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Instrução Técnica nº 43/2011 - Adaptação às normas de segurança contra incêndio – edificações existentes 779

SECRETARIA DE ESTADO DOS NEGÓCIOS DA SEGURANÇA PÚBLICA

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO

Corpo de Bombeiros

INSTRUÇÃO TÉCNICA Nº 43/2015

Adaptação às normas de segurança contra incêndio –


edificações existentes

SUMÁRIO ANEXO
1 Objetivo A Fluxograma de adaptação para edificações existentes
2 Aplicação B Tabela de adaptação de chuveiros automáticos
3 Referências normativas e bibliográficas

4 Definições e conceitos

5 Procedimentos

6 Exigências básicas

7 Adaptações

8 Prescrições diversas

Atualizada pela PORTARIA Nº CCB-***/***/**** publicada no Diário Oficial do Estado, nº * * * , de ** de ******* de ****.
780 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo
Instrução Técnica nº 43/2011 - Adaptação às normas de segurança contra incêndio – edificações existentes 781
782 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

1 OBJETIVO ficações para instalações de proteção contra incêndios).

Estabelecer medidas para as edificações existentes a serem Decreto Estadual nº 38.069, de 14/12/1993 (Aprova as espe-
adaptadas visando atender às condições necessárias de cificações para instalações de proteção contra incêndios).
segurança contra incêndio, bem como, permitir condições de Decreto Estadual nº 46.076, de 31/08/2001 (Regulamento de
acesso para as operações do Corpo de Bombeiros, Segurança contra Incêndio das Edificações e Áreas de Risco
atendendo aos objetivos do Decreto Estadual nº 56.819/11 – do Estado de São Paulo).
Regulamento de segurança contra incêndio das edificações CORPO DE BOMBEIROS DA POLÍCIA MILITAR DO ESTADO
e áreas de risco do Estado de São Paulo. DE SÃO PAULO, Instruções Técnicas. São Paulo, 2011.
2 APLICAÇÃO Normas Técnicas Oficiais adotadas pelo CBPMESP.

2.1 Esta Instrução Técnica (IT) aplica-se às edificações 4 DEFINIÇÕES E CONCEITOS


comprovadamente regularizadas ou construídas anteriormente
Além das definições constantes da IT 03/11 - Terminologia
à vigência do Decreto Estadual n º 56.819/11, com as
de segurança contra incêndio, aplicam-se as definições
seguintes ressalvas:
específicas abaixo:
2.1.1 As edificações construídas e regularizadas na
4.1 Para fins desta IT, são consideradas existentes a serem
posteriormente à vigência do Decreto Estadual nº adaptadas as edificações e áreas de risco construídas ou
46.076/01 (abril de 2002), quando ampliadas ou com regularizadas anteriormente à publicação deste Regulamento,
mudança de ocupação, devem atender integralmente ao com documentação comprobatória;
Decreto Estadual nº 56.819/11, não cabendo as adaptações 4.2 Mudança da ocupação ou uso: quando há troca da
desta IT, exceto se houver compartimentação entre as atividade exercida no local, considerando as exigências das
áreas existentes e ampliadas. Neste caso, pode-se Divisões contempladas nas Tabelas de 6A a 6M do Decreto
adotar o Decreto Estadual nº 46.076/01 para a área Estadual nº 56.819/11, independentemente do grau de risco
existente e o Decreto Estadual nº 56.819/11 para a área a ser implantado;
ampliada.
4.3 Ampliação de área construída: qualquer acréscimo na
2.1.1.1 Pode ser adotado o Decreto Estadual nº área da edificação em relação àquela regularizada ou
46.076/01, e suas respectivas ITs, nas seguintes construída anteriormente;
condições:
4.4 Aumento na altura da edificação: qualquer acréscimo
2.1.1.1.1 Exigência de quantidades de escada de segurança de áreas, acima do último pavimento anteriormente aprova-
para edificações residenciais (A2) com altura superior a 80 m; do por ocupações que devam ser computadas conforme
2.1.1.1.2 Exigência de compartimentação horizontal para preconiza o Regulamento de Segurança contra Incêndio.
edificações destinadas a shopping centers (C3);
2.1.1.1.3 Dimensionamento do sistema de controle de 5 PROCEDIMENTOS
fumaça existente; 5.1 As medidas de segurança a serem exigidas para as
2.1.1.1.4 Dimensionamento do sistema de hidrantes edificações existentes devem ser analisadas, adaptadas e
existente; dimensionadas atendendo à sequência a seguir:
2.1.1.1.5 Caminhamento de rotas de fuga para os grupos 5.1.1 Classificação da edificação conforme a época de
e divisões de ocupação A, B, G-1, G 2 e J. existência e a vigência do respectivo Regulamento de
2.1.2 Se houver ampliações sucessivas em épocas Segurança contra Incêndio;
distintas considera-se como existente a somatória das áreas 5.1.2 Verificação das condições de aplicação estabelecidas
com comprovação de existência anterior à vigência do no item “2”;
Decreto Estadual nº 46.076/01 (abril de 2002); 5.1.3 Aplicação do fluxograma constante no Anexo “A” que
2.1.3 Se uma edificação existente for unificada a uma ou estabelece as medidas de segurança contra incêndio;
mais edificações adjacentes, estas devem ser consideradas 5.1.4 As exigências básicas e adaptações previstas no
como ampliação de área; fluxograma devem atender aos critérios estabelecidos nesta
2.1.4 Se houver mais de uma edificação na mesma IT;
propriedade, que estejam isoladas entre si, considera-se, para 5.1.5 No fluxograma, a referência de mudança de exigência
efeito de ampliação, a área individual de cada edificação.
é balizada pelo Decreto Estadual n º 56.819/11 em
2.2. Para as edificações já aprovadas pelo Corpo de comparação às exigências da legislação vigente à época de
Bombeiros aplicam-se apenas as exigências básicas do item construção ou regularização da edificação.
6.
6 EXIGÊNCIAS BÁSICAS
2.3 Quando da utilização de Decretos Anteriores, devem ser
6.1 As edificações existentes devem atender às exigências
observadas as Instruções Técnicas, Pareceres e Consultas
da legislação vigente à época da construção ou
Técnicas da época.
regularização e, no mínimo, possuírem as medidas de
3 REFERÊNCIAS NORMATIVAS E BIBLIOGRÁFICAS segurança consideradas básicas.

Decreto Estadual nº 20.811, de 11/03/1983 (aprova as especi- 6.2 As medidas de segurança contra incêndio consideradas
Instrução Técnica nº 43/2011 - Adaptação às normas de segurança contra incêndio – edificações existentes 783

como exigências básicas nas edificações com área c. previsão de faixas de sinalização refletivas no rodapé
superior a 750 m² ou altura superior a 12 m, independente das paredes do hall e junto às laterais dos degraus.
da data de construção e da regularização, são:
a. extintores de incêndio; 7.1.3 Tipos de escada: para fins de adaptação das escadas
de segurança das edificações, devem ser consideradas as
b. iluminação de emergência;
exigências contidas na IT 11/11 em relação à escada existente
c. sinalização de emergência; no edifício, conforme os casos abaixo.
d. alarme de incêndio;
7.1.3.1 Adaptação de escada não enclausurada (NE) para
e. instalações elétricas em conformidade com as escada enclausurada protegida (EP) pode ser adotada uma
normas técnicas; das seguintes opções:
f. brigada de incêndio ou profissional quando exigido, 7.1.3.1.1 Primeira opção:
conforme IT 17;
a. enclausurar com portas corta-fogo o hall de acesso à
g. hidrantes;
escada em relação aos demais ambientes;
h. saída de emergência;
b. prever sistema de detecção de fumaça em todo o hall
i. selagem de shafts e dutos de instalações, para (exceto residencial);
edificações com altura superior a 12 m
c. prever anualmente treinamento dos ocupantes para o
j. controle de material de acabamento e revestimento abandono da edificação;
para ocupações do grupo B, F-3, F-5, F-6, F-7, F-11,e
d. prever faixas de sinalização refletivas no rodapé das
H-2, H-3 e H-5.
paredes do hall e junto às laterais dos degraus;
6.2.1 As edificações que necessitam de adaptação dos itens e. prever exaustão no topo da escada, com área mínima
h, i e j, podem se adaptar no prazo de um ano, mediante de 1,00 m², podendo ser: cruzada, por exaustores
termo de compromisso. (Anexo X, da IT01) eólicos ou mecânicos.
6.3 As medidas de segurança contra incêndio consideradas
como exigências básicas nas edificações com área menor ou 7.1.3.1.2 Segunda opção:
igual a 750 m² e altura inferior ou igual a 12 m, independente a. enclausurar com portas resistente ao fogo PRF P-30
da data de construção e da regularização, são: as portas das unidades autônomas que tem acesso ao
a. extintores de incêndio; hall ou corredor de circulação, que por sua vez, acessa
a escada;
b. iluminação de emergência, para edificações acima de
dois pavimentos ou locais de reunião de público com b. prever sistema de detectores de fumaça em toda a
mais de 50 pessoas; edificação (exceto residencial);
c. sinalização de emergência; c. prever anualmente, treinamento dos ocupantes para o
abandono da edificação;
d. instalações elétricas em conformidade com as normas
técnicas; d. prever faixas de sinalização refletivas no rodapé das
paredes do hall e junto às laterais dos degraus;
e. saída de emergência.
e. prever exaustão no topo da escada, com área mínima
6.4 As medidas de segurança contra incêndio podem ser de 1,00 m², podendo ser: cruzada, por exaustores
adaptadas conforme estabelecido nesta Instrução Técnica e, eólicos ou mecânicos.
quando não contempladas, devem atender às respectivas
ITs do Regulamento de Segurança contra Incêndio vigente. Nota: caso haja ventilação (janela) na escada, em todos os pavi-
mentos, não é necessária a exaustão no topo da escada. Neste
7 ADAPTAÇÕES caso, a área efetiva mínima de ventilação pode ser de 0,50 m².

7.1 Escadas de segurança 7.1.3.1.3 Adaptação de escada não enclausurada (NE)


7.1.1 Largura da escada: caso a largura da escada não para escada à prova de fumaça (PF): quando não for
atenda à IT 11/11 – Saídas de emergência, devem ser possível prever escada à prova de fumaça (PF), com
adotadas as seguintes exigências (este item não se aplica as antecâmara e dutos de ventilação, conforme a IT 11/11, ou
edificações do Grupo F): com pressurização da escada, conforme a IT 13/11 -
Pressurização de escada de segurança, devem ser
a. a lotação a ser considerada no pavimento limita-se ao previstas as seguintes regras de adaptação:
resultado do cálculo em função da largura da escada; a. enclausurar com portas corta-fogo o hall de acesso à
b. previsão de piso ou fita antiderrapante; escada em relação aos demais ambientes;
c. previsão de faixas de sinalização refletivas no rodapé b. prever sistema de detecção de fumaça em toda a
das paredes do hall e junto às laterais dos degraus; edificação no caso de edificações residenciais,
somente nas áreas comuns;
7.1.2 Escada com degraus em leque: caso a escada
c. prever anualmente, treinamento dos ocupantes para o
possua degraus em leque, devem ser adotadas as seguintes
abandono da edificação;
exigências (este item não se aplica as edificações do
Grupo F): d. prever faixas de sinalização refletivas no rodapé das
paredes do hall e junto às laterais dos degraus;
a. capacidade da unidade de passagem (C) deve ser
reduzida em 30% do valor previsto na IT 11/11; e. prever ventilação na escada, em todos os pavimentos,
com área efetiva mínima de 0,50m².
b. previsão de piso ou fita antiderrapante;
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7.1.3.1.4 Adaptação de escada enclausurada protegida da época de construção da edificação.


(EP) para escada à prova de fumaça (PF): quando não for
7.1.4.5 As condições de ventilação da escada de segurança
possível prever escada à prova de fumaça (PF), com
e da antecâmara (EP e PF) podem ser mantidas conforme as
antecâmara e dutos de ventilação conforme a IT 11/11 ou
aprovações da legislação vigente à época.
escada pressuri- zada, conforme a IT 13/11, devem ser
previstas as seguintes regras de adaptação:
7.1.4.6 Quando a rota de fuga do subsolo for exclusivamente
a. prever sistema de detecção de incêndio em toda pela rampa de acesso de veículos por não existir escada,
a edificação; deve possuir no mínimo corrimão em um dos lados,
b. prever anualmente, treinamento dos ocupantes para independente da inclinação da mesma, devendo ser
o abandono da edificação no caso de edificações sinalizada a rota de circulação de pessoas.
residenciais, somente nas áreas comuns;
c. prever faixas de sinalização refletivas no rodapé 7.2 Rota de fuga - distâncias máximas a serem
das paredes do hall e junto às laterais dos degraus. percorridas
7.1.4 Prescrições diversas para as escadas de 7.2.1 As áreas das edificações existentes anteriores à
segurança das edificações existentes vigência do Decreto Estadual nº 46.076/01 (abril de 2002),
com Projeto Técnico aprovado, podem ter a distância
7.1.4.1 Na instalação de PCF na caixa de escada, pode ser máxima a ser percorrida aumentada, conforme segue:
aceita a interferência no raio de passagem da
escada, devendo manter pelo menos 1 m de passagem livre 7.2.1.1 Se a edificação possuir sistema de chuveiros auto-
e devida- mente sinalizada no piso à projeção da abertura máticos, a distância máxima a ser percorrida pode aumentar
em 100% do valor de referência, previsto na IT 11/11;
da porta.
7.2.1.2 Se a edificação possuir sistema de detecção de
7.1.4.2 As edificações que necessitarem de mais de incêndio, a distância máxima a ser percorrida pode aumentar
uma escada, em função do dimensionamento da lotação em 75% do valor de referência, previsto na IT 11/11;
ou do percurso máximo, devem ter, pelo menos, metade das
saídas atendidas por escadas, conforme esta IT, podendo as 7.2.1.3 O aumento da distância máxima a ser percorrida,
demais serem substituídas por interligação entre blocos no previsto nos itens 7.2.1.1 e 7.2.1.2, pode ser cumulativo (175%
mesmo lote ou entre edificações vizinhas, por meio de do valor de referência da IT 11/11);
passarela e/ou passadiço protegido. Alternativamente, pode- 7.2.1.4 Se a edificação possuir sistema de controle de
se implantar na edificação a escada externa, nos moldes da fumaça e detecção, a distância máxima a ser percorrida pode
IT 11/11. ser acrescida em 175% do valor de referência da IT 11/11.
7.1.4.2.1 As passarelas e/ou passadiços protegidos devem 7.2.2 As áreas das edificações existentes anteriores à
ter largura mínima de 1,20 m, paredes resistentes ao fogo e vigência do Decreto Estadual nº 46.076/01 (abril de 2002),
acessos através de PCF P-90. Neste caso, além dos compo- sem Projeto Técnico aprovado, podem ter a distância máxima
nentes básicos dos sistemas de segurança contra incêndio, a a ser percorrida aumentada, conforme segue:
edificação deve possuir sistema de detecção de incêndio.
7.2.2.1 Se a edificação possuir sistema de chuveiros
7.1.4.2.2 Nas passarelas, as portas que se comunicam com o
automáticos, a distância máxima a ser percorrida pode
edifício vizinho não podem permanecer trancadas em
aumentar em 50% do previsto na IT 11/11;
nenhum momento, devendo ser feito ainda um termo de
responsabilidade entre os dois edifícios, assinados pelos 7.2.2.2 Se a edificação possuir sistema de detecção de
proprietários, no qual se obrigam a manter as PCF P-90 incêndio, a distância máxima a ser percorrida pode aumentar
permanentemente destrancadas ou dotadas de barra em 30% do previsto na IT 11/11;
antipânico. Deve ainda haver sinalização em todos os pavi-
mentos e elevadores, indicando as saídas de emergência do 7.2.2.3 O aumento da distância máxima a ser percorrida
edifício para o prédio vizinho. previsto nos itens 7.2.2.1 e 7.2.2.2 pode ser cumulativo (80%
do valor de referência da IT 11/11);
7.1.4.3 No caso de pressurização de escada, deve-se adotar
o prescrito na IT 13/11, e adequar-se de acordo com a dispo- 7.2.2.4 Se a edificação possuir sistema de controle de
nibilidade técnica da edificação, mas mantendo os princípios fumaça e detecção, a distância máxima a ser percorrida pode
da pressurização, conforme a respectiva IT, podendo a ser acrescida em 80% do valor de referência da IT 11/11.
captação de ar do sistema de pressurização estar afastada
7.2.3 As áreas ampliadas (novas) devem atender à
da fachada, e a casa de motoventiladores a ser instalada na
distância máxima estabelecida na IT 11/11 do Decreto
cobertura da edificação, desde que comprovada a sua
impossibilidade técnica no térreo da edificação. Estadual nº 56.819/11.

7.1.4.4 No caso de exigência de duas ou mais escadas de 7.2.4 Os parâmetros de saídas de emergência, escadas de
emergência, a distância mínima de trajeto entre as suas segurança e distâncias máximas a serem percorridas, não
portas de acesso de 10 m pode ser desconsiderada, caso as abordados nesta IT, devem atender ao contido na IT 11/11.
escadas já estejam construídas. 7.3 Dimensionamento de lotação e saídas de emergência
7.1.4.4.1 No caso das edificações com ocupação residencial em centros esportivos e de exibição
(Divisão A-2), anteriores à edição do Decreto Estadual Devem ser adaptadas conforme prescrições para recintos
nº 20.811/83, com área máxima de 600 m² por pavimento, existentes previsto na IT 12/11 – Centros esportivos e de
admite-se e s c a d a tipo NE, nos moldes das exigências exibição – Requisitos de segurança contra incêndio.
Instrução Técnica nº 43/2011 - Adaptação às normas de segurança contra incêndio – edificações existentes 785

7.4 Lotação e saídas de emergência 7.5.5.9 Será permitida a utilização de água de consumo dos
reservatórios elevados, desde que constituam um volume
7.4.1 Para as edificações do grupo F, exceto F-7 e F-11, mínimo de 6 m³, para as ocupações residenciais anteriores a
será aceito o cálculo populacional e o número de saídas de 1983.
emergência conforme aprovação da época, desde que não
haja aumento de área ou altura. 7.5.5.10 Será aceita tubulação de 2” em edificações
existentes, com altura máxima de 23 metros, que mude de
7.5 Sistema de hidrantes ocupação quando houver exigência de sistema tipo 3, desde
7.5.1 As edificações existentes devem possuir o sistema que atenda os parâmetros de pressão, vazão e velocidade do
de hidrantes em conformidade com a legislação vigente à sistema da norma atual.
época de construção. 7.5.5.11 O sistema de hidrantes será aceito no interior do
7.5.2 Para as edificações com comprovação de corpo da escada quando esta estiver sendo adaptada,
existência construídas entre março de 1983 e dezembro conforme esta IT.
1993, bem como para as áreas ampliadas, o sistema de 7.6 Compartimentação horizontal e vertical
hidrantes deve ser dimensionado, no mínimo, conforme o
7.6.1 As regras de adaptação para compartimentação não
Cap. VIII do Decreto Estadual nº 20.811/83.
se aplicam às ocupações destinadas ao grupo F (locais de
7.5.3 Para as edificações com comprovação de reunião de público) e ao grupo M (especiais) devendo,
existência construídas entre dezembro de 1993 e abril nestes casos, serem adotadas as regras da IT 09/11 –
2002, bem como para as áreas ampliadas, o sistema de Compartimentação horizontal e compartimentação vertical.
hidrantes deve ser dimensionado, no mínimo, conforme o
7.6.2 As regras de adaptação para compartimentação, não
Cap. IX do Dec. Est. nº 38.069/93. se aplicam aos casos de mudança de ocupação devendo,
7.5.4 Para as edificações com comprovação de nestes casos, serem adotadas as regras da IT 09/11.
existência construídas entre abril de 2002 e a vigência 7.6.3 Quando houver ampliação de área podem ser adotadas
do Decreto Estadual nº 56.819/11, bem como para as as seguintes regras:
áreas ampliadas, o sistema de hidrantes deve ser 7.6.3.1 Para ampliações de até 10% da área total da edificação,
dimensionado conforme o Decreto Estadual nº 46.076/01 limitadas a 1.000 m², podem ser mantidas as condições de
(IT 22/04 – Sistema de hidrantes e de mangotinhos). compartimentação da edificação existente sem ampliação;
7.5.5 Para as edificações construídas anteriormente 7.6.3.2 Para ampliações de áreas compreendidas por docas
a março de 1983, adotam-se os seguintes parâmetros que tenham, no máximo, 6 m de largura e que não sejam
para o sistema de hidrantes. utilizadas como depósitos, podem ser mantidas as condições
de compartimentação da edificação existente sem ampliação;
7.5.5.1 Pressão mínima no hidrante mais desfavorável de
6 mca para edifícios residenciais com reservatório elevado, e 7.6.3.3 Se a área existente for compartimentada em relação
15 mca para os demais, considerando o cálculo de 2 hidrantes à ampliada, deve-se atender aos critérios de aprovação da
simultâneos; época para a área existente, e aos critérios da IT 09/11 para a
7.5.5.2 Admite-se que as mangueiras possuam até 45 m de área ampliada;
comprimento, com diâmetro mínimo DN40 (38 mm) e esguicho 7.6.3.4 A área ampliada não compartimentada em relação à
de 13 mm para risco de classe “A” e 16 mm para os riscos de existente, que não atenda aos critérios dos itens 7.5.3.1 ou
classes “B” e “C”, conforme classificação de risco à época 7.5.3.2 deve atender aos critérios de compartimentação da
(tarifa de seguro incêndio do Instituto de Resseguros do Brasil); IT 09/11, para toda a edificação.
7.5.5.3 Os hidrantes externos podem dar cobertura com
7.5.4 Quando houver aumento de altura da edificação,
60 m de mangueiras;
podem ser adotadas as seguintes regras:
7.5.5.4 A prumada de incêndio pode ser mantida no interior 7.5.4.1 Se não ultrapassar 12 metros de altura, podem ser
das escadas existentes, desde que seja prevista uma tomada mantidas as condições de compartimentação da edificação
de água para cada pavimento e que os abrigos de mangueiras existente, se as ampliações forem até 10% da área total da
sejam dispostos em cada pavimento a uma distância máxima edificação, limitadas a 1.000 m²;
de 5 m dos acessos às caixas de escada;
7.5.4.2 Se ultrapassar 12 m de altura, a ampliação fica limitada
7.5.5.5 Podem ser aceitos 50% do volume dos reservatórios a um pavimento, e podem ser mantidas as condições de
de água de consumo no cômputo do volume da reserva técnica compartimentação da edificação existente, se as ampliações
de incêndio; forem até 10% da área total da edificação, limitadas a 1.000 m²;
7.5.5.6 Podem ser aceitos reservatórios conjugados (subter- 7.5.5 Os subsolos das edificações devem ser compar-
râneo e elevado); timentados em relação ao pavimento térreo.
7.5.5.7 No caso de haver hidrante público a uma distância 7.5.6 A compartimentação pode ser substituída por sistemas
máxima de 150 m de qualquer acesso da edificação, o ativos de proteção (chuveiros automáticos, detecção de
volume de reserva de incêndio pode ser reduzido em 25%; fumaça, controle de fumaça), nos termos do Decreto Estadual
7.5.5.8 Os requisitos de instalação das bombas de incêndio n º 56.819/11. Nestes casos, tais sistemas podem ser
e os não abordados nesta IT devem atender aos critérios dimensionados conforme os parâmetros desta IT.
estabelecidos na IT 22/11.
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7.6 Sistema de chuveiros automáticos em pressão positiva, a fim de evitar a migração de fumaça.
7.6.1 Nas edificações existentes sem aumento de altura 7.8.4 As edificações existentes com mudança de ocupação,
ou sem mudança de ocupação, adota-se a legislação acarretando a exigência de sistema de controle de fumaça,
vigente à época. Nas edificações existentes com aumento devem prever o sistema conforme os parâmetros da IT 15/11.
de altura ou com mudança de ocupação, bem como nos 7.8.4.1 Caso não seja possível, por razões arquitetônicas, a
casos de substituição da compartimentação de áreas por distribuição de dutos e grelhas conforme parâmetros da IT
sistema de chuveiros automáticos, quando permitido, 15/11, deve-se apresentar proposta alternativa com aumento
podem ser estabelecidos os critérios do Anexo “B” – Tabela da capacidade de vazão e pressão do exaustor, podendo a
de adaptação de chuveiros automáticos. velocidade máxima nos dutos de exaustão ser de 20 m/s.
7.7 Sistema de detecção de incêndio e alarme
7.9 Silos
7.7.1 Nas edificações existentes sem aumento de área
ou altura, ou sem mudança de ocupação, adota-se a 7.9.1 Os silos aprovados pelo Corpo de Bombeiros podem
legislação vigente à época. ser mantidos conforme aprovação, os demais devem atender
a IT de silos.
7.7.2 Nas edificações existentes com aumento de área
ou altura, se houver compartimentação entre a área 7.10 Líquidos Inflamáveis
ampliada e a área existente, o sistema deve ser instalado na
7.10.1 Os projetos já aprovados podem ser mantidos
área ampliada, de acordo com o Decreto nº 56.819/11, conforme aprovação atendendo à legislação da época;
atendendo aos parâ- metros da IT 19/11 – Sistema de
detecção e alarme de incên- dio. Na área existente, adota- 7.10.2 A ocupação pode manter o dimensionamento do
se a legislação vigente à época. sistema da época, mesmo que haja aumento do volume de
produtos armazenados, desde que este não seja estabelecido
7.7.3 Nas edificações existentes com aumento de área como o pior cenário;
ou altura, se não houver compartimentação entre a área
ampliada e a área existente, o sistema deve ser instalado de 7.10.3 Para as edificações existentes com comprovação do
acordo com o Decreto nº 56.819/11, atendendo aos armazenamento fracionado, será aceita a legislação da
parâmetros da IT 19/11. época.

7.7.4 Nas edificações existentes com mudança de 7.10.4 Para os tanques existentes no interior da edificação
ocupação, o sistema deve ser instalado de acordo com volume total superior a 20m³ devem ser submetidos a
avaliação em Comissão Técnica.
com o Decreto nº 56.819/11, atendendo aos parâmetros
da IT 19/11. 7.10.5 Nos casos de não comprovação a edificação deverá
7.7.5 É admitida a substituição do sistema de alarme pelo atender integralmente a IT-25.
sistema de interfones para edificações residenciais
7.10.6 Se o aumento do armazenamento caracterizar o pior
independentemente de sua altura, desde que comprovada
cenário, o sistema deverá ser dimensionado pela legislação
a existência anterior ao Decreto Estadual 56819/11. atual.
7.8 Sistema de controle de fumaça 8 PRESCRIÇÕES DIVERSAS
7.8.1 As regras de controle de fumaça podem ser 9.1 Os parâmetros de adaptação estabelecidos nesta IT,
aplicadas quando da exigência desta medida, ou em quando não especificados, referenciam-se ao
substituição à compartimentação vertical, nos casos
Decreto Estadual nº 56.819/11 e respectivas Instruções
permitidos pelo Decreto Estadual nº 56.819/11. Técnicas.

7.8.2 Nas edificações existentes com ampliação de área ou 9.2 Além desta IT, as edificações históricas devem ainda
atender à IT 40/11 – Edificações históricas, museus e institui-
altura, anteriores à vigência do Decreto Estadual nº
ções culturais com acervos museológicos.
46.076/01 (abril de 2002), caso haja compartimentação
entre a área ampliada e a área existente, o sistema deve
ser instalado apenas na área ampliada, conforme
parâmetros da IT 15/11
– Controle de fumaça.
7.8.3 Nas edificações existentes com ampliação de área ou
altura, anteriores à vigência do Decreto Estadual nº
46.076/01 (abril de 2002), caso não haja compartimentação
entre a área ampliada e a área existente:
7.8.3.1 O sistema deve ser instalado na área ampliada,
conforme parâmetros da IT 15/11;
7.8.3.2 Devem ser instaladas barreiras de fumaça em todas
as interligações da área ampliada com a área existente;
7.8.3.3 Deve haver insuflamento de ar nas áreas existentes,
próximo às interligações, de forma a se colocar estes ambientes
Instrução Técnica nº 43/2011 - Adaptação às normas de segurança contra incêndio – edificações existentes 787

ANEXO A
Fluxograma de adaptação para edificações existentes

Documento
Comprobatório

Ampliou / Mudou
Ocupação
N

Adaptação para Adaptação


Muda Exigência Exigência da
N Escadas de caminhamento
Dec. Est XXX/15 Época + Básica
Segurança Rota de fuga

Saída de Adaptação para


Exigência da
emergência N Escadas de
Época + Básica
atende Segurança

Altera ou exige Adaptação para


S
compartimentação compartimentação

Adaptação para
Altera hidrante S
hidrante

Adaptação para
Exige SPK S
SPK

Adaptação para
Exige detecção S
detecção

Adaptação para
Exige CF S
CF

Silos S Adaptação Silos

Líquido Inflamável S
Adaptação líquido Nota:
inflamável
As edificações construídas e regularizadas

N
posteriormente à vigência do Decreto Estadual nº 46.076/01
(abril de 2002), quando ampliadas ou com mudança de
ocupação, devem atender integralmente ao Decreto Estadual
GLP S IT - 28 nº 56.819/11, não cabendo as adaptações desta IT, exceto
se houver compartimentação entre as áreas existentes e
ampliadas. Neste caso, pode-se adotar o Decreto Estadual
N nº 46.076/01 para a área existente e o Decreto Estadual nº
56.819/11 para a área ampliada.
Adaptação +
exigências Exigências
básicas
788 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

ANEXO B
Tabela de adaptação de chuveiros automáticos

CHUVEIROS AUTOMÁTICOS

OCUPAÇÃO EXIGÊNCIA CRITÉRIOS


- Reserva de incêndio: 15 min de operação;
SERVIÇO DE HOSPEDAGEM h > 23 m
- Proteção apenas nos quartos.

- Reserva de incêndio: 20 min de operação;


COMERCIAL h > 23 m
- Proteção apenas nas lojas.

SERVIÇO PROFISSIONAL h > 30 m - Reserva de incêndio: 15 min de operação.

EDUCACIONAL E CULTURA FÍSICA h > 30 33 m - Reserva de incêndio: 15 min de operação.

LOCAL DE REUNIÃO DE PÚBLICO h > 23 m - Reserva de incêndio: 20 min de operação.

SERVIÇO AUTOMOTIVO E ASSEMELHADOS h > 26 m - Reserva de incêndio: 20 min de operação.

SERVIÇO DE SAÚDE E INSTITUCIONAL h > 30 m - Reserva de incêndio: 15 min de operação.

INDÚSTRIA (I-2) h > 23 m - Reserva de incêndio: 20 min de operação.

INDÚSTRIA (I-3) > 12 m - Reserva de incêndio: 20 min de operação.

DEPÓSITO (J-2) h > 23 m - Reserva de incêndio: 60 min de operação.

DEPÓSITO (J-3, J-4) > 12 m - Reserva de incêndio: 60 min de operação.

Precisa corrigir o fluxograma, pois esta sendo acrescido mais duas adaptações, GLP e resfriamento e espuma.

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