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impostos sobre o rendimento: das pessoas singulares (IRS) e das pessoas colectivas
(IRC);
impostos sobre o património: Imposto municipal sobre imóveis, Imposto sobre as
transmissões onerosas de imóveis;
impostos sobre a despesa: Imposto sobre o Valor Acrescentado;
outros impostos incidentes sobre factos e/ou bens específicos: Imposto do Selo,
Imposto Automóvel, Imposto sobre Produtos Petrolíferos, etc
Sistema Fiscal
Sumário Executivo
O sistema fiscal português tem a sua base, desde logo, na Constituição da República
Portuguesa, que define os princípios orientadores, nomeadamente no que se refere ao tipo de
impostos e os direitos e garantias dos contribuintes. No artigo 103.º estabelece-se que os
impostos são criados por lei, logo, competência da Assembleia da República que determina
entre outras matérias a incidência e a taxa. O artigo 104.º estabelece princípios gerais sobre o
modo como são distribuídos os encargos tributários entre as várias categorias de
contribuintes: pessoas colectivas e pessoas singulares
O legislador distingue entre imposto sobre o rendimento pessoal, imposto sobre o consumo e
impostos sobre o património. Para além de outros impostos sobre factos ou bens específicos.
Nas contribuições especiais, destaca-se o imposto municipal sobre imóveis que depende do
valor tributário do prédio rústico ou urbano e o seu pagamento corresponde à contrapartida
dos benefícios que os proprietários recebem com obras e serviços que a comunidade
proporciona. São exemplos de impostos sobre factos ou bens específicos, os impostos
especiais de consumo (álcool ou tabaco) e os impostos ecológicos (imposto sobre produtos
petrolíferos).
IRC; Regime de Amortizações; IRS; IVA; Imposto Municipal sobre as Transmissões Onerosas de
Bens; Derrama; Imposto Municipal sobre Imóveis; Regime do IVA nas Transmissões
Intracomunitárias (RITI); Imposto de Selo; Impostos especiais sobre o consumo (IEC's); Imposto
Automóvel (IA); Imposto Municipal sobre veículos; Imposto de circulação e camionagem
Existe ainda um sistema simplificado de escrituração que só pode ser adoptado por outras
entidades, normalmente associações sem fins lucrativos, que não exerçam a título principal
uma actividade de natureza comercial, industrial ou agrícola.
A base do imposto pode ser o lucro das sociedades, o rendimento global das pessoas
colectivas, o lucro imputável a estabelecimento estável ou rendimentos de sociedades não
residentes. O IRC incide sobre a totalidade dos rendimentos, incluindo os obtidos no
estrangeiro, no caso das entidades com sede ou direcção efectiva em Portugal. No caso da
sede ou da direcção efectiva ser no estrangeiro, o IRC incide apenas sobre os rendimentos que
têm a sua fonte em território português.
No caso de uma empresa estrangeira optar por ter uma sucursal em Portugal aplica-se o
conceito de "estabelecimento estável previsto no artigo 5.º do CIRC. Entende-se por
estabelecimento estável qualquer instalação física ou representação permanente através da
qual seja exercida uma actividade de natureza comercial, industrial ou agrícola. A estes aplica-
se o regime fiscal das entidades residentes. As empresas com sede, direcção efectiva ou
estabelecimento estável nas regiões autónomas beneficiam de redução de taxas estabelecida
pelos seguintes diplomas: Açores -Decreto Legislativo Regional n.º 2/99/A de 20 de Janeiro;
Madeira -Decreto Legislativo Regional n.º 2/2001/M, de 20 de Fevereiro.
Regime de Amortizações
Consideram-se elementos do activo sujeitos a deperecimento, logo sujeitos ao regime de
amortizações, os bens adquiridos por uma empresa para a sua actividade normal e não para
futura alienação. Trata-se, pois, de bens que pelo tempo se gastam ou se tornam obsoletos,
perdendo valor. São inscritos no activo imobilizado.
Para evitar fraudes fiscais, os artigos 28.º e seguintes do CIRC definem sistemas padrão para o
regime de amortizações. O Decreto Regulamentar n.º 2/90, de 12 de Janeiro, define taxas
específicas de amortizações para os vários sectores de actividade. A lei prevê que, para casos
especiais de desgaste excepcional, a Administração Fiscal possa definir regras distintas, por
expressa e prévia autorização administrativa. O mesmo se passa nos casos em que os bens se
tornam rapidamente obsoletos por via de inovações tecnológicas inesperadas e rápidas.
A taxa reduzida não abrange os materiais incorporados, salvo se o respectivo valor não
exceder 20% do valor global da prestação de serviços.
·Vinhos comuns;
A taxa é sempre de 15% sempre que o adquirente tenha a residência ou sede em país,
território ou região sujeito a um regime fiscal claramente mais favorável.
Derrama
Trata-se de um imposto local que constitui um adicional à colecta de IRC que poderá ir até 10%
desta. Embora receita dos Municípios, é arrecadado juntamente com a colecta do IRC. A
decisão de lançar derramas e a respectiva taxa, é da competência das Assembleias Municipais
que deverão fazê-lo até 15 de Outubro de cada ano por forma que a Câmara Municipal
comunique a sua decisão à Direcção Geral dos Impostos até ao dia 31 do mesmo mês. A
Administração Fiscal deverá proceder à sua divulgação até 31 de Dezembro.
O valor patrimonial tributário dos prédios é determinado por avaliação, com base em
declaração do contribuinte. Sempre que necessário a avaliação é precedida de vistoria ao
prédio.
A determinação do valor patrimonial tributário dos prédios urbanos para habitação, comércio,
indústria e serviços resulta da seguinte expressão:
Vt = Vc x A x Ca x Cl x Cq x Cv
Em que:
Ca = coeficiente de afectação;
Cl = coeficiente de localização;
Cv = coeficiente de vetustez
O imposto municipal sobre imóveis (IMI) é devido por anos completos, e será exigido o ano
inteiro à pessoa que figurar na matriz em 31 de Dezembro.
No caso dos prédios construídos de novo, o imposto municipal sobre imóveis (IMI) é devido a
partir do ano da conclusão das obras.
Todavia, se for dada utilização diferente ao prédio, o imposto será liquidado por todo o
período decorrido desde a sua aquisição.
Os prédios para habitação poderão beneficiar de um período de isenção até 6 anos. A taxa do
imposto municipal sobre imóveis incide sobre o valor patrimonial tributário dos prédios, é fixa
de 0,8% para os prédios rústicos e variável entre 0,2% e 0,5% para os prédios urbanos.
Relativamente aos prédios urbanos e sempre que queiram proceder à sua alteração, as
Assembleias Municipais deverão fixar a respectiva taxa dentro dos referidos limites, taxa essa
que deverá ser comunicada à DGCI até 30 de Novembro do ano a que respeita.
Regime do IVA nas Transmissões Intracomunitárias (RITI)
Todo o mecanismo de funcionamento do IVA nas operações entre os operadores dos diversos
países da U.E. está dominado pelo princípio da tributação no destino. É por isso que o IVA
dessas operações não é devido nas transmissões no país de origem, mas sim pelas aquisições
no país de destino.
Para que se esteja perante uma aquisição intracomunitária de bens (AIB), para além do
carácter oneroso, torna-se necessário a verificação dos seguintes requisitos:
Existem ainda algumas operações que, não reunindo totalmente estes requisitos, são
assimiladas a AIB's.
Imposto do selo
Incide sobre um conjunto de realidades constantes da Tabela Geral anexa ao Código. Tendo
em vista a natureza dessas realidades, poderá considerar-se que o imposto do selo é devido,
em alguns casos, pelos documentos que titulam os negócios (selo do documento) e, noutros
casos, pelo próprio negócio ou operação (selo da operação).