Transmissão de Energia Elétrica

Fenômenos Transitórios em Linhas de Transmissão:

Efeito Corona

• Descargas que ser formam na superfície do condutor quando a intensidade do

campo elétrico ultrapassa o limite de isolação do ar.
• Consequências:
• Emissão de luz;
• Ruído audível.
• Radiointerferência
• Vibração do condutor
• Liberação de ozônio
• Aumento do gasto de energia .
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Efeito Corona
• Elétrons livres próximos à superfície do condutor ganham energia do
campo elétrico, suficiente para a sua aceleração. Este munidos de
energia cinética, chocam-se com átomos de oxigênio, nitrogênio e
outros dando-lhes essa energia que faz os átomos mudarem para um
estado mais elevado.
• Para voltarem à sua condição original, esses átomos cedem energia
em forma de calor, luz, energia acústica e radiações eletromagnéticas;
• Fenômeno denominado ionização por impacto.
• Ocorre quando o gradiente de potencial na LT é maior que gradiente
crítico disruptivo do ar.
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Efeito Corona
• Na prática o gradiente disruptivo ( iniciante do efeito corona) é determinado
de acordo com a geometria do condutor ou do feixe de condutores :

[kV/cm]

Fator de densidade relativa do ar:

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Efeito Corona
• m – fator de superfície – variam de acordo com as condições dos condutores;

• K= constante empírica que depende da natureza da tensão aplicada: k=0,301.

• E0 – gradiente crítico disruptivo do ar – corrente alternadas: 21,6kVef/cm

• r – é o raio do condutor em [cm]. Ou equivalente ao feixe de condutores que

apresente o mesmo gradiente de potencial que os condutores do feixe.
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Efeito Corona

Fatores de superfícies dos cabos - m

Condições das superfícies dos condutores m
Condutores cilíndricos, polidos e secos 1
Cabos novos, secos, limpos e sem abrasão 0,92
Cabos de cobre expostos ao tempo em atmosfera limpa 0,82
Cabos de cobre ou de alumínio expostos ao tempo em atmosfera
0,72
agressiva
Cabos de alumínio novos, limpos e secos com condições de superfícies
decorrentes da grua de cuidados com que foram estendidos 0,53 a 0,73

Cabos molhados, novos ou usados 0,10 a 0,23

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Fenômenos Transitórios em Linhas de Transmissão:
Efeito Corona

• Exemplo: Para evitar o efeito corona, deve-se calcular o diâmetro mínimo

equivalente dos condutores de uma LT. Considere-se então uma LT
funcionando a 400 kV, numa altitude de 1000m e temperatura média de
22,64°C. Considere que a linha é composta por cabos de cobre expostos ao
tempo em atmosfera limpa (m=0,82) e que o diâmetro do cabo é de 5,8928
cm. Qual é o valor do gradiente disruptivo onde se inicia o efeito? Qual é
então o diâmetro mínimo para se evitar o corona visual?
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Efeito Corona
• Resolução:
• Calcula-se primeiro o fator densidade relativa do ar:
=0,88

• Calcula-se o gradiente disruptivo para a linha de transmissão:

* 0,88
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Efeito Corona
• Resolução pela vertente empírica
• Calcula-se primeiro o fator densidade relativa do ar:
=0,88
• Calcula-se a tensão crítica ( tensão que começa a romper o
dielétrico): D – distância entre condutores em
[mm]

d – diâmetro do condutor em [mm]

Há efeito corona pois VL > Vc

Qual é então o diâmetro mínimo dos condutores para se evitar o corona visual?
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3 – Relações entre Tensões, Correntes e Potências em uma

Linha de Transmissão:

3.1 - Introdução aos parâmetros de linhas de transmissão;

3.2 - Revisão de circuitos monofásicos e trifásicos;
3.3 - Modelagem de linhas curtas, médias e longas (circuitos Pi e T
equivalentes);
3.4 - Modelos matriciais;
3.5 - Teoria dos quadripolos.
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Relações entre Tensões, Correntes e Potências em uma Linha de Transmissão:
Introdução aos parâmetros de linhas de transmissão
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Relações entre Tensões, Correntes e Potências em uma Linha de Transmissão:
Revisão de circuitos monofásicos e trifásicos

• Circuitos Monofásicos:

• Reatância Indutiva:

L - Henry
• Reatância Capacitiva: C – Faraday
w – frequência em rad/seg

̇
• Impedância: ̇
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Revisão de circuitos monofásicos e trifásicos
• Condutância: [S] Carga Indutiva:

• Susceptância:

Carga Capacitiva:
• Admitância:

• Representação de uma
I carga:

V Z= |Z|<
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Revisão de circuitos monofásicos e trifásicos
• Potência e carga:

• Potência Ativa:
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Revisão de circuitos monofásicos e trifásicos
• Potência Reativa [MVAr]: potência utilizada pelos campos elétricos e
magnéticos da carga.

Circuito de natureza indutiva – Q>0 – corrente atrasada

Circuito de natureza capacitiva – Q<0 – corrente adiantada

• Potência Aparente [MVA]: potência total absorvida pela carga

S
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Revisão de circuitos monofásicos e trifásicos
• Fator de Potência: potência ativa em relação à potência aparente

ANEEL estabelece que as

unidades consumidoras devem
ter um fator de potência superior Fator de potência atrasado – corrente atrasada - circuito indutivo
a 0,92 capacitivo durante 6 horas
da madrugada e 0,92 indutivo
Fator de potência adiantado – corrente adiantada – circuito capacitivo
durante as outras 18 horas do
dia. (Artigo nº 64 da Resolução
ANEELL nº 456)
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Revisão de circuitos monofásicos e trifásicos
• Circuitos Monofásicos:
Exercícios:
1) Uma carga monofásica (Z=80+j60)Ω é alimentada com uma tensão de 100
kV.
a) Determine a corrente.
b) Determine as potências e fator de potência.
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Revisão de circuitos monofásicos e trifásicos
2) Uma fábrica é atendida por um transformador de 750 kVA. No seu secundário
estão ligadas três cargas. Deseja-se ligar neste barramento um motor de 100 HP.
Detalhes sobre as cargas são apresentados na tabela. É possível fazer esta
ligação? O que pode ser feito para que o sistema torna-se capaz de atender ao
motor?

Cargas P [kW] Q [ kVar] S [ kVA] FP

1 125 216,5 250 0,50 atrasado
2 180 135 225 0,80 atrasado
3 282,84 100 300 0,942 atrasado
Motor
82,9 0,85 atrasado
(η=0.90)
Transformador 23,1 kV/2,1 kV 750