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Eis uma palavra que surge sempre quando a conversa se volta para o uso (ou não) de
máscaras, ou quando se fala da reabertura de restaurantes e lojas, ou ainda da volta das
celebrações religiosas: liberdade.
Em maio, o jornal USA Today contabilizou mais de 1.300 ações, estaduais e federais,
movidas em resposta à pandemia, a maioria contestando as ordens de confinamento social e de
fechamento dos estabelecimentos. Muitos dos que resistem às medidas restritivas, que
pretendem retardar a disseminação do coronavírus, levantam objeção contra aquilo que
consideram medidas exageradas do governo, que estariam causando uma redução injusta das
liberdades essenciais. Essas objeções persistem mesmo quando, ainda que lentamente, o país
volta a reabrir o comércio e a indústria.
Liberdade não é fazer o que queremos. As escolhas que demonstram um amor pelo outro
– especialmente os mais vulneráveis – são exemplos da verdadeira liberdade. E, por outro lado,
as escolhas que se originam de um desejo de fazer o que quero, quando quero, sem considerar
como as minhas decisões podem afetar o outro, não são formas como a liberdade se apresenta.
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) iniciou na semana passada a discussão sobre incluir o
"abuso de poder religioso" como motivo para a cassação de políticos. Atualmente, o TSE
entende que apenas o abuso de poder político e econômico podem resultar na perda do
mandato. O debate, levantado pelo ministro Edson Fachin, ainda está em fase inicial, mas já
provocou forte reação nas redes sociais e mobilizou aliados do presidente Jair Bolsonaro, que
veem uma "caça às bruxas" contra o conservadorismo. O TSE já está na mira do Palácio do
Planalto por causa de oito ações que investigam a campanha de Bolsonaro à Presidência em
2018.
https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/politica/2020/07/02/interna_politica,86
8800/tribunal-superior-eleitoral-discute-punir-abuso-de-poder-religioso.shtml