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Resolução da Prova

1 Prova Modelo – Dezembro 2019 Sinal + Matemática A – 12º ano

Matemática A – 12º ano • Prova Modelo – Dezembro 2019

1. Como estamos interessados em números menores que Pretende-se que existam pelo menos 4 rapazes na co-
40 000, os três algarismos 8 terão de estar dispostos missão e que o Thomas e o Miguel, dois rapazes, façam
nos outros quatro dígitos, o que pode ser feito de 4 C3 parte da comissão. Desta forma podem ser criadas com
formas. 4 rapazes ou 5 rapazes, entre os quais terão de estar o
Os números menores que 40 000 poderão ter como pri- Thomas e o Miguel. Logo:
meiro dígito o algarismo 1, 2 ou 3. O dígito que resta • Comissão com 4 rapazes: 7 C2 × 16
C2
poderá ser qualquer um outro dígito que não o 8, por-
• Comissão com 5 rapazes: C1 × 7 16
C3
tanto existem 9 algarismos possíveis.
A probabilidade pedida é então:
Desta forma, a resposta é 4 C3 × 9 × 3 = 108. 7
C2 × 16 C2 + 7 C1 × 16 C3
Resposta Correta: (A) p= 25 C − (18 C + 7 C )
≈ 0,04.
6 6 6

2. Seja n o número da linha do Triângulo de Pascal tal que 3.3. Sabendo que os vice-presidentes não poderão ficar em
o valor do seu quinto elemento é igual ao do vigésimo lugares consecutivos e que o CEO ocupará um lugar no
elemento, isto é, n C4 = n C19 . extremo conclui-se que estes poderão escolher qualquer
um dos 7 lugares representados com uma seta no es-
Como n Cp = n Cn−p , tem-se n − 4 = 19 ⇔ n = 23, quema seguinte (em que o CEO se situa no extremo
vindo que o maior elemento da linha seguinte é 24 C12 = esquerdo):
2 704 156.
CEO ↓ ↓ ↓ ↓ ↓ ↓ ↓
Resposta Correta: (B)
Desta forma tem-se que os vice-presidentes se po-
3. derão dispôr em 7 A4 maneiras diferentes, os restan-
tes membros da comissão executiva poderão permutar
3.1. Seja A o acontecimento "O empregado da empresa entre si de 6! maneiras diferentes, e o CEO poderá
trabalha nos escritórios em Portugal", e B o aconte- permutar entre os extremos de 2 maneiras diferentes:
cimento "O empregado da empresa é estrangeiro". 7
A4 × 6! × 2 = 1 209 600 maneiras diferentes.
7 2
Do enunciado vem que P (A) = , P (B|A) = e
10 5 4.
1
P (A|B) = .
8 4.1. Tem-se:
Pretende-se determinar o valor de P (A|B).
 
n+1 1 1
lim xn = lim 2 = lim + = 0+ + 0+ = 0+
2 P (A ∩ B) 2 n n n2
P (B|A) = ⇔ =
5 P (A) 5 Logo:
2 7 7 lim f (xn ) = lim f (x) = lim+ f (x) = +∞
⇔ P (A ∩ B) = × = x→lim xn x→0
5 10 25
1 P (A ∩ B) 1 Resposta Correta: (D)
P (A|B) = ⇔ =
8 P (B) 8
1 4.2. A reta r passa pelos pontos de coordenadas (0,0) e
⇔ P (A ∩ B) = × P (B) 1−0
8 (1,1), pelo que o seu declive é mr = = 1. Desta
Repare-se que: 1−0
forma, uma vez que r é assíntota do gráfico de f quando
P (B) = P (A ∩ B) + P (A ∩ B) ⇔ f (x)
x → +∞, conclui-se que lim = 1.
1 x→+∞ x
P (B) = P (A) − P (A ∩ B) + × P (B) ⇔ Tem-se que:
8
x −∞
7 7 7 21/50 12 lim h(x) = lim = + = −∞, pelo que o
© 2019 • sinalmaismat.com • Nuno Miguel Guerreiro

P (B) = − ⇔ P (B) = = x→−∞ x→−∞ f (x) 0


8 10 25 7/8 25 gráfico de h não admite assíntota horizontal quando
de onde vem que:
x → −∞.
P (A ∩ B) 7/25 7 x 1 1
P (A|B) = = = . lim h(x) = lim = = = 1, pelo
P (B) 1 − 12/25 13 x→+∞ x→+∞ f (x) lim f (x) 1
x→+∞ x
que a reta de equação y = 1 é assíntota horizontal do
3.2. Vai ser formada uma comissão mista de 6 pessoas
gráfico de h quando x → +∞.
entre 18 rapazes e 7 raparigas. Existem, portanto,
25
C6 − 18 C6 + 7 C6 comissões possíveis (todas as co- Resposta Correta: (C)
missões de 6 pessoas possíveis de formar excepto aque-
las que são apenas constituídas por rapazes ou rapari- 4.3. O gráfico de g 00 obtém-se através da translação vertical
gas). do gráfico de f em 2 unidades no sentido negativo.
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Verifica-se que g 00 (1) = 0, contudo g 00 não muda de 6.2. O gráfico de f admite um zero no ponto de abcissa 1,
sinal em x = 1, pelo que o ponto de coordenadas pelo que f (1) = 0.
(1,g(1))) não é ponto de inflexão de g. Tem-se então:
Do enunciado tem-se que g 0 (2) = 0, e como g 00 (2) > 0, f (x) f (x) − f (1) f (x) − f (1)
lim = lim = lim
tem-se que g(2) é mínimo relativo da função g. x→1 x 3 − x x→1 x (x 2 − 1) x→1 x(x − 1)(x + 1)

Resposta Correta: (A) 1 f (x) − f (1)


= lim × lim
x→1 x(x + 1) x→1 x −1
0
5. Pretende-se provar que existe pelo menos um número 1 f (1)
= × f 0 (1) =
real a ∈]2,3[ tal que o valor da imagem de g no ponto de 1(1 + 1) 2
abcissa a é igual ao valor do declive da reta tangente ao e como f 0 (1) =
1
, conclui-se que lim 3
f (x)
=
1
.
gráfico de g nesse mesmo ponto, isto é, g(a) = g 0 (a). 16 x→1 x − x 32
Seja h a função definida em R+ por h(x) = g(x) − g 0 (x).
 0 6.3. Tem-se:
1 1 0 0
(x)0 (x 2 + 3)2 − x (x 2 + 3)2

Como g (x) = 2x + − 4
0
= 2 − 2 , vem que

x
x x f 00 (x) = =
1 1 1 1 (x 2 + 3)2 [(x 2 + 3)2 ]2
h(x) = 2x + − 4 − 2 + 2 = 2x + + 2 − 6.
(x 2 + 3)2 − x 2(x 2 + 3)(x 2 + 3)0
 
x x x x
=
A função h é contínua em [2,3] pois resulta de operações (x 2 + 3)4
básicas entre funções contínuas nesse intervalo (polino-
 
(x + 3) − x 2(x 2 + 3)(2x)
2 2
mial e racional). =
(x 2 + 3)4
Tem-se que: (x 2 + 3)2 − 4x 2 (x 2 + 3)
1 1 5 =
h(2) = 2(2) + + −6=− (x 2 + 3)4
2 22 4 (x 2 + 3)(x 2 + 3 − 4x 2 )
1 1 4 =
h(3) = 2(3) + + 2 − 6 = (x 2 + 3)4
3 3 9
3 − 3x 2 3(1 − x 2 )
Uma vez que h(2) × h(3) < 0, como h é contínua em = 2 3
= 2
(x + 3) (x + 3)3
[2,3], conclui-se que a função h admite um zero em ]2,3[,
isto é, existe pelo menos um número real a ∈]2,3[ tal que Logo f 00 (x) = 0 ⇔ 1 − x 2 = 0 ∧ (x 2 + 3)3 6= 0 ⇔
o valor da imagem de g no ponto de abcissa a é igual ao (x = −1 ∨ x = 1) ∧ x ∈ R
valor do declive da reta tangente ao gráfico de g nesse
mesmo ponto. Estudando o sinal de f 00 :
y
h(x) x −∞ −1 1 +∞
00
f (x) − 0 + 0 −
f (x) ∩ P.Inf ∪ P.Inf ∩

Concluindo-se que:
O 2,75 x
• o gráfico de f tem concavidade voltada para cima
em [−1,1].
• o gráfico de f tem concavidade voltada para baixo
em ] − ∞, − 1] e em [1, + ∞[.
No referencial acima está representada parte da função • o gráfico de f admite dois pontos de inflexão nos
h, pelo que é possível concluir que o ponto de interseção pontos de abcissa −1 e 1.
de h com o eixo Ox em ]2,3[ tem abcissa 2,75, sendo
esta a solução do problema.
© 2019 • sinalmaismat.com • Nuno Miguel Guerreiro

7. As funções f e g são diferenciáveis e contínuas em R,


6.
admitindo um zero em x = a, isto é, f (a) = g(a) = 0.
6.1. A reta tangente ao gráfico de h no ponto de abcissa 2
Tem-se então que:
é paralela à reta de equação y = 2x + 1, pelo que tem
f (x)−f (a)
declive 2. Logo, h0 (2) = 2. f (x) f (x) − f (a) x−a f 0 (a)
lim = lim = lim =
Desta forma tem-se: x→a g(x) x→a g(x) − g(a) x→a g(x)−g(a) g 0 (a)
x−a
2 2
(f 0 ◦ h0 ) (2) = f 0 (h0 (2)) = f 0 (2) = 2 = como se pretendia demonstrar.
(2 + 3)2 49

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