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A PRESENÇA DA LITERATURA ANTIRRACISTA NAS SALAS DE AULA.

Na obra Utopia, de Thomas More, é retratada uma sociedade perfeita, na qual o corpo social
padroniza-se pela ausência de conflitos e problemas. Entretanto, o contexto do Brasil do século
XXI contraria-o, uma vez que é pouco debatido sobre literatura antirracista e a presença dela na
sala de aula, sendo assim apresenta uma desestruturação para a sociedade, as quais dificultam
a concretização dos planos More. Nesse viés, destaca-se a falta de debate e a baixa
representatividade de autores negros, como intensificador do problema.

Em primeira análise, a falta de debate mostra-se como um dos desafios à resolução do


problema. Conforme defendido pelo filósofo Michel Foucault, na sociedade pós-moderna, certos
temas são silenciados para preservar as estruturas de poder estabelecidas. Nesse contexto, é
evidente uma lacuna no debate sobre a literatura antirracista, que tem sido amplamente
negligenciada. Um exemplo emblemático desse silenciamento é a trajetória de Machado de
Assis, cuja cor foi ocultada durante muito tempo pela mídia, somente vindo à tona
posteriormente. Portanto, a ausência de um diálogo sério e abrangente sobre essa questão
impede sua resolução efetiva.

Outrossim, ressalte-se que a baixa representatividade de autores negros também configura-se


como um entrave no que tange à questão da literatura antirracista. Na obra Amoras - Emicida
aborda temas como racismo e a importância da representatividade negra. Nesse âmbito, é
notório a falta de visibilidade de autores negros na literatura brasileira, uma vez que a presença
dos mesmos é crucial para a formação da identidade e autoestima de crianças e jovens negros
ao se depararem com personagens e histórias que retratam suas próprias vivências,
encorajando-os a seguirem seus sonhos. É necessário, portanto, ações que venham incluir
autores negros na literatura brasileira.

Destarte, é essencial estabelecer parcerias entre agentes educacionais e instituições


governamentais para promover a presença da literatura antirracista nas salas de aula. Isso inclui
debates abrangentes, quebrando o silenciamento e ampliando a visibilidade de autores negros.
Dessa forma, os estudantes poderão se identificar e se inspirar em personagens e histórias que
retratam suas vivências, fortalecendo sua identidade e autoestima. A literatura antirracista se
torna, assim, uma ferramenta fundamental para construir uma sociedade mais justa e igualitária.

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