Resposta à acusação 2ª citação por edital, citação ficta: na citação por edital

não há má-fé do réu, ele apenas não foi encontrado

Parte a Mom Dados importantes do para ser citado pessoalmente.
ser ento problema
represe proce 3ª citação por hora certa, citação ficta: detecta que o
ntada ssual réu está se escondendo para não ser citado
pessoalmente, o oficial de justiça, então, atesta a ma-
fé, mas existe o procedimento para determinar que
Réu Ação Já houve oferecimento e ocorreu a má-fé (dentro do CPC).
penal recebimento da inicial. Deve
ser apresentada após a citação. NÃO EXISTE CITAÇÃO POR CARTA, A.R.,
Verificar a fluência do prazo: email – citação NULA.
10 dias, a partir do
O que existe por A.R. e email é a intimação.
cumprimento do mandado
citatório ou do 4. Resposta escrita à acusação:
comparecimento do processo. 4.1 Conceito:
É a peça que vai resistir/ impugnar os termos da
petição inicial almejando a imediata absolvição do réu
1. Partes da peça: (absolvição sumária) sem a necessidade de audiência
 Autor: Ministério Público/ Justiça Pública. de instrução e julgamento.
 Réu: Réu/acusado.
4.2 Capacidade postulatória:
2. Fulcro: 396 c/c 396-A do Código de Processo
Esta peça e privativa de advogado, e se não for
Penal.
subscrita por técnico haverá nulidade absoluta.
3. Identificando a peça: o MP terá oferecido a 4.3 Prazo:
denúncia e o acusado será CITADO para se defender.
10 dias contados da citação, prazo processual = exclui
 Citação: ato de comunicação processual, que o primeiro dia e exclui o último (art. 798, CPP).
tem uma dupla finalidade informa o réu que processo
5. Conteúdo (teses):
começou (qualquer outro tipo de informação você
notifica ou intima), também tem a finalidade de 5.1 Preliminares:
convocar. (Antes o réu era o primeiro a falar, após a
citação). Processual – ocorreu nulidade,
reconhecimento da nulidade do processo (art. 564,
O réu agora é citado para se manifestar por escrito CPP) – o que pedir? Que o processo seja refeito desde
impugnado os termos da petição inicial. (Antes da a ocorrência da nulidade.
citação você está combatendo o recebimento da
denúncia, logo cabe HC, depois de recebida o réu é De mérito – se forem reconhecidas fazem
citado aí sim devemos fazer a resposta a acusação). coisa julgada material. No que elas se diferenciam das
teses de mérito principal da causa?
Logo após a citação, você pleiteia que o seu cliente
seja imediatamente absolvido e é para isso que serve a No principal ou o réu será absolvido ou condenado, na
resposta escrita à acusação – isso se chama julgamento preliminar de mérito (quando essa decisão transitou em
antecipado julgado, o réu nunca mais poderá ser acusado por
aquele crime) o juiz decide, porém não se trata de
a) Conceito de citação: é o ato de comunicação absolvição ou condenação – ex: extinção da
processual que informa ao réu que o processo começou punibilidade, ex: prescrição e demais causas de
e o convoca a apresentar defesa (resposta escrita à extinção da punibilidade art. 107, CP).
acusação).
5.2 Teses de mérito:
Modalidades:
Poderemos sustentar as seguintes teses que se
1ª citação pessoal, citação real: é cumprida por oficial espelham no art. 397, CPP, que não é exaustivo, pode
de justiça que promove a leitura do mandado e entrega pedir:
ao réu a contrafé.
 Negativa de autoria (tentar demonstrar que
não foi ele quem cometeu o delito);
 Inexistência do fato (tentar demonstrar que o
crime não ocorreu);
 Excludente tipicidade Art. 397, III, CPP
O fato será típico se o agente praticar uma conduta
previamente prevista em lei comissiva (ação) ou
omissiva, dolosa ou culposa (quando prevista
taxativamente em lei) atingindo o bem jurídico-penal
de forma significativa, pois o resultado jurídico
decorrente da conduta do agente (nexo de causalidade)
somente será importante para o direito penal se, e
somente se, o bem jurídico-penal for atingido de forma
relevante (princípio da ofensividade). Faltando
qualquer desses elementos o fato será atípico e assim,
com base no inciso III do novo art. 397, o réu deverá
ser absolvido sumariamente. Lembre-se que o delito é
um fato típico, ilícito e culpável. Preenchidos os três
elementos, surge para o Estado a punibilidade, ou seja,
o dever de punir. A ilicitude e culpabilidade já foram
explicadas anteriormente. Resta agora falarmos da
tipicidade.
Dois exemplos: quando o fato narrado é formalmente
atípico (ex.: adultério) ou na hipótese de incidência do
princípio da insignificância (atipicidade material).
 Excludente de ilicitude art. 397, I, CPP
A conduta do acusado, apesar de ser típica (conduta
dolosa ou culposa, omissiva ou comissiva, com nexo
de causalidade e resultado jurídico nos crimes
materiais, não é ilícita pois está amparada por alguma
excludente de ilicitude, previstas no art. 23 do Código
Penal (legítima defesa, estado de necessidade, estrito
cumprimento do dever legal e exercício regular de
direito.);
 Excludente de culpabilidade art. 397, II, do
CPP
Erro de proibição, coação moral irresistível, obediência
hierárquica, são hipóteses de excludentes de
culpabilidade. Com base na existência de alguma
dessas circunstâncias, o réu poderá pleitear a sua
absolvição sumária. Se o réu for menor de idade, faça
prova disso pois a inimputabilidade pela menoridade
pode ser provada neste momento e exclui a
culpabilidade penal. Neste caso, o processo deve ser
encaminhado ao Ministério Público da Infância e da
Adolescência para a tomada das medidas cabíveis com
base no Estatuto da Criança e do Adolescente - Lei
8.069/1990.
As causas de exclusão da culpabilidade, ou dirimentes,
são as seguintes:
a) inimputabilidade;
b) ausência de consciência da ilicitude;
c) inexigibilidade de conduta diversa.
São exemplos de exclusão da culpabilidade o erro de
proibição (CP, art. 21) e a coação moral irresistível
(CP, art. 22).
O art. 397 faz ressalva em relação ao inimputável, e a
razão é a seguinte: caso o réu seja, por exemplo,
esquizofrênico, a ponto de não ter discernimento do
que fez, o juiz o absolverá (absolvição imprópria). No
entanto, ele será submetido a medida de segurança.
Para que se conclua pela inimputabilidade, é
necessário o prosseguimento da ação para o
julgamento do respectivo incidente (veja o art. 149 do
CPP). Por esse motivo, não é possível absolvê-lo
sumariamente, com imposição de medida de
segurança, com fundamento em inimputabilidade.
 Extinção da punibilidade art. 397, IV, CPP
NUNCA, em peça alguma, deve ser pedida a
absolvição do réu por causa de extinção da
punibilidade (veja o art. 107 do CP). Se, por exemplo,
prescrito o crime, o pedido deve ser o de declaração da
extinção da punibilidade pela prescrição, e não a
absolvição. A única exceção: em resposta à acusação,
deve ser pedida a absolvição sumária do acusado, com
fundamento no art. 397, IV.
5.3 Outras teses:
 Rejeição da inicial: a resposta à acusação é a
peça cabível após o recebimento da petição inicial.
Portanto, em tese, não seria possível pedir a rejeição da
petição inicial.
No entanto, veja o seguinte julgado do STJ, publicado
no informativo de n. 522: “O fato de a denúncia já ter
sido recebida não impede o juízo de primeiro grau de,
logo após o oferecimento da resposta do acusado,
prevista nos arts. 396 e 396-A do CPP, reconsiderar a
anterior decisão e rejeitar a peça acusatória, ao
constatar a presença de uma das hipóteses elencadas
nos incisos do art. 395 do CPP, suscitada pela
defesa.”.
Portanto, caso o enunciado traga hipótese de não
recebimento da petição inicial, nos termos do art. 395
do CPP, não deixe de alegá-la em sua resposta à
acusação.
 Exceções: as exceções estão no art. 95 do
CPP:
a) suspeição;
b) incompetência;
c) litispendência;
d) ilegitimidade da parte;
e) coisa julgada.
Segundo o art. 396-A, § 1º, as exceções devem ser
processadas em apartado. Portanto, deve o advogado
oferecer a resposta e, separadamente, a petição da
exceção.
 Nulidades: as nulidades estão no art. 564 do
CPP, e podem ser alegadas em resposta. Ressalto,
contudo, que, neste caso, o leitor não pedirá a
absolvição, mas a anulação do ato viciado.
 Desclassificação: o STJ tem aceito que o
magistrado altere a classificação do crime no momento
do recebimento da denúncia. Portanto, é possível, em
resposta, pedir a desclassificação de um crime para
outro – por exemplo, de homicídio para lesão corporal.
MODELO DE RESPOSTA À ACUSAÇÃO
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE
DIRIETO DA ... VARA CRIMINAL DA COMARCA
DE ...
Processo número ...
Flávio Cardoso, já qualificado nos autos do
processo em epígrafe que lhe move a Justiça Pública,
por meio de seu advogado que esta subscreve
(procuração anexa), vem à presença de Vossa
Excelência com fulcro nos artigos 396, 396-A, do
Código de Processo Penal apresentar RESPOSTA
ESCRITA À ACUSAÇÃO, pelas razões de fato e de
direito a seguir apresentadas.
1 DOS FATOS
Narram os autos que o imputado foi indiciado
e denunciado pelo crime de furto qualificado,
deflagrando-se a relação jurídica processual.
Mesmo sob o argumento de que não estava no
país à época do crime, esta tese não se sensibilizou um
órgão ministerial de forma que a denúncia foi
oferecida ao juízo criminal.
Diante da inicial acusatória, o magistrado
exerceu juízo negativo de admissibilidade, rejeitando a
peça. Inconformado, o Ministério Público apresentou o
competente recurso que foi provido pelo Tribunal de
Justiça mesmo sem contrarrazões defensivas.
2 DO DIREITO
1.1 Preliminar
Preliminarmente requer o reconhecimento da
nulidade absoluta do processo, por ausência de
notificação para contrarrazões defensivas ao recurso
acusatório.
É sabido que o princípio do contraditório é
escudo protetivo assegurado pelo texto constitucional.
A sua ofensa compromete a dialética processual e
provoca manifesto prejuízo
Não é outro o entendimento do Supremo
Tribunal Federal que intransigente com o arbítrio na
gestão da persecução penal editou o enunciado número
707 de sua Súmula, valendo a transcrição: “Constitui
nulidade a falta de intimação do denunciado para
oferecer contrarrazões ao recurso interposto da
rejeição da denúncia, não a suprindo a nomeação de
defensor dativo.”
1.2 Do mérito
A responsabilidade criminal na atual ordem
constitucional exige prova da autoria do crime e da
respectiva materialidade, denotando o binômio para
eventual condenação.
No caso em tela, percebe-se claramente a
demonstração cabal de que o agente não concorreu
para o delito estando fora do país no momento do
acontecimento fático.
A certeza quanto a negativa de autoria, já
autoriza a sumária absolvição do réu, em verdadeiro
julgamento antecipado do mérito, sem a necessidade
da realização de audiência de instrução e julgamento
por força da teleologia (finalidade) do artigo 397 do
Código de Processo Penal.
3. DO PEDIDO:
Diante do exposto, requer a Vossa Excelência
por força do artigo 397 do Código de Processo Penal o
seguinte:
a) O reconhecimento da preliminar suscitada,
declarando-se a nulidade absoluta do processo
por ausência de notificação para contrarrazões
defensivas;
b) no mérito requer a absolvição sumária do réu e o
reconhecimento da sua inocência por estar
patenteada a negativa de autoria;
c) requer ainda, na eventual ocorrência de
audiência de instrução e julgamento, a
notificação oportuna das testemunhas abaixo
arroladas.
Diante do exposto,
Pede deferimento.
Local ..., 21 de setembro de 2012.
.......................................................
Previsão Artigos 396 e 396-A, do Código
legal de Processo Penal.
Rol de testemunhas
Prazo 10 (dez) dias, a partir da citação
1) ...; 2 ...; 3 ...; 4 ...; 5...; 6 ...;
(se citado pessoalmente) ou a
partir do comparecimento ao
processo (se citado por edital).
Formato da Peça única dirigida ao juiz da
peça causa.

Competência Juízo da causa. Ainda que uma

/ atribuição das teses seja a de incompetência
do juízo, deve a resposta à
acusação ser ofertada àquele no
qual a ação foi proposta e
tramita.
Legitimidade Trata-se de peça privativa da
defesa, que deve ser ofertada
pelo acusado, por intermédio do
seu defensor.
Hipóteses de Artigo 396, caput, Código de
cabimento Processo Penal. A defesa deve
apresentar todas as teses que
sejam de seu interesse, incluindo
material preliminar, de mérito e
rol de testemunhas, de acordo
com o procedimento adotado.
Conteúdo A resposta à acusação deve ser
dividida em três partes:
a) Fatos
b) Direito
c) Pedido
Pedido Um dos objetivos principais a
genérico alcançar é a absolvição sumária,
cujas hipóteses estão elencadas
no artigo 397, do Código de
Processo Penal. Também podem
ser arguidas nulidades, de acordo
com o enunciado proposto.
Peculiaridad É obrigatória a apresentação de
e resposta à acusação pela defesa,
sob pena de nulidade, em razão
de cerceamento de defesa. Caso
não seja apresentada pelo
defensor que patrocina os
interesses do acusado, o juiz
deve nomear advogado ad hoc.
É importante que se peça a oitiva
das testemunhas em caráter de
imprescindibilidade, a fim de
que possa haver substituição, no
caso de ausência de uma delas,
por exemplo.

Advogado ... OAB nº ...