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Ministério da Educação

Universidade Federal do Paraná


Setor de Ciências Agrárias
Programa de Pós-Graduação em Engenharia Florestal

Curitiba, 14 de maio de 2020


RELATÓRIO SOBRE O IMPACTO DO ISOLAMENTO SOCIAL NO
PPG. ENGENHARIA FLORESTAL

A Representação Discente no período de 27/04 a 29/04 enviou um formulário aos


discentes do programa cujo o objetivo principal foi averiguar o impacto do isolamento social
provocado pela pandemia do Covid-19 nas pesquisas e na saúde emocional dos alunos; além
de levantar a opinião dos mesmos em relação a uma possível implementação de
aulas/atividades remotas.
Todas as informações foram conduzidas em regime de confidencialidade, sendo de
reponsabilidade dos Representantes Discentes o tratamento dos dados mediante as respostas
adquiridas. O formulário foi elaborado no Microsoft Forms pertencente ao pacote Office 365,
sendo dividido em três seções, a saber:
I. Informações pessoais e Acadêmicas;
II. Impactos do isolamento social na saúde emocional e atividades de pesquisas;
III. O desenvolvimento de atividades remotas.
No total foram 119 participantes, dos quais 30% são discentes do Doutorado e 29% do
Mestrado (Figura 1); vale ressaltar que todas as linhas de pesquisas foram representadas,
conforme ilustrado na Figura 2.

Figura 1: Participação dos discentes por nível


Figura 2: Participação dos discentes por linha de pesquisa

Solicitamos que os discentes informassem a previsão de defesas de suas pesquisas.


Com base nos resultados destacamos as defesas referentes a 2020 e 2021, uma vez que estas
estão mais susceptíveis a possíveis atrasos devido a pandemia (Figura 3); ressaltamos que os
dados de 2020 estão abaixo do número real, o qual é de conhecimento da coordenação e do
colegiado do programa.

Figura 3: Quantidade de defesas previstas para 2020 e 2021


Devido a suspensão das atividades alguns discentes acabaram retornando para as suas
cidades de origem (37%), e cerca de 66% afirmaram que o isolamento social afetará suas
pesquisas, conforme pode ser observado nas Figuras 4a e 4b, respectivamente.

(a) (b)
Figura 4: (a) – Percentual de discentes que retornaram à sua cidade de origem
(b) – Pesquisas afetadas com o isolamento social

Perguntados quanto a necessidade de tempo extra para a conclusão de suas pesquisas


cerca de 35% apontaram que certamente precisarão e 54% revelaram ainda não saber
(Figura 5).

Figura 5: Necessidade de tempo extra para a conclusão da pesquisa


Procuramos saber dos discentes como estavam se sentindo emocionalmente nesse
período de isolamento; o resultado apresentado na Figura 6 revelou que mais de 60% estão se
sentindo preocupados e ansiosos, além de tristes (10,5%) e depressivos (8,95%). Estes
resultados são um alerta, pois esses estados emocionais são preocupantes e influenciam
diretamente, nas relações interpessoais e em seu rendimento acadêmico.

Figura 6: Estado emocional dos discentes no período de isolamento social

Em relação a produtividade em executar as atividades em casa (home office), a maioria


informou está sendo pouco produtivo (45%) e uma parcela de 15% apontou não conseguir
focar em seus afazeres (Figura 7), podendo estes resultados ser influência do estado
emocional, conforme abordado anteriormente. Entretanto, cabe ressaltar que
aproximadamente 38% dos entrevistados revelaram estarem sendo produtivos ou muito
produtivos.

Figura 7: Estado emocional dos discentes no período de isolamento social


Na seção final do formulário buscamos levantar a opinião dos discentes sobre a
execução de atividades remotas pelo PPGEF e as informações quanto a infraestrutura
disponível para o desenvolvimento das atividades online. De acordo com os formulários
respondidos, cerca de 99% dos discentes possuem computador e acesso à internet, contudo, o
tipo de conexão diferiu em banda larga (94%) e rede móvel (6%); perguntado sobre a
qualidade da conexão 76% revelaram ser estável (Figuras 8a e 8b).

(a) (b)

Figura 8: (a) – Acesso a internet por tipo de conexão; (b) – Qualidade da conexão

As ferramentas de vídeo conferência preferidas pelos discentes foram Skype (44%) e


Zoom meeting (27%) (Figura 9). Em contrapartida, o Microsoft Teams que é o software
indicado pela UFPR para o desenvolvimento das atividades remotas parece não ser conhecida
por parte dos alunos do programa, e consequentemente, para sua utilização será necessário a
realização de algum tipo de treinamento ou disponibilização de tutoriais para que os discentes
se familiarizem com o ambiente e a usabilidade da plataforma.

Figura 9: Ferramenta de vídeo conferência mais utilizada pelos discentes do PPGEF


Na sequência procuramos saber dos discentes se eles concordavam com o
desenvolvimento de atividades remotas no PPGEF e identificar a parcela de alunos que
estavam cursando alguma disciplina neste primeiro semestre de 2020. Levantamos que a
maioria dos entrevistados (80%) concordam com as atividades remotas (Figura 10a) e que
cerca de 49% dos alunos estão cursando disciplinas no período (Figura 10b).

(a) (b)
Figura 10: (a) – Concordam com o desenvolvimento de atividades remotas pelo PPGEF;
(b) – Estão cursando disciplinas no primeiro semestre de 2020.

Cabe ressaltar que nesta etapa do formulário aqueles que responderam não estar
cursando nenhuma disciplina foram redirecionados para o encerramento da entrevista. Já aos
demais que afirmaram estar fazendo matérias neste semestre foram indagados se
concordavam com a continuação das disciplinas e se possuíam infraestrutura disponível em
suas residências para executar esta tarefa.
Portanto, a maioria dos discentes responderam ter condições e infraestrutura básica
para o desenvolvimento das atividades remotas (97%) sendo que a parcela que afirmou não
possuir condições, informou que é devido a acesso restrito ao computador e por ser
responsável por cuidados de parentes (Figura 11a).

(a) (b)

Figura 11: (a) – Apresenta infraestrutura para desenvolvimento de atividades remotas;


(b) – Concordam com a continuidade das disciplinas remotamente.
Na Figura 11b é possível verificar que a maioria dos discentes (55%) concordam que
as disciplinas retomem suas atividades na modalidade online, contudo, uma parcela
significativa (45%) discorda com esta medida; perguntados sobre o principal motivo para a
não realização das disciplinas remotamente os alunos apontaram que a qualidade não seria a
mesma que presencial e devido as matérias apresentarem uma carga horária significativa de
aulas práticas e saídas de campo (Figura 12).

Figura 12: Principais motivos para a não realização das disciplinas de maneira remota

Por fim, esperamos que estes resultados sirvam de auxílio ao colegiado do PPGEF
para nortear o desenvolvimento das atividades remotas em nosso programa.
Sem mais para o momento, a Representação Discente se dispõe para esclarecer
quaisquer dúvidas ou questionamentos acerca dos resultados compartilhados neste relatório.

Assinam: Representação Discente


Rudson Silva Oliveira – Titular, Doutorado
Franciele Alba da Silva – Suplente, Doutorado
Natália Saudade de Aguiar – Titular, Mestrado
Fernanda Moura F. Lucas – Suplente, Mestrado

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