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SUMÁRIO PÁGINA
1. Tipos de sujeito 1
2. Concordância do verbo de ligação “ser” 20
3. Concordância com o pronome relativo 20
4. Concordância com o sujeito oracional 24
5. Concordância utilizando o pronome apassivador 27
6. Concordância nominal 36
7. Lista de questões da banca VUNESP 47
8. O que devo tomar nota como mais importante? 71
9. Gabarito 81
Concordância nominal
Concordância nominal
Concordância verbal
Primeiramente, veremos a concordância verbal. Para isso, é importante
sabermos diferenciar os tipos de sujeito, o qual pode ser determinado,
indeterminado e há ainda as orações formadas sem sujeito (sujeito
inexistente).
Como nossa intenção não é decorar os tipos de sujeito, mas saber a
flexão do verbo a partir deles, o assunto concordância será visto dentro dos
tipos de sujeito, para que sejamos bem didáticos e não tenhamos dúvida para
a prova. Vamos a eles:
1. Determinado: É o sujeito que se pode identificar com precisão a partir da
concordância verbal ou do contexto. Pode dividir-se em:
1.1. Simples: constituído de apenas um núcleo (palavra de valor substantivo).
Uma boa Constituição é desejada por todos.
Adj Adn Adj Adn núcleo
sujeito simples predicado
Verbo concorda com o número quando esse estiver sem o termo posposto:
1% chegou mais tarde.
2% fizeram a margem consignável.
h) Quando o sujeito for número fracionário, o verbo concorda com o
numerador:
1/4 da turma faltou ontem.
3/5 dos candidatos foram reprovados.
Comentário: Veja abaixo que a expressão “desse profissional” faz com que
três outras palavras que se referem a ela também sejam flexionadas.
É indiscutível a importância das contratações de profissionais com deficiência
para a economia do Brasil. Além da geração de emprego, a inclusão desse
profissional no mercado de trabalho contribui para trazer-lhe dignidade. Ao
incluí-lo, não estamos apenas ofertando um salário, mas também a
oportunidade de se reabilitar socialmente e psicologicamente.
Assim, a alternativa (D) é a correta.
Gabarito: D
C) levaram – saíram
D) levaram – saiu
E) levava – saía
Comentário: A primeira lacuna deve ser preenchida por um verbo no
singular, pois o sujeito é “o grupo”. Assim, eliminamos as alternativas (C) e
(D).
A segunda lacuna deve ser preenchida por um verbo no plural, haja
vista a concordância com o sujeito plural “61% dos imigrantes italianos”.
Assim, eliminamos também as alternativas (B) e (E), sobrando a (A) como a
correta. Veja:
... o grupo em que vieram os primeiros moradores de Nova Milano levou três
meses e oito dias para chegar ao Rio de Janeiro. Entre 1876 e 1901, saíram
de Gênova 61% dos imigrantes italianos.
Gabarito: A
haja repetição da palavra “alunos”. Por esse motivo, temos o sujeito elíptico,
que significa omissão. Ele depende exclusivamente do contexto, sem ele não
há sujeito elíptico, mas sim, sujeito indeterminado.
Algumas gramáticas admitem a elipse fazendo parte do sujeito oculto.
Para essas gramáticas, o sujeito oculto (ou desinencial) é mais amplo, não
necessita possuir verbo na primeira ou segunda pessoas, mas também admite
a terceira. Basta que não haja literalmente a palavra no texto, mas esteja
facilmente subentendida.
2. Sujeito Indeterminado
Quando não se quer ou não se pode identificar claramente a quem o
predicado da oração se refere. Há dois casos:
a) Com o verbo na terceira pessoa do plural sem o sujeito escrito no texto:
Falaram bem de você. Colocaram o anúncio. Alugaram o apartamento.
Observe que não há referência a outra palavra como o verbo do sujeito elíptico
faz.
b) Com o índice de indeterminação do sujeito se e verbo no singular:
Precisa -se de ajudantes.
VTI IIS objeto indireto
A) Apenas I e III.
B) Apenas II e IV.
C) Apenas III e IV.
D) Apenas I, II e III.
E) I, II, III e IV.
Comentário: A primeira afirmação está correta, pois a primeira lacuna pode
ser preenchida pela conjunção “porque”, haja vista que o motivo de o
bullying acontecer é o bullie (aquele que ataca o colega) querer visibilidade e
poder.
A segunda afirmação está errada. A conjunção condicional “se” força o
verbo “haver”, neste contexto, a flexionar-se no futuro do subjuntivo
(houver), haja vista que os verbos da oração principal encontram-se no futuro
do presente do indicativo: “terá” e “acontecerá”. Veja:
Se não houver uma plateia, o bullying não terá sentido e não acontecerá",
explica.
A terceira afirmação está correta, pois cabe a expressão pronominal
interrogativa “por que” ou “por qual motivo” ou “por qual razão”. Veja:
"Nessas aulas, os alunos discutem temas como emoções, como se comportar
em grupo, como defender alguém em apuros e por que as pessoas são
diferentes", relata Johanna. (“por qual motivo” ou “por qual razão”)
A quarta afirmação está errada, pois o verbo haver, no sentido de
existir, não tem sujeito e não pode se flexionar no plural. A expressão
composta “um site e um guia específico para os pais” é apenas o objeto
direto. Veja:
Também há um site e um guia específico para os pais.
Assim, a alternativa correta é a (A).
Gabarito: A
Pronome pessoal > substantivo próprio de pessoa > substantivo concreto >
substantivo abstrato > pronome indefinido, demonstrativo ou interrogativo
Tu és Maria. Maria és tu.
Tu és minhas alegrias. Minhas alegrias és tu.
Maria é minhas alegrias. Minhas alegrias é Maria.
As terras são a riqueza. A riqueza são as terras.
Emoções são tudo. Tudo são emoções.
Às vezes, pode-se subverter a regra por motivo de ênfase:
"Tudo é flores no presente" (Gonçalves Dias)
Você viu em aulas anteriores que o pronome relativo inicia uma oração
subordinada adjetiva e serve para retomar um substantivo anterior. Ele pode
cumprir várias funções sintáticas e a que nos interessa nesta aula é a de
sujeito:
Conversei com o fundador da instituição que cuida de crianças carentes.
A oração grifada possui o verbo “cuida”, o qual é transitivo indireto. Seu
objeto indireto é “de crianças carentes”. Assim o termo que falta é o sujeito.
Perceba que o pronome relativo “que” retoma o substantivo “instituição”.
Assim, quando lemos “que”, entendemos “instituição” e então teremos: “a
instituição cuida de crianças carentes”. Veja:
objeto indireto
sujeito VTI
Conversei com o fundador da instituição que cuida de crianças carentes.
objeto indireto
sujeito VTI
Conversei com o fundador da instituição. A instituição cuida de crianças carentes.
Agora passamos a ter duas orações (dois verbos: “É” e “estude”), por
isso temos um período composto. Veja que antes tínhamos o sujeito “o estudo
organizado”, agora temos o sujeito oracional “que você estude
organizadamente”.
Tudo isso foi visto com a única e exclusiva intenção de você perceber
que toda vez que tivermos um verbo referindo-se ao sujeito oracional,
obrigatoriamente deverá permanecer na terceira pessoa do singular.
Isso é preciso.
Isso parece estar comprovado.
Convém que você fique. Isso convém.
VI + sujeito oracional
Isso é preciso.
Parece ser ela a pessoa indicada.
VI + sujeito oracional (oração reduzida de infinitivo)
Isso parece estar comprovado.
Isso parece.
Coube-nos sustentar aquela informação. Isso nos coube.
VTI + OI + sujeito oracional (oração reduzida de infinitivo)
A) vem – se vê
B) veem – vê-se
C) vêm – vê-se
D) vem – vê se
E) veem – se vê
Comentário: Para preencher a primeira lacuna, devemos notar que, apesar
de a expressão partitiva em “a maior parte dos candidatos” permitir a flexão
do verbo no singular ou plural, os demais verbos do período, como “estudou”
e “trabalha” fazem referência ao mesmo sujeito e se encontram no singular.
Assim, por paralelismo, a primeira lacuna também deve possuir verbo no
singular: “vem”. Veja:
...a maior parte dos candidatos vem de famílias de baixa renda e pouca
escolarização, estudou em escola pública e, amiúde, trabalha para pagar a
graduação.
Dessa forma, eliminamos as alternativas (B), (C) e (E).
A segunda lacuna deve ser preenchida com verbo no singular, pois o
sujeito é o termo singular “professor”. Veja:
De fato, outros estudos confirmam que o professor ampara-se em valores
altruístas e se vê como um agente de transformação social, o que reforça a
ligação entre a docência e o prazer de trabalhar com a aprendizagem.
Devemos notar que, quando o pronome átono se encontra após o verbo,
deve ser empregado o hífen. Assim, para que a alternativa (D) fosse correta,
deveria haver a seguinte forma: vê-se.
Por tudo isso, a alternativa correta é a (A).
Gabarito: A
Veja o esquema:
Simples, não é?
Bom, e quando temos o sujeito indeterminado? Naturalmente o agente da
passiva também será indeterminado.
Veja:
Voz ativa (sujeito agente)
Realizaram a prova.
VTD
sujeito indeterminado OD (paciente)
agente
Voz passiva (sujeito paciente)
A prova foi realizada.
VTD
sujeito paciente agente da passiva indeterminado
Quando houver uma locução verbal na voz ativa, basta inserir o verbo
“ser” na mesma forma nominal do verbo principal, para que este verbo
principal fique no particípio.
Veja:
O candidato tem realizado a prova.
Agora vamos juntar essas vozes verbais para ficar tudo mais claro. Veja:
A concordância nominal
Gabarito: D
Mas a maior parte das garantias a esse comércio só será dada se o boi tiver
atendimento e origem comprovada.
Mas a maior parte das garantias a esse comércio só será dada se o boi tiver
atendimento e origem comprovados.
Assim, não cabe a flexão “comprovado”.
A alternativa (D) está errada, pois o pronome indefinido “bastante” deve
se flexionar de acordo com o substantivo “garantias”. Além disso, o sujeito
“1,98% do rebanho” só apresenta termo singular, por isso o verbo não pode
se flexionar no plural. Veja a correção:
Mas esse comércio só tem bastantes garantias se 1,98% do rebanho tiver
origem comprovada.
A alternativa (E) está errada, pois há duas raças: caracu e nelore.
Assim, o núcleo do sujeito deve se flexionar no plural e o verbo também. Na
estrutura sintática, não cabe a locução verbal da voz ativa “tiver vacinada”.
Note que as raças é que são vacinadas. Assim, podemos estruturar tal locução
verbal da seguinte forma:
Mas poucos de nós só daríamos garantias a esse comércio se as raças caracu
e nelore tiverem sido vacinadas.
Mas poucos de nós só daríamos garantias a esse comércio se as raças caracu
e nelore estiverem vacinadas.
Gabarito: B
Vamos lá?!
A alternativa (B) está errada, pois o verbo “durava” deve concordar com
o núcleo do sujeito plural “mandatos”. Veja a correção:
Os mandatos de senador e deputado duravam tempo diferente, sendo mais
longos o dos primeiros.
A alternativa (C) está errada, pois o verbo haver, no sentido de existir, é
impessoal e não pode se flexionar no plural. O termo “Senado e Câmara de
Deputados” é apenas o objeto direto. O verbo “apoiavam” e o predicativo
“confiantes” devem concordar com o sujeito singular “o povo”. Veja a
correção:
Na Bruzundanga havia Senado e Câmara de Deputados, que o povo, em
massa, apoiava confiante.
A alternativa (D) está errada, pois o verbo fazer, no sentido de tempo
decorrido, é impessoal e não pode se flexionar no plural. Veja a correção:
Naquele ano, isto já fazia dez anos, surgiu um deputado muito bem falante
em assuntos financeiros.
A alternativa (E) é a correta, pois os verbos e adjetivos concordam com
seus respectivos referentes. Confirme:
Todas as repúblicas que se prezam possuem Senado e Câmara escolhidos
pelos cidadãos, o mais possível confiantes em seus representantes.
Gabarito: E
(D) A maior parte dos paulistanos, contudo, não são de jogarem a toalha –
acha preferível elas serem estendidas e deitar-se em cima, caso lhe seja
dado dois metros de chão.
(E) Para os paulistanos, não se joga a toalha – é preferível que seja estendida,
para que possam deitar-se sobre ela, caso lhes sejam dados dois metros
quadrados de chão.
Comentário: A alternativa (A) está errada, porque o sujeito só apresenta
palavras no número singular. Assim, o verbo “são” deve se flexionar no
singular. Além disso, os verbos “acham” e “deitarem”, além do pronome
“eles”, referem-se à mesma expressão singular, fazendo com que se
flexionem no singular. O adjetivo “preferível” é o predicativo do objeto direto
oracional. Assim, deve se flexionar no singular. O verbo “dê” é transitivo
direto e indireto, o pronome “se” é apassivador, o termo “a eles” é o objeto
indireto e o sujeito paciente “dois metros de chão” força tal verbo ao plural.
Veja a correção:
Mais de um paulistano não é de jogar a toalha – acha preferível estendê-la e
se deitar em cima, caso se deem a ele dois metros de chão.
A alternativa (B) está errada, pois o adjetivo “preferíveis” ocupa a
função de predicativo do objeto direto, o qual se apresenta como orações
subordinadas substantivas objetivas diretas e coordenadas entre si “estendê-
la e se deitar em cima”. Dessa forma, tal adjetivo não pode se flexionar no
plural. Note que os verbos “jogam” e “acham” concordam com a expressão
plural “Os paulistanos”.
O verbo “deem” é transitivo direto e indireto, seu sujeito é
indeterminado, “lhes” é o objeto indireto e se refere a “paulistanos” e “dois
metros quadrados de chão” é o objeto direto.
Os paulistanos não jogam a toalha – acham preferível estendê-la e se deitar
em cima, caso lhes deem dois metros quadrados de chão.
A alternativa (C) está errada, pois a expressão de porcentagem e o
adjunto adnominal se encontram no plural, o que força os verbos referentes
ao plural. Além disso, a expressão “dois metros quadrados de chão” é o
sujeito paciente da locução verbal da voz passiva “seja dado”, por isso deve
também se flexionar no plural. Note também que o pronome “elas” deve
concordar com “toalha”.
Cem por cento dos paulistanos não jogam a toalha – acham preferível
estendê-la para que se deitem sobre ela, caso sejam dados a eles dois
metros quadrados de chão.
A alternativa (D) está errada, pois, apesar de haver a expressão
partitiva “A maior parte dos paulistanos”, se o primeiro verbo referente se
flexiona no plural, os demais referentes também devem fazê-lo. Além disso, o
verbo “jogarem” se apresenta como infinitivo impessoal, por isso não deve se
flexionar. Ademais, a expressão “dois metros quadrados de chão” é o sujeito
paciente da locução verbal da voz passiva “seja dado”, por isso deve se
flexionar no plural. O pronome “elas” se refere ao substantivo “toalha”, por
isso deve se flexionar no singular, juntamente com seus referentes.
Gabarito: C
Voz ativa:
(sujeito agente) O candidato realizou a prova.
VTD
sujeito agente OD (paciente)
Bom, pessoal!
Chegamos ao fim de mais uma aula.
Abraço.
Terror
1B 2C 3B 4D 5E 6A 7B 8A 9B 10 C
11 A 12 B 13 B 14 C 15 E 16 D 17 C 18 C 19 B 20 C
21 D 22 E 23 C 24 D 25 C 26 D