Este documento discute conceitos e intervenções em política e planejamento linguístico no Brasil. A política linguística determina escolhas sobre relações entre línguas enquanto o planejamento aplica essas políticas na prática. No Brasil, estudos nessa área incluem sociolinguística, etnolinguística e linguística aplicada. Manuales de ensino frequentemente cometem juízos sobre aspectos linguísticos influenciando exclusão social. Políticas positivas poderiam incluir educação básica universal de qualidade e alfabet
Este documento discute conceitos e intervenções em política e planejamento linguístico no Brasil. A política linguística determina escolhas sobre relações entre línguas enquanto o planejamento aplica essas políticas na prática. No Brasil, estudos nessa área incluem sociolinguística, etnolinguística e linguística aplicada. Manuales de ensino frequentemente cometem juízos sobre aspectos linguísticos influenciando exclusão social. Políticas positivas poderiam incluir educação básica universal de qualidade e alfabet
Este documento discute conceitos e intervenções em política e planejamento linguístico no Brasil. A política linguística determina escolhas sobre relações entre línguas enquanto o planejamento aplica essas políticas na prática. No Brasil, estudos nessa área incluem sociolinguística, etnolinguística e linguística aplicada. Manuales de ensino frequentemente cometem juízos sobre aspectos linguísticos influenciando exclusão social. Políticas positivas poderiam incluir educação básica universal de qualidade e alfabet
TERMINOLOGIAS E INTERVENÇÕES NO BRASIL, DE AUTORIA DE
MÔNICA MARIA GUIMARÃES SAVEDRA E XOÁN CARLOS LAGARES. Admitindo-se que o uso dos termos política e planificação linguística são recentes no âmbito da Sociolinguística, sua função desempenha-se na área em que permeia os estudos desenvolvidos em situações linguísticas de contato. Para isso, algumas terminologias inicialmente foram utilizadas para descrição dos fenômenos ocorridos, e assim deu-se o início ao contexto que envolve as línguas de contato. Porém, com o advento dessas teorias surge um conceito de planificação e política linguística sendo, a política linguística a determinante de escolha pertinente às relações que envolvem as línguas, deliberadas pela sociedade e a planificação é a política linguística aplicada na prática desencadeando um ato de autoridade, sendo assim divergentes pensamentos foram desenvolvido a respeito dessa temática. Relacionando-se a uma perspectiva atual a política e planificação linguística baseia-se nos estudos de Calvet (2002) na qual, define a política linguística concentrada no poder público, sendo este o órgão que define as línguas que serão disseminadas ou reprimidas, ou até mesmo eliminada. Tratando-se dos estudos de linguística e política no Brasil são diversas as áreas de interesse, sendo ela a Sociolinguística, a Etnolinguística, Antropologia Linguística e, sobretudo a Linguística Aplicada. Sendo assim, o grupo brasileiro que traz estudos para essa área é orientada por Eni Orlandi, que apresenta a diferenciação dos termos “política linguística” e “política de línguas”, sendo a primeira evidenciada pela língua e os aspectos que a circundam, e a segunda remete ao sentido político em si, pois o sujeito tem em sua constituição humana, eventuais acasos transmitidos pela política. No que se refere à veracidade dos discursos e as práticas produzidas por meio de uma língua Guimarães apresenta dois modos de funcionamento do aspecto linguístico em um espaço de enunciação, o modo um representa as relações imaginárias dos falantes que representa a língua materna, língua alheia e língua franca, e o modo dois representa as relações imaginárias (ideológicas) institucionais voltadas para a língua nacional, língua oficial e a língua estrangeira. No contexto brasileiro verifica-se uma busca aos estudos linguísticos que leva reflexão e intervenção sobre estudos da linguagem respaldados na descrição sistemática do português brasileiro e suas variações atribuindo dessa forma, as implicações para o ensino regular. Com isso, observa-se que na maioria dos manuais propostos para o ensino de língua cometem algum tipo de juízo sobre determinado aspecto linguístico influenciando assim, ao fator de exclusão social. Para um efeito positivo, Faraco (2008) aponta que através de políticas destinas para o desenvolvimento de uma cultura positiva diante da questão da língua seria através da universalização da educação básica, garantia de uma educação de qualidade e um bom nível de letramento entre a população. Magno (2001) defende que é necessária uma intervenção consciente na padronização da norma-culta, dessa forma faz com que o falante participe de uma norma que contraste o real. A Linguística Aplicada por sua vez, também reflete seus estudos nas implicações políticas no ensino-aprendizagem de línguas e sobre os conflitos e modos existenciais em determinados ambientes de uso buscando maneiras de criar e defender os direitos dos falantes. No entanto, a temática proposta torna-se pertinente devido à falta de políticas linguísticas no contexto nacional brasileiro que abranja diversos setores de língua no país devido a existência e coexistência de variados recurso linguísticos entre falantes e sempre prevaleça uma forma padronizada.