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A imigração europeia
Ao longo do período Imperial, existiram várias políticas relacionadas ao estímulo à
imigração, sobretudo voltadas à ocupação de áreas de fronteiras, pouco habitadas, e ao trabalho
nas fazendas de café.
O interesse na imigração
A elite cafeicultora tinha interesses divergentes quanto à vinda de imigrantes. Para alguns
fazendeiros não importava a nacionalidade, etnia ou religião, desde que trabalhassem. Já para
alguns cafeicultores, políticos influentes ou funcionários do Império, essa seria uma oportunidade
de “civilizar”, “branquear” e “modernizar” a sociedade brasileira, aderindo às teorias raciais que
estavam circulando na época s0obre a superioridade dos europeus sobre outros povos.
Para esse grupo, somente os europeus seriam capazes da dupla tarefa de trabalhar
disciplinarmente nas fazendas e, ainda, civilizar a sociedade. Além disso, em razão das crises
econômicas e sociais nos países da Europa, prosperar na América era o sonho de muitos
trabalhadores europeus que mal conseguiam sobreviver em seus países de origem.
A partir de 1880, a maioria dos imigrantes que desembarcaram no Brasil era italiana,
espanhola e alemã. Entretanto, vieram também russos, chineses, sírio-libaneses, turcos, japoneses,
entre outros.
O sistema de parceria
Um dos projetos do governo imperial para incentivar a imigração foi a criação das colônias
de parceria. Proposto na década de 1840, pelo senador e fazendeiro Nicolau Pereira de Campos
Vergueiro, esse sistema de parceria estabelecia que a família de imigrantes, ao chegar ao Brasil,
fosse empregada nas fazendas de café, onde deveria trabalhar por meio pelo menos quatro anos
para saldar as despesas de viagem.
Cada família recebia determinado número de mudas de café pelas quais seria responsável.
Todos deveriam trabalhar: adultos e crianças. Lucros e prejuízos seriam divididos entre imigrantes e
fazendeiros.
No início, o sistema de parceria funcionou bem, porém os constantes atritos entre
fazendeiros (pouco acostumados com contratos de trabalho e com a divisão dos lucros) e
imigrantes europeus (endividados e trabalhando dia e noite) minaram o projeto.