Você está na página 1de 9

ÍNDICE

EMBRIOLOGIA OCULAR ..................................................................................2

REFERÊNCIAS...................................................................................................8

ÍNDICE DE FIGURAS

Figura 1 – Cortes de embrião de frango .............................................................. 2

Figura 2-............................................................................................................. 3

Figura 3 -............................................................................................................... 4
Figura 4 - ............................................................................................................ 4

Figura 5 - ............................................................................................................ 4

Figura 6 - ............................................................................................................ 5

Figura 7 - ............................................................................................................ 5

Figura 8 - ............................................................................................................ 5

Figura 9 - ............................................................................................................ 5

Figura 10 - .......................................................................................................... 7

ÍNDICE DE TABELAS

Tabela 1 - Tecidos .............................................................................................. 3

Tabela 2 - ........................................................................................................... 7

1
Módulo 02
Aula 01 – Curso Básico de Oftalmologia

Dr. Felipe Branco

Embriologia Ocular

A figura ao lado mostra os cortes do embrião de frango nas diferentes


fases da neurulação. Observe que o ectoderma superficial é separado do
neuroectoderma da placa neural através da crista neural. A placa neural
invagina-se e forma o tubo neural primitivo, e as cristas neurais se unem,
permanecendo agora a camada de ectoderma contínua acima.

As células da crista neural


Figura 1 - Cortes de embrião de frango
desprendem-se e migram para
em torno do olho, em duas fases
ou duas ondas.

No início acreditava-se que


a maior parte do tecido
mesenquimal dos olhos e anexos
oculares era proveniente do
mesoderma, mas foi comprovado
posteriormente que as células da
crista neural são as principais
formadoras de tecido conjuntivo
no olho humano.
Fonte: livro Bases da Oftalmologia vol. 2, CBO.
Durante a diferenciação do
sistema nervoso central do embrião humano, temos o encéfalo sendo formado
por 3 vesículas primárias: o Prosencéfalo, o Mesencéfalo e o Rombencéfalo. Do
Prosencéfalo se originam o Telencéfalo e o Diencéfalo. É do Diencéfalo que se
origina o olho. Deste surgem evaginações no 24º dia: as duas vesículas ópticas,
que formarão os dois olhos. Seu primórdio já pode ser observado no 22º dia. Os
tecidos envolvidos são:

2
Tabela 1 - Tecidos

Lateral
Ectoderma Crista neural
Neuroectoderma
Mesoderma

Figura 2 -

Fonte: livro Bases da Oftalmologia vol. 2, CBO.

Na 4a semana, parte do ectoderma superficial se diferencia, formando o


placoide lenticular. As vesículas ópticas invaginam-se e formam o cálice óptico.
As células da crista neural entram junto com a invaginação. O placoide lenticular
acompanha este processo e se destaca do ectoderma superficial, formando a
vesícula lentis que dará origem ao cristalino.
A camada externa do cálice óptico dará origem ao epitélio pigmentar da
retina (EPR) e a interna à retina neurossensorial. O ectoderma, mais externo,
formará as camadas anteriores da córnea e esclera.

3
Figura 3 - Figura 4 -

Fonte: livro Bases da Oftalmologia vol. 2, CBO.

No cálice óptico forma-se uma fenda, a fissura embrionária, que fica


inferior e anteriormente, por onde passam vasos sanguíneos. Posteriormente os
lábios desta fissura devem soldar-se, e o último remanescente da extremidade
posterior da fissura é o sitio de entrada dos vasos do nervo óptico. Quando isso
não ocorre, encontramos o coloboma de íris, cristalino, coroide e nervo óptico,
isolados ou em conjunto.
As células da camada anterior do cristalino continuam sendo cúbicas e as da
metade posterior prolongam-se para frente, com seus núcleos indo até o centro
da cavidade. Estas formarão as fibras primárias, que originarão as fibras
secundárias com o aumento da concentração proteica. Suas extremidades são
unidas formando um Y anterior e um Y invertido posterior. O núcleo embrionário
perdura por toda a vida. O vítreo primário nutrirá o cristalino.

Figura 5 -

Fonte: livro Bases da Oftalmologia vol. 2, CBO.

4
Figura 6 -

Fonte: livro Bases da Oftalmologia vol. 2, CBO.

A córnea é formada inicialmente pelo epitélio e endotélio. O epitélio


provém do ectoderma superficial e o endotélio das células da crista neural que
migraram para dentro do cálice óptico. Uma segunda onda de migração de
células de crista neural penetra no espaço acelular entre as duas estruturas,
formando as camadas estromais. A camada de Bowman e a membrana de
Descemet serão formadas posteriormente. As células da crista neural também
formarão o trabeculado do seio camerular e do canal de Schlemm, bem como a
parte anterior da esclera onde serão inseridos os músculos retos. A esclera,
formada pela crista neural em sua maior parte, é um dos últimos tecidos a se
desenvolver. A única porção da esclera que é formada por mesênquima é a
temporal.
Na íris e corpo ciliar, o crescimento do neuroectoderma da borda do cálice
óptico forma os epitélios destas duas estruturas. Na íris, muito mais tarde, a
camada celular que procede do epitélio pigmentar do cálice óptico dará lugar aos
músculos esfíncter e dilatador da pupila. O estroma iriano, o estroma do corpo
ciliar e os músculos ciliares são formados do mesênquima da crista neural. O
estroma da coroide também provém da crista neural.

Figura 7 – Figura 8 - Figura 9 -

Fonte: livro Bases da Oftalmologia vol. 2, CBO.

5
O limbo e seio camerular se formam do acúmulo de células estromais da
esclera e, portanto, da crista neural. Somente no 8º mês o seio venoso da esclera
se conecta com o canal de Schlemm. Somente durante o primeiro ano de vida
que o ângulo camerular adquire a configuração normal. Portanto, a diferenciação
das estruturas de filtração ocorre um pouco antes do nascimento e seu
desenvolvimento continua na vida extrauterina.
O cálice óptico é composto por duas camadas neuroectodérmicas que
formarão o EPR no folheto externo e a retina no folheto interno. O folheto interno
contém as camadas neuroblásticas interna e externa e, entre elas, existe a
camada de Chievitz. A camada neuroblastica interna dará origem às células
ganglionares, amácrinas e células de Muller. A camada neuroblástica externa
dará origem às células bipolares, horizontais e fotorreceptores. No 6º mês a
mácula é mais espessa que toda a retina, e seu desenvolvimento completo só
ocorrerá após o 4º mês de vida extrauterina.
O vítreo se origina do ectoderma, neuroectoderma e crista neural. O vítreo
primário, vascularizado, origina-se da retina, do epitélio lenticular e do sistema
hialoideo. É aderido ao redor do disco óptico. Seu vestígio pode ser detectado
quando existe o canal de Cloquet no exame oftalmológico.
O vítreo secundário é o definitivo, ficando ao redor do vítreo primário. O
vítreo terciário constitui a zônula.

Figura 10 –

O sistema
hialoide é eliminado
antes do nascimento.
A artéria hialoide é Fonte: livro Bases da Oftalmologia vol. 2, CBO.

ramo da artéria oftálmica dorsal primitiva, que vai até o polo posterior da lente
pela fissura orbitária. Os vasos da retina também se originam da artéria hialoide,
através dos ramos superiores e inferiores da artéria central da retina.
O pedúnculo óptico comunica a vesícula ao cérebro. Este tem sua porção inferior
inicialmente aberta. Vai sendo preenchido por axônios e células gliais que
crescem da retina em direção ao cérebro. O desaparecimento da artéria hialoide
e das glias geram a escavação fisiológica. As 3 bainhas desenvolvem-se da
crista neural.

6
A coroide origina-se ao redor da quarta semana, através de vasos que
circundam as vesículas ópticas, provenientes das carótidas e artéria oftálmica.
Na órbita, a crista neural origina os ossos, gordura, bainha dos nervos e cápsula
do tendão dos músculos. Os músculos extraoculares provêm do mesoderma. Os
músculos retos formam-se antes dos oblíquos e o elevador da pálpebra superior
é o último a se formar.
O ectoderma superficial origina pele, conjuntiva, glândulas, cílios e
aparelho lacrimal. Tarso e tecidos conjuntivos surgem da crista neural e o
músculo orbicular do mesoderma. No 3º mês as pálpebras se fundem e no 7º se
separam.

Tabela 2 -
Mesoderma Ectoderma Neuroectoderma Células da Crista Neural
superficial
Esclera Pálpebras e Epitélios irianos Córnea Esclera (exceto
temporal carúncula (estroma e temporal)
endotélio)
mm. Glândula e Epitélios ciliares Rede Bainhas/tendões
extraoculares sistema lacrimal trabecular de mm.
Extraoculares
Vítreo Conjuntiva Retina sensorial Íris (tecido Bainha/meninges
conjuntivo) do nervo óptico
Camadas Córnea (epitélio) EPR e vítreo Músculo ciliar Órbita e gânglio
íntimas do ciliar
endotélio Lente e vítreo Nervo óptico Estroma Camadas
vascular (axônio e glia) coroideo adventícia e média
vasculares

7
REFERÊNCIAS

Série oftalmológica brasileira. Bases da Oftalmologia volume II. Conselho


Brasileiro de Oftalmologia. 2. ed. Rio de Janeiro: Cultura Médica: Guanabara
Koogan, 2011.

Essencial em Oftalmologia. Rio de Janeiro: Cultura Médica: Guanabara Koogan,


2011.

Você também pode gostar