Você está na página 1de 7

DISCIPLINA: Direito Administrativo

PROFESSOR: Júlio Marqueti


MATÉRIA: Fundações Públicas, sociedade de economia mista, empresa pública, consórcios e
licitação.

Indicações de bibliográficas:
 Constituição Federal

Leis e artigos importantes:


 Art. 22, XXVII CF/88
 Art. 37, XIX CF/88
 Art. 37 XXI CF/88
 Art. 41 VI CC
 Art. 62 CC
 Art. 109 VIII CF/88
 Art. 150§2º CF/88
 Art. 175 CF/88
 Lei. 8666/93
 Lei. 11.107/05
 Lei. 13.303/16

Palavras-chave:
 Fundações públicas, empresas estatais, empresa pública, sociedade de economia mista,
consórcios públicos, licitação.

TEMA: FUNDAÇÕES PÚBLICAS, SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA, EMPRESA PÚBLICA,


CONSÓRCIOS E LICITAÇÃO

PROFESSOR: JÚLIO MARQUETI

 Fundação como entidade da Administração Pública;

 Fundação - é um patrimônio dotado de personalidade jurídica, temos: Fundação Privada e


Fundação Pública;

Matéria: Direito Administrativo –Professor: Júlio Marqueti


 Fundação Privada – Ela será regrada pelo direito civil;

 Fundação Pública – O patrimônio tem origem pelo poder público, ou seja, as fundações
públicas são pessoas jurídicas instituídas pelo Poder Público, para o desempenho de
atividades atribuídas ao Estado de âmbito social, definidas em Lei Complementar. Ela poderá
ser de Direito Público e de Direito Privado;

Conceito – Universalidade de bens às quais a lei atribui personalidade jurídica para a


consecução dos fins determinados pelo instituidor, entre os previstos no (art. 62, CC), de
acordo com a redação determinada pela Lei 13.151/2015.

Art. 62, CC – Para criar uma fundação, o seu instituidor fará, por escritura pública ou
testamento, dotação especial de bens livres, especificando o fim a que se destina, e
declarando, se quiser a maneira de administrá-la.

 Diferença entre Fundação Pública e Fundação de Direito Privado


Está no capital, pois o capital da Fundação pública é inteiramente público, é isso que a
caracteriza.

O conceito de Fundação de direito privado está no – Decreto Lei -200/67; A lei autoriza a
criação.

Fundação de direito público – são fundações autárquicas ou autarquias fundacionais, a lei


cria diretamente.

Art. 37 XIX CF – Diz que a lei cria a autarquia e autoriza a criação de Fundação; Fala todavia
de fundação pública de direito privado.

Lei cria: Autarquia – que é pessoa jurídica de direito público;

Lei autoriza: - Fundação – pessoa jurídica de direito privado;


- Sociedade de economia mista - pessoa jurídica de direito privado;
- Empresa Pública – pessoa jurídica de direito privado;

Obs: A administração pode criar uma Fundação pública de direito público, será o mesmo
regramento do direito público, da Autarquia, ou seja, será criada diretamente pela Lei.

Ex: Universidade Federal

 Fundações públicas – é a entidade dotada de personalidade de direito privado ou público


(fundações autárquicas), art. 41 VI CC, criada por força de lei com capacidade exclusivamente
administrativa, tendo por substrato um patrimônio personificado, gerido pelos próprios órgãos,
e destinado a uma finalidade específica de interesse público.

Matéria: Direito Administrativo –Professor: Júlio Marqueti


 Diferença entre: Fundação Pública e Autarquia:

A fundação é um patrimônio com personalidade jurídica;

A autarquia é um serviço com personalidade jurídica.

 Empresas Estatais podem ser:


Empresa Pública;
Sociedade de economia mista;

 Aspectos comuns:
Ambas são pessoas jurídicas de direito privado;
É um regime de direito privado que sofre interferências de direito público, não é integralmente
privado, ou seja, é um regime misto;
Serão criadas mediante autorização legislativa;

Obs: é necessário lei autorizativa, porém, a lei só autoriza, ela ainda não existe, será
necessário outro ato depois que a lei entrar em vigência que será a edição de um
“DECRETO”, esse decreto será levado à “Registro” que será na “Junta Comercial”.

Obs: Para extinguir – precisa de uma lei que autorize a edição de um “DECRETO” e por
diante o “Registro extintivo” para extingui-lo.

 Atividades desenvolvidas por elas: Administrativa


Regra – Atividade econômica;
Exceção – Prestam serviço público.

 Diferenças entre: Soc. De economia mista e Emp. Pública;

 Sociedade de economia mista


Capital: Público e privado, portanto misto;
Forma: S/A;
Foro: Federal / Estadual / Municipal

 Empresa Pública
Capital: Integralmente Público;
Forma: Qualquer forma admitida no direito empresarial;
Foro: Federal – (art. 109 I CF/88) / Estadual / Municipal

Art. 109 – Aos juízes federais compete processar e julgar:


I – as causas em que a União, entidade de autárquica ou empresa pública federal forem
interessadas, na condição de autoras, rés, assistentes ou oponentes, exceto as de falência, as
de acidentes de trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e a Justiça do Trabalho.

Matéria: Direito Administrativo –Professor: Júlio Marqueti


Obs: Quando se fala da competência dos Remédios de Mandado de Segurança/Habeas Data,
a autoridade coatora for Federal a competência será da Justiça Federal, (art. 109 VIII CF).

Art.109 – Aos juízes federais compete processar e julgar:


VIII – os mandados de segurança e habeas data contra ato de autoridade federal, executados
os casos de competência dos tribunais federais.

Obs: Se for ação indenizatória de conhecimento contra a Soc. de economia mista Federal, a
competência será da Justiça Estadual; Se for da Emp. Pública federal a competência será da
Justiça Federal.

A Lei nº 13.303/2016 – ela regulamenta as entidades estatais; o que é importante são os


aspectos iniciais, onde teremos os conceitos logo no inicio, a exemplo:

Art. 3º - Empresa Pública é a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado com
criação autorizada por lei e com patrimônio próprio, cujo capital é integralmente detido pela
União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios.

Art. 4º - Sociedade de economia mista é a entidade dotada de personalidade jurídica de direito


privado, com criação autorizada por lei, sob a forma de sociedade anônima, cujas ações com
direito a voto pertenças em sua maioria à União, aos Estados, ao Distrito Federal, aos
Municípios ou a entidade da administração pública.

Obs importante!!!! Leittura da lei, principalmente os artigos iniciais com conceitos.

Obs: As regras de direito privado são derrogadas pelas regras de direito público, ou seja, há
uma revogação parcial do regime privado para quer haja interferência de direito público.

 Traços comuns entre: Soc. De economia mista e Emp. Pública;

1) Criação e extinção por lei;


2) Personalidade de direito privado;
3) Sujeito a controle estatal;
4) Derrogação do regime privado pelo público;
5) Vinculação as finalidades;
6) Desempenho de atividade econômica.
7) Serviço Público – de maneira excepcional.

 Traços distintivos: em relação ao foro

1) Se a Soc. de economia mista for Federal – Justiça Estadual;


2) Se a Emp. Pública for Federal – Justiça Federal.

Matéria: Direito Administrativo –Professor: Júlio Marqueti


 Em relação à forma de organização:

1) Soc. de economia mista – S/A;


2) Emp. Pública – Qualquer forma

 Em relação ao Capital:

1) Soc. de economia mista – Publico e privado;


2) Emp. Pública – Integral Público.

Obs: O art. 173 II – a sujeição ao regime jurídico próprio das empresas privadas, inclusive
quanto aos direitos e obrigações civis, comerciais, trabalhistas e tributários; Esse artigo diz
que elas terão as mesmas obrigações; Porém essa assertiva só ocorrerá de forma absoluta
quando elas exercerem atividade econômica.

 Comparações:

 Soc. de economia mista

- Obrigações civis;
- Obrigações comerciais;
-Obrigações trabalhistas;
-Obrigações tributárias.

 Emp. Públicas

- Obrigações civis;
- Obrigações comerciais;
- Obrigações trabalhistas;
- Obrigações tributárias.

Obs: De acordo com decisão do STF, as Emp. Públicas e Soc. de economia mista, quando
prestadoras de serviço público, gozam da imunidade tributária, prevista no (art. 150§2º
CF).

Art. 150 – Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à


União, ao Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios.
§2º. A vedação do inciso VI, a, é extensiva às autarquias e às fundações instituídas e
mantidas pelo Poder Publico, no que se refere ao patrimônio, à renda e aos serviços,
vinculados a suas finalidades essenciais ou às delas decorrentes.

 Consórcios Públicos – Lei 11.107/05


- é uma pessoa jurídica, é fruto de uma descentralização, pode ser de direito público e de
direito privado;

Matéria: Direito Administrativo –Professor: Júlio Marqueti


Direito Público – é chamado de associação Pública;
Direito Privado – chama-se consórcio.

Obs: A leitura desta Lei é obrigatória, especialmente os artigos: (1º ao 12º).

 Consórcios Públicos – é possível entre:

- União + Estado;
- União + Município – desde que o Estado participe;
- Estado + Estado;
- Estado + Município;
- Estado + Município (outro Estado);
- Município + Município.

Obs: Consórcio Público – é a união de esforços entre a entidade Federativa.

 Modo de instituição dos Consórcios Públicos:

 Procedimento para criação:

1) Protocolo de intenções – depois de assinado, tem que publicar;


2) Publicação do protocolo – em cada uma das entidades;
3) Ratificação por lei de cada ente;
4) Celebração do contrato.

Obs: Consórcios Públicos, podem ser: de Direito Público e de Direito Privado.

Direito Público – são chamados de associação pública, a criação se dá diretamente pela Lei,
que ratifica o protocolo; Integram a administração pública indireta, está expresso na Lei;

Direito Privado – são criados na forma estabelecida pelo Direito Civil, e o contrato é condição
necessária para que haja a sua existência.

Obs: De acordo com a doutrina também integram pela falta de está ali claramente a
administração pública indireta.

 Licitação – art. 37 XXI CF/88 (Leitura obrigatória);

Licitação – Dever (regulado por meio de lei); Essa lei vai tratar de norma geral;

Exceção – Contratação direta: Lei. 8666/93; Também deve estar prevista em lei;

- Dispensa – (arts. 24 e 17) da Lei. 8666/93 - ela é possível, mas é permitido que
não faça a Licitação; mas só a União pode fazer, porque é uma norma específica dela.

Matéria: Direito Administrativo –Professor: Júlio Marqueti


- Inexigibilidade – (art. 25) da Lei. 8666/93 – não permite exigir que o agente
faça a Licitação, é inviável.

Art. 22 XXVII CF/88 – diz que compete privativamente a União legislar sobre:
XXVII – normas gerais de licitação e contratação, em todas as modalidades, para as
administrações públicas diretas, autárquicas e fundacionais da União, Estados, Distrito
Federal e Municípios, obedecido o disposto no art. 37, XXI e para as empresas públicas e
sociedades de economia mista, nos termos do art. 173, §1º, III;

Concessão e Permissão de serviço público – (art. 175 CF/88) – a licitação ocorrerá


“sempre”;

Obs: esse “sempre” impede (veda) as hipóteses de dispensa; Porém esse “sempre” não
veda a inexigibilidade.

Art. 175 CF – Incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente ou sob regime de
concessão ou permissão, sempre através de licitação, a prestação de serviços públicos.
Parágrafo único. A lei disporá sobre:
I – o regime das empresas concessionárias e permissionárias de serviços públicos, o
caráter especial de seu contrato e de sua prorrogação, bem como as condições de
caducidade, fiscalização e rescisão da concessão ou permissão;
II – os direitos dos usuários;
III – política tarifária;
IV – a obrigação de manter serviço adequado.

Matéria: Direito Administrativo –Professor: Júlio Marqueti

Você também pode gostar