a) De modo equivalente temos a curva definida em R3 pelas equações

x2 y2
+ = 1 e z = 2.
22 ( √12 )2

Reconhecemos agora facilmente a primeira equação como sendo a equação reduzida de uma
1
elipse e, portanto, a nossa curva é uma elipse de semi-eixo maior 2, semi-eixo menor √ ,
2
centrada em (0, 0, 2) e situada no plano z = 2. Então


 x(t) = 2 cos(t)

 1
y(t) = √ sin(t), com t ∈ [0, 2π]

 2

 z(t) = 2

é uma representação paramétrica dessa curva percorrida no sentido anti-horário.


Uma resolução:
1.(b) Pelo que vimos na alı́nea anterior a função vectorial
µ ¶
1
~r(t) = (2 cos(t))i + √ sin(t) ~j + 2~k, com t ∈ [0, 2π],
~
2
está associada a essa curva.
Que valor de t ∈ [0, 2π] corresponde ao ponto P0 ? Ora
  √
√  2

 2 cos(t) = 2 
 cos(t) =

 1 
 √2
1 π
√ sin(t) = ⇔ 2 ⇔t=

 2

2  sin(t)


=
2
4
 t ∈ [0, 2π] 
 t ∈ [0, 2π]

π
logo, o valor de t correspondente a P0 é .
µ 4 ¶
1
Por outro lado ~r (t) = (−2 sin(t))i + √ cos(t) ~j + 0~k donde
0 ~
2
³π ´ √ 1
~r 0 = − 2~i + ~j + 0~k
4 2
é um vector director da tangente à curva no ponto P0 .
Então µ ¶ µ ¶
√ 1 √ 1
(x, y, z) = 2, , 2 + λ − 2, , 0 , com λ ∈ R
2 2
é uma equação vectorial da recta tangente à curva no ponto P0 .

2.(a) O volume do sólido V é dado pelo integral triplo


Z Z Z
dxdydz.
V

Podemos representar o sólido em coordenadas esféricas. Então, tendo em conta que ρ ≥ 0,


φ ∈ [0, π] e θ ∈] − π, π], vem

V = {(ρ, θ, φ) : 1 ≤ ρ2 ≤ 4 ∧ ρ cos(φ) ≥ ρ sin(φ) ∧ ρ sin(φ) sin(θ) ≥ 0 ∧ ρ sin(φ) cos(θ) ≥ 0}


= {(ρ, θ, φ) : 1 ≤ ρ ≤ 2 ∧ cos(φ) ≥ sin(φ) ∧ sin(θ) ≥ 0 ∧ cos(θ) ≥ 0}
n π πo
= (ρ, θ, φ) : 1 ≤ ρ ≤ 2 ∧ 0 ≤ θ ≤ ∧ 0 ≤ φ ≤ .
2 4
Assim
Z π Z π Z 2
4 2
volume de V = ρ2 sin(φ)dρdθdφ
0 0 1
ÃZ π
! ÃZ π ! µZ ¶
4 2
2
2
= sin(φ)dφ dθ ρ dρ
0 0 1
· 3 ¸ρ=2 Ã √ ! µ ¶
φ= π π ρ 2 π 8 1
= [− cos(φ)]φ=04 · · = 1− · · −
2 3 ρ=1 2 2 3 3

14 − 7 2
= π
12

2
Uma resolução:

~ admitem derivadas parciais de pri-


2.(b) As funções componentes do campo de vectores F
meira ordem contı́nuas em R3 . Estamos assim nas condições do Teorema da Divergência e,
portanto, Z Z Z Z Z
~ · dS
F ~= ~
(div F)dxdydz.
S V
Ora
~ = ∂(3xy 2 ) ∂(−y 3 ) ∂(3z)
div F + + = 3y 2 − 3y 2 + 3 = 3.
∂x ∂y ∂z
Então, pela alı́nea anterior,
Z Z Z Z Z Z Z Z
~ ~
F · dS = ~
(div F)dxdydz = 3dxdydz =
S V V
Z Z Z Ã √ ! √
14 − 7 2 14 − 7 2
= 3 dxdydz = 3 π = π.
V 12 4

3. Para qualquer n ∈ N, √ √
n n 1
0< 2 < 2 = 3.
n +1 n n2
+∞
X 1
A série 3 é uma série de Dirichlet convergente. Logo, pelo Critério Geral de Comparação,
n=1 n2
+∞ √
X n
a série de termos positivos 2
é convergente.
n +1
n=1

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