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SISTEMAS ESTRUTURAIS III

AULA 01 | APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA


PROFESSOR JOSE ANTONIO FARIAS COELHO

http://fari06.wixsite.com/professor-farias
DOCENTE
Bacharel em Tecnologia da Construção Civil (UVA - 1990)
MBA em Comércio Eletrônico (UNIFOR – 2005)
Especialista em Gestão de Arranjos Produtivos Locais (UNIFOR – 2010)
Mestre em Administração de Empresas (UECE – 2013)
Professor TI do Centro Universitário Estácio do Ceará (2015), ministrando as seguintes
disciplinas:
• Bases Matemáticas para Engenharia,
• Análises das Variações,
• Cálculo Vetorial e Geometria Analítica,
• Introdução a Estrutura,
• Sistemas Estruturais I,
• Sistemas Estruturais II,
• Sistemas Estruturais III,
• Estrutura Metálica.
CONTEXTUALIZAÇÃO
O estudo dos critérios práticos para a escolha da estrutura das lajes e
vigas dos pavimentos que compõe uma edificação e de seus pilares de
sustentação, desperta no estudante de Arquitetura e futuro arquiteto a
preocupação de estar projetando a Arquitetura consciente da
necessidade do apoio tecnológico compatível com a sua proposta,
estabelecendo vínculos entre a Arquitetura e a Estrutura.

Pretende-se, também, observar as inércias dos elementos e sua


interferência no projeto executivo.
CONTEXTUALIZAÇÃO

O estudo superficial das fundações para os profissionais de arquitetura

tem sua importância apesar de não afetar diretamente a concepção

arquitetônica. O tipo do solo vai onerar mais ou menos a execução de

um projeto, que não pode ser desvinculado do seu custo. Além disso o

arquiteto deve possuir um conhecimento mínimo de todas as

especialidades envolvidas na execução do seu projeto.


EMENTA
Critérios para a escolha da estrutura de lajes, vigas e pilares nos
edifícios de qualquer natureza.

Tipos de lajes: pré-dimensionamento das espessuras e estudo


comparativo.

Carga nos pilares: pré-dimensionamento das seções.

Armaduras de tração na solução em Concreto Armado.

Fundamentos da Mecânica dos Solos.

Estudo das Fundações: Superficiais e Profundas.


OBJETIVOS GERAIS
Entender o critério adotado para a escolha das dimensões em planta
das lajes e dos pilares nas edificações.
Conhecer as s oluções mais us uais para a s lajes e poder optar,
racionalmente, por uma delas em função do projeto executivo e/ou do
custo (consumo) dos materiais .
Perceber que as rigidezes das vigas e dos pilares trarão consequência
imediata ao projeto de Arquitetura.
Estabelecer critérios para a escolha do tipo de fundação em função da
relação entre a carga total no pilar e a resistência do terreno de
fundação.
Conhecer as características e o comportamento genérico dos solos.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Proceder ao lançamento da estrutura dos pavimentos e dos pilares.

Pré-dimensionar os elementos estruturais com base na solução


convencional para as lajes.

Observar a interferência das geometrias pré-definidas com o projeto de


Arquitetura.

Propor solução especial para as lajes e rever o número de pilares.


OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Redefinir dimensões dos elementos na nova concepção e observar a
relação Estrutura x Arquitetura.

Conhecer superficialmente o comportamento dos principais tipos de


solo.

Conhecer o comportamento e pré-dimensionar fundações diretas em


forma de sapatas.

Noções sobre a resistência das fundações em estacas.


CONTEÚDOS
I – LANÇAMENTO DA ESTRUTURA
Materiais Normalizados.
Critérios práticos.
Solução em Concreto Armado.
Critérios para o pré-dimens ionamento.
Tipos de lajes – espessuras.
Vigas – dimensões.
Pilares – dimensões.
CONTEÚDOS
II – ESCOLHA DA ESTRUTURA DOS PAVIMENTOS
Definição das lajes e das vigas.
Escolha dos pilares.
Análise sucinta: Pilares x Projeto Executivo.
Pré-dimensionamento das FORMAS dos Pavimentos.
Lajes maciças ou pré-moldadas.
Vigas : opções de geometria x economia.
Planta de Formas.
Relação Formas x Arquitetura.
CONTEÚDOS
III – PRÉ-SEÇÃO DOS PILARES IV – LAJES ESPECIAIS

Carga nos pilares. Tipos de lajes especiais.

Prescrições Normativas. Critérios: formas laje nervurada.

Geometria adequada. Volume de concreto.

Redefinição dos pilares.


Armadura nos Pilares:
flambagem (noções). Novas seções dos pilares.

Vantagens e desvantagens.
CONTEÚDOS
V – FUNDAMENTOS DA VI – ESTUDO SUCINTO DAS
MECÂNICA DOS SOLOS FUNDAÇÕES

Forma e tamanho das partículas. Recalques.

Distribuição granulométrica. Lençol freático.

Classificação dos solos. Tipos de fundações.

Tensões. Escolha do tipo de fundação.


CONTEÚDOS
VII – FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS VIII – FUNDAÇÕES PROFUNDAS
(NOÇÕES)
Conceituação e tipos.
Estacas.
Capacidade de Carga.
Tubulões.
Dimensionamento de Sapatas.
PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO

O processo de avaliação será composto de três etapas:

AV1 – Prova de 10 pontos (conteúdo da disciplina até a sua realização);

AV2 – Prova de 10 pontos (todo o conteúdo da disciplina).

AV3 – Prova de 10 pontos (todo o conteúdo da disciplina).


PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO

Para aprovação na disciplina o aluno deverá:

Atingir resultado igual ou superior a 6,0 (média aritmética das duas

maiores notas obtidas dentre as três etapas de avaliação);

Obter grau igual ou superior a 4,0 em, pelo menos, duas das três

avaliações;

Frequentar, no mínimo, 75% das aulas ministradas.


PROCEDIMENTOS DEAVALIAÇÃO
OBSERVAÇÕES

Não serão aceitos, por nenhum motivo, trabalhos entregues fora da


data estabelecida.

A chamada será realizada no início da aula.

Abonos de faltas apenas com justificativa por escrito (atestado médico,


declarações, etc.). O aluno tem direito a faltar os 25% para as demais
ocasiões.
BIBLIOGRAFIA BÁSICA
REBELLO, Yopanan Conrado Pereira. Fundações: guia prático de projeto,
execução e dimensionamento. 4. ed. São Paulo: Zigurate, 2011.
ALONSO, Urbano Rodriguez. Exercícios de fundações. 2. ed. São Paulo:
Blucher, 2010.
REBELLO, Yopanan Conrado Pereira. A concepção es trutural e a
arquitetura. 10. ed. São Paulo: Zigurate, 2006.
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR

BOTELHO, Manoel Henrique Campos. Concreto armado eu te amo, para

arquitetos. 3. ed. São Paulo: Blucher, 2016.

CARVALHO, Roberto Chust; FIGUEIREDO FILHO, Jasson Rodrigues de.

Cálculo e detalhamento de estruturas usuais de concreto armado:

segundo a NBR 6118:2014. 4. ed. São Carlos: EduFSCar, 2014.


LANÇAMENTO ESTRUTURAL
LANÇAMENTO ESTRUTURAL
Escolha de um sistema estrutural que constitua a parte resistente do
edifício.
Elementos a serem utilizados e definir suas posições.
Deve atender às normas técnicas.
Aspectos:
Segurança;
Economia (custos);
Durabilidade;
Projeto arquitetônico (estética e funcionalidade).
LANÇAMENTO ESTRUTURAL
Lançamento estrutural – finalidade da edificação (uso) e condições
impostas pela arquitetura (composição espacial, forma, estética, etc.).

Projeto arquitetônico – deve prever o posicionamento dos elementos de


forma a respeitar a distribuição dos diferentes ambientes nos diversos
pavimentos.

Solo – a estrutura deve também ser coerente com as características do solo


no qual ela se apoia.

Demais projetos – instalações elétricas, hidráulicas, telefonia, segurança,


som, televisão, ar condicionado, computador e outros.
LANÇAMENTO ESTRUTURAL E A ARQUITETURA

Edifícios residenciais e comerciais:

Subsolo;

Pavimento térreo;

Pavimento-tipo;

Cobertura;

Reservatório e casa de máquinas.


LANÇAMENTO ESTRUTURAL E A ARQUITETURA
A definição da forma estrutural parte da localização dos pilares e segue com o
posicionamento das vigas e das lajes, nessa ordem, sempre levando em conta a
compatibilização com o projeto arquitetônico.

Pavimentos-tipos – inicia-se pela estruturação desse pavimento.

Sem pavimentos repetidos – parte-se da estruturação dos andares superiores,


seguindo na direção dos inferiores.

Garagens – posições de pilares compatíveis com áreas de manobras e de


estacionamentos. Deve-se evitar uma estrutura de transição.

Escadas e elevadores (comuns em todos os andares) – ficam a casa de máquinas


para os elevadores e os reservatórios elevados. Resistência às ações horizontais.
SISTEMAS ESTRUTURAIS
Inúmeros tipos.

Edifícios usuais – lajes maciças ou nervuradas (moldadas no local ou pré-

fabricadas).

Grandes vãos – protensão.

Lajes sem vigas – lajes-cogumelo (com capitéis) e planas ou lisas (sem capitéis).

Vigas-faixas – embutidas com altura igual à espessura da laje.


SISTEMAS ESTRUTURAIS
A escolha do sistema estrutural depende de fatores técnicos e econômicos,

dentre eles: capacidade do meio técnico para desenvolver o projeto e para

executar a obra, e disponibilidade de materiais, mão -de-obra e equipamentos

necessários para a execução.

Nos casos de edifícios residenciais e comerciais, a escolha do tipo de

estrutura é condicionada, essencialmente, por fatores econômicos, pois a s

condições técnicas para projeto e construção são de conhecimento da

Engenharia de Estruturas e de Construção.


AÇÕES EM ESTRUTURAS
O sistema estrutural deve resistir às ações verticais e horizontais.
Verticais:
Peso próprio dos elementos estruturais;
Pesos de revestimentos e de paredes divisórias;
Peso das pessoas, dos mobiliários e dos equipamentos.
Horizontais:
Ação dos ventos;
Empuxo em s ubs olos ;
Abalos s ís micos .
AÇÕES VERTICAIS
LAJES

Sofrem flexão nas duas direções.

Suportam seus pesos próprios e


cargas do piso (revestimento,
paredes e cargas acidentais).

Transmitem essas cargas para a s


vigas em seu contorno através das
reações de apoio.
AÇÕES VERTICAIS
VIGAS

Sujeitas à flexão e cisalhamento.

Suportam seus pesos próprios, as


reações da laje, reações de apoio de
outras vigas (ocas ionalmente).

Transmitem as cargas para os


elem entos verticais (pilares e paredes
es truturais ) através das res pectivas
reações .

Geralmente, embutida nas paredes.


AÇÕES VERTICAIS
ELEMENTOS VERTICAIS

Elementos de barra sujeitos


predominantemente à flexão e
compres s ão.

Suportam seus pesos próprios e a s


reações das vigas.

Transferem as cargas para os


andares inferiores e fundações.
AÇÕES HORIZONTAIS

Resistidas por elementos verticais de grande rigidez – como pórticos,

paredes estruturais e núcleos de contraventamento.

Pilares de menor rigidez – pouco contribuição.

Lajes – importante papel na distribuição dos esforços horizontais entre os

elementos de contraventamento, promovendo o travamento do conjunto.


ELEMENTOS ESTRUTURAIS DE FUNDAÇÕES
FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS (DIRETAS OU RASAS)
Constituída essencialmente pelas sapatas e radiers.
Emprego – s olo s uperficial com res is tência relativamente elevada e
baixa compres s ibilidade.
As cargas são transmitidas ao solo predominantemente pela base.
ELEMENTOS ESTRUTURAIS DE FUNDAÇÕES
FUNDAÇÕES PROFUNDAS

Os tipos mais comuns são as


estacas e os tubulões.

Emprego – quando não é viável


economicamente o us o de
fundações diretas .

As cargas podem ser transmitidas


pela base e/ou por atrito lateral.
ESTRUTURAÇÃO EM CONCRETO ARMADO
ESTRUTURA CONVENCIONAL

Tipo mais comum.

Lajes, vigas e pilares de concreto


armado.

Alvenaria não tem função estrutural:

Pode ser construída durante ou


depois da estrutura de concreto
armado pronta;

Ser retirada parcialmente ou toda,


durante toda a vida útil do prédio.
ESTRUTURAÇÃO EM CONCRETO ARMADO
SEMIPORTANTE DE CONCRETO
ARMADO

Utilizada em edificações de uso misto


– residencial e comercial.

Lajes de concreto armado – não se


apoiam em vigas e sim em alvenarias.

Alvenarias portantes – não devem ser


retiradas.

Pavimento térreo – uso de vigas para


criação de grandes vãos.
ESTRUTURAÇÃO EM CONCRETO ARMADO

ESTRUTURA COM ALVENARIA PORTANTE

Lajes de concreto armado – não se apoiam em vigas e sim em alvenarias

em todo os pavimentos.

Alvenarias portantes – não devem ser retiradas.

Parede sobre parede ao longo de todo o prédio.

Comum em prédios para populações de baixa renda.


CONCRETO – FUNDAMENTOS
O concreto é o material mais utilizado na construção de estruturas de edificações.

Enquanto material estrutural, o concreto pode ser:

Concreto simples, sem armadura;

Concreto armado;

Concreto protendido.

Quanto ao modo como é executado, pode ser:

Moldado na obra (em seu local definitivo);

Pré-moldado (no canteiro de obra, fora do seu local definitivo);

Pré-fabricado (em fábricas).


CONCRETO – CONSTITUIÇÃO
AGLOMERANTE: cimento – age como cola e ganha resistência após ser
molhado.
ÁGUA – hidrata o cim ento e dá plas ticidade à m is tura.
AGREGADOS:
Pedras – usualmente de dois tamanhos (britas 1 e 2);
Areia – ocupa os espaços entre as pedras.
TRAÇO – proporção entre cimento, pedras, areia e água.
PASTA = Cim ento + Água.
ARGAMASSA = P asta + Areia.
CONCRETO = Argam as s a + Pedras .
CONCRETO – CONSTITUIÇÃO

Um adequado estudo da mistura produz:

Um concreto econômico;

Um concreto razoavelmente plástico e adequado para ser colocado

nas fôrmas, evitando a ocorrência de vazios;

Um concreto resistente.
CONCRETO ARMADO
Concreto (boa resistência à compressão e fraca à tração) + barras de aço
(alta resistência à compressão e tração).

Armadura positiva – colocada na região tracionada.

Armadura negativa – combater os esforços nos apoios.

Estribos:

Posicionar a armadura principal;

Pilares – combate a flambagem;

Vigas – combate ao cortante (cisalhamento).


CONCRETO ARMADO
Armadura nas lajes – colocada nos pontos onde existe tração, e
nesses pontos o concreto pode até fissurar (décimos de milímetros)
que o aço resiste.
CONCRETO ARMADO
Armadura nas vigas – colocada nos pontos onde existe tração, e
nesses pontos o concreto pode até fissurar (décimos de milímetros)
que o aço resiste.
CONCRETO ARMADO
Armadura nos pilares – uma armadura principal longitudinal aum enta a
res is tência à compres s ão, e se acontecer alguma tração, o aço res is te.
MATERIAL DE APOIO
BOTELHO, Manoel Henrique Campos. Concreto armado eu te amo, para
arquitetos. 3. ed. São Paulo: Blucher, 2016.
ALVA, Gerson Moacyr Sisniegas. Apostila: Concepção estrutural de
edifícios em concreto armado. Santa Maria: UFSM, 2007.
Pinheiro, Libânio M.; Muzardo, Cassiane D.; Santos, Sandro P. Apostila:
Estruturas de concreto – capítulo 4. Campinas: UNICAMP, 2003.
https://www.youtube.com/watch?v=WA-LcmIZeM0&t=18s
https://www.youtube.com/watch?v=wMPCjFj9Hcc
https://www.youtube.com/watch?v=sZ52DXiW9gU
https://www.youtube.com/watch?v=Cv-FFprqpoc

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