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Originalmente, Judas pretendia compartilhar com seus companheiros crentes as questões da fé comuns a
todos eles. Mas, o Espírito Santo o redirecionou a um assunto de maior urgência. Questões da fé "uma vez
por todas... entregue aos santos" estavam sendo tanto sutilmente solapadas como profundamente
pervertidas. Hoje em dia acontece o mesmo que naquele tempo. Todos os santos (isto é, cristãos – Ef 1.1; Cl
1.2, etc.) devem batalhar diligentemente pelos ensinos da fé "dados por inspiração de Deus" (comp. 2 Tm
3.16).
A necessidade de conhecimento
Batalhar diligentemente pela fé exige conhecimento. Não precisamos nos tornar especialistas antes de
compartilhar a "fé que uma vez por todas foi entregue aos santos", mas devemos ser diligentes em nossa
busca do conhecimento do Senhor. Se bem que se tente fazê-lo muitas vezes, é completamente insensato
tentar batalhar por algo sobre o que não se está informado. Salomão escreveu: "Filho meu, se aceitares as
minhas palavras, e esconderes contigo os meus mandamentos, para fazeres atento à sabedoria o teu ouvido,
e para inclinares o teu coração ao entendimento, e se clamares por inteligência, e por entendimento alçares a
tua voz, se buscares a sabedoria como a prata, e como a tesouros escondidos a procurares, então
entenderás o temor do Senhor, e acharás o conhecimento de Deus. Porque o Senhor dá a sabedoria, da sua
boca vem a inteligência e o entendimento. Ele reserva a verdadeira sabedoria para os retos, e escudo para os
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que caminham na sinceridade, guarda as veredas do juízo e conserva o caminho dos seus santos" (Pv 2.1-8).
Obediência às normas
Batalhar diligentemente pela fé requer obediência às normas. Enquanto alguns evitam praticar a correção
segundo as Escrituras, outros a usam como um grande porrete, dando com ele em qualquer um que parecer
não concordar com seus pontos de vista. As Escrituras nos dizem que (no contexto dos galardões celestiais)
aqueles que competem por um prêmio serão desqualificados a não ser que sua conduta siga as normas do
evento (2 Tm 2.5). Isso também deveria ser aplicado ao modo como batalhamos pela fé, especialmente no
que se refere à correção mútua. A primeira e mais importante norma é o amor. Correção bíblica é um ato de
amor, ponto final. Se alguém não tem em mente o interesse maior de uma pessoa, o amor não está envolvido.
Se o amor não é o fator motivador da correção, o modo de agir não é bíblico.
A maneira como nos corrigimos mutuamente é uma parte importante das "normas" da batalha pela fé:
"Ora, é necessário que o servo do Senhor não viva a contender, e, sim, deve ser brando para com todos, apto
para instruir, paciente; disciplinando com mansidão os que se opõem, na expectativa de que Deus lhes
conceda não só o arrependimento para conhecerem plenamente a verdade" (2 Tm 2.24-25). Entretanto, uma
repreensão severa também pode ser bíblica; nas Escrituras há abundância de tais reprovações e repreensões
Quando a situação as exigia. Mas elas nada têm em comum com correção acompanhada de sarcasmo,
humilhação, ataques ao caráter pessoal ou qualquer outra coisa que exalte quem corrige ao invés de ministrar
àquele que está sendo corrigido. É irônico que o humor dominante (TV, quadrinhos, etc.) dessa geração
profundamente consciente da "auto-estima", ego-sensível, seja o sarcasmo, especialmente a humilhação.
Fazer alguém se sentir inferior tornou-se a maneira preferida de elevar a própria auto-estima.
Um teste simples de correção bíblica é o nível de presunção por parte de quem a pratica. Se houver qualquer
indício dela – ele falhará. Outro teste rápido é o termômetro das "maneiras desagradáveis". Se aquele que
corrige trata os outros com maneiras que ele mesmo não aceitaria – ele é parte do problema, não a solução
bíblica.
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Conhecer pelo que se batalha
Batalhar diligentemente pela fé envolve conhecer pelo que se batalha. Aquilo que envolve a subversão
do Evangelho, especialmente das doutrinas principais relacionadas com a salvação, exige nossa séria
preocupação e atenção. O livro de Gálatas é um bom exemplo. Os judaizantes estavam coagindo os crentes a
aceitar um falso evangelho, isto é, adicionando certas obras da lei como necessárias para a salvação. Paulo
os repreendeu duramente, como também instruiu Tito a fazê-lo (Tt 1.10-11,13). No mesmo espírito,
argumentamos com os que promovem ou aceitam um falso evangelho para a salvação (mórmons, adeptos da
Ciência Cristã, Testemunhas de Jeová e católicos romanos, entre outros).
Enquanto certas questões podem parecer não estar relacionadas com o Evangelho, elas podem subverter
indiretamente a Palavra de Deus, afastando os crentes da verdade e inibindo dessa forma a graça necessária
para uma vida agradável ao Senhor. A psicoterapia, por exemplo, é um dos veículos mais populares para
levar os cristãos a buscar as soluções ímpias dos homens (e, portanto, destituídas da graça).
T. A. McMahon é diretor executivo da missão "The Berean Call" ("A Chamada Bereana") em
Bend, Oregon (EUA). Ele é co-autor (com Dave Hunt) do livro A Sedução do Cristianismo.
Publicado anteriormente na revista Chamada da Meia-Noite, Março de 1996