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Nº 20, quinta-feira, 29 de janeiro de 2009 1 ISSN 1677-7042 27

XV -big bag (sacola): embalagem com capacidade de acon- XLIII - plano de amostragem: é o conjunto de procedimentos
Ministério da Agricultura, dicionamento maior que as embalagens convencionais; planejados representados pela amostragem, preparo de amostra, mé-
XVI - cadeia produtiva: conjunto de processos de estreita todo analítico e limites de aceitação e rejeição de lotes; o plano de
Pecuária e Abastecimento relação entre si que atuam na produção, beneficiamento-processa- amostragem projetado deve definir os critérios de aceitação do lote
. mento, armazenamento, transporte, manipulação, industrialização ou em relação a uma probabilidade determinada (normalmente 95%),
fabricação e comercialização; bem como a característica estatística de desempenho ou de uma curva
GABINETE DO MINISTRO XVII - catação eletrônica ou manual: operações que con- operação característica;
sistem na eliminação de grãos defeituosos e descoloridos e outros XLIV - plantio: é a fase que se inicia com a atividade de
INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 3, DE 28 DE JANEIRO DE 2009 materiais estranhos, visando atender o Padrão Oficial de Classificação tratamento de sementes, adubação até a semeadura;
estabelecido pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimen- XLV - pós-colheita: segmento da cadeia do amendoim, pos-
O MINISTRO DE ESTADO DA AGRICULTURA, PECUÁ- to (MAPA); terior à fase de colheita, compreendendo as fases da secagem, be-
RIA E ABASTECIMENTO, no uso da atribuição que lhe confere o XVIII - Certificado de Segurança Higiênico-Sanitária (CSH): neficiamento-processamento, acondicionamento, armazenamento e
art. 87, parágrafo único, inciso II, da Constituição, tendo em vista o documento emitido pelo Responsável Técnico (RT) do estabeleci- transporte;
disposto na Lei no 9.972, de 25 de maio de 2000, no Decreto no mento, associação, cooperativa, entidades oficiais ou credenciadas XLVI - práticas agrícolas básicas: compreendem as medidas
6.268, de 22 de novembro de 2007, na Lei no 8.171, de 17 de janeiro junto ao MAPA, conforme informações básicas do Anexo X desta básicas necessárias para evitar os riscos de contaminação do produto
de 1991, no Decreto no 5.741, de 30 de março de 2006, na Instrução Instrução Normativa; por aflatoxinas em todas as etapas e fases da cadeia produtiva do
Normativa SDA no 65, de 9 de setembro de 2003, na Instrução XIX - controle higiênico-sanitário: procedimentos de auto- amendoim;
Normativa SDA no 66, de 11 de setembro de 2003, na Lei no 5.025, controles e de controles oficiais, definidos na forma dos incisos XII e XLVII - pré-limpeza: fase que consiste na eliminação de
de 10 de junho de 1966, na Resolução CONCEX no 160, de 20 de XX deste artigo; impurezas e matérias estranhas do lote de amendoim;
junho de 1988, e o que consta do Processo no 21000.004914/2004-51, XX - controles oficiais: procedimentos de responsabilidade XLVIII - pré-plantio: é a fase do planejamento para im-
resolve: do Poder Público, especificados como: cadastro no Sistema de Ca- plantação da lavoura do amendoim (custos, pesquisa de mercado,
Art. 1o Estabelecer os critérios e procedimentos para o con- dastro dos Agentes da Cadeia Produtiva de Vegetais, seus Produtos, histórico da área, conservação do solo, preparo do solo, calagem e
trole higiênico-sanitário do amendoim e seus subprodutos na cadeia Subprodutos e Derivados para Certificação da Segurança e Qualidade rotação de cultura);
produtiva, na forma dos Anexos I a X da presente Instrução Nor- (SICASQ), supervisão técnica ou vistoria, fiscalização do mercado XLIX - procedimento aduaneiro: medida de controle rea-
mativa. interno, controle da exportação, fiscalização da importação, moni- lizada no recinto alfandegado;
Art. 2o Os casos omissos e as dúvidas oriundas da aplicação toramento, investigação ou rastreamento; L - produção: etapa da cadeia produtiva do amendoim que
desta Instrução Normativa serão resolvidos pelo Ministério da Agri- XXI - chacoalhação: operação de retirada da terra das vagens compreende as fases de pré-plantio, plantio, colheita, cura, secagem
cultura, Pecuária e Abastecimento. que pode ser manual ou mecânica, através de um implemento munido natural, transporte primário e armazenamento primário;
Art. 3o Esta Instrução Normativa entra em vigor 60 (ses- de esteira vibradora; LI - produto in natura: produto que mantém suas carac-
senta) dias após a sua publicação. XXII - certificação de segurança higiênico-sanitária: pro- terísticas originais (físico-químicas e sensoriais);
Art. 4o Ficam revogadas a Instrução Normativa SDA no 09, cedimento realizado pelo RT do estabelecimento, com a finalidade de LII - produto embalado: produto que se apresenta contido ou
de 16 de janeiro de 2002, e a Norma Interna DDIV no 1, de 24 de atestar, por escrito, as condições de segurança higiênico-sanitária do envolto em embalagem, individual ou coletiva;
fevereiro de 2003, no que se referem ao amendoim e seus sub- amendoim e seus subprodutos; LIII - sistema de rastreabilidade: conjunto que permite res-
produtos. XXIII - colheita: fase da etapa de produção relativa às ope- gatar, por meio de registros, a origem e todas as condições e pro-
rações de arranquio das plantas, chacoalhação, enleiramento, cura, cessos a que o produto se submeteu nas etapas da cadeia produtiva;
REINHOLD STEPHANES secagem natural, batedura ou trilha e acondicionamento em sacos ou LIV - rastreamento: procedimento que permite resgatar a
a granel; história do produto, por meio de sistema de rastreabilidade implan-
ANEXO I XXIV - cultivo: compreende os tratos culturais efetuados tado ao longo da cadeia produtiva, com verificação e checagem da
após o plantio, visando ao bom desenvolvimento e à sanidade das conformidade de produto, processo e procedimento;
CRITÉRIOS E PROCEDIMENTOS PARA O CONTROLE plantas; LV - responsável pela amostragem: Fiscal Federal Agro-
HIGIÊNICO-SANITÁRIO DO AMENDOIM E SEUS SUBPRODU- XXV - cura: período necessário para que o amendoim ter- pecuário (FFA), Classificador ou Responsável Técnico (RT) de em-
TOS NA CADEIA PRODUTIVA mine seu processo de maturação e adquira suas características or- presa credenciada pelo MAPA ou dos integrantes da cadeia produtiva,
Art. 1o A presente Instrução Normativa tem a finalidade de ganolépticas próprias, com murchamento das ramas para facilitar a devidamente treinados para efetuar a coleta de amostras;
estabelecer os critérios e procedimentos de controle higiênico-sa- batedura ou trilha; LVI - recinto alfandegado: local onde se processam os con-
nitário na cadeia produtiva do amendoim e seus subprodutos, des- XXVI - descascamento: processo de retirada mecânica da troles de entrada e saída de bens sob controle aduaneiro;
tinados ao consumo humano no mercado interno, na importação e na casca do amendoim; LVII - recepção: fase da etapa de beneficiamento-proces-
exportação. XXVII - despeliculamento (blancheamento): procedimento samento, que consiste na entrada do produto no estabelecimento para
CAPÍTULO I complementar que consiste na eliminação, por processo térmico e pesagem da carga, identificação do lote e coleta de amostra para
DAS DEFINIÇÕES mecânico da película, para atendimento ao mercado consumidor ou análises físicas;
Art. 2o Para os fins desta Instrução Normativa, considera- redução dos níveis de contaminação e de defeitos; LVIII - secagem artificial: procedimento de secagem com-
se: XXVIII - estresse hídrico: debilitação da planta por falta de plementar à cura, realizada artificialmente por meio de ventilação
I - acondicionamento: processo que consiste na embalagem chuva; forçada e calor;
do produto com material adequado ou seu confinamento garantindo a XXIX - etapa da cadeia produtiva: elo ou segmentos que LIX - secagem natural: perda de umidade dos grãos pela
qualidade do produto quando a granel; compõem a cadeia produtiva do amendoim e seus subprodutos que exposição ao sol até que atinjam a umidade de armazenamento;
II - aflatoxinas B1, B2, G1 e G2: micotoxinas produzidas por esteja sob a responsabilidade de um mesmo agente e delimitada numa LX - segurança higiênico-sanitária: garantia mínima de ino-
fungos do gênero Aspergillus, como Aspergillus flavus, A. parasiticus seqüência da cadeia, como por exemplo: produção, beneficiamento- cuidade obtida pela aplicação das Práticas Agrícolas Básicas, BPF,
e A. nomius; processamento; sistema de rastreabilidade, PPHO, APPCC ou por meio de amos-
III - aflatoxina total: soma das concentrações das aflatoxinas XXX - fase da etapa: parte definida dentro de uma mesma tragem e análise laboratorial;
B1, B2, G1 e G2; etapa da cadeia produtiva; LXI - sistematização da rastreabilidade: procedimento que
IV - amostra analítica: amostra destinada à análise labo- XXXI - fase de cultivo: parte da etapa de produção relativa consiste em registrar em planilhas os dados e informações da cadeia
ratorial, retirada pelo laboratório após a moagem e homogeneização aos tratos culturais; produtiva, assim como todos os processos e procedimentos de con-
da totalidade de cada amostra de trabalho, subamostra ou amostra XXXII - fatores críticos: umidade e temperatura favoráveis trole que o produto deve ser submetido, desde o plantio até o produto
global; para o desenvolvimento de fungos e elaboração de aflatoxinas; final destinado ao consumo;
V - amostra global: é a amostra formada pela totalidade dos XXXIII - incremento: é a quantidade de produto retirada em LXII - subamostra: amostra resultante da subdivisão da
incrementos colhidos em um lote ou sublote; um só ponto do lote ou sublote para formar a amostra global; amostra global ou da amostra de trabalho, realizada pelo laboratório
VI - análise física: procedimento que consiste na análise da XXXIV - inversão e enleiramento: operação de inversão, responsável pela análise;
amostra para determinação de impurezas, umidade, renda total e ren- seguida de enleiramento manual ou mecânico das plantas, de modo LXIII - sublote: parte de um lote para efeitos de aplicação do
da de peneira; que as vagens fiquem voltadas para cima, expostas ao sol a fim de método de amostragem a uma parte designada; cada sublote deve
VII - análise de autocontrole: análise laboratorial de res-
ponsabilidade dos integrantes da cadeia produtiva do amendoim e que a cura ocorra com maior rapidez e uniformidade; estar fisicamente separado e ser identificável;
seus subprodutos, com a finalidade de aferir a conformidade dos XXXV - investigação ou rastreamento: procedimento de- LXIV - tratos culturais: utilização de técnicas adequadas de
autocontroles; corrente do monitoramento que permite resgatar os antecedentes do cultivo, durante o ciclo da cultura desde o controle de plantas in-
VIII - armazenamento primário: fase da etapa de produção produto, por meio de sistema de rastreabilidade implantado ao longo desejáveis ao controle de pragas e doenças;
que consiste no armazenamento de amendoim em casca que passou da cadeia produtiva, com verificação e checagem da conformidade de LXV - transporte primário: deslocamento do produto da uni-
por processo de secagem na unidade de produção, no aguardo das produto, processo e procedimento; dade de produção para a unidade de secagem ou beneficiamento-
operações de beneficiamento ou comercialização; XXXVI - limite de tolerância de aflatoxinas: teor máximo de processamento, na mesma etapa;
IX - armazenamento secundário: fase da etapa de benefi- 20 µg/kg (vinte microgramas por kilograma) de aflatoxina total LXVI - transporte secundário: deslocamento do produto da
ciamento-processamento, que consiste no armazenamento do amen- (B1+B2+G1+G2), legalmente aceito no alimento em decorrência de unidade beneficiadora à cooperativa ou cerealista;
doim em casca, no aguardo das operações de beneficiamento-pro- estudos de ingestão diária que comprovem não haver prejuízo à saúde LXVII - transporte terciário: deslocamento do produto aca-
cessamento, no caso de essa fase estar separada da unidade de pro- dos consumidores; bado da cooperativa ou cerealista para a indústria ou comércio va-
dução; XXXVII - limpeza de pré-armazenamento: fase que consiste rejista; e
X - armazenamento terciário: fase da etapa de beneficia- na retirada dos grãos que se desprendem das vagens e impurezas LXXIII - ventilação: processo que consiste na separação do
mento-processamento, que consiste no armazenamento do amendoim remanescentes da pré-limpeza; amendoim das impurezas leves, resultantes da operação de descas-
beneficiado ou processado, no aguardo da comercialização e trans- XXXVIII - limpeza de benefício: processo que consiste na camento.
porte terciário; retirada dos grãos que se desprendem das vagens e impurezas re- CAPÍTULO II
XI - arranquio: operação de corte das raízes com implemento manescentes da pré-limpeza; DO CONTROLE HIGIÊNICO-SANITÁRIO
munido de uma lâmina de corte que percorre a uma profundidade de XXXIX - lote: quantidade de produto com características Art. 3o O amendoim (Arachys hypogea) e seus subprodutos,
5 a 10 cm abaixo do nível, onde se encontram as vagens facilitando definidas, sob condições essencialmente iguais; destinados ao consumo humano nos mercados interno e externo, de-
o arranquio da planta do solo para posterior chacoalhação; XL - método de amostragem: é o conjunto de procedimentos vem ser submetidos ao controle higiênico-sanitário em todas as etapas
XII - autocontroles: procedimentos de responsabilidade dos planejados que permitem fazer a tomada de amostras representativas da cadeia produtiva na forma estabelecida na presente Instrução Nor-
integrantes da cadeia produtiva do amendoim e seus produtos es- de um determinado lote ou sublote; indica o número, a massa e a mativa.
pecificados como: Práticas Agrícolas Básicas, Boas Práticas de Fa- freqüência dos incrementos a serem retirados em cada amostragem; Art. 4o O controle higiênico-sanitário deve ser prioritaria-
bricação (BPF), Procedimentos Padrão de Higiene Operacional XLI - monitoramento oficial: programa de controle oficial mente preventivo e de forma integrada em todas as etapas da cadeia
(PPHO), Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle (APPCC), baseado em metodologia internacionalmente reconhecida pelo qual, produtiva, constituindo-se de autocontroles e controles oficiais.
sistema de rastreabilidade, certificação de segurança higiênico-sani- por meio de amostragem sistematizada de universo especificado e Seção I
tária, amostragem e análise de autocontrole; análise laboratorial, obtêm-se informações sobre freqüência, níveis e Dos Autocontroles
XIII - batedura ou trilha: processo manual ou mecânico de distribuição das aflatoxinas no amendoim produzido no país e im- Art. 5o Todos os integrantes da cadeia produtiva do amen-
desprendimento das vagens presas às plantas; portado, ao longo de um tempo determinado, cujos resultados nor- doim e seus subprodutos devem efetuar os autocontroles nos es-
XIV - benefício: fase da etapa de beneficiamento-proces- teiam as ações de controle, investigação ou rastreamento; tabelecimentos ou atividades sob sua responsabilidade, por Respon-
samento que consiste em uma seqüência de operações, visando co- XLII - peneiramento: processo que consiste na separação dos sável Técnico (RT), e apresentar os registros que comprovem as suas
locar o amendoim no padrão de mercado; grãos em função do tamanho, por meio de peneiras; respectivas aplicações.
28 ISSN 1677-7042 1 Nº 20, quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Parágrafo único. A garantia dos autocontroles deve ser ates- Subseção III § 4o O SIPAG de origem deve analisar a não conformidade
tada por meio da certificação de segurança higiênico-sanitária e emis- Do Processo APPCC e PPHO e anexá-la ao respectivo processo de cadastramento.
são do respectivo CSH. Art. 13. A gestão do processo de APPCC e PPHO na cadeia § 5o Se for um caso de reincidência, deve ser realizada
Subseção I produtiva do amendoim e seus subprodutos deve estar em confor- supervisão no estabelecimento, e o relatório conclusivo deve ser en-
Do Sistema de Rastreabilidade e das Boas Práticas midade com as práticas agrícolas básicas especificadas nos arts. 69 a viado ao DIPOV/SDA, para providências em relação ao cadastra-
Art. 6o As etapas que compõem a cadeia produtiva do amen- 71 deste Anexo. mento do estabelecimento exportador, conforme estabelecido na Ins-
doim e seus subprodutos devem estar vinculadas entre si por meio de § 1o Os documentos referentes ao processo de APPCC e trução Normativa SDA no 66, de 11 de setembro de 2003.
sistema de rastreabilidade, formado por registros dos procedimentos e PPHO devem ser datados e assinados pelo RT e estar acessíveis aos Art. 21. Constitui fator limitante à exportação a incorrência
dados dos autocontroles, de forma a permitir o rastreamento dos demais funcionários da empresa envolvidos no processo e dispo- em 5 (cinco) não conformidades detectadas no monitoramento oficial,
mesmos, com informações específicas: nibilizados às autoridades fiscalizadoras, sempre que requeridos. nas supervisões do estabelecimento, na fiscalização ou no controle de
I - de cada etapa da cadeia: § 2o A gestão do processo APPCC, na etapa de produção, países importadores notificado ao Brasil ou combinação dessas.
a) nome empresarial do estabelecimento; deve ser com base nas práticas agrícolas básicas e tem a finalidade de Parágrafo único. O estabelecimento exportador sairá da lista
b) endereço completo; reduzir ao mínimo os riscos de contaminação, devido aos seus efeitos dos não conformes depois de apresentar 5 (cinco) conformidades em
c) telefone; preventivos no desenvolvimento dos fungos causadores de aflato- lotes seguidos, mediante controle oficial.
d) fax ou endereço eletrônico; xinas. Art. 22. Nos casos de notificação de não conformidade em
II - de cada lote: § 3o Nas etapas de pós-colheita, a gestão do processo de amendoim e seus subprodutos exportados que apresentarem níveis de
a) no de cada lote ou código de remessa; APPCC deve ser com base nos pontos críticos de controle das afla- contaminação por aflatoxinas acima dos limites da legislação do país
b) planilha ou caderneta de campo com anotações de apli- toxinas, identificados nos procedimentos de secagem, armazenamen- importador, deve ser feita investigação nos processos da empresa para
cação das boas práticas referentes a cada etapa, assinada pelo RT; to, transporte e beneficiamento-processamento, com possibilidade de verificar os motivos da não conformidade do lote exportado.
c) no do CSH ou dos resultados analíticos dos teores de controle dos principais riscos, como teor de umidade e temperatura, Parágrafo único. Se, durante a investigação, for constatada
aflatoxinas, quando for o caso. que possuem os limites críticos para desenvolvimentos da flora mi- não conformidade na documentação referente ao lote exportado ou
§ 1o Na etapa de produção, o RT deve registrar em planilha crobiana toxigênica. outro lote a ser comercializado, devem ser observadas as disposições
ou caderneta de campo as informações sobre a aplicação adequada § 4o Os PPHOs devem ser implementados na etapa de be- contidas nos arts. 18 e 21 deste Anexo.
das práticas agrícolas básicas na forma do art. 69 deste Anexo. neficiamento-processamento e industrialização do amendoim e seus Art. 23. Para países que apresentam exigências quanto ao
§ 2o Se as operações de transporte e de armazenamento do subprodutos, com instruções seqüenciais para manutenção dos CSHs controle de aflatoxinas, o amendoim e seus subprodutos ficam su-
amendoim constituírem etapas independentes das demais, os RTs de- emitidos nas etapas anteriores ou realização de amostragem e análise
vem registrar em planilhas individualizadas a aplicação das práticas jeitos ao controle oficial nas exportações, cabendo à Secretaria de
para emissão de novo CSH. Relações Internacionais do Agronegócio - SRI informar à Secretaria
agrícolas básicas, na forma especificada nos §§ 5o e 6o do art. 69 Seção II
deste Anexo. de Defesa Agropecuária - SDA sobre as exigências dos países im-
Dos Controles Oficiais portadores.
§ 3o No caso das operações de transporte e de armaze- Art. 14. Os integrantes da cadeia produtiva do amendoim e
namento serem realizadas junto com a etapa anterior ou posterior Parágrafo único. Nas exportações para países que apresentam
seus subprodutos estão sujeitos aos controles oficiais previstos nesta exigências quanto ao controle de aflatoxinas, os exportadores devem
(produção ou beneficiamento), os registros nas planilhas referentes à Instrução Normativa, efetuados por FFA com o objetivo de verificar
aplicação adequada das práticas agrícolas básicas podem ser feitos na apresentar comprovação do atendimento às exigências, ficando a mer-
os autocontroles. cadoria sujeita ao controle oficial no ponto de saída.
mesma planilha, fazendo-se referência da abrangência das etapas. Subseção I
§ 4o Na etapa de beneficiamento-processamento, o RT deve Subseção IV
Da Supervisão Técnica ou Vistoria Do Controle na Importação
fazer os registros na planilha relativa à aplicação adequada das prá- Art. 15. A avaliação de conformidade do controle higiênico-
ticas agrícolas básicas de beneficiamento ou processamento estabe- Art. 24. O amendoim e seus subprodutos provenientes de
sanitário do amendoim e seus subprodutos deve ser realizada por importação estão sujeitos aos controles oficiais no local de desem-
lecidas no art. 70 deste Anexo ou de medidas de controle por meio de meio de supervisão técnica ou vistoria, na forma desta Instrução
análise laboratorial, caso ocorra falha nos autocontroles dos processos baraço aduaneiro.
Normativa e Instrução Normativa SDA no 66, de 9 de setembro de Parágrafo único. O controle de aflatoxinas no país de origem
relativos a esta etapa. 2003.
§ 5o Na etapa de processamento ou industrialização de amen- deve ser efetuado com base em procedimentos equivalentes ao que
Art. 16. No caso de reprovação na avaliação de confor- estabelece a presente Instrução Normativa, garantidos pelo órgão
doim e seus subprodutos, devem ser aplicadas as BPFs nas suas midades, a emissão do CSH só pode ser efetuada mediante amos-
atividades, na forma do art. 71 deste Anexo. competente do país exportador.
tragem e resultados de análises, realizadas por laboratório oficial ou Art. 25. A verificação da conformidade em relação aos con-
Subseção II credenciado pelo MAPA, enquanto durar a aplicação de medidas
Da Certificação de Segurança Higiênico-Sanitária troles oficiais do amendoim e seus subprodutos na importação deve
corretivas e o restabelecimento da confiabilidade por três supervisões ser realizada no recinto alfandegado por FFA.
Art. 7o O amendoim e seus subprodutos devem apresentar técnicas consecutivas.
certificação de segurança higiênico-sanitária ao longo da cadeia pro- § 1o Se a operacionalização da amostragem for dificultada no
Parágrafo único. Nas avaliações parcialmente aprovadas, a ponto de ingresso, a mercadoria poderá ter autorização para realizar
dutiva, visando garantir as condições higiênico-sanitárias estabele- emissão do CSH pode ser restabelecida logo após serem efetuados os
cidas por esta Instrução Normativa. os procedimentos de controle no local de desembaraço aduaneiro
§ 1o A certificação de segurança higiênico-sanitária deve ser ajustes recomendados. mais próximo do local de destino.
efetuada por RT dos estabelecimentos, associações ou cooperativas, Art. 17. A avaliação de conformidade do controle higiênico- § 2o Quando houver suspeita quanto à segurança higiênico-
com emissão do CSH, conforme o modelo estabelecido no Anexo X sanitário deve ser, também, realizada em conseqüência de não con-
formidades detectadas no monitoramento oficial. sanitária, deve ser efetuado controle por meio de amostragem e aná-
desta Instrução Normativa, nos seguintes casos: lise laboratorial, ficando a mercadoria retida até o resultado da aná-
I - nos estabelecimentos que compõem a etapa de bene- § 1o Nos casos de resultado não conforme detectado no
monitoramento oficial, a conformidade do estabelecimento fica con- lise.
ficiamento-processamento e posteriormente nas demais etapas da ca- § 3o Se o resultado da análise acusar nível de contaminação
deia produtiva (transporte, armazenamento e produção), quando se dicionada ao resultado de análise de aflatoxinas nos próximos 5
(cinco) lotes consecutivos. acima do limite permitido, o produto deve ser enquadrado como
tratar de mercado interno; "desclassificado" adotando-se os procedimentos contidos no Padrão
II - em todas as etapas da cadeia produtiva, quando se tratar § 2o O lote que apresentar teor de aflatoxinas acima do
permitido deve ter sua destinação definida na forma estabelecida no Oficial de Classificação estabelecido pelo Ministério da Agricultura,
de mercado externo com exigências notificadas do país importador. Pecuária e Abastecimento.
§ 2o A certificação de segurança higiênico-sanitária deve ser Padrão Oficial de Classificação estabelecido pelo Ministério da Agri-
cultura, Pecuária e Abastecimento, e o controle por análise deve Art. 26. O controle oficial de amendoim e seus subprodutos
realizada para cada lote, atestando a conformidade do amendoim que deve ser realizado em decorrência de não conformidades dos es-
deve estar devidamente embalado e identificado ou individualizado continuar até obtenção dos 5 (cinco) lotes em conformidade, con-
secutivamente. tabelecimentos importadores, de resultados não conformes provenien-
no caso de produto a granel, de forma a manter as características tes de monitoramento ou de fiscalização.
originais. Subseção II
Da Fiscalização no Mercado Interno § 1o O DIPOV/SDA deve manter atualizado o cadastro dos
Art. 8o Na etapa de beneficiamento-processamento, o RT importadores de amendoim e seus subprodutos em relação às não
deve emitir o CSH com base nos registros da planilha relativa à Art. 18. No mercado interno, a fiscalização para verificação
de aflatoxina no amendoim e nos seus subprodutos deve ser realizada conformidades mantendo informada a Coordenação-Geral do Sistema
aplicação adequada das BPFs. de Vigilância Agropecuária (VIGIAGRO) sobre a lista dos estabe-
Parágrafo único. No caso de ocorrer falha nos autocontroles no processo de fiscalização da classificação, por meio de suspensão
da comercialização, amostragem e análise de aflatoxina, seguindo os lecimentos não conformes.
dos processos relativos à etapa de beneficiamento-processamento, é § 2o Para cada lote de amendoim ou seus subprodutos em
permitido emitir o CSH com base no resultado de análise laboratorial, critérios estabelecidos no Capítulo III, do Anexo I, desta Instrução
Normativa. processo de importação, o FFA do Serviço de Vigilância Agrope-
atestando a conformidade de cada lote do produto, em relação ao cuária (SVA ou UVAGRO) deve verificar se o estabelecimento im-
limite de tolerância de aflatoxinas total (B1+B2+G1+G2), estabe- Parágrafo único. Se o resultado da análise acusar nível de
contaminação acima do limite permitido, o produto deve ser en- portador consta na lista dos estabelecimentos não conformes.
lecido pela Resolução RDC no 274, de 15 de outubro de 2002. § 3o Se não constar na lista dos estabelecimentos não con-
Art. 9o Nos casos em que a operação de transporte e de quadrado como "desclassificado" adotando os procedimentos de fis-
calização previstos no Decreto no 6.268, de 22 de novembro de 2007, formes, deve ser verificado se o importador consta na programação de
armazenamento do amendoim constituírem etapas independentes das monitoramento; em não constando, o lote deve ser liberado.
demais, os RTs devem emitir o CSH de forma individualizada; se a combinado com os contidos no Padrão Oficial de Classificação es-
operação for realizada pela etapa anterior ou posterior da cadeia, a tabelecido pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimen- § 4o Se o importador constar na programação de moni-
certificação poderá ser feita em um só CSH, com base nos registros to. toramento, a mercadoria deve ser amostrada, conforme procedimentos
da planilha sobre a aplicação adequada das práticas agrícolas básicas Subseção III especificados no Capítulo III deste Anexo, sendo o lote liberado em
de transporte e de armazenamento, fazendo-se referência à abran- Do Controle na Exportação seguida.
gência dessas etapas no CSH, da seguinte forma: Art. 19. O amendoim e seus subprodutos, quando destinados § 5o Se o importador constar na lista dos não conformes, o
I - no transporte, caso ocorra a atuação de mais de um agente à exportação, devem ser submetidos aos autocontroles de trata esta lote deve ser submetido ao controle, seguindo os mesmos proce-
transportador para um mesmo lote, o novo transportador deve tam- Instrução Normativa e apresentar o CSH nos pontos de saída da dimentos descritos no art. 25 deste Anexo e o fato comunicado ao
bém certificar o lote; mercadoria. SIPAG de destino da mercadoria, que, por sua vez, deve comunicar o
II - no armazenamento, caso ocorra a atuação de mais de um Art. 20. O controle na exportação de amendoim e seus sub- fato ao DIPOV/SDA para providências em relação ao cadastramento
agente armazenador para um mesmo lote, o novo armazenador deve produtos deve ser realizado em decorrência de uma ou mais das não do estabelecimento importador.
também certificar o lote. conformidades a seguir: Art. 27. É considerado não conforme o importador que in-
Art. 10. Qualquer estabelecimento que compõe a cadeia pro- I - dos estabelecimentos exportadores; correr em 5 (cinco) não conformidades relativas ao cadastramento ou
dutiva do amendoim e seus subprodutos que não exigir o CSH da II - dos resultados não conformes do monitoramento; provenientes de resultados não conformes de monitoramento ou de
etapa anterior fica responsável pela realização de amostragem e aná- III - das notificações internacionais de não conformidades. fiscalização, sendo considerada uma ou mais de uma não confor-
lise laboratorial e emissão do CSH. § 1o O DIPOV/SDA deve manter atualizado o cadastro dos midade por lote de mercadoria importada.
Art. 11. Nos casos de não conformidade detectada no mo- exportadores de amendoim e seus produtos em relação às não con- Parágrafo único. O estabelecimento importador sairá da lista
nitoramento oficial, a emissão do CSH para os próximos 5 (cinco) formidades, mantendo informada a Coordenação-Geral do Sistema de dos não conformes depois de apresentar 5 (cinco) conformidades em
lotes consecutivos fica condicionada ao resultado de análise de afla- Vigilância Agropecuária (VIGIAGRO) sobre a lista dos estabele- lotes seguidos, mediante controle oficial.
toxinas em conformidade com o limite de tolerância. cimentos exportadores não conformes. Subseção V
Art. 12. Caso o produto certificado para o consumo interno § 2o Para cada lote ou partida de amendoim ou seus sub- Do Monitoramento Oficial
tenha se submetido a condições que comprometam a sua segurança e produtos a serem exportados, o FFA do UVAGRO/SVA deve verificar Art. 28. O amendoim e seus subprodutos produzidos no país,
qualidade, tais como: alta umidade, temperatura, mistura de lote, se o estabelecimento exportador consta na lista dos não conformes. destinados aos mercados interno e externo, assim como aqueles pro-
ataque de pragas, constatadas por Fiscal, o RT deve repetir a operação § 3o Se o exportador constar na lista dos não conformes, a venientes de importação, estão sujeitos ao monitoramento oficial,
de amostragem, análise e emissão de CSH, para verificar a con- exportação não deve ser autorizada, e o fato deve ser comunicado ao estabelecido no Plano Nacional de Controle de Resíduos e Con-
formidade dos teores de aflatoxinas. SIPAG de origem do produto. taminantes em Produtos de Origem Vegetal - PNCRC/Vegetal.
Nº 20, quinta-feira, 29 de janeiro de 2009 1 ISSN 1677-7042 29
Parágrafo único. O monitoramento oficial referente ao mer- Seção III § 1o O tempo de armazenamento das amostras será de 3
cado interno e às exportações deve ser efetuado a partir dos pro- Aplicação dos Planos de Amostragem (três) meses, quando a amostra for de produto destinado ao mercado
cedimentos de certificação de segurança higiênico-sanitária, obser- Art. 43. Nos casos em que não seja possível aplicar os interno, e de 6 (seis) meses para amostras de produto destinado à
vando os seguintes requisitos: métodos de coleta descritos nesta Instrução Normativa sem provocar exportação.
danos econômicos consideráveis ao detentor do produto, pode ser
I - a amostragem deve ser realizada por FFA, no exercício da aplicado um método de coleta alternativo, desde que o mesmo seja § 2o O prazo de que trata o § 1o deste artigo poderá ser
respectiva atividade, e a amostra deve ser enviada a laboratório oficial tão representativo quanto possível e que o método aplicado seja estendido caso o SIPAG solicite e fundamente por escrito ao la-
ou credenciado pelo MAPA; descrito e devidamente documentado, observando os critérios de de- boratório.
II - o laboratório responsável pela análise deve enviar uma sempenho dos métodos analíticos para determinação dos níveis de § 3o As amostras para fins de soluções de controvérsia (con-
via do Certificado de Análise ao SIPAG que remeteu a amostra, para aflatoxinas dispostos no Anexo VI desta Instrução Normativa. traprova e arbitragem) e de controle interlaboratorial devem, depois
Art. 44. O lote em movimento é a situação ideal para amos- de preparadas e devidamente identificadas, ser armazenadas sob tem-
avaliação dos resultados e procedimentos de controle oficial junto às tragem, devendo ser realizada durante a montagem ou desmontagem
empresas exportadoras, nos casos de não conformidade; e das pilhas, nas esteiras, antes do empacotamento dentro das bene- peratura de congelamento de -15°C (quinze graus Celsius negativos)
III - nos casos de não conformidade em relação às ex- ficiadoras ou durante a formação dos lotes ou nas operações de carga e guarda do laboratório que realizou a análise.
portações, o país importador deverá ser notificado e as próximas e descarga do produto, ova e desova de contêiner. § 4o O local de armazenamento das amostras deve ter acesso
partidas ficarão sujeitas aos critérios estabelecidos no PNCRC/Ve- Art. 45. Quando não for possível proceder à movimentação controlado, podendo ser acessado apenas por pessoal autorizado pelo
getal. do lote, devem ser coletados incrementos distribuídos de forma sis- laboratório.
temática no lote estático. § 5o As amostras deverão estar armazenadas e organizadas,
Subseção VI Parágrafo único. Os lotes devem ser, previamente, organi-
Da Investigação ou Rastreamento de acordo com a época ou data de amostragem, de forma a facilitar
zados de modo a permitir que o amostrador circunde toda a pilha de
Art. 29. O processo de investigação ou rastreamento deve sacos ou possa acessar todas as faces do mesmo. sua localização quando requisitada.
sempre ocorrer a partir de não conformidade higiênico-sanitária apon- Art. 46. Uma vez que as aflatoxinas se distribuem de forma § 6o As amostras deverão estar protegidas de qualquer dano,
tada pelo monitoramento oficial, conforme critérios estabelecidos no extremamente heterogênea, as amostras devem ser coletadas, pre- contaminação ou da ação de agentes externos em qualquer das fases
PNCRC/Vegetal. paradas e, sobretudo, homogeneizadas, observando rigidamente os de seu manuseio ou guarda.
critérios técnicos de granulometria e tempo de homogeneização, va- Art. 59. Os critérios para aceitação e rejeição de um lote ou
§ 1o O lote que apresentar não conformidade nas análises não lidados tecnicamente pelo laboratório.
pode ser liberado para o consumo, podendo ser destinado a outras sublote estão condicionados aos limites máximos de contaminação
Art. 47. As amostras deverão ser manipuladas de forma a por aflatoxinas estabelecidos na legislação específica de cada país e à
finalidades, conforme estabelecido no Padrão Oficial de Classificação evitar trocas e assegurar sua perfeita correlação com o lote do qual se
originaram, mediante a sua identificação imediata, inequívoca e úni- destinação do produto:
estabelecido pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimen-
ca, colocação de lacres e autenticação, no momento e no local da I - aceitação, se o resultado analítico respeitar o limite má-
to. ximo; ou
amostragem.
§ 2o Havendo conformidade nas análises de 5 (cinco) lotes Art. 48. Os procedimentos para o transporte, arquivamento II - rejeição, se o resultado analítico exceder o limite má-
consecutivos, o estabelecimento pode recuperar a condição de con- ou guarda das amostras deverão assegurar a manutenção de suas ximo.
formidade. condições originais, sua integridade, inviolabilidade e proteção contra Parágrafo único. Os critérios a serem aplicados na aceitação
CAPÍTULO III eventuais danos ou contaminação até a chegada ao laboratório. ou rejeição dos próximos lotes, definidos em função das aceitações ou
DO MÉTODO DE AMOSTRAGEM PARA DETERMINA- Art. 49. Antes de proceder à coleta de amostra ou amos-
tragem, deve-se realizar a verificação física (exame visual) do lote no rejeições dos lotes anteriores, devem estar contemplados no plano de
ÇÃO DE AFLATOXINA estabelecimento ou no local da armazenagem para verificação das amostragem do respectivo país.
Seção I condições gerais do ambiente, da mercadoria ou produto, procedendo Seção IV
Do Objetivo e Âmbito de Aplicação a todas as anotações pertinentes. Coleta de Amostras
Art. 30. O método de amostragem para determinação de Parágrafo único. Caso o produto se apresente em condições Art. 60. O número de incrementos a serem coletados e a
aflatoxina tem por objetivo estabelecer os critérios e os procedi- fitossanitárias aparentemente adequadas (livre de doenças e pragas massa das amostras globais e de trabalho pode variar de acordo com
mentos necessários à tomada de amostra para determinação de afla- visíveis), devem ser adotados os procedimentos regulares de amos-
tragem estabelecidos neste Capítulo e nos Anexos de II a V desta destino e a massa do lote a ser amostrado, conforme estabelecido nos
toxinas (aflatoxina B1, B2, G1, G2) em amendoim e seus subpro- Instrução Normativa. Anexos de II a V desta Instrução Normativa.
dutos. Art. 50. Devem ser preenchidos os termos de fiscalização, o Seção V
Art. 31. O método de amostragem para determinação de de coleta de amostra e o de envio de amostra para análise de afla- Critérios de Desempenho dos Métodos Analíticos
aflatoxina deve ser aplicado nos autocontroles ao longo da cadeia toxinas. Art. 61. Os laboratórios podem selecionar outros métodos
produtiva e nos controles oficias do amendoim e seus produtos des- Art. 51. O tamanho mínimo de cada incremento pode variar analíticos, desde que atendam aos critérios de desempenho descritos
tinados ao consumo humano nos mercados interno e na exportação. segundo o destino do produto, conforme critérios e procedimentos no Anexo VI desta Instrução Normativa e tenham sido submetidos ao
específicos:
Parágrafo único. A amostragem de lotes de amendoim e seus I - lotes destinados ao mercado interno, Mercosul e Mercado processo de credenciamento junto ao MAPA, constando do escopo do
produtos, destinados à exportação, deve atender as normas específicas Internacional (exceto União Européia) = 200g; e laboratório, definidos em termos de método, matriz e micotoxina.
do país importador, quando este o exigir. II - lotes destinados à União Européia = 300g; Parágrafo único. Os critérios de desempenho de métodos
Seção II Art. 52. A formação dos sublotes deve ser efetuada, con- analíticos são estabelecidos pela Coordenação-Geral de Apoio La-
Requisitos Preliminares para os Planos de Amostragem forme procedimentos estabelecidos nos Anexos II a V desta Instrução boratorial, da Secretaria de Defesa Agropecuária (CGAL/SDA), para
Art. 32. O lote ou sublote objeto de amostragem deve estar Normativa. efeito de validação e avaliação do desempenho do método na de-
§ 1o Cada sublote deve ser objeto de uma amostragem in-
marcado, identificado e quantificado em kg (quilograma) para per- dependente. terminação das aflatoxinas em amendoim e validação do método de
mitir sua adequada correlação com as amostras analíticas, termo de § 2o Sem prejuízo dos critérios de amostragem previstos nos análise.
envio de amostra, Certificado de Análise e o Certificado de Se- Anexos de I a V desta Instrução Normativa, a fórmula seguinte pode Art. 62. O resultado analítico deve ser registrado, corrigido
gurança Higiênico-Sanitário. ser utilizada como guia para a amostragem dos lotes comercializados ou não pela recuperação; o modo de registro e o nível de recuperação
Art. 33. Será de responsabilidade do detentor do produto a em sacos ou em embalagens individuais: devem ser indicados; o resultado analítico corrigido pela recuperação
movimentação do lote do amendoim e seus subprodutos visando deve ser utilizado para efeitos de controle da conformidade.
oferecer condições ambientais e físicas adequadas e seguras para a F= Massa do lote (kg) x Massa do incremento (kg) Art. 63. A incerteza de medição do método analítico deve ser
amostragem. Massa da amostra global (kg) x Massa contida em uma embalagem individual (kg) informada nas análises de lotes destinados à União Européia, con-
Art. 34. O produto a ser amostrado deve estar visivelmente forme normalização estabelecida por meio do Bloco Econômico no
isento de pragas e doenças. F = freqüência de amostragem: indica os intervalos regulares Regulamento CE no 401, de 23 de fevereiro de 2006, ou sua atua-
Art. 35. O responsável pela realização da amostragem deve de amostragem ou o número de embalagens individuais das quais lização; o resultado analítico deve ser reportado como x ± U, sendo
utilizar Equipamentos de Proteção Individual (EPI). que x é o resultado analítico e U é a incerteza de medição expandida,
deve ser colhido um incremento (casas decimais devem ser arre-
Art. 36. Os equipamentos de amostragem (caladores, sondas utilizando um fator de abrangência de 2, que permite obter um nível
dondadas para o número inteiro mais próximo) de confiança de cerca de 95%; a estimativa da incerteza de medição
ou similares) devem ser constituídos de material inerte e terem com-
primento e diâmetro compatíveis com o tipo de embalagem a ser Art. 53. A amostra de trabalho deve ser representativa do poderá ser realizada pelo método considerado mais adequado pelo
amostrada e com a massa do incremento. lote, sendo vedada qualquer seleção de amendoins podres, mofados, laboratório.
quebrados, que descaracterize o lote original. Art. 64. Os laboratórios oficiais e credenciados pelo MAPA
Art. 37. Os equipamentos de moagem e homogeneização Art. 54. Quando o lote amostrado se destinar ao mercado
devem garantir a moagem na granulometria menor que um milímetro devem cumprir o disposto na Instrução Normativa MAPA no 1, de 16
interno ou aos países do Mercosul, a amostra de trabalho deverá ter de janeiro de 2007.
e a homogeneização da amostras de forma adequada para análise de massa mínima de 5 e 7 kg, para amendoim descascado e em casca,
micotoxinas. Art. 65. O controle interlaboratorial dos laboratórios de mi-
respectivamente, conforme o Anexo II desta Instrução Normativa. cotoxinas credenciados no MAPA deve ser implementado e executado
Art. 38. Os recipientes utilizados no acondicionamento dos Art. 55. Quando o lote se destinar a mercado externo, a pelo Laboratório de Controle de Qualidade e Segurança Alimentar
incrementos e formação da amostra global devem ser secos, limpos, massa da amostra de trabalho corresponderá à massa da amostra
global, não sendo necessária qualquer subdivisão antes do envio ao LACQSA/LANAGRO-MG, observando o que estabelece a Instrução
impermeáveis e opacos à luz ultravioleta. Normativa MAPA no 1, de 16 de janeiro de 2007.
Art. 39. As embalagens das amostras para envio ao labo- laboratório, conforme os Anexos de IV e V desta Instrução Nor-
mativa. CAPÍTULO IV
ratório devem ser limpas, novas, de material inerte e resistente, que DAS PRÁTICAS AGRÍCOLAS BÁSICAS PARA O CON-
permitam a conservação das características originais do produto. Art. 56. A obtenção da amostra analítica é de responsa-
bilidade do laboratório que realizará a análise de aflatoxinas. TROLE DE AFLATOXINAS DO AMENDOIM E SEUS SUBPRO-
Art. 40. As amostras devem ser fechadas com lacre para DUTOS NA CADEIA PRODUTIVA
Art. 57. A amostra de trabalho deve ser subdividida, quando
assegurar a manutenção da sua integridade e inviolabilidade e serem necessário, moída (granulometria < 1mm) e homogeneizada em sua Seção I
identificadas com etiquetas que contenham as informações mínimas totalidade, podendo ser preparada em pasta para garantir uma ho- Do Objetivo e Âmbito de Aplicação
necessárias para identificação de cada amostra, conforme modelo mogeneização mais completa. Art. 66. As práticas agrícolas básicas têm por objetivo evitar
disposto no Anexo VII desta Instrução Normativa. § 1o Da amostra de trabalho devem ser obtidas 04 (quatro) a contaminação do amendoim e subprodutos por aflatoxinas na cadeia
Art. 41. Cada amostra enviada ao laboratório para análise vias: produtiva.
deve estar acompanhada pelo respectivo Termo de Envio de Amostra I - 01(uma) via para o laboratório (prova); Art. 67. Os integrantes da cadeia produtiva do amendoim
para Análise de Micotoxinas, preenchido pelo responsável pela coleta, II - 01 (uma) via para a fiscalização (contraprova); devem aplicar as práticas agrícolas básicas na etapa de produção (pré-
conforme modelo e instruções de preenchimento contidos nos Anexos III - 01 (uma) via para o detentor do produto (proprietário), plantio, plantio, cultivo, colheita, transporte primário e armazena-
VIII e IX desta Instrução Normativa. destinada a medidas executórias ou a procedimentos de arbitragem; mento primário) e na etapa de processamento (transportes secundário
Art. 42. O Certificado de Análise emitido pelo laboratório e e terciário, recepção, armazenamento secundário, beneficiamento e
deve ter as informações transcritas do termo de envio de amostra, os IV - 01 (uma) via de Controle Interlaboratorial (CI), con-
forme Instrução Normativa MAPA no 1, de 16 de janeiro de 2007. armazenamento terciário) para atender o disposto na presente Ins-
resultados analíticos e apresentar as seguintes informações: trução Normativa.
§ 2o As vias obtidas, de no mínimo 250g (duzentos e cin-
I - a referência do método de análise; qüenta gramas), deverão ser devidamente embaladas, acondicionadas, Seção II
II - se os resultados foram corrigidos ou não pela recu- etiquetadas, identificadas, lacradas e armazenadas a temperaturas Da Cadeia Produtiva e das Práticas Agrícolas Básicas
peração; abaixo de -15°C (quinze graus Celsius negativos). Art. 68. A cadeia produtiva do amendoim se compõe ba-
III - a incerteza de medição do método, quando couber; e Art. 58. O armazenamento e a guarda das amostras para fins sicamente das etapas de produção, de beneficiamento e processa-
IV - os limites máximos aceitáveis para cada micotoxina de contraprova, de soluções de controvérsia e de controle interlabo- mento, e processamento ou industrialização, ou etapas de armaze-
analisada. ratorial são de responsabilidade do laboratório oficial ou credenciado. namento e transporte.
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Art. 69. As práticas agrícolas básicas na etapa de produção IV - fazer a limpeza de pré-armazenamento, eliminando va- V - proceder, por meio de peneiramento, à classificação dos
consistem nas determinações dos parágrafos seguintes deste artigo. gens estragadas, matérias estranhas e impurezas; grãos por tamanho, banda e industrial;
§ 1o Na fase de pré-plantio, deve-se efetuar o planejamento V - o amendoim em casca pode ser armazenado a granel, em VI - realizar a eliminação dos grãos defeituosos e desco-
dimensionando adequadamente a infraestrutura e os equipamentos sacos ou em sacolas (big bags), desde que as embalagens sejam de loridos por meio de catação eletrônica ou manual, preferencialmente
necessários para o plantio e cultivo do amendoim, implementando as material adequado para o produto; eletrônica seguida de repasse manual;
práticas a seguir: VI - armazenar o amendoim sobre estrados, afastados das
VII - proceder à tomada de amostras para análise de afla-
I - controlar a presença de plantas indesejáveis; paredes e distantes do teto de forma a permitir apropriada circulação
II - efetuar no máximo dois plantios consecutivos de amen- do ar; toxinas e classificação, conforme Plano de Amostragem Oficial para
doim na mesma área; VII - manter o armazém sempre limpo, ventilado e vedado à o Amendoim, nos casos não monitorados na recepção;
III - efetuar o preparo de solo utilizando técnicas de manejo entrada de roedores, pássaros e insetos e manter programa de controle VIII - enviar amostra a laboratório e empresa credenciados
adequadas às condições de clima e solo de acordo com a reco- dos mesmos; pelo MAPA, para análise de aflatoxinas e classificação, respecti-
mendação do responsável técnico; VIII - impedir a reabsorção de umidade do produto por vamente (aplicados somente para comercialização ao consumidor fi-
IV - escolher cultivares adequadas para a região e época de qualquer via (teto, piso e parede); nal);
plantio; IX - não superlotar o armazém permitindo ampla ventilação, IX - todos os resultados analíticos dos sublotes que com-
V - efetuar a calagem, baseada em análise química do solo mantendo o espaçamento adequado entre as pilhas, viabilizando o põem o lote devem ser registrados em planilha apropriada ou em
com a antecedência necessária em relação ao plantio. acesso para o controle de pragas e limpeza. certificado de análise expedido pelo laboratório;
§ 2o Na fase plantio, devem ser implementadas as seguintes § 7o Na fase de transporte secundário, devem ser aplicadas as
X - acondicionar o amendoim que apresentar níveis de afla-
práticas: seguintes práticas:
I - efetuar a adubação adequada baseada em análise química I - após a secagem natural ou artificial, transportar o amen- toxinas em conformidade com a legislação em vigor em embalagens
do solo; doim em casca para a beneficiadora com umidade não superior a de material que conferem proteção adequada ao produto;
II - adotar espaçamento recomendado; 8%; XI - caso haja necessidade de se efetuar o repasse do pro-
III - utilizar, obrigatoriamente, sementes produzidas em con- II - utilizar os recipientes, embalagens, equipamentos e veí- duto, são recomendadas as operações de despeliculamento (blanchea-
formidade com a Lei no 10.711, de 5 de agosto de 2003; culos limpos para transportar o amendoim; mento), seguida de catação eletrônica e de catação manual;
IV - tratar previamente as sementes com produtos registrados III - proteger da umidade o amendoim seco, durante o trans- XII - o amendoim que, após o repasse permaneça acima do
no MAPA para amendoim. porte; limite para aflatoxinas, deve ser identificado e armazenado sepa-
§ 3o Na fase de cultivo, devem ser aplicadas as seguintes IV - proporcionar as condições adequadas para manter a radamente tendo sua destinação prevista em legislação específica.
práticas: umidade do produto durante todo o trajeto;
§ 4o Na fase de armazenamento terciário, devem ser apli-
I - controlar as pragas e fungos com inseticidas e fungicidas V - proteger o veículo da chuva, quando estiver no pátio à
registrados para cultura e outras práticas apropriadas visando ao ma- espera da descarga no cerealista ou na indústria; cadas as seguintes práticas:
nejo integrado de pragas; VI - o transporte do amendoim em casca destinado à se- I - o amendoim beneficiado deve ser armazenado em sacos
II - controlar plantas invasoras, por meio de uso de her- cagem artificial deverá ser realizado no menor tempo possível e, ou sacolas (big bags), com material adequado para o produto;
bicidas registrados para cultura ou método alternativo de controle que preferencialmente, com o produto a granel. II - armazenar o amendoim separado por grupo e tipo, sobre
não cause danos físicos às plantas de amendoim; Art. 70. As práticas agrícolas básicas na etapa de bene- estrados distantes do piso, limpos e bem conservados ou sobre outro
III - fazer irrigação quando houver estresse hídrico. ficiamento e processamento são recomendadas conforme os pará- sistema aprovado, afastados das paredes e distantes do teto de forma
§ 4o Na fase de colheita, devem ser aplicadas as seguintes grafos seguintes deste artigo. a permitir apropriada higienização, iluminação e circulação do ar;
práticas: § 1o Na fase de recepção, devem ser aplicadas as seguintes III - manter as mesmas condições controladas ou monito-
I - efetuar o corte e arranquio das plantas na maturidade práticas: radas de umidade relativa do ar e temperatura do ambiente de acon-
ideal, descrita para cada cultivar; I - adotar medidas de controle na recepção do amendoim,
dicionamento; não é recomendada a faixa de 8% de umidade do grão
II - na operação de chacoalhação, inversão e enleiramento, as para verificar os controles realizados nas etapas ou fases anteriores,
plantas devem ficar livres de terra; quando a operação for mecânica, devendo estar documentado para efeito de rastreabilidade, avaliação e de amendoim, de umidade relativa do ar acima de 85% e de tem-
regular o equipamento para que haja uma boa inversão e distribuição seleção dos fornecedores e para emissão do CSH; se as etapas an- peratura acima de 30ºC, condições estas propícias para o desen-
uniforme da leiras; teriores forem feitas por diferentes agentes da cadeia produtiva, de- volvimento dos fungos do gênero Aspergillus;
III - após a cura, o ideal é que se faça a batedura ou trilha e verá estar acompanhado de CSH emitido por RT de cada agente das IV - não superlotar o armazém, mantendo o espaçamento
posterior secagem artificial; em caso de secagem natural, as plantas etapas ou fases anteriores; adequado entre as pilhas, viabilizando o acesso para os devidos con-
devem ser mantidas invertidas e eleiradas até que a umidade nos II - a identificação da origem deve ser efetuada para todos os troles, higienização, iluminação e circulação do ar;
grãos atinja 8% ou menos; lotes, devendo conter dados do fornecedor, região produtora, safra, V - manter o armazém sempre vedado à entrada de roedores,
IV - na operação de batedura ou trilha, regular a colhedora umidade do amendoim e peso do lote ou partida; o processo de pássaros e insetos; adotar um programa de controle dos mesmos.
para eliminar o máximo possível de impurezas e evitar danos físicos rastreamento desde a origem da semente utilizada no plantio deverá § 5o Na fase de transporte terciário, devem ser aplicadas as
à casca do amendoim; ser registrado;
seguintes práticas:
V - as vagens colhidas devem ser acondicionadas em sacos III - separar os lotes por origem e condições de apresentação;
de material adequado ou permanecer a granel para o seu transporte; construção de um histórico de qualidade do produto por região de I - os veículos utilizados para transportar o amendoim be-
não deixar o amendoim ensacado pernoitar no campo quando a co- origem, visando facilitar o controle na recepção dos próximos lotes da neficiado ou processado devem estar limpos e higienizados;
lheita não for a granel; mesma região; II - transportar o amendoim descascado e acondicionado em
VI - sempre que ocorrer chuva sobre o amendoim colhido no IV - fazer a verificação do índice da umidade em cada lote, embalagem permeável com umidade não superior a 8%;
campo, é necessário secá-lo rapidamente e posteriormente efetuar por meio de equipamento devidamente calibrado e por técnico trei- III - proporcionar as condições adequadas para manter a
uma análise física e química antes de armazená-lo; nado, mantendo-se o registro da verificação; umidade do produto durante todo o trajeto;
VII - no caso de secagem artificial o amendoim deve passar V - manter totalmente separadas das demais áreas de pro- IV - proteger o veículo da chuva, quando estiver no pátio à
pela pré-limpeza; cessamento as áreas de recepção e de seleção primária da matéria- espera da descarga no cerealista ou na indústria;
VIII - deve-se iniciar a secagem artificial, quando a umidade prima. V - no caso de transporte de amendoim apenas descascado,
no grão estiver em torno de 22% e cessá-la quando atingir 8% ou § 2o Na fase de armazenamento secundário, devem ser apli-
por longas distâncias, é recomendado veículo com controle de tem-
menos; cadas as seguintes práticas:
IX - a secagem artificial deve ser realizada através de equi- I - verificar a umidade do produto ao dar entrada no ar- peratura e umidade;
pamento específico para secagem de amendoim na vagem, que deve mazém, para atender o limite de segurança de 8%; Art. 71. As Práticas Agrícolas Básicas na etapa de pro-
ser determinada pelas condições ambientais de umidade relativa do ar II - o amendoim em casca pode ser armazenado a granel, em cessamento ou industrialização são recomendadas conforme a se-
e temperatura no momento da secagem, sendo recomendada tem- sacos ou em sacolas (big bags), desde que as embalagens sejam de guir:
peratura na faixa de 38 a 42ºC; material adequado para o produto; I - as medidas básicas de controle indicadas para a etapa de
§ 5o Na fase de transporte primário, devem ser aplicadas as III - manter o armazém sempre limpo, ventilado e vedado à processamento do amendoim, com o objetivo de garantir que os
seguintes práticas: entrada de roedores, pássaros e insetos, manter programa de controle níveis de contaminação do produto final estejam dentro dos limites
I - transportar o amendoim após a secagem natural, ainda em dos mesmos; que não afetam a saúde do consumidor, devem ser seguidas e mo-
casca com umidade não superior a 8%; IV - impedir a reabsorção de umidade do produto por qual-
nitoradas conforme as BPFs para Estabelecimentos Industrializadores
II - proporcionar as condições adequadas para manter a umi- quer via (teto, piso e parede);
dade do produto durante todo o trajeto; V - não superlotar o armazém permitindo ampla ventilação, de Amendoins Processados e Derivados, estabelecidas na legislação
III - os recipientes, embalagens, equipamentos e veículos mantendo o espaçamento adequado entre as pilhas, viabilizando o própria.
utilizados para transportar o amendoim devem estar limpos. acesso para o controle de pragas e limpeza; II - para efeito de controle e fiscalização pelo MAPA ou
§ 6o Na fase de armazenamento primário, devem ser aten- VI - monitorar e registrar a temperatura e a Umidade Re- outras instituições, devem ser mantidos registros referentes à adoção
didas as seguintes exigências: lativa do ar no armazém evitando a reabsorção de umidade. de BPF, PPHO ou APPCC, por um período de cinco anos.
I - é proibido o armazenamento do amendoim depois de seco § 3o Na fase de benefício, devem ser aplicadas as seguintes CAPÍTULO V
no campo ou de qualquer outra forma que contrarie as especificações práticas: DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
desta Instrução Normativa; I - os procedimentos de benefício devem ser realizados em Art. 72. Os agentes da cadeia produtiva do amendoim e seus
II - o amendoim em casca, depois de colhido, deve ser área totalmente separada das áreas de recepção e de seleção primária subprodutos devem ser cadastrados no Ministério da Agricultura, Pe-
encaminhado para secagem artificial ou, quando for submetido à da matéria-prima;
cuária e Abastecimento (MAPA), na forma da Instrução Normativa
secagem natural, pode ficar armazenado na propriedade agrícola, ou II - realizar a limpeza de benefício para a retirada de im-
junto à unidade de processamento da empresa que beneficia o pro- purezas e grãos que se soltaram das vagens; SDA no 66, de 11 de setembro de 2003.
duto, devendo este processo seguir as recomendações do § 4o e seus III - realizar, após o descascamento, a ventilação para retirar Art. 73. As despesas decorrentes de operações que envolvem
incisos, do art. 70 deste Anexo; as cascas e grãos quebrados resultantes do descascamento; amostragem e análise referentes aos controles oficiais, previstas nesta
III - o produto, ao dar entrada no armazém, deve ter a IV - realizar a separação dos grãos por densidade em mesa Instrução Normativa, serão custeadas pelos responsáveis pela mer-
umidade verificada para que atenda ao limite de segurança de 8%; densimétrica; cadoria.
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ANEXO II r = Repetitividade: grau de concordância entre resultados de medições sucessivas de um mesmo
Critérios para Amostragem de Lotes de Amendoim Destinados ao Mercado Interno e Países do Mercosul mensurando efetuadas sob as mesmas condições de medição (condições de repetitividade: mesmo
Massa do lote Massa ou nº Nº de 1 Incre- Massa do 1 Massa da Massa da procedimento de medição, mesmo observador, mesmo instrumento de medição utilizado nas mesmas
1 de mentos Incremento Amostra Global 1 Amostra de Tra- condições, mesmo local, repetição em curto período de tempo). A repetitividade pode ser expressa,
Sublotes 1 balho 2
Sem Com Sem Cem Sem Com quantitativamente, em função das características da dispersão dos resultados. Pode ser calculado como r
Casca Casca Casca Casca Casca Casca = 2,8 x sr
> 500 t 100 t 100 200 g 270 g 20 kg 27 kg 5 kg 7 kg
> 100 e ≤ 500 5 DPRR = desvio padrão relativo, calculado a partir dos resultados gerados em condições de
τ Συβλοτεσ
> 25 e ≤ 100 τ 25 τ reprodutibilidade [(sR/x) x 100].
> 15 e ≤ 25 τ 1
Συβλοτε sR = desvio padrão, calculado a partir dos resultados gerados em condições de reprodutibilidade,
> 10 e ≤ 15 τ − 80 16 κγ 21,6 κγ em número mínimo de 8 repetições.
> 5 e ≤ 10 τ − 60 12 κγ 16,2 κγ
>1e≤5τ − 40 8 κγ 10,8 κγ
R = Reprodutibilidade: grau de concordância entre resultados de medições de um mesmo
1 CODEX Alimentarius - ALINORM 01/12A (APPENDIX XI) mensurando efetuadas sob condições variadas de medição (condições variadas podem incluir: princípio
2 Regulamento Técnico Mercosul/GMC/Res. nº 25/02 e Anvisa RDC nº 274/02. de medição, método de medição, observador, instrumento de medição, padrão de referência, local,
condições de utilização, tempo). A reprodutibilidade pode ser expressa, quantitativamente, em função
ANEXO III das características da dispersão dos resultados. Pode ser calculado como R = 2,8 x sR
Critérios para Amostragem de Lotes de Amendoim Destinados ao Mercado Interno (Varejo) ANEXO VII
Massa do Lote 1 Nº de Incrementos 1 Massa do Massa da Massa da
Incremento amostra global Amostra de Tra- ETIQUETA DA AMOSTRA
balho
Sem Com Sem Com Sem Com
Casca Casca Casca Casca Casca Casca
> 0,5 e ≤ 1 τ 30 200 γ 270 g 6 kg 8,1 kg 5 kg 2 7 kg 2 Produto: ___________________________ Código de Remessa: __________________
> 0,2 e ≤ 0,5 τ 20 4 kg 5,4 kg 4 kg 5 kg Massa do Lote (kg ou t): ______________ N° do Lacre: ________________________
Marca: ____________________________ N° do Lote: _________________________
> 0,1 e ≤ 0,2 τ 15 3 kg 4,0 kg 3 kg 4 kg Tipo: ____________________________ Local de Coleta: _____________________
≤ 0,1τ 10 2 κγ 2,7 κγ 2 κγ 2,7 κγ Data/Hora da Coleta: __________________
1 Adaptada do Regulamento CE nº 401/2006 da Comissão Européia de 23/02/2006 Nome do Detentor do Produto: _____________________________________
2 Regulamento Técnico Mercosul/GMC/Res. nº 25/02 e Anvisa RDC nº 274/02. Nome do Amostrador: _______________ _____________________________
Assinatura e Carimbo do Amostrador:
ANEXO IV
Critérios para Amostragem de Lotes de Amendoim Destinados ao Mercado Internacional ANEXO VIII
(Exceto Mercosul e União Européia) 1
Massa do Lote Massa ou nº de Nº de Incre- Massa do Incre- Massa da Massa da TERMO DE ENVIO DE AMOSTRA PARA ANÁLISE DE MICOTOXINAS
Sublotes mentos mento Amostra Global Amostra de Tra- Código de remessa: Código da amostra: Data do registro:
balho
> 500 t 100 t 100 200 g 20 kg 20 kg
> 100 e ≤ 500 5 Συβλοτεσ
τ Uso exclusivo do Laboratório
> 25 e ≤ 100 τ 25 τ
> 15 e ≤ 25 τ 1 Συβλοτε Solicitante da análise:
> 10 e ≤ 15 τ − 80 16 κγ 16 κγ
> 5 e ≤ 10 τ − 60 12 κγ 12 κγ 1. Nome/Órgão/Instituição:
>1e≤5τ - 40 8 kg 8 kg 2. Endereço/Cidade/UF:
≤1τ - 10 2 kg 2 kg 3. CEP: 4.Telefone: 5.Fax:
1 6. Análise (s) solicitada (s):
Adaptado de: CODEX Alimentarius - ALINORM 01/12A (APPENDIX XI) 7. Origem da amostra:
( ) UVAGRO - Unidade de Vigilância Agropecuária
ANEXO V ( ) CI - Controle Interlaboratorial
( ) PE - Pesquisa e Extensão
( ) SIPAG - Serviço de Inspeção de Produtos Agropecuários
Critérios para Amostragem de Lotes de Amendoim Destinados à União Européia 1 ( ) SEFAG - Serviço de Fiscalização Agropecuária
Massa do Lote Massa ou nº de Nº de Incre- Massa do Incre- Massa da Amos- Massa da ( ) SEDESA - Serviço de Sanidade Agropecuária
Sublotes mentos mento tra Global 2 Amostra de Traba- ( ) PNCRV - Programa Nacional de Monitoramento de Contaminantes de Resíduos em Produtos
lho Vegetais
≥ 500 t 100 t 100 300 g 30 kg 30 kg ( ) SEPDAG - Serviço de Política e Desenvolvimento Agropecuário
> 100 e < 500 t 5 Sublotes
> 25 e ≤ 100 τ 25 τ
> 15 e ≤ 25 τ 1 Συβλοτε Identificação do Produto*
> 10 e ≤ 15 τ −
> 5 e ≤ 10 τ − 80 24 κγ 24 κγ 8. Nome do proprietário do produto:
>2e≤5τ − 60 18 κγ 18 κγ Produtor Armazenador Comerciante Importador Exportador Embalador
>1e≤2τ − 40 12 κγ 12 κγ Distribuidor Outros (especificar):
> 0,5 e ≤ 1 τ − 30 9 κγ 9 κγ 9. Produto: 10. Marca: 11. Tipo:
> 0,2 e ≤ 0,5 − 20 6 κγ 6 κγ 12. No autorização de despacho: 13. Termo de Fiscalização:
> 0,1 e ≤ 0,2 - 15 4,5 kg 4,5 kg 14. Procedência (município/UF/País):
≤ 0,1 − 10 3 κγ 3 kg 15. Destino: 16. Transporte:
17. Local de armazenamento:
18. Condição de armazenamento:
1 Adaptada do Regulamento CE nº 401/2006 da Comissão Européia de 23/02/2006. granel saca caixa big bag outros (especificar): UR (%): T (°C):
2 19 . Identificação do lote: 20. Safra:
Nos casos de lotes vendidos a varejo, o peso da amostra global pode ser diferente. 21. Massa do lote (kg ou t): 22. Plano amostral:
23. No de incrementos: 24. Massa do incremento (g):
ANEXO VI 25. Freqüência da amostragem:
26. Massa da amostra global (kg): 27. Data da coleta:
Micotoxina Nível de Contamina- DPRr DPRR Recuperação 28. Local da coleta (município/UF):
ção (%) 29.Tipo de embalagem da amostra:
(µg/kg) 30. No da amostra: 31. No do lacre:
Aflatoxinas <1 0,66 x 50 a 120 32. Massa da amostra enviada ao laboratório (kg ou g):
B1, B2, G1, G2 * DPRR Recomendado: valor deriva-
do da equação de Horwitz
Máximo: 2 vezes o valor de-
rivado da equação de * As informações constantes nos campos acima serão transcritas para o Certificado de Aná-
Horwitz lise.
1 - 10 70 a 110
> 10 80 a 110 33.Observações do cliente:

Critérios de desempenho dos métodos analíticos para análise de aflatoxinas *


34. ___________________________________ 35.________________________________________
* Estes critérios aplicam-se para B1 e para a soma de B1, B2, G1 e G2.
Local e data Nome legível e assinatura
DPRr = desvio padrão relativo, calculado a partir dos resultados gerados em condições de
repetitividade [(sr/x) x 100].
36. Análise crítica no Laboratório:
sr = desvio padrão, calculado a partir dos resultados gerados em condições de repe-
titividade, em número mínimo de 8 repetições.
32 ISSN 1677-7042 1 Nº 20, quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

ANEXO IX ANEXO X

________________________________________________________________________________
(Nome do estabelecimento, cooperativa ou associação)
INSTRUÇÕES DE PREENCHIMENTO DO TERMO DE ENVIO DE AMOSTRA
CERTIFICADO DE SEGURANÇA HIGIÊNICO-SANITÁRIA (CSH)

1. Preencher com o nome completo do Órgão ou Instituição que solicita a análise;


CÓDIGO DA REMESSA Nº DO CERTIFICADO
2. Preencher com o endereço completo indicando a rua, no, bairro, cidade, estado (observação: para este
endereço será enviado o Resultado ou Laudo de análise). Quando o endereço para recebimento for
outro, deve ser especificado no campo: Observações do cliente; UF: ETAPA DA CADEIA
3. Preencher com o CEP;
4. Preencher com o número do telefone incluindo o DDD; NOME EMPRESARIAL cnpj
5. Preencher com o número do fax incluindo o DDD;
6. Preencher com o nome das micotoxinas a serem analisadas em cada amostra enviada; Nome fantasia
7. Assinalar a origem da amostra;
8. Preencher com o nome do detentor do produto e marque a sua condição, ex.: importador, co- ENDEREÇO
merciante;
9.10.11. Preencher o nome do produto, marca e tipo, incluindo característica que seja importante para comunidade município
sua especificação, ex.: amendoim em casca, beneficiado;
12. Preencher com o número de autorização de despacho; TELEFONE fax Endereço eletrônico
13. Preencher com o número do Termo de Fiscalização;
14. Preencher com o nome do local (município, unidade da federação ou país em caso de importação) NOME DO RT Nº REGISTRO/CONSELHO
de onde provém o produto amostrado;
15. Preencher com o nome do local de destino do produto; ENDEREÇO Tel/fax
16. Preencher com o nome do meio utilizado para transportar o produto da procedência ao destino; Ex.:
caminhão ou navio;
17. Preencher com o nome do local no qual o produto encontra-se armazenado; Ex: silo, navio, CERTIFICA (conforme o disposto na Instrução Normativa MAPA nº , de de de )
supermercado ou armazém;
18. Assinale a condição de armazenamento do produto e anote a Umidade Relativa (UR) e a Tem-
peratura (T) do local de armazenamento; Produto: Marca:
19. Preencher com a identificação do lote de onde foi retirada a amostra;
20. Preencher com o ano (04 algarismos) da colheita do produto; Lote /Embalagem: Peso (t):
21. Preencher com a massa do lote de onde foi retirada a amostra, em quilograma (kg) ou tonelada
(t); Foi submetido às Práticas Agrícolas Básicas:
22. Preencher com a referência do Plano Amostral (ex: Norma, Instrução, Manual), se houver;
23. Preencher com o número de incrementos que foram coletados para formar a amostra global; Ou equivalentes:
24. Preencher com a massa de cada incremento; (ou) foi submetido à análise de aflatoxinas, conforme Certificado de Análise nº , estando em con-
formidade com a legislação em vigor.
25. Preencher com o intervalo no qual é retirado um incremento, ex.: a cada 3 sacos ou a cada 3
caixas;
26. Preencher com a massa da amostra global em quilogramas (kg): Amostra Global é a reunião de OBSERVAÇÕES:
todos incrementos e de onde será retirada a amostra a ser enviada para análise; ____________________________________________________________________________________
27. Preencher com a data da coleta, com 02 algarismos para dia, 02 para mês e 04 para ano; ____________________________________________________________________________________
28. Preencher com o local (Cidade e Estado) onde a coleta da amostra foi realizada; ____________________________________________________________________________________
29. Preencher com o tipo de embalagem que a amostra foi acondicionada para ser enviada ao la- ____________________________________________________________________________________
boratório; ____________________________________________________________________________________
30. Preencher com o número com o qual a amostra foi identificada; ____________________________________________________________________________________
31. Preencher com o número do lacre colocado na amostra enviada ao Laboratório; Local E DATA ASSINATURA E CARIMBO DO rt
32. Preencher com a massa da amostra enviada ao Laboratório, em quilograma (kg);
33. Preencher com o histórico da amostra, descrevendo casos de suspeita ou confirmação de mi- RETIFICAÇÃO
cotoxicoses ou outras informações importantes;
34. Preencher com o local e a data de envio da amostra;
Na Portaria Ministerial nº 1.266, de 26 de dezembro de 2008, republicada no Diário Oficial da
35. Usar carimbo ou preencher com o nome legível e assinatura do responsável pela amostra (no caso
do MAPA, a assinatura do fiscal federal agropecuário); União de 28 de janeiro de 2009, Seção 1, página 3, 1ª coluna, onde se lê: ... Fonte: 0100000000 ... leia-
36. Espaço reservado ao Laboratório para análise crítica e ou outras informações pertinentes. se: ... Fonte: 0176000000 ...

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