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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA DE

EXECUÇÕES PENAIS DO ESTADO DO XXXXXXXXXXXXXXXXXX

Processo nº.: XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX

XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX, portador da carteira de


identidade nº XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX, brasileiro, nascido
em XXXXXXXXXXXXX, natural do XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX, filho de
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX e XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX,
por intermédio de sua advogada que abaixo subscreve, inscrita na OAB/RJ sob nº
XXXXXXXXXXXXXXXXXXX, com escritório profissional situado na
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX, onde recebe intimações, vem a ilustre
presença de Vossa Excelência requerer o seu

LIVRAMENTO CONDICIONAL

com fundamento no art. 83 e seus incisos, do Código Penal, para o que passa a expor o
quanto segue:

I-DOS FATOS
O requerente foi denunciado e posteriormente condenado nos Autos
de Ação Penal sob nº XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX, às sanções do art.
xxxxxxxx do Código Penal, com pena fixada
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX.
No presente caso, o condenado já cumpriu 1/2 da sua pena na data
de XXXXXXXXXXXXXXXXXXX, possuindo residência fixa, onde morará com
sua irmã, conforme demonstra a declaração anexa.
Deste modo, prevê o art. 83 do CP, a concessão do LIVRAMENTO
CONDICIONAL, mediante atendimento de requisitos de ordem objetiva e subjetiva.

II- DO DIREITO
A mais recente doutrina penal deixou de considerar o livramento
condicional como incidente de execução para catalogá-lo como "benefício", quanto à
forma e "medida penal alternativa de privação de liberdade", quanto ao conteúdo.
Entretanto, o livramento condicional continua não sendo um favor,
mas um "direito subjetivo do sentenciado, desde que preenchidos os requisitos que a lei
fixa para a concessão". (Celso Delmanto - C. P. Comentado).
Segundo a recente doutrina, ainda:
"uma vez reunidos os requisitos legais, o livramento condicional deve
ser deferido como medida penal alternativa à privação da liberdade e
não como mero benefício ou ato de graça em correspondência à boa
conduta. A liberdade condicional, porém em meio livre". (Reale Junior e
outros - "in Código Penal e sua Interpretação Jurisprudêncial - ed. RT pág.
268 - 1987).
Ademais, conclui-se que na data de
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXX o requerente alcançou o prazo suficiente para obter
o pleito, qual seja, o LIVRAMENTO CONDICIONAL, pois preencheu todos os
requisitos objetivos exigidos pela Lei de Execuções Penais, bem como os subjetivos,
que serão demonstrados a seguir.

III- DO ATENDIMENTO AOS REQUISITOS OBJETIVOS


Tal como estampados no art. 83 do Código Penal, atende o requerente
a todos os requisitos de ordem objetiva para a concessão do benefício. Quais sejam:

a) quanto à natureza e quantidade de pena imposta, verifica-se que a


mesma é de 03 (três) anos e 08 (oito) meses.
b) pertinente ao cumprimento de pena, verifica-se para a necessária
concessão do LIVRAMENTO CONDICIONAL, para o que
corresponde ao artigo 83, inciso I, do Código Penal, cumprido
mais de 1/2 da pena que lhe foi imposta.

IV- DO ATENDIMENTO AOS REQUISITOS DE ORDEM SUBJETIVA


Os requisitos subjetivos devem ser demonstrados pelo bom
comportamento, sendo que neste contexto a conduta do requerente é exemplar.
Desta forma, encontra-se plenamente satisfeitos os requisitos de
ordem subjetiva, em prol do presente pedido. Assim vejamos:

a) O art. 83, inc. III do Código Penal - "comprovado comportamento


satisfatório durante a execução da pena"
b) O requerente residirá na xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx, estando à
disposição da justiça enquanto estiver no regime alcançado.
Compromete-se a requerente, desde já, a cumprir rigorosamente todas
às condições que lhe forem impostas.

V- DO PEDIDO
Ante o exposto e uma vez demonstrados estarem atendidos os
requisitos que possibilitam seja deferido o presente pedido, aguarda o requerente, que
após ouvido o digno Representante do Ministério Público, digne-se Vossa Excelência
conceder-lhe LIVRAMENTO CONDICIONAL, obrigando-se a obedecer às
condições que lhe forem impostas.

Nestes termos,
Pede deferimento.

Rio de Janeiro, 22 de junho de 2020.

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