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ILUSTRÍSSIMO SENHOR PREGOEIRO NOMEADO EM PREGÃO Nº 002/2014 – DA

SANTA CASA DE ASSIS/SP

REF.: PREGÃO PRESENCIAL 02/2014

PROCESSO Nº 005/2013

ESCLARECIMENTO/IMPUGNAÇÃO AO EDITAL

OLIDEF CZ INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE


APARELHOS HOSPITALARES LTDA., pessoa jurídica nacional de direito privado, com
sede na Avenida Patriarca nº 2223, Vila Virgínia – Ribeirão Preto/SP, inscrita no
CNPJ sob o nº 55.983.274/0001-30, vem respeitosamente à presença de Vossa
Senhoria, por intermédio de seu procurador, com escopo nas leis 8.666/93 e
10.520/02, apresentar ESCLARECIMENTO E IMPUGNAÇÃO AO EDITAL, pelos
fundamentos que passa a expor.

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O edital em tela contém descritivo que precisa ser
alterado, de

► ESCLARECIMENTO

ITEM 2 – BERÇO AQUECIDO

Solicitação do edital: “Faixa de operação para controle de temperatura:


manual 20 a 100%, 28°C a 39°C”; servo controle: 35°C a 38°C”.

Os berços aquecidos possuem obrigatoriamente dois modos de operação: manual e


servo controlado.

No modo de operação manual o operador do berço programa a potência de


aquecimento desejada, independente da temperatura real do paciente. Neste modo
não se utiliza sensor de pele.

No modo de operação servo controlado, o operador programa a temperatura


desejada para o paciente e o berço acionará o aquecimento quando ele estiver frio.
Neste modo de operação é obrigatória a utilização do sensor de pele.

O edital solicita faixa “manual de 20 a 100%, 28°C a 39°C”, que é incoerente, pois
no modo manual o que se ajusta é a potência de aquecimento, em valores
percentuais e não em graus Celsius”.

Gostaríamos que a Santa Casa de Assis nos esclareça se será suficiente para berço
aquecido que a faixa de operação manual tenha faixa de operação de 20 a 100%.

► IMPUGNAÇÃO

ITEM 2 – BERÇO AQUECIDO

Solicitação do edital: “Potência do elemento aquecedor: 650 Watts”

Os fabricantes de berços aquecidos produzem seus equipamentos com resistências


de aquecimento especialmente projetadas para manter o conforto térmico ideal
para os pacientes recém nascidos. Obviamente, cada fabricante utiliza resistência
com diferentes valores de potência, mas obtém o mesmo resultado, que é manter o
paciente devidamente aquecido.

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A segurança e eficiência dos berços aquecidos não dependem da potência de seu
aquecedor, e somente podem ser garantidas pela certificação Inmetro, que é
obrigatória para todo equipamento deste tipo comercializado no país.

Dessa forma, a exigência específica de “potência do elemento aquecedor de 650


Watts” é descabida e tem o objetivo de direcionar a licitação para um único
fabricante, conforme comprovaremos a seguir, através dos manuais de operação dos
berços aquecidos registrados na Anvisa:

- Berço Matrix Olidef, possui aquecedor com 580 Watts

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- Berço Fanem Ampla, possui aquecedor com 560 Watts

5
- Berço CTI HKN90, possui aquecedor com 540W

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- Berço Gigante RN, Neosolution, possui aquecedor com os exatos 650W solicitados
no edital.

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Certamente não é apenas a empresa Gigante recém nascido que possui berços
aquecidos com a devida qualificação necessária para atender aos pacientes da Santa
Casa de Assis. Outros fabricantes, mesmo que tenham berços com aquecedores mais
ou menos potentes também proporcionarão a mesma qualidade no atendimento dos
recém nascidos, pois esse detalhe exigido pelo edital não trará nenhuma vantagem
nem para os operadores do equipamento ou mesmo para o paciente.

Solicitamos então que, para não direcionar o edital para a empresa Gigante Recém
nascido, que é a única que possui berço com “Potência do elemento aquecedor: 650
Watts”, que esse trecho do edital seja alterado para:

“Potência do elemento aquecedor: aproximadamente 650 Watts”, permitindo dessa


forma que outros fabricantes de berços aquecidos possam participar da licitação.

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Solicitação do edital: “Bateria interna 9 Volts”

Todos os berços aquecidos com registro na Anvisa passam obrigatoriamente pela


certificação Inmetro e entre outros testes, o equipamento deve manter a
programação de temperatura ou potência em caso de falta de energia, situação que
obriga o aparelho a possuir internamente uma bateria para manutenção dos dados
programados.

A exigência de “bateria interna 9 volts” é desnecessária pois a certificação do


produto (que é compulsória para todos os produtos comercializados no país) já
implica na obrigatoriedade da existência de bateria no berço aquecido.

Além disso, o edital ainda exige bateria com “9 volts”, fato que implica em
nenhuma vantagem prática para o paciente ou operadores do equipamento.
Certamente uma bateria de 6 ou 12 volts desempenhará a mesma função da bateria
9 volts exigida no edital.

Solicitamos então que esse trecho do edital seja alterado para: “Bateria interna”.

Sobre os temas aqui elencados, vige a seguinte


determinação legal, oriunda do art. 40 da Lei 8.666/93:

Art. 40. O edital conterá no preâmbulo o número de ordem


em série anual, o nome da repartição interessada e de seu setor,
a modalidade, o regime de execução e o tipo da licitação, a
menção de que será regida por esta Lei, o local, dia e hora para
recebimento da documentação e proposta, bem como para início
da abertura dos envelopes, e indicará, obrigatoriamente, o
seguinte:

I - objeto da licitação, em descrição sucinta e clara;

(...)

VII - critério para julgamento, com disposições claras e


parâmetros objetivos;

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Com isso, solicitamos respeitosamente reanalise das
especificações apontadas, de modo a todos os fornecedores participarem de forma
igualitária na disputa.

Pede provimento.

Ribeirão Preto, aos 27 de Fevereiro de 2014

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