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Pontes
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Sumário
Introdução 1

Ações em estruturas de pontes 1

Norma NBR 7187 4

2
. Pontes

Introdução • Peso próprio dos elementos


estruturais. Para concreto
As estruturas de pontes e viadutos são
simples, considerar no mí-
destinadas à superação de obstáculos.
nimo densidade de 24 kN/m3 .
Para as pontes, o obstáculo é um curso
Para concreto armado ou
d'água ou superfície líquida. Já para os
protendido, considerar densi-
viadutos, o obstáculo é um vale ou uma
dade de no mínimo 25 kN/m3 .
via. As partes de tais estruturas são: su-
• Peso próprio da pavimenta-
perestrutura (região superior onde pas-
ção. Adotar densidade de no
sam os veículos e pessoas), mesoestru-
mínimo 24 kN/m3 somado a 2
tura (apoio, encontro e pilar) e infraes-
kN/m3 para possível recapea-
trutura (fundação).
mento.

• Peso próprio do lastro ferro-


Ações em
viário de 18 kN/m3 .
estruturas de
pontes • Trilhos e dormentes com

carga de no mínimo 8 kN/m.


As ações que atuam sobre a estrutura

de uma ponte são divididas em dois gru- • Força de empuxo. O peso es-

pos: ações permanentes e ações variá- pecífico do solo úmido usado

veis. nos cálculos deve ter valor de

no mínimo 18 kN/m3 . O ân-

Ações permanentes gulo de atrito, por outro lado,

As ações permanentes são com- tem valor máximo de 30o .

postas por: • Força de protensão.

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. Pontes

• Deformações. • Veículo-tipo com 450 kN de


peso total para ponte classe
Ações variáveis 45.
As ações variáveis são compos-
• Veículo-tipo com 300 kN de
tas por vento, veículos, pedestres,
peso total para ponte classe
ação da corrente de água, ação da
30.
temperatura etc.
• Veículo-tipo com 120 kN de
O trem tipo usado para o dimen- peso total para ponte classe
sionamento de pontes tem as se- 12.
guintes características:
• A carga distribuída, em fun-

ção do tipo de veículo-tipo,


• Comprimento de 6 metros.
está apresentada em tabela
• Largura de 3 metros. seguinte.

Tabela 1: Cargas distribuídas para diversas classes de pontes


Classe da ponte q, carga distribuída q', carga distribuída
na pista(kN/m2 ) nos passeios(kN/m2 )
45 5 3
30 5 3
12 4 3

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. Pontes

O trem-tipo para ponte classe 45 tem O valor L corresponde ao vão do


as seguintes características ainda não elemento analisado.
mencionadas:
A pressão da água em movimento,

• A distância entre eixos é 1,5 sobre pilares e outras estruturas,

m. pode ser dada pela seguinte equa-


ção:
• A distância entre rodas de um
p = k.va2 (4)
mesmo eixo é de 2,0 m.

• As dimensões das rodas são em que va é a velocidade da água


0,5 por 0,2 m. e k é uma constante que depende
do formato do pilar e do ângulo de
As cargas dinâmicas, para pontes
incidência da corrente de água.
rodoviárias, devem ser majora-

das pelo coeficiente de impacto ϕ. Também como carga variável,

Este é definido por: deve-se considerar a força cen-

trífuga em pontes em curva. Sendo


ϕ = 1, 4 − 0, 007.L (1)
C uma fração do peso do veículo

tipo e R o raio da curva em metros,


ϕ ≥ 1, 0 (2)
tem-se:
Para cargas dinâmicas em pontes

ferroviárias, o valor de ϕ é definido • Para R < 300 m, tem-se C =


como: 0,25.

ϕ = 0, 001.(1600−60.sqrtL+2, 25.L) ≥ 1, 2 • Para R > 300 m, tem-se C =

(3) 75/R.

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. Pontes

Para pontes ferroviárias a análise Norma NBR 7187


anterior é mais complexa. Tem-se
Tem-se várias recomendações da norma
duas situações:
NBR 7187 (Projeto de pontes de con-
• Pontes com linhas de bitola creto armado e de concreto protendido
larga: - Procedimento) que ainda não foram ci-
Se R ≤ 1200 m, então C = tadas. Fez-se uma lista com estas regras.
0,15.
Se R > 1200, então C = • As forças advindas de frenação e

180/R. de aceleração dos veículos tam-

bém devem ser consideradas no


• Pontes com linhas de bitola
dimensionamento. Elas são aplica-
estreita:
das na superficie do rolamento.
Se R ≤ 750 m, então C = 0,1
Uma força de tal tipo assume o
Se R > 750 m, então C = 75/R
maior dentre os valores abaixo:

Ações excepcionais
F = 0, 05.P c (5)
São exemplos de ações excepcio-

nais: Pc corresponde ao peso do car-


regamento do tabuleiro com as
• Choques de objetos móveis.
cargas móveis distribuídas
• Explosões.

• Ventos catastróficos. F = 0, 3.P v (6)

• Enchentes catastróficas. Pv corresponde ao peso do veículo


• Terremotos. tipo

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. Pontes

• A força de frenação ou de acelera- • A espessura da alma das nervuras


ção para pontes ferroviávias, deve deve ser de no mínimo 12 cm
ser o maior dentre os seguintes
• A distância entre eixos das nervu-
valores:
ras tem que ser menor ou igual a
F = 0, 15.Cf (7)
150 cm.

Cf refere-se a carga movel para


• A largura útil da alma das vigas
frenação
deve ser de pelo menos 20 cm.
F = 0, 25.P e (8)
• Para lajes ocas, pode-se usar es-
Pe é o peso dos eixos motores para
pessura mínima de 8 cm para a
aceleração.
mesa inferior.
• Lajes para tráfego ferroviário de-

vem ter espessura h ≥ 20 cm. • Para lajes pré-moldadas com se-

ção T ou duplo T, com bom con-


• Lajes para tráfego rodoviário de-
trole de qualidade na produção,
vem ter espessura h ≥ 15 cm.
pode-se usar até bw = 12 cm.
• Outas lajes com pelo menos 12 cm
• A menor dimensão de pilares ma-
de espessura.
ciços não pode ser inferior a 40 cm
• A espessura da mesa de uma laje
nem a 1/25 da altura livre.
nervurada precisa ser maior ou
igual a 10 cm e maior ou igual a • Pilares com seção celular não de-
a/12. O termo "a"é a distância en- vem ter paredes com espessura
tre nervuras. inferior a 20 cm.

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. Pontes

• Pilares com seção celular não de- • 40% a 60% da armadura longitu-
vem ter paredes com espessura in- dinal calculada para o vigamento
ferior a 25 cm no caso de método deve ficar na laje.
construtivo usando-se fôrmas des-
• A disposição dessas armaduras na
lizantes.
laje pode se dar de um ou dos dois
lados da alma.
• As paredes estruturais de pontes

devem ter espessura de pelo me- • Na largura da alma deve-se ter


nos 20 cm ou 1/25 da altura livre. pelo menos duas barras.

• O espaçamento máximo das bar-


A norma estabelece também critérios
ras na largura da alma é de 20 cm.
especiais para vigamento prinipal (se-

ção T, L ou celular) cujas mesas recebem • A laje não pode receber armadu-

solicitação de tração. Nessa situação, ras com diâmetro superior a 1/10

deve-se: de sua espessura.

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. Pontes

Caiu no concurso!
Petrobras - 2011 - Engenheiro Civil Júnior - 05

No projeto de pontes de concreto armado, uma das ações variáveis a ser con-
siderada é a pressão da água em movimento.
Nessa perspectiva, considere os seguintes itens:
I – grau de agressividade e salinidade da água;

II – variações de temperatura de água;

III – velocidade da água;


IV – ângulo de incidência do movimento das águas em relação ao plano de

face do elemento de concreto.

De acordo com a NBR 7187/2003 (Projeto de Pontes de Concreto Armado

e de Concreto Protendido – Procedimento), são considerados, no cálculo

da pressão estática sobre pilares com seção transversal retangular, os itens

(A) I e III, apenas.

(B) III e IV, apenas.

(C) I, II e III, apenas.

(D) II, III e IV, apenas.

(E) I, II, III e IV.


Resposta: B

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. Pontes

Caiu no concurso!
Petrobras - 2011 - Engenheiro Civil Júnior - 05

A NBR 7188/1984 (Carga Móvel em Ponte Rodoviária e Passarela de Pe-


destre) divide as pontes, quanto às cargas móveis, em três classes. A classe
45 é aquela na qual a base do sistema é um veículo-tipo, de peso total igual
a

(A) 45 kN

(B) 45 MN
(C) 450 N

(D) 450 kN

(E) 450 MN

Resposta: D

Caiu no concurso!
Petrobras - 2012 - Engenheiro Civil Júnior - 13
De acordo com a NBR 7187:2003 (Projeto de pontes de concreto armado

e de concreto protendido - Procedimento), em uma ponte de concreto ar-

mado - excluídas aquelas de concreto leve ou de outros concretos especi-


ais - a menor dimensão transversal de um pilar maciço deve ser igual ou su-
perior, em cm, a

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. Pontes

(A) 30
(B) 35
(C) 40
(D) 45
(E) 50

Resposta: C

Caiu no concurso!
Polícia Civil (RJ) - 2013 - Engenheiro Civil (Perito Criminal) De acordo com

a NBR 7187/2003 – Projeto de pontes de concreto armado e de concreto

protendido - Procedimento, nas pontes rodoviárias, é incorreto afirmar que:

(A) A força longitudinal devido à frenagem ou aceleração dos veículos deve

ser considerada aplicada na superfície de rolamento, e igual ao maior dos

seguintes valores: 5% do peso do carregamento do tabuleiro com as cargas

móveis distribuídas, excluídos os passeios, ou 30% do peso do veículo tipo.

(B) A espessura de lajes maciças destinadas à passagem de tráfego rodoviá-

rio deve ser, no mínimo, de 15 cm (centímetros).


(C) Em vigas pré-moldadas de seção T ou duplo T, fabricadas em usina, com

utilização de técnicas adequadas e controle de qualidade rigoroso, a largura


da alma (bw) pode ser reduzida até o limite mínimo de 12 cm (centímetros).
(D) A menor dimensão transversal dos pilares maciços não deve ser inferior
a 40 cm (centímetros), nem a 1/25 de sua altura livre.

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. Pontes

(E) Nas lajes nervuradas, a espessura mínima da mesa (hf) é 30 cm (centíme-


tros).
Resposta: E

Caiu no concurso!
Petrobras - 2008 - Engenheiro Civil Júnior - 38

O comprimento e a largura do veículo-tipo adotado pela NBR 7.188 na de-


finição de trens-tipo rodoviários são, em metros, respectivamente,
(A) 2,5 e 6,0

(B) 3,0 e 6,0

(C) 4,5 e 6,0

(D) 6,0 e 2,5

(E) 6,0 e 3,0

Resposta: E

Caiu no concurso!
Petrobras - 2008 - Engenheiro Civil Júnior - 38

Na determinação do trem-tipo de flexão em pontes rodoviárias dotadas de


vigas múltiplas sem laje inferior, a soma dos coeficientes de distribuição trans-
versal de cargas entre vigas é
(A) 0,0

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. Pontes

(B) 0,5
(C) 1,0
(D) 1,5
(E) 2,0
Resposta: C

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