Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 64

Unidade II

SEMINÁRIO DO EXERCÍCIO
PROFISSIONAL

Profa. Amarilis Tudella


Introdução

 A questão social e a cidadania no Brasil


sofreram os condicionamentos dos
problemas sociais, em decorrência de
um modelo histórico de desenvolvimento
econômico e social, excludente e
apoiado numa estrutura social de baixos
salários, por meio do qual se
desenvolveu um sistema de proteção
social desigual.
 Assim, os assistentes sociais
proprietários de sua força de trabalho
qualificada, não dispõem de todos os
meios e condições
Introdução

 Necessários para a efetivação de seu


trabalho em favor da camada da
população excluída. Seu espaço de
trabalho são fornecidos pelas entidades
empregadoras que dispõem de todas as
condições necessárias para acionar sua
força de trabalho.
 Longe de uma prática conservadora,
hoje trabalha numa proposta de
mediação das questões sociais em favor
da classe excluída de seus direitos
sociais.
O processo de trabalho

Segundo Gentilli (2006, p. 21):


 o processo de trabalho do serviço social
passou a se organizar estruturalmente a
partir de atividades sociais que
permeiam e circunscrevem os objetos de
atuação, o processo de produção social
da profissão.
 Em decorrência de um saber profissional
específico e dos produtos configurados
pelo processo de trabalho, frente às
demandas postas socialmente, por
produção das necessidades humanas,
isto é, com as técnicas do profissional
assistente social,
O processo de trabalho

 Detectou-se formas de suprir


organizadamente, com políticas
públicas, principalmente, as carências de
grupos da sociedade
Identidade profissional

 O núcleo identitário, ou seja, objeto de


trabalho, processo e produto, que
expressa a consciência profissional sob
a perspectiva ideológica, política e
teórica; referências representacionais
são os elementos subjetivos,
subjetivos definidos
por seus sentimentos e suas emoções,
que sustentam a identidade, definidos
pelos sentimentos de identidade
profissional.
Identidade profissional

 Nesta perspectiva, a base material do


núcleo de identidade do serviço social é
o próprio processo de trabalho
profissional, em que este se constitui na
sua expressão, conferindo ainda
sustentação da identidade por meio das
representações expressas por seus
agentes profissionais no decorrer de
suas atividades.
O serviço social é trabalho

 No serviço social, o processo de


trabalho se dá como em qualquer outra
profissão.
 Conforme Marx, todo serviço gera
“valores de uso”, entretanto, apesar de
seu produto não “produzir diretamente
mais-valia” que apesar de não ser
necessariamente de base corpórea e
material, este expressa como resultado
um valor de uso.
O serviço social é trabalho

 Independente da forma social, os


assistentes sociais estabelecem vínculos
contratuais com os empregadores,
caracterizando relação de trabalho,
diretamente inserido nas estruturas
empresariais ou com vinculo junto a
organismos políticos do Estado e da
sociedade
Assistente social vende sua mão de
obra

 Sendo assim, o assistente social torna-


se um trabalhador inserindo-se nas
relações sociais da sociedade capitalista
como mercadoria através da sua força de
trabalho;
 Como serviço, do ponto de vista
econômico, historicamente está
vinculado às políticas e aos programas
sociais, voltado para a classe
considerada excluída do mercado de
trabalho e àqueles que se encontram
excluídos do acesso aos seus
direitos enquanto cidadãos.
O assistente social vende sua mão
de obra

 inclusão se processa por meio dos


programas e políticas sociais, através de
ações governamentais e iniciativas da
sociedade civil.
 Este processo de trabalho é configurado
por todo fazer profissional, abrangendo
metodologias, utilização de técnicas da
profissão, estabelecendo diretrizes de
ação, comunicação e de prestação de
serviços dos usuários.
 Bens corpóreos e incorpóreos
O espaço de trabalho do assistente
social

 O processo de trabalho do assistente


social visualiza, investiga e elabora o
projeto ideal para resolver determinada
situação de uma comunidade ou grupo
de pessoas. Este projeto é apresentado e
viabilizado perante os órgãos que detêm
o poder e os recursos
Práticas discursivas e
representativas

 Segundo o autor, o primeiro polo de


referência tem como base as estruturas
normativas, legais e jurídicas das
instituições e organizações
profissionais. Já o segundo é
determinado pela riqueza de atividades
atividades,
de expressões, de ritmos, de
articulações e de nexos condicionados
pelas contingências das próprias
práticas profissionais realizadas
cotidianamente pelos assistentes
sociais, nos diferentes contextos e
conjunturas em que se encontram
O assistente social interpreta os
direitos sociais

 Assim, o assistente social, com técnica e


sabedoria, irá expor os direitos e as
necessidades sociais daquela
determinada classe, independente de
questões políticas, e buscará o
entendimento entre os que emergem
tanto do contexto do mercado quanto
das instituições profissionais
A escolha das ações

 Expressam-se modos de trabalhar,


dificuldades para implementar decisões,
diversidade de interpretações de “como
fazer” profissional, remetendo às
pressões como proceder a escolhas
teóricas ideológicas e éticas em função
teóricas,
das contingências circunstanciais e
conjunturais.
O campo de atuação e sua prática

 A ação do profissional de assistência


social estará diretamente relacionada
com as características do seu campo de
atuação. Cada região, cada comunidade,
cada população carente tem a sua
realidade e suas necessidades
Implicadas nesse fato, estão as
circunstâncias desse processo cujo
responsável direto (assistente social)
Para melhor atuar, precisa

 Sentir-se em liberdade suficiente para


adequar as normas e as situações
concretas, em que, ao usar a liberdade,
não se submetam a uma total
padronização da formação profissional e
ou do mercado
mercado, mas sim adaptem-se
adaptem se às
particularidades de cada caso, do
ambiente de trabalho e de uma
racionalidade que lhe é imanente, bem
como das possibilidades/disponibilidades
existentes. Abrindo,, deste modo,, as
diversas interpretações e concepções
que possam ser processadas, diante das
contingências de sua ação profissional.
Assim, sua ação profissional dependerá
da realidade da situação e dos fatos.
Evidenciam-se os nexos políticos

 Estes estão conectados com as práticas


profissionais existentes nas
organizações. Promove-se, então, uma
crítica ampla sobre o caráter reprodutivo
das relações sociais, presente na prática
profissional do serviço social
social, deixando
de fora a especificidade da profissão.
A ideologia e subjetividade

 Cada assistente social, ao introduzir as


variáveis decorrentes de sua
subjetividade e de sua singularidade,
implica um estilo de atuação que
naturalmente interfere na lógica
estabelecida entre o discurso
organizacional e o profissional,
decorrendo do fato dos profissionais
utilizarem uma variedade de referências
discursivas para lidarem nos diversos
aspectos da prática.
Interatividade

O assistente social, com técnica e


sabedoria, irá expor os direitos e as
necessidades sociais daquela determinada
classe, independente de questões políticas,
e buscará o entendimento entre os que
emergem tanto do contexto do mercado
quanto das instituições profissionais. Essa
atuação representa:
a) Mediação
b) Transferência
c) Ação social
d) Pluralidade social
e) Controle social
Mediação

 Há uma tendência de superação das


dificuldades da prática por aqueles que
conseguem ter clareza das múltiplas e
precisas mediações que se articulam no
objeto de trabalho profissional,
independente de sua erudição
erudição.
 Neste aspecto, é importante a
capacidade de percepção, intuição e de
problematização da realidade de cada
profissional.
Teoria e prática

 Segundo Gentilli, existe uma divisão


técnica do trabalho profissional em
forma de parcelamento das funções ditas
“teóricas” como no planejamento,
assessoria, pesquisa e coordenação, e
das “praticas” na execução e
atendimentos, sobretudo em órgãos
públicos.
A interpretação da realidade

 O assistente social, com técnica e


sabedoria, irá expor os direitos e as
necessidades sociais daquela
determinada classe, independente de
questões políticas, e buscará o
entendimento entre os que emergem
tanto do contexto do mercado quanto
das instituições profissionais.
Função estratégica

 Com este processo de anonimidade, a


profissão amplia-se para o interior das
burocracias públicas e privadas,
afirmandos como profissão-meio,
mudando suas feições originais de
atividade fim ocupando funções
atividade-fim,
estrategicamente coadjuvantes no
processo de prestação de serviços
sociais.
Campos de atuação

 Também por contingência da divisão


sócio-técnica do trabalho, cabe ao
serviço social realizar atendimentos
diversos em organizações públicas ou
privadas, vinculadas ao Estado, como
Secretarias de Ação Social de estados e
municípios, assim como organismos da
classe trabalhadora, a exemplo de
sindicatos, entidades patronais, indústria
e organizações públicas não estatais no
caso das organizações não
governamentais (Gentilli, 2006).
O serviço público

 Na administração pública, os assistentes


sociais estão trabalhando em órgãos
federais, estaduais e municipais.
 Desenvolvem atividades profissionais
em áreas como saúde, assistência
social, previdência de saúde pública, de
habitação, de educação e de trabalho,
podendo estar também enfrentando
desafios em outras atividades, as quais
consideramos emergentes.
Profissional reconhecido pela
sociedade

 Para Gentilli (2006, p. 43), o serviço


social é uma profissão reconhecida por
toda a sociedade e seus serviços são
requeridos sempre que há necessidade
de se mobilizar pessoas, grupos e
segmentos sociais numa ação socialsocial,
tanto para a organização de ações
interativas quanto para se proceder a
mudanças sociais e comportamentais
cotidianas.
O atendimento através das
políticas públicas

 As atividades profissionais processam


algumas necessidades sociais
transformadas em demandas a serem
atendidas por meio de programas em
tais organizações. Apesar da diversidade
de campos de atuação
atuação, unificam os
fazeres profissionais em torno de ações
que o profissional executa com certa
“maestria”, que visam a possibilitar o
acesso dos usuários aos serviços que
são oferecidos pela organização.
O atendimento social

 Na prática, o assistente social processa


suas atividades na forma de
atendimentos sociais e/ou psicossociais
e estabelece maneiras de
relacionamentos sociais “intra” e
“interorganizacionais” com participação
em diversas formas de organização
social.
Objetivo da prática profissioanal

 Cotidianamente, as atividades
demonstram a presença dessa natureza
fragmentária na ação profissional,
marcando-a pelo multiformismo e a
variabilidade das demais atividades
humanas do cotidiano.
cotidiano Fica mais um
alerta para que o profissional (assistente
social) fique sempre atento para os
objetivos da atividade nunca perdendo
de vista, com técnica e dinamismo, o
objetivo da profissão de assistente
social de melhoria das condições de vida
da população, independentemente da
postura político-profissional
negativa daqueles que o cercam.
O atendimento fragilizado e a
demanda social

 Ainda que, por meio dessa


fragmentação, os assistentes sociais
atendam às demandas coletivas e
singulares da “clientela” e realizam a
prestação dos serviços sociais que se
encontram vinculados às demandas
atendidas pelos programas e políticas
sociais (Gentilli, 2006).
Profissional generalista

 Gentilli (2006, p. 50) descreve que o


primeiro aspecto a ser levado em conta é
referente ao mérito de uma qualificação
profissional generalista. Considerando
como umas das características que tem
favorecido esse movimento decorrente
do fato da profissão apresentar-se como
identidade de profissão de abrangente
visão social.
Interatividade

Gentilli (2006, p. 50) descreve que o primeiro


aspecto a ser levado em conta é referente ao
mérito de uma qualificação profissional
generalista. Considerando como umas das
características que tem favorecido esse
movimento decorrente do fato da profissão
apresentar-se como identidade de profissão de
abrangente visão social. Estamos falando de
um Serviço Social:
a) Tradicional
b) Reconceituado
c) Positivista
d) Filantrópico
e) Neotomista.
A visão generalista

 Entende-se que este fato possibilitou ao


profissional uma visão sintética das
múltiplas relações que interferem na
particularidade da realidade a ser
trabalhada pela organização.
Técnicas favoráveis

 O fato de suas técnicas serem


plenamente cabíveis e aplicáveis com
excelentes resultados em diversas áreas
profissionais. Esse fato levou a
pressionar algumas especializações que
favorecem essas novas inserções
inserções, como
acontece com profissionais
especializados em planejamento,
administração de recursos humanos,
sanitarismo etc.
 O terceiro fator decorre da ocupação de
cargos políticos em administrações
públicas comandadas por partidos ou
blocos partidários das escolhas
dos profissionais.
Técnicas favoráveis

 Esses três aspectos contribuíram para


valorização da profissão em termos
salariais, bem como para o
reconhecimento social dela, fato
considerado pela autora como
vinculador das tensões da identidade
profissional.
O assistente social e as instituições

 O processo de trabalho profissional


subjuga-se às determinações de poder
que se corporificam nas organizações
públicas e privadas. Podemos considerar
como ponto essencial características
como essas da inserção profissional,
profissional
visto que levaram o serviço social se
firmar como área de conhecimento, de
saber institucional e funcional.
Considerando, principalmente, que é
nessa vertente que a profissão tem
experimentado uma
O assistente social e as instituições

 Verdadeira revolução, sobretudo quando


se dá sua inserção e são reenquadrados
na estrutura organizacional na área
pública como na esfera privada
Novas funções do assistente social

Segundo Gentilli (2006, p. 51):


 O profissional que ocupa cargos de
comando e direção, consequentemente,
vem modificando as funções que
desempenham, tornando comum os
profissionais negarem a identidade de
assistentes sociais, levando ao
distanciamento do assistente social em
relação à profissão, comportamento que
vem reforçar o status de profissão
desvalorizada socialmente e pelo baixo
salário.
Negação da identidade profissional

 A autora descreve ainda que essa


negação da identidade profissional
ocorre com profissionais que ocupam
cargos que deixam de denominar
“assistente social”, passando a ser
reenquadrados nas novas
nomenclaturas decorrentes das mais
recentes modalidades da área
administrativa, afirmando que toda essa
diversidade situacional é ocasionada
pela existência de práticas profissionais
diferenciadas decorrentes das demandas
que são colocadas aos assistentes
sociais no mercado de trabalho.
Novas ações e o mercado de
trabalho

 Com as recentes transformações no


processo de trabalho profissional, tanto
se podem restringir o mercado de
trabalho profissional quanto promover a
ascensão do profissional na carreira da
organização.
organização
Lutas sociais e transformação da
ação do assistente social

Segundo Iamamoto, (1998, pp. 50-51):


 Esse projeto de profissão e formação
profissional, hoje hegemônico, é
historicamente datado, visto como fruto de
um amplo movimento da sociedade civil,
desde a crise da ditadura; a partir de então
então,
passou-se a afirmar o protagonismo dos
sujeitos sociais na luta pela
democratização da sociedade brasileira,
partindo do contexto de ascensão dos
movimentos sociais,, das mobilizações
ç em
torno da elaboração e aprovação da
Constituição de 1988, das pressões
populares que redundaram no afastamento
do Presidente Collor, entre outras
manifestações.
Lutas sociais e transformação da
ação do assistente social

 Tudo isso foi tornando os assistentes


sociais em coautores e corresponsáveis
desse processo de lutas democráticas
na sociedade brasileira.
Autoqualificação

 Nas últimas décadas, ao longo desse


período, o serviço social deu um salto de
qualidade em sua autoqualificação na
sociedade, adquirindo visibilidade
pública por meio do Novo Código de
Ética do assistente social
social.
Autoqualificação

 Chegando aos anos 1990, a categoria é


considerada também pesquisadora. Foi
nessa época em que amadureceram suas
formas de representação acadêmica e
profissional, sendo, assim, reconhecidas
e legitimadas
legitimadas, surgindo amplo debate em
torno das políticas sociais públicas,
situadas nos direitos sociais, também
das relações entre o Estado e a
sociedade civil, contribuindo, então, para
adensar o debate sobre identidade desse
profissional, fortalecendo o seu
autorreconhecimento.
Instrumentais contemporâneos

 No cotidiano profissional, paralelamente


ao emprego do método e da teoria no
padrão clássico, ocorre a utilização de
outras referências teóricas
metodológicas e instrumentais
diferenciadas mais contemporâneas.
contemporâneas
Isso envolve o atendimento individual e
em grupo, desde situações que vão do
processo “terapêutico” até a prestação
de simples informações
Nova identidade

 Nesse caso, o serviço social possui uma


identidade que se renova e se mantém
por meio das práticas que realiza e dos
discursos que dissemina no mercado de
trabalho, ao se problematizarem as
relações entre a identidade profissional e
os problemas da prática do assistente
social, em que ocorreram formulações
que se estenderam sobre todas as áreas
de especialização temática do serviço
social.
Agente de mediação

 No que diz respeito à identidade


profissional, o assistente social é
considerado um agente de mediação,
podendo ter acesso aos benefícios dos
programas das organizações públicas,
em que o profissional demonstra
reconhecer a complexidade das relações
sociais que envolvem os serviços
profissionais
Matéria prima do serviço social

Segundo Iamamoto (1998, p. 61):


 qualquer processo de trabalho implica
uma matéria prima ou objeto sobre o
qual incide a ação do sujeito, ou seja, o
próprio trabalho que requer meios ou
instrumentos para que possa ser
efetivado.
 Todo processo de trabalho, ainda implica
uma matéria-prima ou objeto sobre o
qual incide a ação, meios ou
instrumentos de trabalho que
potencializam a ação do sujeito sobre o
objeto.
A questão social

 O objeto de trabalho considerado é a


questão social, sendo em múltiplas
expressões que provoca a necessidade
da ação profissional junto à criança e ao
adolescente, ao idoso e às situações de
violências etc.
etc
 O conhecimento da realidade do próprio
objeto de trabalho se dá através de
pesquisas, juntamente ao qual se
pretende induzir ou impulsionar um
processo de mudanças
mudanças. O conhecimento
da realidade deixa de ser um mero
“fundo” para o exercício profissional,
tornando-se condição para uma
ação transformadora.
Interatividade

O objeto de trabalho do Serviço Social é:


a) O homem
b) A comunidade e o homem onde estão
inseridos os problemas sociais
c) A questão social
d) A classe dominante
e) A classe dominada
Política social

 Conforme Gentilli (2006, p. 78), a política


social se constituiu e se desenvolveu no
bojo do atendimento a necessidades
sociais decorrentes tanto das dinâmicas
de expansão quanto das de recessão
industrial e urbana.
urbana
 As políticas sociais originaram-se a
partir da Segunda Guerra Mundial,
através dos governos em consórcio com
as iniciativas do voluntariado, em cuja
origem se encontram os mecanismos de
proteção social do Estado moderno,
ficando conhecidos por diversas
denominações, a exemplo do Estado
Presidência e Interventor e Estado de
Bem-Estar Social.
Política social brasileira

 A política social brasileira desenvolveu-


se organizando benefícios sociais
articulados a interesses do capital.
Dadas as questões de cultura política,
como clientelismo eleitoral,
corporativismo sindical e práticas
autoritárias, as políticas sociais chegam
até os trabalhadores de forma
diferenciada.
O início da profissão

 A profissão chega ao Brasil num


momento de profundas modificações nas
relações sociais, frente à emergência de
uma ordem que se renova para criar
condições para o desenvolvimento do
capitalismo numa versão de controle e
capitalismo,
disciplina da força de trabalho Gentilli
(2006, pp. 91-92).
 Em meados do século XIX e XX, houve
um período de transformação de
consciências,, controles e disciplina
p da
força de trabalho, de seus corpos,
pensamentos, tempos e espaços, que não
se restringe à ética cristã, como
prerrogativa do serviço social, que dele é
apenas mais uma de suas expressões.
Política social e o serviço social

 Partindo daí o surgimento de uma


profissão para atender, no interior das
políticas sociais, às questões sociais
referentes aos segmentos mais pobres
da classe trabalhadora que se encontram
em dificuldades.
dificuldades
 A estruturação profissional acontece à
medida que o capitalismo começa a se
preocupar com os problemas sociais
decorrentes das relações sociais que
interferem no processo de reprodução
da força de trabalho, não deixando as
ações a cargo do voluntariado.
Política social e o serviço social

 Exige-se do Estado a responsabilidade


de ampliar sua atuação como protetor
dos processos de reprodução ampliada
da força de trabalho prioritária para a
produção.
Prática seletiva e meritocrática

 A função historicamente atribuída de


executar políticas e programas
governamentais destinados a realizar o
elemento social da cidadania
determinou o objeto de trabalho, o
desempenho funcional e o papel do
profissional do serviço social.
 Atualmente, fatores ligados à ordem
econômica e política existente
continuam determinado uma prática
profissional seletiva e meritocrática, com
convicções democráticas referentes a
uma concepção ampliada à cidadania;
estas representações de justiça social da
Igreja Católica continuam ainda
influenciando a profissão.
Produto de sua ação social

 O processo de trabalho profissional


estaria se desenvolvendo no sentido de
atribuir ao assistente social, enquanto
agente facilitador, o papel de estabelecer
processos de ação social, sendo
possível obter como produto de sua
ação profissional, formas de criação,
ampliação, acesso e expansão da
cidadania aos segmentos sociais.
 A visão do sentido tradicional de “ajuda
social” na concepção contemporânea,
social”, contemporânea
está se transformando em outras
atividades, podendo ser identificadas
genericamente como serviços
sociais.
Acesso aos direitos sociais

 O serviço social, ao proporcionar ao


cidadão o acesso aos direitos básicos de
alimentação, moradia, saúde etc.,
diretamente passa a resgatar a dignidade
e cidadania, tratando também do
“reconhecimento social da necessidade
de constituir a liberdade de instituições e
pessoas, na forma de direitos civis, no
direito de ir e vir, de imprensa, de
pensamento, de fé, de propriedade e de
constituir contatos
contatos”..
Acesso aos direitos sociais

 Conforme a autora, o acesso à cidadania


social como “conferência de direitos” e
“respeito à dignidade da pessoa” passou
a depender concretamente do
estabelecimento de políticas sociais de
proteção e de redistribuição
redistribuição, na forma de
provimento de serviços ou rendas
complementares.
Acesso a equidade social

 Os direitos sociais são necessários por


possibilitarem aos seus beneficiários o
acesso a oportunidades e condições
sem as quais seria impossível o
estabelecimento de equidade, dadas as
desigualdades sociais nas sociedades
capitalistas. Esses direitos são
garantidos por meio de políticas
redistributivas, que conferem condições
em relação à renda, e também pelo
estabelecimento de oportunidades em
relação à educação, expectativa de vida
e proteção do trabalho, entre outros
(Gentilli, 2006).
Auxiliar a cidadania

 O profissional de assistência social


desenvolve, junto à população carente, o
aprendizado pela busca dos direitos
sociais e pela cidadania. Sendo as
questões que afetam a cidadania,
entendidas como reconhecimento do
valor do indivíduo, pela sociedade, e o
respeito à igualdade dos seres humanos,
como direito inalienável do indivíduo; em
relação aos direitos sociais, o processo
de articulação entre execução das
políticas sociais, garantias de direitos de
cidadania e serviço social; e entre os
assistentes sociais, a defesa da ideia da
legalidade como parâmetro de garantias,
promoção e controle de direitos
Interatividade

O profissional de assistência social desenvolve, junto


à população carente, o aprendizado pela busca dos
direitos sociais e pela cidadania. Sendo as questões
que afetam a cidadania,entendidas como :
I. Reconhecimento do valor do indivíduo, pela
sociedade,
II. Respeito à igualdade dos seres humanos, como
direito inalienável do indivíduo; em relação aos
direitos sociais,
III. O processo de articulação entre execução das
políticas sociais em favor da classe dominante.
Escolha a alternativa incorreta:
a) I e II
b) II
c) III
d) I e III
e) I
ATÉ A PRÓXIMA!

Você também pode gostar