Segundo Moreno Fernández (2012), a entrevista semidirigida acaba transformando-se em uma
autêntica observação participativa, na qual o falante, o interlocutor, a mudança referencial de
cada interlocutor, o contexto percebido e a situação comunicativa em seu conjunto constituem os eventos de fala. Todos esses componentes discursivos devem ser considerados durante a geração dos dados, pois todos os envolvidos nesse processo discursivo são observados e podem influenciar no conteúdo da entrevista. A partir desse pressuposto e das leituras do Cap. IX, sobre a Entrevista Sociolinguística, formule uma proposta metodológica de uma entrevista na perspectiva da sociolinguística cognitiva, correlacionando o ponto de vista, das iniciativas da linguística cultural (PALMER, 2000), que tem revelado como de especial utilidade e tem servido para tratar a entrevista sociolinguística como um cenário discursivo dentro do qual pode apreciar-se a pertinência de diversos esquemas de perspectivas, que venha a incluir em essência os principais componentes da dinâmica conversacional , com as bases conceptuais das outras propostas teóricas, como as máximas de Grice (1989) ou os guias culturais de Wierzbicka (1994;2006). (Observação: a proposta de entrevista pode ser realizada a partir do fenômeno de estudo de sua tese ou dissertação ).
Acho que tá meio confuso pela quantidade de informações.
Eu entendi que a proposta metodológica de entrevista que devemos formular deve ser na perspectiva da Sociolinguística Cognitiva, mas levando em consideração (correlacionando) a linguística cultural e a questão do cenário discursivo, as máximas de Grice e os guias culturais. Não deve ser isso (ou deve hahahaha), mas é o que de alguma forma se extrai. Marcação 1: dá a entender que a entrevista semidirigida, de um jeito ou de outro, se transforma numa observação participante. Não entendi bem assim; entendi da seguinte forma: em alguns casos, em algumas situações, a entrevista semidirigida pode se converter numa observação participante como forma de driblar o “paradoxo do observador” e, assim, se obter o vernáculo do falante. Mas tem outras formas de driblar o “paradoxo do observador”. Marcação 2: acho que essa frase intercalada também tá meio confusa: “correlacionando o ponto de vista” da Sociolinguística Cognitiva ou da Linguística Cultural? Eu li como sendo da linguística cultural. Marcação 3: na minha leitura, o trecho faz referência à proposta que devemos formular: a proposta deve incluir os principais componentes da dinâmica conversacional. Não sei se precisamos deixar claro quais são esses componentes. Além disso, a proposta deve ter em conta as bases conceituais de outras propostas teóricas: as máximas de Grice e os guias culturais de Wierzbicka. Bem, eu acho que a quantidade de informações deixou a missão um pouco confusa. Sendo sincero e escancarando as minhas limitações, a minha proposta é simplificar um pouco mais. Eu não sei como elaborar uma proposta que seja uma resposta à questão. Uma última situação... Eu acho que a finalidade do fichamento é fazer com que o aluno possa resolver a questão a partir das informações que constam nele, mesmo que se usem outras fontes. Nesse caso, temos que rever o fichamento pra ver se ele contempla as informações da questão. Enfim, o que você acha?