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2 - PEEE - Introdução A Gestão de Projetos PDF
2 - PEEE - Introdução A Gestão de Projetos PDF
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Introdução a Gestão de Projetos
INTRODUÇÃO A GESTÃO DE
PROJETOS
Módulo 1 - Introdução .................................................................................................................4
Aula 1 - Introdução ...................................................................................................................4
Aula 2 - Definição de projetos ..................................................................................................4
Aula 3 - Diferença entre operação e projeto ...........................................................................5
Aula 4 - O que é Gerenciamento de Projetos? .........................................................................6
Aula 5 - Programas, Portfólios e Subprojetos ...........................................................................7
Módulo 2 - Contexto do Gerenciamento de Projetos ..................................................................9
Aula 1 - O Ciclo de Vida do Projeto ...........................................................................................9
Aula 2 - Os Stakeholders ou Partes Interessadas ...................................................................11
Aula 3 - Estruturas Organizacionais ........................................................................................14
Aula 4 - Habilidades Gerenciais ..............................................................................................21
Aula 5 - Processos do Gerenciamento de Projetos .................................................................24
Módulo 3 - Iniciação de Projetos ................................................................................................27
Aula 1 - O grupo de Processos Iniciação .................................................................................27
Aula 2 - Desenvolver o Termo de Abertura do Projeto ..........................................................27
Aula 3 - Métodos de Critérios de Seleção de Projetos ...........................................................30
Aula 4 - Desenvolver a Declaração de Escopo Preliminar .......................................................34
Módulo 4 - Planejamento de Projetos........................................................................................36
Aula 1 - O Grupo de Processos Planejamento ........................................................................36
Aula 2 - Planejamento do Escopo ...........................................................................................37
Aula 3 - Planejamento do Escopo - Plano de Gerenciamento ................................................39
Aula 4 - Planejamento do Escopo - EAP - Estrutura analítica de progresso ............................40
Aula 5 - Planejamento do Escopo - EAP e Pacotes de Trabalho .............................................43
Aula 6 - Planejamento do Tempo ...........................................................................................44
Aula 7 - Planejamento do Tempo - Atividades .......................................................................45
Aula 8 - Planejamento do Tempo - Precedências ...................................................................52
Aula 9 - Planejamento do Tempo - Diagrama de Rede ...........................................................54
Aula 10 - Planejamento do Tempo - Planejamento de recursos ............................................55
Aula 11 - Planejamento do Tempo - Estimativa de Duração de Atividades ............................56
Aula 12- Planejamento do Tempo - Cronograma ...................................................................58
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Introdução a Gestão de Projetos
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Introdução a Gestão de Projetos
Módulo 1 - Introdução
Aula 1 - Introdução
Olá, seja bem vindo ao curso Gestão de Projetos. Segundo o PMBOK> " o gerenciamento de
projetos é a aplicação de conhecimento, habilidades, ferramentas e técnicas às atividades do
projeto a fim de atender aos seus requisitos".
Neste curso apresentaremos algumas destas ferramentas e técnicas para ajudá-lo a conduzir
um projeto. A partir desses conhecimentos básicos poderá aplicá-lo no seu projeto de
eficiência energética bem como qualquer outra área onde a organização e planejamento sejam
necessários.
Bons estudos!
Todo esforço que é empreendido dentro de uma empresa para atingir um objetivo é chamado
trabalho. Os diversos trabalhos que são realizados em uma empresa podem ser classificados
em dois tipos diferentes: operações e projetos. Projetos estão ligados à criação, inovação e
mudanças. Operações estão ligadas ao trabalho rotineiro da empresa.
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As operações são esforços como a faxina, que é um trabalho que possui um objetivo
renovável: ela é um trabalho que será sempre repetido. Ao finalizar a faxina hoje, devemos
retornar amanhã para fazê-la de novo. repetindo os mesmos passos. Os projetos são os
empreendimentos que, tendo uma vez atingido o seu objetivo, geram um produto ou
resultado novo e são considerado finalizados. Imagine a criação de um software, ou de um
filme: ao finalizarmos, não precisamos retornar amanhã para fazê-los de novo, como a faxina.
Um projeto é definido como qualquer esforço temporário para criar um produto, serviço ou
resultado exclusivo. Temporário significa que todo e qualquer projeto tem o início, meio e fim
definidos. Exclusivo significa que o projeto se dedica a criar um resultado único. Por exemplo,
uma vez que uma casa foi construída, não é mais necessário construir essa mesma casa
novamente.
Os esforços que são definidos como operações são aqueles que são contínuos e repetitivos.
Contínuo significa que as operações não possuem um fim definido. Tipicamente, só terminam
se a empresa desejar. Repetitivo significa que, ao contrário dos projetos, que se dedicam a
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criar um resultado único, as operações são sempre repetidas da mesma forma gerando os
mesmos resultados. É o caso da faxina, do telemarketing, do suporte técnico e de uma linha de
montagem, entre outros exemplos.
O gerenciamento de projetos busca garantir seu resultado incluindo, entre muitos outros
esforços:
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Introdução a Gestão de Projetos
Todos os projetos são limitados por variáveis (ou requisitos) finitas. as mais importantes são o
tempo, o custo, a qualidade, e os escopo. Normalmente a qualidade e os escopo são
agrupadas em uma variável chamada performance.
É impossível alterar uma dessas variáveis sem alterar o mínimo uma outra.
Por exemplo, para ser possível ganhar tempo em um trabalho qualquer, somos forçados a
perder em custo (alocando mais pessoas), em qualidade (fazer com pressa) e/ou em escopo
(diminuindo a quantidade de trabalho, por exemplo entregando o produto incompleto).
Gerenciar vários projetos em conjunto de forme que uns gerem benefícios para outros é
gerenciar um programa. Isso normalmente ocorre quando os projetos são parecidos ou fazem
parte de um mesmo objetivo.
Um exemplo de programa: uma iniciativa do governo que possui vários projetos com o mesmo
objetivo em diferentes regiões.
Gerenciar um conjunto de projetos quando estes elementos não são relacionados uns com os
outros é gerenciar um portfólio.
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Usa-se o termo "gestão de portfólio" para atividades que envolvem examinar quais projetos
devem ser inclusos ou mesmo excluídos do portfólio segundo o que está definido na estratégia
atual da organização.
Ao dividir um projeto em componentes menores que podem ser gerenciados como projetos
semi-independentes, cada um destes componentes passa a ser chamado de subprojeto.
É comum criar subprojetos para partes de um projeto que serão terceirizadas, ou para facilitar
a gestão de projetos de porte muito grande.
Um exemplo seria o subprojeto das construções em um projeto maior que é a realização das
olimpíadas.
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Porém, realizar a gestão de todas essas atividades de uma vez só pode ser muito custoso e
complexo.
Além disso, ao realizarmos a gestão do projeto como um "bloco único" de tarefas, corremos o
risco de criar um produto final que não atende ao cliente: neste caso precisaríamos começar
tudo novamente.
Por isso, não gerenciamos o projeto como um grande "bloco único" de atividades. Nós
dividimos este "bloco" em diversos blocos menores de tarefas e focamos a gestão em um
bloco de cada vez. Esses blocos são chamados fases (As FASES são agrupamentos de tarefas
inter-relacionadas do projeto. Alguns autores utilizam a palavra ETAPAS com o mesmo
significado).
Dividir o projeto em fases facilita o seu gerenciamento e diminui o risco da não aceitação do
produto do projeto através de validações que ocorrem no fim de cada fase.
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Orientando à entregas, chegamos assim à conclusão que este projeto terá cinco fases: análise,
desenvolvimento de cadastros, desenvolvimento de relatórios, testes e implantação. No fim de
cada fase, a sua entrega [e validada pelos interessados do projeto: caso seja aprovada,
podemos passar à próxima fase.
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As fases não precisam estar necessariamente em seqüência: poderíamos, caso seja viável,
definir fases paralelas, que são executada ao mesmo tempo.
Não confunda com o ciclo de vida do produto, que inicia com projeto que o criou mas
tipicamente vai além: pode englobar outros projetos de atualização ou correção e tipicamente
segue até o momento em que o produto não é mais produzido.
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O gerente de Projetos não é o responsável por tomar todas as decisões do projeto. Ele pode
participar de algumas tomadas de decisão, mas seu principal papel é o de integrador. Ele é o
responsável pela coesão entre os trabalhos a serem realizados e as decisões a sarem tomadas
no projeto, ou seja, ele deve garantir que as diversas áreas do projeto (custo, tempo,
qualidade, etc) estão caminhando juntas, por isso, necessita de uma grande capacidade de
comunicação e de lidar com pessoas.
O cliente é o indivíduo, grupo ou organização que será o usuário direto do produto, serviço ou
resultado gerado pelo projeto. Em alguns casos, o cliente é, também, o patrocinador do
projeto.
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A Equipe de Projeto é formada por seus executores, ou seja, as pessoas que realmente "põem
a mão na massa" e realizam o trabalho planejado, alem de auxiliar no planejamento do
projeto.
Devemos sempre nos lembrar que todo projeto está inserido num contexto sócio-econômico-
ambiental mais amplo, por isso devemos sempre considerar outras partes interessadas como
governos locais, regionais e nacionais, a população em geral, parceiros e competidores no
mercado, etc.
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A Estrutura Funcional:
A estrutura funcional é baseada na idéia de que uma empresa funciona melhor se dividindo
em departamentos especializados. Esta é a estrutura mais antiga e mais comum de todas: cada
especialidade existente dentro da empresa (engenharia, financeiro, recursos humanos,
informática etc.) fica isolada em um setor específico, quase sempre fisicamente, onde se
concentram somente aqueles que dominam aquela disciplina. Casa setor possui um gerente
com amplos poderes nele e praticamente sem autoridade nos outros.
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A Estrutura Matricial:
Uma tentativa de diminuir o espírito de "cada departamento por si" existente na organização
funcional foi a definição da estrutura matricial. A idéia desta estrutura é ligada à idéia de uma
matriz: cada linha e cada coluna representa um departamento da empresa.
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- Estas classificações são feitas de acordo com o nível de importância e de poder dados ao
Gerente de Projetos frente aos Gerentes Funcionais nas organizações.
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A Estrutura Projetizada
Podem existir departamentos (ex: financeiro, informática, etc.), porém estes existem somente
para prover suporte e seguir as orientações dos gerentes de projetos.
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A escolha do gerente de um projeto é crucial para seu sucesso. Muitas vezes o gerente é
definido com base em critérios técnicos, como o conhecimento da área de aplicação,
ignorando-se a necessidade do candidato apresentar um perfil de fato gerencial. Muitas vezes
perdemos um bom técnico e ganhamos um mau gerente. Essa situação é comum e é chamada
de efeito auréola.
Comunicação
Liderança
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Negociação
Influência Organizacional
Resolução de Problemas
Podemos considerar a posição de gerente de um projeto uma posição que possui necessidades
políticas. Ele é o responsável por equilibrar os conflitos entre os diferentes stakeholders e
alinhar os interesses, agindo inclusive como a ponte entre a alta gerência e a execução técnica
do projeto.
O gerente de Projetos na maioria das vezes lida com recursos da organização sob os quais não
tem poder direto. Se não puder garantir o alinhamento e comprometimento destes recursos o
projeto torna-se inviável!
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Devemos nos lembrar que ser líder é diferente de ser gerente. Líder é o indivíduo focado em
pessoas, que tem a capacidade de inspirar outros e de estimulá-los a seguirem o seu caminho.
Gerente é uma posição hierárquica em uma organização, a qual infere o foco em resultados e
a necessidade de coordenar elementos para atingi-los. Uma pessoa não precisa ter um cargo
de gerente para ser um líder, e possui este cargo não significa necessariamente que ela o seja.
A NEGOCIAÇÃO é quase sempre associada à decisões monetárias, mas existe muito mais
fatores a serem negociados em um projeto, e esta é uma necessidade constante. Negocia-se
tempo, a alocação de recursos, o escopo, a qualidade e muitos outros pontos do projeto com
diversos stakeholders diferentes.
A boa prática prega que o principal objetivo de uma negociação não é ganhá-la e sim preservar
o bom relacionamento entre as partes.
A INFLUÊNCIA ORGANIZACIONAL não significa o mesmo que ''possuir poder formal dentro da
organização''. Este conceito está ligado ao entendimento que o gerente do projeto possui de
sua própria empresa, possibilitando-o a concretizar objetivos sabendo "quais botões apertar":
quais pessoas procurar, quais processos disparar, entre outros.
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Esta habilidade é, na verdade, formada por outras duas a identificação de problemas (separar
as causas das conseqüências) e a avaliação de alternativas. Ambas devem ser realizadas
sempre com o apoio técnico dos especialistas da área de conhecimento do projeto.
Processos existem para facilitar ações que precisam ser repetíveis e organizadas. Por exemplo,
toda escola possui um processo de matrícula. Sempre que alguém deseja estudar naquela
escola, são realizados um série de passos, sempre iguais, para se obter este resultado
(matricular a pessoa).
A atividade de gestão de projetos é organizada através de diversos processos que devem ser
empreendidos pelo seu gerente e colaboradores. Todos os processos ligados à gestão de
projetos pertencem a um dos cinco grupos de processos.
São eles:
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As informações iniciais levantadas para o projeto, mesmo antes deste começar, são obtidas
durante o esforço de iniciação, e são passadas para o planejamento
O fechamento formaliza o fim do projeto gerando sua base histórica e lições aprendidas para
permitir uma melhoria e contínua.
As fases do projeto são definidas pelo seu trabalho técnico. No exemplo anterior, definimos
fases de análise, de desenvolvimento, de teste, de implantação. Casa fase pode ser vista como
um pequeno projeto.
Desta maneira, os grupos de processo constituem um ciclo que se repete em casa fase.
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Analongamente, durante a realização do projeto, o grupo Iniciação será realizado em cada fase
para verificar e validar as suposições levantadas e decisões tomadas originalmente nos
processos que o compõem, autorizando formalmente o início de cada nova fase e mantendo o
foco do projeto nas necessidades de negócio para as quais ele foi criado.
Os processos que compõem o grupo iniciação, assim como suas principais características,
entradas , ferramentas, técnicas, e saídas serão discutidos a seguir.
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A seleção dos melhores projetos para a organização, o inicio de uma nova fase, ou mesmo a
decisão pelo aborto de um projeto, serão feitas com a participação de consultores ou
stakeholders, com conhecimento específico e especializado. Esta validação normalmente faz
uso de métodos de seleção de projetos, que serão discutidos a seguir.
O termo de Abertura (chamado de Project Charter em Inglês) é um documento que pode ser
visto como a certidão de nascimento do projeto.
Podemos concluir, desta forma, que qualquer trabalho só passa a ser considerado,
formalmente, como projeto a partir da emissão do termo de Abertura
Portanto, o Termo de Abertura deve ser emitido por um indivíduo, ou grupo, de nível
hierárquico mais elevado, o que lhe outorga autoridade e poder suficientes para iniciar novos
projetos e comprometer recursos da organização para realizá-los.
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Uma vez que o Termo de Abertura foi emitido, o projeto está iniciado.
Ele é o primeiro documento que define as metas, objetivos e escopo do projeto e, por isso,
será utilizado em momentos posteriores, a fim de guiar detalhamentos e aprimoramentos.
Caso necessário, ele pode ser modificado. Porém, isso ocorre apenas quando detectada a
necessidade real de mudança e se o pedido de mudança por aprovado pelas principais
stakeholders do projeto. A idéia, no entanto, é que ele seja amplo o suficiente para não
precisar ser modificado (maiores detalhes serão definidos em outros documentos, sem criar
discrepâncias entre estes e o Termo de Abertura)
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Não existe um formato padrão para o Termo de Abertura. Porém, existem algumas
orientações em relação ao seu conteúdo.
É comum uma organização ter diversos projetos em vista, porém, é raro que ela possua a
capacidade para realizar todos eles.
Para tornar a estratégia de uma organização em realidade, é necessário, então lançar mão de
alguns métodos de seleção de projetos, de modo a determinar quais dos possíveis projetos
disponíveis são os que melhor traduzem sua estratégia.
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Introdução a Gestão de Projetos
Definimos os critérios que deverão ser considerados para a escolha dos projetos - benefício
alcançado, lucratividade, risco, velocidade de retorno, experiência no assunto, aumento de
fatia de mercado, etc.
Definimos as escalas que serão utilizadas para os pesos dos critérios e para as pontuações de
cada projeto.
Multiplicamos a nota dada a cada critério por seu peso e somamos os resultados, de modo a
obter a nota final para cada projeto.
O projeto com maior nota será o projeto que melhor se encaixa na estratégia da organização
e, conseqüentemente, será o escolhido. Caso haja empate entre 2 projetos, o escolhido será
aquele que obtiver a maior pontuação dos critérios com maior peso.
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Introdução a Gestão de Projetos
Uma vez que emitimos um termo de abertura, nosso projeto está completamente iniciado? É
verdade que o Termo de Abertura funciona como uma certidão de nascimento e, portanto, a
partir do momento em que este está completo o que começou como idéia já é um projeto.
Porém, para garantir que nosso projeto vai começar da maneira mais correta possível,
considera-se interessante validar com os stakeholders um documento que dê uma idéia mais
completa do escopo do projeto, visto que esta tende a ser uma variável delicada e é de onde
irá partir todo o planejamento. Este documento é chamado de Declaração de Escopo.
Antes mesmo de começar a planejar formalmente o projeto, você deve documentar a visão do
patrocinador e outros interessados no projeto em relação ao seu escopo, ou seja, em relação
ao que efetivamente vamos realizar.
Assim como Project Charter, não existe um formato padrão para a Declaração de Escopo. Note
também que a versão emitida pela iniciação é chamada de preliminar, ou seja, espera-se que
seus detalhes seja, refinados durante o planejamento.
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Introdução a Gestão de Projetos
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Introdução a Gestão de Projetos
Desta forma, o grupo de processos Planejamento visa definir e refinar os objetivos do projeto,
a fim de fornecer detalhes suficientes para garantir que estes objetivos serão alcançados.
A partir deste detalhamento, geramos o Plano do Projeto, que é o conjunto dos planos
relativos às áreas de conhecimento levadas em consideração para se realizar um projeto com
sucesso.
Não podemos, no entanto, nos esquecer que as áreas de conhecimento não existem de
maneira isolada no projeto. Elas interagem entre si e influenciam-se mutuamente. Assim,
devemos considerar essas relações durante o planejamento do projeto.
Para alcançar a coesão desejada no plano de projeto, ou seja, a garantia de que as partes
individuais do projeto estão corretamente alinhadas, de modo que uma mudança em uma das
áreas refletirá em mudanças nas restantes, é imprescindível planejar cada área
individualmente, ao mesmo tempo em que levamos em consideração sua interferência nas
demais.
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Introdução a Gestão de Projetos
O planejamento do projeto sempre inicia pela definição de seu escopo. Nosso raciocínio, ao
planejar um projeto, é orientado à suas entregas: primeiramente definimos o quais são os
resultados que o projeto irá gerar (escopo). A partir daí é que pensamos em quais tarefas
precisamos empreender pra gerar essas entregas e qual é a sua duração (tempo), quanto
custam (custo) e daí por diante.
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Fique atento! Em muitos casos definir corretamente o escopo do projeto é o trabalho mais
delicado e conflituoso, especialmente em relação à visão do cliente, que pode não estar
perfeitamente alinhada com a sua. Um escopo mal definido condena todas as outras variáveis
a problemas.
Permitir que especialista na área técnica do projeto avaliem estas necessidades e expectativas
para traduzi-las em soluções técnica realistas.
Uma vez que a Declaração de Escopo Definitiva foi criada, ela será utilizada para disseminar e
confirmar o entendimento do escopo do projeto pelas diferentes partes, e será a base para a
continuação do planejamento.
Recomenda-se que a sua declaração de escopo possua ou referencie pelo menos os seguintes
tópicos (note que já foram citados na versão preliminar):
Premissas e restrições
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Outras definições de nota, como cronograma de marcos, normas que o produto deve respeitar
e o sistema de versionamento (Como serão armazenadas e referenciadas as diferentes versões
do produto, quando este sofrer quaisquer mudanças. Por exemplo, definir onde ficarão
armazenadas e como ficarão identificadas cada versão do código fonte de um software que
está sendo desenvolvido pelo projeto) a ser aplicado.
Uma das grandes dificuldades em relação à definição do escopo de um projeto é que muitas
vezes determinamos detalhes do produto não são tão claros para os envolvidos no início do
projeto. É natural que se compreenda a visualize melhor o produto do projeto à medida que
este é construído. Embora tentemos evitá-lo, muitas vezes é interessante para todas as partes
modificar o escopo do projeto à medida que este avança. Mudanças são fatores naturais e
esperados em todos os projetos, e não são prejudiciais se corretamente gerenciadas.
É uma preocupação sua como gerente estabelecer um sistema de controle de mudanças, para
absorver, avaliar, validar e implantar os possíveis pedidos de mudança em relação ao
planejamento do projeto.
Qualquer parte envolvida pode identificar e emitir um pedido de mudança, porém as outras
partes devem ser incluídas na sua aprovação.
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Introdução a Gestão de Projetos
Como é tido como utopia gerar um projeto que vai ser executado 100% conforme o
planejamento, é importante que seu planejamento não seja "engessado", ou seja,
tenha a capacidade de absorver mudanças.
Não é possível modificar uma variável sem modificar pelo menos uma outra. Exemplo:
um aumento de escopo sempre gera um aumento no prazo e/ou custo.
É comum apontar representantes dos stakeholders (equipe, cliente, patrocinador, alta
gerência, entre outras) para funcionar como Comitê de Controle de Mudanças. Uma
mudança em um projeto deve ser um acordo mútuo e não uma decisão unilateral.
Os pedidos de mudança aprovados pelo comitê irão gerar ações corretivas para a execução
e/ou replanejamentos.
As regras para definir e controlar o escopo do projeto são definidas de comum acordo entre os
stakeholders durante o planejamento.
Depois que o escopo for definido e validado, sempre que qualquer parte desejar propor uma
mudança no escopo do projeto, estas serão avaliadas, aprovadas e rejeitadas de acordo com o
que foi definido neste plano.
Além das regras acerca da sua definição e controle, já possuímos uma descrição textual do
produto e a lista de suas principais entregas.
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Porém, listar somente as principais entregas para a maior parte dos projetos é considerado um
planejamento insuficiente. Melhor seria se avaliássemos, para cada uma destas entregas
menores.
O objetivo é gerar um documento que mapeie todos os resultados menores que precisamos
gerar para concretizar os maiores. É claro que o nível de detalhe que utilizaremos para estudar
cada entrega não precisa ser microscópico: devemos achar um equilíbrio para não ter um
escopo exageradamente definido nem genérico.
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Introdução a Gestão de Projetos
Cada uma das subentregas pode ser decomposta em subentregas ainda menores. Porém, uma
definição exagerada irá atrapalhar a sua produção, pois além de ser muito custosa de ser
criada e controlada, limita demais as opções de criação da equipe de projeto. (Uma dica
famosa é utilizar a regra do 8 ou 80. Isso significa que se você está definindo seu projeto em
entregas que demoram mais que 8 horas para serem gerada você está detalhando demais; se
você está definindo entregas que demoram mais de 80 horas para serem geradas você está
detalhando de menos e deveria decompô-las mais. Leve isso como uma dica e não como uma
obrigação).
Não existe limite teórico para a quantidade de decomposição das entregas. Além disso, cada
entrega pode ter uma quantidade de níveis de decomposição diferente das outras.
Junto com a EAP, quando necessário, é definido um dicionário de EAP, que faz referência a
cada uma de suas entregas e inclui informações adicionais, como uma descrição, critérios de
qualidade e marcos associados.
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Introdução a Gestão de Projetos
Pacotes de trabalho são as entregas que estão no nível mais detalhado de cada ramo da EAP.
Essas são as entregas que serão diretamente geradas pela equipe do projeto e que juntas vão
formar as entregas maiores.
Posteriormente, a partir dos pacotes de trabalho é que iremos gerar as tarefas ou atividades
do projeto. Esse processo será examinado no próximo tópico.
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Introdução a Gestão de Projetos
Para cada um dos pacotes de trabalho presentes na EAP, será feita uma decomposição
adicional. Desta vez, em vez de decompor uma entrega em subentregas, você decomporá uma
entrega nas atividades práticas que serão realizadas para criá-la.
Por exemplo:
Após passar por todos os pacotes de trabalho teremos uma lista completa de atividades do
projeto.
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Lista de Atividades
Recomenda-se que você organize sua lista de forma a refletir a sua EAP. Assim, é comum criar
para cada entrega uma tarefa sumário na lista. Tarefas sumário são tarefas que são compostas
por outras tarefas menores. Por exemplo, na sua lista você pode entrar com a tarefa sumário
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Introdução a Gestão de Projetos
Se a gerência definiu marcos para este projeto (datas importantes onde são colocados pontos
de controle. Por exemplo: "até o dia 05/03 todos os requisitos devem estar levantados") é
comum listá-los na lista de atividades para serem posteriormente seqüenciados em conjunto
com as atividades.
Seqüenciamento de Atividades
Uma vez levantas as atividades do projeto, nós devemos estudar as relações que existem entre
elas.
As relações que nos interessam são as relações de dependência, ou seja, quais tarefas podem
começar a qualquer momento e quais tarefas dependem do resultado de outras para iniciar.
Quando uma tarefa depende de uma anterior, dizemos que a tarefa anterior é predecessora
desta. Avaliando as dependências do projeto nós conseguimos estabelecer em que ordem as
tarefas devem acontecer, ou seja, definimos o seu seqüenciamento.
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Introdução a Gestão de Projetos
Chamamos de atraso ou lag quando é preciso esperar algum tempo entre uma tarefa
predecessora e sua sucessora. Exemplo: após uma tarefa de pintura, aguardar um
determinado tempo antes de realizar a tarefa "colar papel de parede" para a tinta secar.
Chamamos de adiantamento ou lead quando um tarefa inicia algum tempo antes da sua
predecessora terminar. Exemplo: definir que a pintura da parede será iniciada a partir do
momento em que o levantamento da parede estiver 60% concluído.
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Introdução a Gestão de Projetos
Divisória de Tópicos
As tarefas não precisam depender uma da outra de uma mesma maneira. Uma tarefa pode
depender de outra de quatro diferentes maneiras:
Término-início: Para a atividade poder iniciar, a sua predecessora deve estar concluída.
Exemplo: preparar sala e realizar treinamento.
Término-término: Para a atividade poder ser dada como concluída, a sua predecessora
também precisa ter sido concluída. Exemplo: construir um protótipo e testar o
protótipo. O teste não precisa esperar a construção finalizar para começar, porém
para ser dado como concluído a construção precisa já estar concluída.
Início-início: Para a atividade poder iniciar, a sua predecessora precisa ter sido iniciada.
Exemplo: estudar alemão e ler manual de uma máquina em alemão. Para poder iniciar
a leitura do manual, você precisa ter pelo menos iniciado o estudo de língua, mas não
necessariamente precisa ter finalizado o curso.
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Introdução a Gestão de Projetos
Início-término: Para a atividade poder ser dada como concluída, a sua predecessora
precisa ter sido iniciada. Exemplo: iniciar turno do porteiro joão e finalizar turno do
porteiro josé. Neste caso, o porteiro José, para poder declarar sua atividade (cumprir o
turno) como concluída fica esperando outra atividade iniciar (no caso, a chegada do
porteiro João para começar o turno dele). Enquanto João não chega, José não pode ir
embora.
No diagrama da rede ADM (ADM significa Arrow Diagram Method ou Método de Diagrama de
Seta.) cada tarefa é representada como uma seta e as dependências aparecem como círculo
conectando a predecessora e a sucessora. Existem casos em que precisamos conectar duas
tarefas à mesma sucessora, porém entre elas não há outra tarefa. Nesses casos, desenhamos a
seta tracejada, que é uma atividade dummy (vazia). No ADM só existe término-início.
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Introdução a Gestão de Projetos
Estude com atenção o desenho abaixo: ele mostra a mesma sequência em PDM e ADM.
O próximo passo para atingir um cronograma final é avaliar quanto tempo cada tarefa prevista
na lista de atividades demandará para ser completada. O tempo necessário depende de
conhecimento técnico de como fazê-la e da quantidade e qualidade dos recursos que
executarão a tarefa. Para calcular a duração com maior realismo, inicialmente é feito um
levantamento das necessidades de recursos de cada uma das tarefas de sua lista.
Neste contexto, definimos recursos como tudo que é necessário empregar no projeto para
gerar resultados, ou seja, pessoas, materiais e equipamentos.
O objetivo agora é passar por todas as tarefas planejadas e avaliar, com auxílio de base
histórica e conhecimento de especialistas, uma lista de recursos genéricos necessários para
cumprir aquela tarefa.
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Introdução a Gestão de Projetos
Neste momento, o planejamento de recursos ainda é genérico. As pessoas não possuem nome
e os materiais/equipamentos não possuem marca nem identificação de qualquer tipo. Isso nos
dá a flexibilidade de escolher a melhor equipe para o projeto durante o planejamento de
recursos humanos e os melhores materiais e equipamentos durante o planejamento de
aquisições.
Imagine que você está gerando essa lista para a tarefa criar página de abertura do website.
O resultado poderia ser:
1 webdesigner
1 programador júnior
2 computadores
Muitas variáveis são levadas em consideração na definição de qual são os recursos ideais para
as suas tarefas. Recomenda-se basear-se principalmente em informações históricas e em
análises de curso-benefício.
Exemplo:
Vale mais a pena gastar com um analista sênior ou com dois analistas menos
experientes?
A lista de recursos que serão aplicados à cada tarefa é o último passo para que possamos
avaliar a quantidade de tempo que cada tarefa demandará para ser completa.
A boa prática prega que quem executa, estima. Não é considerado interessante que a gerência
imponha durações esperadas para tarefas sem a participação de funcionários técnicos que irão
executá-la na prática. As duas grandes bases para a estimativa de duração são a opinião de
conhecedores técnicos da atividade e a base histórica, de seus projetos passados ou outros
projetos semelhantes dos quais se consiga levantar informações.
Lembre-se também que cada tarefa possui um grau de incerteza inerente, portanto sempre
acrescente alguma quantidade de tempo a mais ou de reserva em relação ao tempo estimado.
A quantidade de reserva aumenta proporcionalmente com o risco da tarefa.
Estimativa Top-down (por analogia): assumir novas tarefas levarão o mesmo tempo
que tarefas semelhantes empreendidas no passado.
Estimativa botton - up (bottom-up é decompor uma tarefa em uma série de pequenos
passos simples para compreendê-la melhor. Neste caso, considera-se os recursos
necessários para que cada passo aconteça e gera-se a lista final baseado neste
levantamento.) (De baixo para cima): quando é muito difícil estimar uma duração,
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Introdução a Gestão de Projetos
No fim deste processo documentamos as Estimativas de Duração para cada atividade da lista.
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Introdução a Gestão de Projetos
Sabemos:
- Quais são os períodos úteis do projeto, dos recursos e, quando necessário, das tarefas.
Unindo todas essas informações e partindo da data de início do projeto (freqüentemente com
auxílio de um software) podemos calcular qual será a data de início e fim de cada uma de suas
tarefas, e, conseqüentemente, de suas fases e do projeto como um todo.
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Introdução a Gestão de Projetos
Definimos como folga a quantidade de tempo que uma tarefa pode atrasar sem atrasar
nenhuma tarefa sucessora. A folga acumulada de uma tarefa é a soma de sua folga mais a
folga de suas sucessoras.
- No exemplo abaixo, a tarefa 1 leva 24 horas (3 dias úteis); a tarefa 2 leva 4 horas; a tarefa 3
leva 8 horas (1 dia útil); a tarefa 4 leva 8 horas (1 dia útil). O projeto inicia na segunda feira:
A folga da tarefa 1 é zero, pois se ela atrasar ela imediatamente atrasa a tarefa 4.
A folga da tarefa 2 é de 4 horas, pois ela pode se atrasar em até 4 horas sem
"empurrar" o início de nenhuma tarefa pra frente. Se ela atrasar ele pode utilizar o
resto da segunda feira.
A folga da tarefa 3 é de 8 horas, já que se ela atrasar em qualquer quantidade de
tempo até no máximo 1 dia a sua sucessora não se atrasa. Você pode observar que se
ela atrasar até esta quantidade de tempo ela irá utilizar o tempo da quarta feira.
A folga da tarefa 4 é zero, já que é a última tarefa do projeto.
- Agora que calculamos a folga de cada tarefa, resta calcular a folga acumulada, somanda sua
folga com a folga de suas sucessoras. Este número é importante porque se uma tarefa atrasar
além da sua folga, o projeto ainda não se atrasou, se a sua sucessora também tiver folga. Por
exemplo, se a tarefa 2 atrasar mais de 4 horas a tarefa 3 pode ser "empurrada" para a quarta
feira, utilizando-se de sua folga para o projeto não atrasar.
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Introdução a Gestão de Projetos
As tarefas que possuem a folga acumulada igual a zero são chamadas de tarefas críticas. Se
qualquer uma delas atrasar, o projeto irá necessariamente atrasar. No caso, as tarefas críticas
são a 1 e a 4, e o caminho crítico é a seqüência 1-4.
Note que o caminho crítico é uma foto do momento. Se a tarefa 3 atrasar seu início em 8 horas
ela também se tornará crítica.
Se você seguiu todos os passos do planejamento até aqui, a maior parte do trabalho
necessário para planejar seu custo já está feito. Afinal, o que precisamos para estimar o custo
de cada tarefa são os seus recursos e o tempo total em que se utilizará cada um deles (para
recursos humanos e equipamentos) e a quantidade total (para materiais).
Para recursos humanos: o valor hora de sua hora normal e o valor de sua hora extra.
Para equipamentos: o valor hora da utilização (aluguel ou o custo/hora para a
empresa).
Para materiais e insumos: o valor unitário.
Outros valores gastos com compras e contratação de serviços pontuais.
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Introdução a Gestão de Projetos
Algumas empresas diluem parte ou todo o seu custo fixo nas horas do projeto.
Estimativa Top-down (por analogia): assumir que novas tarefas custarão o mesmo que
tarefas semelhantes empreendidas no passado.
Estimativa Bottom-uo (de baixo para cima): como no caso da duração, quando é muito
difícil estimar um custo, divide-se a tarefa em ações tão pequenas quanto possíveis e
estima-se o custo de cada uma das ações.
Paramétrica: Estimar utilizando uma conta matemática, geralmente a quantidade de
trabalho vezes a taca de produtividade. Por exemplo: "Nós gastamos 20 reais por
metro quadrado para ladrilhar uma sala". Assim como nas estimativas de tempo, é
preferível, porém demanda a existência de informação histórica consolidada.
No fim deste processo documentamos as Estimativas de Custo para cada atividade da Lista.
Após levantar o custo total necessário para a execução de cada atividade da lista, o último
passo em relação ao planejamento de custos de projeto é o esforço de unir estas informações
com o cronograma. Obtemos uma boa visualização gerando um gráfico de linha cujo eixo X é o
tempo do projeto e o eixo Y é o seu custo acumulado, ou seja, o somatório de todo o dinheiro
que já foi aplicado no projeto desde o início até aquele momento no tempo. A esse gráfico
chamamos de baseline de custos ou curva S. Ele recebe este nome porque, para um projeto
típico - em que se gasta pouco na iniciação, um pouco mais no planejamento, a maior parte na
execução e pouco no fechamento - o formato da baseline lembrará um S como na imagem ao
lado. À medida que o projeto é executado, os dados reais dos custos do projeto podem ser
desenhados no mesmo gráfico da linha de base, para podermos comparar graficamente o
desempenho do projeto frente ao planejamento.
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Introdução a Gestão de Projetos
Definimos "qualidade" como "o grau com que um conjunto de características inerentes atende
aos requisitos". O que isso significa é que, quanto mais o seu produto é capaz de atender ao
que este se propôs, maior é a sua qualidade.
Note que este conceito está ligado a atender a aquilo que o produto se propõe. Um produto
simples, de baixa sofisticação, que não se propõe a possuir muitos recursos, mas funciona sem
falhas e atende satisfatoriamente os recursos que se propõe a ter é considerado um produto
de qualidade.
A noção antiga de qualidade era basicamente focada em critérios técnico. Pensava-se que
"sabíamos", cientificamente, o que é, por exemplo, um bom motor ou um bom prato de
comida. Mas essa noção desconsidera o verdadeiro definidor da qualidade, que é a expectativa
do cliente.
A qualidade é recebida como alta ou baixa de acordo com o que o cliente espera receber.
Se o cliente quer ter um esportivo com um motor alto, um motor silencioso, neste caso, não é
um motor de qualidade.
Planejar a qualidade de um projeto no fundo é optar pela troca mais interessante entre as
variáveis custo e qualidade, desde que esta troca atenda às necessidades das partes
interessadas. Neste momento leva-se em consideração:
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Introdução a Gestão de Projetos
Todo projeto possui papéis e responsabilidades próprios que podem ou não refletir a
hierarquia da empresa que o realiza. O passo inicial para a definição das posições existentes no
projeto é a definição de recursos genérica feita para auxiliar na estimativa de duração de
atividades. Outros pontos a se considerar:
Para cada posição definida no projeto, é necessário descrever seu papel, o seu nível de
autoridade, o trabalho pelo qual esta posição é considerada responsável e o tipo de
competência que é esperada daqueles que a preenchem. Mas o planejamento organizacional
vai além disso: é necessário formalizar os critérios necessários para ser considerado aprovado
para uma destas posições, e os critérios com que elas serão avaliadas no fim do projeto.
As duas opções mais utilizadas para formalizar os papéis do projeto são gerar um organograma
(válido somente no âmbito do projeto) e uma matriz de responsabilidades.
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Introdução a Gestão de Projetos
entre a linha e a coluna é inserido um símbolo que indica qual é a responsabilidade daquele
papel naquela ação. Observe a matriz ao lado.
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Introdução a Gestão de Projetos
Reflita que, embora num ambiente de projetos a mídia escrita será normalmente favorecida,
existem várias maneiras de utilizá-la (e-mail, relatórios, intranet etc) que podem receber a
preferência de acordo com o conteúdo da mensagem. Mensagens mais informais, por
exemplo, devem favorecer o email (ou mesmo a via oral) em relação à relatórios. A tecnologia
sempre está abrindo novas possibilidades: hoje blogs (um blog é um diário virtual, cujo
conteúdo pode ser editado por uma pessoa e acessado por várias, normalmente na internet) e
wikis (Um wiki é uma página de internet cujo conteúdo pode ser acessado, inserido e editado
por qualquer pessoa que possuir acesso a ele, com facilidades para mapear e recuperar
mudanças. Atualmente é muito utilizado para discussões técnicas. Existe uma enciclopédia na
internet na forma de wiki: acesse http://www.wikipedia.org/), por exemplo, são ferramentas
já utilizadas para melhorar a comunicação entre equipes. Note que o teor da mensagem
também influencia bastante na mídia: por exemplo, quando houver necessidade de chamar
atenção para uma falha de um membro da equipe, prefira chamá-lo em particular e utilizar a
comunicação oral.
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Introdução a Gestão de Projetos
Tipicamente todo projeto gera no mínimo um status report periódico (relatório que especifica
as últimas tarefas finalizadas, as que estão em andamento e lista os imprevistos ou problemas
atuais do projeto) e outros relatórios detalhando seu andamento, os resultados do controle de
riscos e da gestão de mudanças do projeto.
Freqüentemente discutimos sobre riscos em nosso dia-a-dia, mas normalmente não paramos
para pensar no conceito de riscos.
Será que risco é tudo aquilo que pode dar errado? Ou será que podemos ter riscos positivos?
Pense por alguns minutos, depois, clique abaixo para comparar suas conclusões com o
conceito de riscos
Riscos: Riscos são eventos ou condições incertas, cuja ocorrência pode gerar efeitos positivos -
oportunidades - ou negativos - ameaças - sobre os objetivos do projeto.
As causas e efeitos dos riscos presentes nos projetos podem ser as mais variadas, e devem ser
avaliadas de modo a reduzir o nível de incerteza dos projetos.
Agora que entendemos o conceito de riscos, devemos definir como os riscos serão gerenciados
em nossos projetos.
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Introdução a Gestão de Projetos
tempo e recursos suficientes para realizar todas as atividades relativas ao gerenciamento dos
riscos no projeto.
Os processos que serão utilizados para o acompanhamento, revisão e registro de riscos, etc.
Precisamos conhecer os riscos que podem afetar o projeto, antes de tratá-los. Desta forma, o
objetivo do processo identificação de Riscos é realizar o levantamento dos riscos que podem
vir a afetá-lo.
Assim como no Planejamento de Riscos, é interessante que a identificação de riscos seja feita
pela equipe do projeto, em conjunto com os principais stakeholders, especialistas técnicos e
especialistas em riscos, sempre que possível.
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Introdução a Gestão de Projetos
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Introdução a Gestão de Projetos
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Introdução a Gestão de Projetos
Após identificarmos os riscos presentes no projeto, devemos realizar uma análise dos mesmos,
de modo a ter uma melhor noção do impacto que estes podem vir a causar.
Em primeiro momento, é interessante realizarmos uma análise qualitativa destes riscos, uma
vez que esta pode ser feita com razoável rapidez e sem a necessidade de um grande
aprofundamento em detalhes.
A partir da análise, podemos criar uma matriz, a matriz de probabilidade e impacto, que nos
permite uma visualização direta e mais intuitiva do conjunto de riscos do projeto, e da
importância individual de cada um destes riscos.
A partir desta matriz, definiremos a lista de riscos priorizados para análise adicional.
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Introdução a Gestão de Projetos
Após análise individual de cada risco, estes são inseridos na matriz para visualização do mapa
de riscos do projeto e criação da lista de riscos priorizados.
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Introdução a Gestão de Projetos
Identificar a estratégia de resposta que será utilizada e o momento no qual esta deverá ser
aplicada.
Identificar o "dono do risco", pessoa responsável por monitorar o risco, em relação a variações
na probabilidade de ocorrência e no impacto do risco sobre o projeto, e à ocorrência do risco,
propriamente dita. O dono do risco é também o responsável por implementar as respostas
planejadas.
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Introdução a Gestão de Projetos
Não podemos nos esquecer de que, quando implementamos as respostas planejadas para os
riscos identificados, estes podem continuar existindo, ou podem surgir até mesmo novos
riscos. Estes são respectivamente, os riscos residuais (riscos residuais são aqueles riscos que
continuam existindo - ainda que com impacto reduzido - após a implementação de seu plano
de respostas. Ex: o risco financeiro em operações com moedas estrangeiras poder ser
minimizado através do hedging, porém ele continua existindo, uma vez que é impossível
prever com certeza todas as oscilações do mercado.) e secundários (Riscos secundários são
riscos que surgem no projeto a partir da implementação do plano de resposta de um risco
previsto. Ex: a contratação de 2 fornecedores do mesmo material, com o objetivo de eliminar o
risco de interrupção no fornecimento, gera o risco de variações nas características do material
quando realizada uma comparação entre os fornecedores.)
A identificação destes riscos é imprescindível para que o gerenciamento dos riscos do projeto
esteja sempre atualizado e alcance os objetivos esperados.
Pode ser impossível realizar um projeto inteiramente com recursos internos. Muitas vezes,
precisaremos recorrer a fornecedores de produtos e serviços especializados para auxiliar,
compor ou complementar nossos projetos.
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Introdução a Gestão de Projetos
O principal objetivo do processo planejar Compras e Aquisições tem como objetivo distinguir
entre as necessidades do projeto que serão melhor atendidas internamente, e aquelas que
serão melhor atendidas através da contratação de fornecedores.
Este processo também trata das definições relativas à correta seleção de fornecedores e dos
diferentes tipos de contratos que deverão ser utilizados nas aquisições do projeto.
Com o objetivo de realizarmos uma decisão a respeito do quê adquirir fora da organização, e
do quê fazer internamente, devemos tomar como base o WBS, que delimita o trabalho do
projeto, e também considerar os planejamentos das demais áreas - cronograma, planejamento
de riscos, planejamento da qualidade etc.
Antes de decidir por fazer ou comprar um item do projeto, devemos considerar a estratégia de
longo prazo da organização.
Dependendo da situação, pode ser mais interessante alugar um equipamento por um período
definido, ou contratar consultores especialistas, ao invés de desenvolver sua equipe
internamente. Em outras situações, o contrário pode ser mais indicado.
Parta os casos nos quais a compra for a ação mais indicada, devemos, então, definir o tipo de
contrato que será utilizado para formalizar a aquisição.
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Introdução a Gestão de Projetos
Existem tipos de contratos, cada qual com suas especificidades, vantagens e desvantagens:
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Introdução a Gestão de Projetos
Agora, junto à equipe do projeto, devemos criar as Declarações de Trabalho dos contratos.
Seu objetivo é prover o máximo de informações ao fornecedor, para que este possa avaliar,
com clareza, sua capacidade de fornecer o item requerido. Desta forma, é imprescindível que
as Declarações de Trabalho sejam extremamente claras e bem detalhadas.
Neste ponto, estamos aptos a criar o Plano de Gerenciamento de Aquisições. Algumas das
principais informações que devem estar presentes nele são:
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Introdução a Gestão de Projetos
A estrutura e conteúdo destes documentos deve ser clara o suficiente para se obter uma
resposta exata e completa de todos os fornecedores pesquisados, e para facilitar uma
avaliação objetiva das mesmas.
Uma vez definidos os critérios que serão avaliados, devemos definir o peso, ou seja, a
importância de cada um destes critérios para nossa decisão. Quanto mais importante é o
critério, maior será seu peso, que pode ser definido em qualquer escala - 1 a 10, 1 a 5, 1 a 3
etc. - desde que esta seja utilizada sempre.
O Plano de Gerenciamento do Projeto, ou, simplesmente, Plano do Projeto, nada mais é que a
compilação dos diversos planos criados até o momento, de forma a criar um planejamento
completo e coeso.
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Introdução a Gestão de Projetos
Devemos buscar quaisquer inconsistências entre os planejamentos e corrigi-las, para que não
surjam surpresas indesejadas durante a realização do projeto.
Algumas das principais informações que devem estar presentes no Plano de Gerenciamento
do Projeto:
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Introdução a Gestão de Projetos
Colocado de outra maneira, é o grupo de processos que garantirá a mobilização dos recursos
humanos, financeiros e materiais, com o objetivo de colocar em prática o que foi planejado e
documentado no Plano do Projeto, de modo a realizar o trabalho e cumprir os requisitos do
projeto.
Como vimos anteriormente, o papel da integração é garantir a coesão entre os planos das
demais áreas, e também a coesão entre o que está planejado e o que está sendo executado.
No entanto, devemos nos lembra que é irreal esperarmos que o projeto corra exatamente
como o planejado. Variações entre planejado e executado ocorrerão , pedidos de mudança
serão emitidos e, por isso, precisaremos de efetuar ajustes.
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Introdução a Gestão de Projetos
A partir dessas afirmações, podemos perceber, mais uma vez, que o Plano do Projeto é um
documento dinâmico. Ele pode mudar a qualquer momento, de acordo com as necessidades
reais do projeto e dos principais stakeholders e seu andamento real, desde que haja,
obviamente, consenso em relação a estas mudanças.
A boa prática afirma que somente os projetos que receberam um esforço prévio de
planejamento têm chances reais de serem bem-sucedidos. Embora trabalhoso e muitas vezes
complexo, enquanto você planeja um projeto ainda estamos em "terreno seguro": você ainda
está trabalhando suas idéias no papel. O verdadeiro teste (e os verdadeiros problemas) surge
quando o plano será diretamente executado.
O bom gerente de projetos tem em mente certas verdades para garantir a boa execução do
plano:
É ilusório imaginar que a execução vai acontecer perfeitamente igual ao planejado. A taxa de
acerto aumenta com a experiência, mas nunca atinge o 100%. Portanto, lembre-se sempre que
o plano precisa possuir a flexibilidade para mudar, para acompanhar as mudanças sofridas
pelo projeto. Mas é claro que ele só pode ser modificado respeitando as regras definidas
durante o planejamento para o processo do controle de mudanças.
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Introdução a Gestão de Projetos
A grande missão do gerente do projeto durante a execução é respeitar e garantir que todos
respeitem o plano. Você, como gerente de projeto, nunca deve desviar-se do plano: se chegar
à conclusão de que o plano não está atendendo, releia o parágrafo anterior (ou seja, ajuste
antes o plano para que este ajuste a execução). Se esta prática não for respeitada, nos
depararemos com a situação comum de possuir planos que não são utilizados como referência
porque não refletem mais a realidade.
O plano do projeto é uma das entradas que precisam ser executadas pela equipe. As outras
são geradas pelo controle e são as ações corretivas, ações preventivas, pedidos de mudança
aprovados e pedidos de reparos de defeito.
Este é o esforço que irá gerar as entregas do projeto. Outros resultados são o levantamento da
informação de performance do serviço e a possível geração de novos pedidos de mudança, a
serem encaminhados para validação pelos processos de controle.
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Introdução a Gestão de Projetos
A não presença de conflito não é um bom indicativo para seu projeto. Freqüentemente isso
significa somente que sua equipe está apática: ou idéias não estão sendo colocadas, ou são
colocadas e não são defendidas. Existe um ponto ótimo de conflito que beneficia o projeto
pelo curso livre de idéias e alternativas.
Além deste ponto, o conflito torna-se negativo, já que as pessoas começam a priorizar
simplesmente "estarem certas" em detrimento dos interesses do projeto.
As principais técnicas de solução de conflitos existentes são ordenadas na ordem das que
devem ser priorizadas até as que devem ser menos priorizadas. Porém, o contexto da
situação pode demandar o uso de uma técnica menos priorizada quando estas são
impossíveis.
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Introdução a Gestão de Projetos
A comunicação do projeto é uma das iniciativas que garantem seu sucesso, uma vez que alinha
e promove o envolvimento dos stakeholders.
Um dos erros comuns é mandar comunicados do projeto "por demanda", ou seja, somente
quando ocorre algum fato muito relevante que precisa ser rapidamente comunicado. A
distribuição de informações do projeto deve ser sempre periódica: ao contrário do que por
vezes se imagina, sempre há o que reportar, no mínimo que as atividades do projeto estão
progredindo na velocidade esperada e assegurar que não ocorreu nenhum risco ou imprevisto
relevante neste período.
As orientações em relação a quem gera os comunicados, para quem, quando e como serão
disponibilizados constam no seu plano de gerenciamento de comunicações.
O resultado deste esforço gera registros, relatórios e apresentações do projeto, que devem ser
distribuídos para os envolvidos apontados no plano e futuramente irão compor a base
histórica ao se fechar o projeto. Também é comum, neste momento, procurar documentar
lições aprendidas e buscar um retorno das partes envolvidas em relação às informações que
receberam.
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Introdução a Gestão de Projetos
Note que os parâmetros para obter a equipe já estão definidos no plano de gerenciamento de
recursos humanos. Os papéis e responsabilidades já são conhecidos e também os critérios
para escolha da equipe. Cabe ao gerente agora colocar este planejamento em prática.
se necessário adquirir recursos de fora da organização, esta iniciativa será tratada nos
processos de aquisição.
É importante tentar criar uma equipe que possua "química". As equipes nas quais
visualizamos uma "química" são aquelas cujos membros se sentem confortáveis em suas
posições (não necessariamente a posição formalizada, mas também como ele é visto
informalmente pelos outros membros). Tipicamente, cada equipe nova passa por 3 fases.
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Introdução a Gestão de Projetos
Sempre que uma pessoa nova entra ou uma pessoa deixa a equipe o equilíbrio muda e este
ciclo tende a se repetir.
Como definido no Plano de Gerenciamento de Recursos Humanos, a sua equipe, para ter uma
boa atuação, pode necessitar de treinamentos, dinâmicas e outras técnicas como um sistema
de recompensa. Agora, durante a execução do projeto, é o momento para aplicar todas estas
técnicas.
É preciso, como em qualquer outra iniciativa empresarial, empregar tempo e esforço para
melhorar o desempenho de sua equipe. E isso é feito conhecendo-a e absorvendo suas
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Duas teorias são muito relevantes para compreendermos o que de fato estimula uma equipe e
o que acaba por não ter este efeito real.
A teoria de Herzberg afirma que existem fatores de higiene e fatores de estímulo. Fatores de
estímulo são necessários para que o estímulo exista, ou seja, sua falta sempre gera
desestimulo, mas sua presença não garante o estímulo. Entre eles está o bom salário, o bom
relacionamento com a equipe, bons benefícios, entre outros. Reflita: todos nós conhecemos
casos de pessoas que contavam com tudo isso e ainda sim não se sentiam realizadas.
Os fatores que realmente trazem estímulo são ligados a conquistas pessoais e aos sentimento
de realização, de cumprir o seu potencial. As pessoas permanecem estimuladas quando se
sentem ouvidas, importantes; quando sentem que estão evoluindo e trabalhando o que
realmente gostam.
Uma teoria relacionada é a da pirâmide de Maslow. Maslow pregava que cada pessoa está
sempre buscando os fatores listados nesta pirâmide, de baixo para cima. Isso significa que a
necessidade primária de todos é o nível mais baixo da pirâmide e que, uma vez satisfeitas as
necessidades de um nível, imediatamente buscaremos suprir as necessidades do nível
superior.
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Introdução a Gestão de Projetos
Colocação: Quando possível e viável buscar concentrar a equipe do projeto no mesmo local
físico.
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Introdução a Gestão de Projetos
É comum documentar uma análise forma ou informal da performance dos membros da equipe
após as atividades ligadas ao seu desenvolvimento.
Para tal, tomaremos como base o plano o plano de gerenciamento da qualidade, juntamente
com as métricas de qualidade, desenvolvidos durante o planejamento.
A partir das conclusões obtidas durante estas auditorias, poderemos solicitar novas
mudanças ao projeto, recomendar ações corretivas que trarão os resultados do
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Introdução a Gestão de Projetos
De fato, são estes mesmos fornecedores que realizarão o esforço deste processo, uma vez que
precisarão analisar a fundo as declarações de trabalho enviadas, a fim de definirem sua real
capacidade de cumprir com as exigências relativas à aquisição do produto ou serviço, o preço
que cobrarão por isso, e outras condições aplicáveis.
Obviamente, como solicitantes e, futuramente, clientes, podemos tomar uma atitude pró-ativa
para tornar o processo mais ágil e reduzir quaisquer possibilidades de erro ou mal
entendimento das necessidades e aquisição do projeto.
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Introdução a Gestão de Projetos
Uma maneira eficiente para chegar a este objetivo é a realização de reuniões ou audiências,
com os fornecedores. Nesta ocasião, eles poderão esclarecer quaisquer dúvidas relativas às
declarações de trabalho, e poderão, assim, compreender melhor o que é esperado deles,
tornando assim, mais exatas as propostas e orçamentos.
Outra forma de obter respostas de fornecedores com maior rapidez e eficácia é a utilização de
uma lista de fornecedores pré-qualificados, e também a veiculação de peças de publicidade -
em jornais, revistas especializadas etc - para expandir o rol de possíveis fornecedores
interessados.
Os critérios utilizados podem variar muito de organização para organização, e inclusive dentro
de uma mesma organização, para diferentes projetos. O importante é que eles sejam definidos
com clareza antes que os processos de aquisição se iniciem.
Desta forma, não haverá dúvidas quanto ao que é importante para a seleção de fornecedores
do projeto em questão, e chegaremos ao final do processo tendo escolhido, certamente, o
melhor fornecedor possível.
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Introdução a Gestão de Projetos
Outro método importante, tanto para a seleção de fornecedores, quanto para a de projetos,
é o sistema de triagem ou de filtros. Esse sistema funciona da seguinte forma:
Se o valor de qualquer critério para um fornecedor ficar acima do valor máximo, ou abaixo do
valor mínimo, este fornecedor será, imediatamente, desconsiderado.
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Introdução a Gestão de Projetos
De acordo com os critérios, e os pesos que atribuímos a eles, e as notas que demos a cada
fornecedor em cada critério, chegamos à conclusão de que o 'Fornecedor 3' é o que
apresentou a melhor proposta para o fornecimento, pois é ele que tem a maior nota final.
Para garantir a melhor decisão possível em relação ao fornecedor correto para cada item de
nossas aquisições, pode ser interessante utilizarmos, também, o recurso das estimativas
independentes.
Estas estimativas são realizadas internamente ou por terceiros e servirão como base de
comparação para a seleção das propostas dos fornecedores. Desvios consideráveis podem
significar que o fornecedor teve problemas em compreender corretamente as declarações de
trabalho, ou que, de alguma forma, sua proposta está aquém, ou além do requerido.
Um dos principais resultados dos processos de planejamento das aquisições do projeto são os
contratos que são firmados com diversos fornecedores, a fim de suprir necessidades do
projeto que não poderiam ser supridas internamente.
Contratos são, em seu íntimo, planos, ou planejamentos, cujo objetivo é dar as diretrizes para
uma execução eficiente. Por isso, a administração dos contratos de fornecimento firmados
para o projeto é de extrema importância.
O processo Administração dos Contratos tem como principal objetivo garantir que tanto os
fornecedores quanto o cliente cumpram com as obrigações contratuais, ao mesmo tempo que
busca proteger os direitos legais das partes envolvidas.
Isto não quer dizer, no entanto, que devemos passar 24h por dia acompanhando contratos e
nos reunindo com fornecedores. Devemos porém, ter um plano bem definido a respeito de
como, e com que freqüência, esse acompanhamento se dará, e cumpri-lo.
Em muitos casos, o gerente do projeto não é o responsável pela administração dos contratos
de fornecimento de seu projeto. Isto não o isenta da necessidade de ter um conhecimento
aprofundado dos termos presentes nestes. Pelo contrário, ele deve conhecer a fundo os
contratos, para poder negociar e cobrar resultados dos fornecedores e dos responsáveis pelo
contrato.
Neste momento, podemos, também, exigir ações corretivas por parte daqueles fornecedores
que, por algum motivo, não estejam cumprindo o determinado pelo contrato.
Não podemos nos esquecer que o sucesso de futuros projetos depende, em parte, da
qualidade da documentação histórica relativa a outros projetos, por isso, os documentos
relativos à administração dos contratos do projeto deverão ser arquivados. Desta forma,
consolidaremos um banco de informações históricas de desempenho de fornecedores e de
projetos.
Ao monitorarmos o projeto continuamente, temos uma visão claro a respeito de seu estado
presente e do rumo em que segue. Somos, também, capazes de enxergar os problemas, ou
necessidades, com maior facilidade, uma vez que as áreas que demandam atenção adicional
serão destacadas a partir dos resultados dos processos de controle. Assim, temos maior
capacidade de tomar decisões a respeito de como sanar tais problemas ou suprir tais
necessidades.
Todos este trabalho gera as informações que serão necessárias para o processo de relatórios
de desempenho gerar as suas análises.
Além disso, estudando o andamento do projeto você pode estar definindo ações corretivas,
preventivas e pedidos de mudança para corrigir desvios no projeto.
É muito importante, na gestão de projetos, definir requisitos claros e mensuráveis para tudo
aquilo que desejamos avaliar. Assim, como definimos métricas de qualidade claras no Plano de
Gerenciamento de Qualidade, também definimos métricas para os nossos fornecedores do
Plano de Gerenciamento de Aquisições. As pessoas também precisam ser avaliadas de maneira
clara e formar, não pelo "sentimento" do gerente.
Este processo, como os outros processos de controle, deve ser feito de maneira periódica, a
partir de informações levantadas em três fontes:
Levantamentos da performance individual dos membros da equipe, que é feito pelo gerente e
pode ser realizado formal ou informalmente.
As informações levantadas darão margem para uma avaliação criteriosa da equipe. São
indicativos para o gerente de quem está apresentando o melhor desempenho, quem deve ser
reorientado e mesmo pessoas que devem ser substituídas da equipe.
O gerente de projetos é uma posição que possui um lado político. Embora este termo
normalmente carregue um certo peso negativo, pode-se fazer a boa política: o esforço de
obter um bem comum para diferentes partes. Os projetos são tipicamente realizados
envolvendo partes cujos interesses são naturalmente diferentes: por exemplo, o que o cliente
que pode desagradar a equipe.
O gerenciamento de stakeholders é uma iniciativa pró-ativa por parte dos bons gerentes, e
busca manter as diferentes partes do projeto alinhadas e resolver os conflitos entre elas que
porventura apareçam.
Tipicamente este processo terá como resultado a resolução de conflitos entre as partes
interessadas, a definição de ações corretivas e preventivas e mesmo a realização de
replanejamento em pontos em que os envolvidos chegaram a consensos em relação à
mudanças.
Caso seja relevante, também é interessante o registro de lições aprendidas para facilitar o
processo de fechamento.
Note que por estar avaliando o andamento do trabalho outro resultado freqüente deste
processo é a definição de ações corretivas e preventivas, e pedidos de mudança para serem
avaliados pelos processos de controle de mudança.
Neste momento também é recomendável que você documente as lições aprendidas, ou seja, o
que você recomendaria realizar de forma diferente em projetos futuros baseado no que gerou
dificuldades para o andamento que você avaliou. Quando examinarmos os processos de
fechamento abordaremos a geração da versão final do documento de lições aprendidas.
Já discutimos aqui como, na prática, a vida do gerente de projetos pode ser dura: apesar de
todo o esforço para fazer um planejamento realista, estamos sempre cientes que é uma
situação utópica a execução do projeto ocorrer sem nenhum desvio em relação ao que está no
plano do projeto.
O correto gerenciamento dos pedidos de mudança do projeto deve incluir um processo claro e
entendido por todas as partes, permitindo que qualquer parte sugira ajustes, mas que os
ajustes sempre sejam compreendidos e aprovados por todos antes de implementados.
Diversos fatores precisam ser considerados pelo gerente do projeto ao avaliar as possíveis
mudanças do projeto:
Antes de optar por aceitar ou rejeitar um pedido de mudança, alguns informações precisam
ser necessariamente conhecidas:
O esforço de reunir o Comitê de Controle de Mudanças para avaliar os pedidos gerados com
base nas informações citadas, definir a aprovação/renovação destes pedidos e ajustar a
execução e ou o plano do projeto de acordo com os pedidos aprovados é chamado de controle
integrado de mudanças.
Este é um processo geral que faz uso de diversos processos menores, mais específicos. Quando
precisa avaliar, por exemplo, um aumento no escopo do projeto, o processo controle de
mudanças de escopo é utilizado como apoio. Se este aumento de escopo for aprovado,
provavelmente será preciso gerar um aumento no tempo. O controle integrado de mudanças
irá disparar, então, o processo de controle do cronograma.
Você deve utilizar o processo de controle do escopo sempre que for necessário avaliar um
pedido de mudança que implique em diminuir, aumentar ou alterar de qualquer maneira o
escopo planejado do projeto. As mudanças no esforço do projeto geram mudanças no tempo
e/ou no custo do projeto em quase 100% dos casos.
Quando estamos discutindo o escopo, os documentos que servem de base para compreender
qual é o escopo planejado são a Declaração de Escopo e a EAP. O documento que estabelece
qual é o processo e quais são as regras para aprovar ou rejeitar um pedido é o Plano de
Gerenciamento de Escopo.
O cliente percebe que acabou não contemplando uma parte importante do serviço
quando o projeto estava sendo definido.
O executor pede para excluir do projeto uma parte do escopo devido à dificuldades de
atender aos prazos.
Para fornecer a base que indica qual é o planejado em relação ao tempo, o documento
utilizado é o próprio cronograma. . O documento que estabelece qual é o processo e quais são
as regras para aprovar ou rejeitar um pedido é o Plano de Gerenciamento do Cronograma.
As mudanças que porventura venham a afetar o orçamento planejado para o projeto devem
ser validadas com o auxílio do processo de controle de custos. É comum que este processo
tenha um grau maior de formalidade e/ou de passos para a validação de pedidos de mudança.
Como no controle de tempo, é possível que apareçam mudanças não desejadas mas
inevitáveis.
Para fornecer a base que indica qual é o planejado em relação ao tempo, os documentos
utilizados são as estimativas e a baseline de custo. O documento que estabelece qual é o
processo e quais são as regras para aprovar ou rejeitar um pedido é o Plano de Gerenciamento
de Custos.
Checar se neste estágio do projeto existem riscos previstos que não podem mais
ocorrer. Se existem, eliminá-los do registro de riscos.
Note que, assim como quando replanejamos os outros documentos, as mudanças no registro
de riscos exigem que a vesão antiga seja armazenada e o novo registro de riscos receba um
novo número de versão. O novo documento deve ser enviado aos stakeholders relevantes
para atualização.
Ou seja, seu objetivo é formalizar o término de uma fase, ou do projeto, e a aceitação de suas
entregas / resultados.
Caso as entregas satisfaçam a todos os requisitos e critérios definidos, elas serão aceitas. A
aceitação deve ser formalmente documentada, para evitar discordâncias no futuro.
Caso contrário, os motivos para a não aceitação deverão ser documentados, juntamente
com as mudanças solicitadas e / ou ações corretivas recomendadas para corrigir a causa da
não aceitação.
Assim como a garantia da qualidade, é um processo que deve ser realizado durante todo o
projeto. De fato, os dois processos costumam ocorrer paralelamente.
O desempenho das atividades do projeto também deve ser analisado em vista do desempenho
planejado inicialmente, desvios no desempenho das atividades do projeto podem ajudar a
identificar problemas de qualidade na realização dos trabalhos do projeto.
Após a finalização do trabalho técnico do projeto, muitas vezes temos o ímpeto de corrermos
em direção ao próximo projeto em nossa lista.
Não obstante, o trabalho relativo ao esforço do gerenciamento de nosso projeto ainda não
está terminado. Nos falta fechar, ou encerrar, o projeto.
Encerrar o projeto
Encerramento do contrato
O Encerramento de Contratos visa a análise e validação das entregas do projeto geradas por
fornecedores e, também, das demais obrigações contratuais firmadas entre as partes.
Não é necessário esperar o final do projeto para encerrar um contrato, este processo pode
acontecer a qualquer momento.
Devemos lembrar-nos que, mesmo caso a gestão dos contratos de um projeto não ser de
incumbência do gerente do projeto, este deve conhecer os contratos em razoável nível de
detalhes, para ter maior condição de avaliar o desempenho dos fornecedores durante a
vigência dos contratos, e ter a capacidade de requisitar as ações corretivas e / ou modificações
que se façam necessárias.
Um dos principais meios pelos quais podemos promover a melhoria contínua de nossa
organização no que diz respeito à realização de projetos é através da criação e manutenção da
base de informações históricas dos projetos realizados.
A documentação que compõe esta base deverá ser composta, principalmente, pelos
relatórios de desempenho do projeto, assim como históricos de mudanças realizadas e
problemas encontrados. Alguns outros pontos importantes são:
A base histórica deve ser armazenada em local – físico ou digital – de fácil acesso aos
possíveis interessados.
Para gerar essas lições aprendidas, recomenda-se tomar o tempo necessário para documentá-
las à medida que ocorrem, durante o desenvolvimento do projeto. Se deixarmos esta
atividade para o final do projeto, corremos o risco de nos esquecermos das pequenas,
porém importantes, lições que foram aprendidas no decorrer do projeto.
Este processo deve ser realizado a “várias mãos”, tendo como colaboradores: toda a equipe do
projeto, incluindo o gerente, cliente, patrocinadores internos e externos, e principais
fornecedores
Futuramente, todos os projetos em fase de iniciação devem ter como primeiro passo a
consulta da base de lições aprendidas da organização.
A validação da sua entrega nestes quesitos pelas partes interessadas gera o documento mais
desejado pelos gerentes de projeto: o aceite formal.
Outros esforços de nota são aqueles ligados à liberação de recursos, a aplicação (se houver) de
um sistema de recompensa e um possível evento de comemoração.