Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Revisão
Dados gráfica ede
Internacionais diagramação:
CatalogaçãoDenis Bianchini(CIP)
na Publicação
(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
Capa: EJ Escola de Aeronáutica
Muito cuidado Bibliografia
e técnica foram empregados na edição desta obra. Porém, podem ocorrer erros de
impressãoISBN
digitação, 978-85-xxxxxx-x-x
ou dúvida conceitual. Em qualquer das hipóteses, solicitamos a comunicação
à nossa Central de Atendimento, para que possamos esclarecer ou encaminhar a questão.
1. Aviadores - Estudo
Centrale de
ensino 2. Vôo - Instrução
Atendimento
3. Vôo - Treinamento I. Título.
email: contato@ej.com.br
site: www.ej.com.br
10-03637 CDD-629.1307
Índices para catálogo sistemático:
1. Piloto privado : estudo e ensino : Aeronáutica 629.1307
3.1.4 - Fraseologia
A fraseologia é um procedimento estabelecido com o objetivo de assegurar a
uniformidade das comunicações radiotelefônicas, reduzir ao mínimo o tempo de transmissão
das mensagens e proporcionar autorizações claras e concisas.
O principal objetivo das comunicações radiotelefônicas entre pilotos e controladores
de tráfego aéreo ou operadores de estação aeronáutica é o entendimento mútuo.
Antes de se transmitir uma mensagem, deverá ser observado:
- Se a freqüência desejada foi selecionada corretamente;
- Se nenhuma aeronave está transmitindo no momento;
- Se o que deseja transmitir foi preparado previamente; e
- Em se tratando de mensagem longa, confirmar se a mesma foi escrita antes de iniciar a
transmissão.
(Realize o acionamento da aeronave e quando estiver pronto para táxi e cópia chame o solo).
Piloto: EJZ pronto para táxi e cópia com 2 a bordo, autonomia 04:30, alterna SBBP
10 Descrição das manobras
Manual de Treinamento Prático - EJ
Solo: EJZ autorizado para área 460, decolagem da pista 18, após a decolagem
curve à esquerda com proa do portão 2 (través de Jarinu), lá coordena em
126,65, restrito a 4000 pés, transponder 2000. Livre táxi até ponto de espera da
pista 18, quando pronto chame torre 118,75. Coteje EJZ.
Piloto: EJZ autorizado área 460, decolagem da pista 18, após a decolagem curva
à esquerda com proa do portão 2 (través de Jarinu), lá coordena em 126,65, restrito
a 4000 pés, transponder 2000. Livre táxi até ponto de espera da 18, chama torre
118,75 quando pronto, EJZ
(Inicie o táxi até o ponto de espera da 18. Após realizar o Before Takeoff Checklist, passar para
freqüência da torre)
Piloto: EJZ abandona a área 460, regressando para Jundiaí, com proa de
CRUZEIRO, mantém 4000 pés.
Rádio BR: Ciente, na posição CRUZEIRO coordene em 126,65 e, no portão 2
chame a Torre Jundiaí em 118,75.
PPA e PCA Práticos
Manual de Treinamento Prático - EJ 11
Piloto: Ciente, coordena em 126,65 e após chama a Torre Jundiaí em 118,75, EJZ.
Quando passar o portão 2 (no través de Jarinu) chame a Torre Jundiaí:
Mantenha a aproximação descendo para 3500 pés e, na vertical da lagoa, chame a Torre
novamente:
Quando livrar na central, passar o ponto de espera, parando logo após, executar o after
landing checklist e chamar o Solo:
Piloto: Solo Jundiaí, o EJZ livrou na central. Solicita táxi até a EJ.
Solo: Autorizado táxi até a EJ, mantenha a escuta EJZ.
Piloto: Livre táxi até a EJ, EJZ.
proceder na execução e leitura dos itens das listas de cheque como se sozinho estivesse,
seguindo os mesmos padrões aqui estabelecidos.
As listas de cheques de emergência, por se tratarem de operações fora da rotina,
serão executadas no padrão “ler e executar”, ressalvados aqueles itens que devem ser
executados de memória como: fogo no motor e falha do motor em voo.
Se durante a leitura de cheques normais, algum item não tiver sido executado,
o piloto que estiver efetuando a leitura deve interrompê-la e aguardar que o item seja
executado. Só após poderá prosseguir com a leitura.
LEMBRE-SE: Se um item pendente for deixado para mais tarde, com toda certeza
será esquecido.
3.1.6 - Táxi
Para o início do táxi, deve ser aplicado um pequeno acréscimo de potência para
que a aeronave, vencendo a inércia, inicie o movimento. Durante esta manobra, o aluno
deverá dirigir sua atenção exclusivamente ao controle do avião. Diante disso, os checklists
só deverão ser realizados com a aeronave parada.
Em pistas pavimentadas, o táxi deverá ser feito sobre a faixa amarela, utilizando
apenas os pedais para garantir o controle direcional da aeronave no solo. Somente utilizar
os freios diferenciais para auxiliar nas curvas quando extremamente necessário e, ao aplicá-
los, utilizar uma pressão suave e gradual.
Para redução da velocidade ou parada da aeronave, a rotação do motor deverá
ser inicialmente reduzida para só então aplicar os freios. Em condições extremas, frear e
reduzir a RPM instantaneamente e ao mesmo tempo. Para pistas de gramas, saibro ou
areia a RPM será conforme o necessário.
Erros mais comuns:
- Variar a RPM do motor constantemente.
- Utilizar freio com o motor acelerado.
- Esquecer de reduzir para marcha lenta quando a aeronave estiver embalando ou
em declive.
- Utilizar freio inadvertidamente quando comandar o pedal para curvar a aeronave.
- Não desembalar a aeronave antes de iniciar uma curva.
- Taxiar fora da linha de referência.
“Vamos efetuar uma decolagem normal da cabeceira 18, com flaps up. Vamos rodar a
aeronave com 60kt, subindo com 70kt. Após 400ft realizar o after takeoff checklist. Após
500ft, curvar à esquerda cumprindo o circuito de tráfego padrão.”
“Toda anormalidade será declarada em voz alta e clara. Iniciada a corrida, não atingindo
os mínimos operacionais, perda da reta ou objetos na pista, abortaremos a decolagem.
Se a pane ocorrer após a VR, havendo pista em frente, pousaremos em frente. Se
após a VR, não houver pista em frente, pousaremos em frente ou com desvios de, no
máximo, 45 graus para livrar obstáculos. Em caso de pane acima de 500ft, julgaremos a
possibilidade de retorno para a pista, com curva contra o vento. Em caso de pane real os
controles estão com o INVA e a fonia e checklists com o aluno.”
3.1.10 - Decolagem
Em aeródromos não controlados, antes de ingressar na pista verifica-se a direção do
vento, pois as decolagens devem ser efetuadas com vento predominantemente de proa. Quando
alinhado na cabeceira, efetuar o “cleared for takeoff checklist”.
O uso dos cintos de segurança abdominal e transversal é obrigatório na decolagem até
o nivelamento e, também, do início da descida até o corte dos motores após a parada total da
aeronave.
Tem como objetivo tirar a aeronave do solo o mais rápido possível, a fim de livrar
obstáculos próximos, no prolongamento do eixo da pista.
se reduzir a potência para um ajuste que proporcione a razão de descida de 500 ft/min.
Depois, coloque o nariz da aeronave numa atitude abaixo da linha do horizonte até
a razão de descida pretendida, estabilize a aeronave usando o compensador e cuide para
manter a proa pré-determinada.
Se estiver com mistura corrigida, ao abandonar a altitude inicial, realizar o
enriquecimento para um adequado rendimento do motor conforme o manual de cada
equipamento.
a) Faz-se uma leve pressão para trás no manche, ajustando a atitude a fim de
nivelar a aeronave e zerar o climb;
b) Aplica-se a potência de cruzeiro, conforme Manual Operacional (C152-
2300RPM, P28A-2300RPM, C172-2300RPM);
c) Ajusta-se o compensador para eliminar os esforços sobre o manche.
NOTAS:
- Aplicar potência em rajadas a cada 30 segundos;
- O ar quente do carburador, em condições de temperatura abaixo de 15ºC,
deverá ser acionado.
3.1.23 - Curvas
O treinamento de curvas tem por objetivo permitir que o aluno desenvolva a técnica
correta para efetuar mudanças de proa da aeronave, executando a manobra de maneira
coordenada, segura e mantendo a altitude constante.
Existem três tipos de curva, classificados conforme o ângulo de inclinação das
asas empregado. Quanto maior este ângulo, maior será a razão (em graus por segundo),
que a aeronave mudará sua proa.
Curva de 90°
Observar uma referência que está na ponta da asa do lado para o qual a curva
será realizada. Iniciar a curva a fim de colocar o nariz do avião onde estava a ponta da asa.
Curva de 180°
Observar uma referência na ponta da asa do lado para o qual a curva será
realizada. Iniciar a curva a fim de colocar a ponta da asa contrária na referência.
Curvas de 360°
NOTA: Antes de qualquer curva deverá ser executado, em voz alta, o cheque de
área: direita livre, frente livre e esquerda livre.
Dicas importantes:
- Inicie a inclinação devagar.
- Mantenha fixa uma referência no horizonte e tente mantê-la o máximo possível.
1° Tipo
Dicas importantes:
- Iniciar a coordenação sempre com inclinação semelhante a curva de média.
- Lembrar que essa manobra nada mais é do que o início de uma curva, na qual
você se arrependeu, e decidiu corrigir antes do nariz mudar a proa.
- Usar como referência a atitude da aeronave em relação ao horizonte.
- A aeronave gira mais rápido para o lado esquerdo, do que para o lado direito,
devido ao torque do motor, portanto, tenha paciência para a asa direita inclinar até
o ponto ideal.
- Também devido ao torque do motor, a inclinação para a esquerda tende a baixar
o nariz, e para a direita, tende a levantar o nariz, necessitando de pequenas
correções de arfagem quando estiver passando pela linha do horizonte.
2° Tipo
Dicas importantes:
- Inicie as curvas sempre devagar.
- Utilize referências externas.
- Utilize a bolinha de nível apenas quando a curva estiver estabilizada, para fazer
os “ajustes finos”.
3.1.25 - Perdas
O objetivo desta manobra é desenvolver no aluno a habilidade de sentir o
afundamento da aeronave com a perda de sustentação e a identificar a iminência do
estol. Este treinamento possibilitará ao piloto a antecipação segura das correções verticais
durante a aproximação e o pouso.
Aplica-se, durante o treinamento, 3 tipos de perda com motor e 3 tipos sem motor.
Diferença entre elas será a razão da perda de velocidade, que é maior quando a potência é
reduzida.
Antes de efetuar qualquer perda devem ser observados estes três fatores:
a) altura mínima (2500Ft);
b) referência visual à frente;
c) cheque de área (curvas de 90° - 180° - 90°)
Partindo-se do voo reto horizontal, coloque a aeronave num ângulo de 30° acima
da linha do horizonte, reduza o motor para aproximadamente 2000 rpm. Mantenha o nariz
na posição determinada, cabrando gradativamente até atingir 50kt. Inicie a recuperação
aumentando a potência e, simultaneamente, cedendo o nariz, buscando o angulo de 30º
abaixo da linha do horizonte. Ao passar por 70kt, retorne ao voo nivelado fazendo o ajuste
de potência para 2300 RPM.
26 Descrição das manobras
Manual de Treinamento Prático - EJ
2° Tipo
Partindo-se do voo reto horizontal, coloque a aeronave num ângulo de 45° acima
da linha do horizonte, reduza o motor para aproximadamente 2000 rpm. Mantenha o nariz
na posição determinada, cabrando gradativamente até atingir 40kt. Inicie a recuperação
aumentando a potência e, simultaneamente, cedendo o nariz, buscando o angulo de 45º
abaixo da linha do horizonte. Ao passar por 70kt, retorne ao voo nivelado fazendo o ajuste
de potência para 2300 RPM.
3° Tipo
Partindo-se do voo reto horizontal, coloque a aeronave num ângulo de 60° acima
da linha do horizonte, reduza o motor para aproximadamente 2000 rpm, mantenha o nariz
na posição determinada, cabrando gradativamente até a iminência de estol (35kt). Inicie
a recuperação aumentando a potência e simultaneamente cedendo o nariz, buscando o
angulo de 60º abaixo da linha do horizonte. Ao passar por 70kt, retorne ao voo nivelado
fazendo o ajuste de potência para 2300 RPM.
PPA e PCA Práticos
Manual de Treinamento Prático - EJ 27
Dicas importantes
- Com a perda de velocidade e o motor acelerado, aumentará a necessidade de
manter o pedal direito calçado, devido a torque do motor.
- A potência e velocidade são referências durante a manobra. Deve ser dada
ênfase à atitude da aeronave.
- Na perda de 3° tipo com motor, devido ao estol completo, aeronave tenderá a cair
de asa. Se isto acontecer, utilizar somente os pedais para a correção.
Erros comuns:
- Usar o manche para correção de asa no pré-estol.
- Não calçar os pedais, e perder a referência.
- Deixar o nariz ficar variando de atitude.
- Perder tempo olhando o painel, deixando variar o nariz.
2° Tipo
Partindo-se do voo reto horizontal, coloque a aeronave num ângulo de 45° acima
da linha do horizonte, reduza todo o motor. Mantenha o nariz na posição determinada,
cabrando gradativamente até atingir 40kt. Inicie a recuperação aumentando a potência e,
simultaneamente, cedendo o nariz, buscando o angulo de 45º abaixo da linha do horizonte.
Ao passar por 70kt, retorne ao voo nivelado fazendo o ajuste de potência para 2300 RPM.
28 Descrição das manobras
Manual de Treinamento Prático - EJ
3° Tipo:
Partindo-se do voo reto horizontal, coloque a aeronave num ângulo de 60° acima
da linha do horizonte, reduza todo o motor, mantenha o nariz na posição determinada,
cabrando gradativamente até a iminência de estol (35kt). Inicie a recuperação aumentando
a potência e simultaneamente cedendo o nariz, buscando o angulo de 60º abaixo da linha
do horizonte. Ao passar por 70kt, retorne ao voo nivelado fazendo o ajuste de potência para
2300 RPM.
Dicas importantes:
- Com a baixa velocidade e o motor acelerando, durante a recuperação da manobra,
aumentará a necessidade de manter o pedal direito calçado, devido ao torque do
motor.
- A potência e velocidade são referências durante a manobra. Deve ser dada
ênfase à atitude da aeronave.
- Na perda de 3° tipo, devido à iminência do estol, a aeronave tenderá cair de asa.
Se isto acontecer utilizar somente os pedais para a correção.
Erros comuns:
- Usar o manche para correção de asa no pré-estol.
- Não calçar os pedais e perder a referência.
- Deixar o nariz ficar variando de atitude.
- Perder tempo olhando o painel, deixando variar o nariz.
3.1.26 - Estol
O estol é a perda total de sustentação, condição na qual a aeronave não consegue
manter-se em voo. Esta manobra será realizada durante o treinamento somente para
demonstrar ao aluno a atitude crítica, a performance e o comportamento da aeronave na
situação.
Para execução do exercício deverão ser observados os seguintes aspectos:
a) altura mínima (2500Ft);
b) referência visual à frente da aeronave;
c) cheque de área (curvas de 90° - 180° - 90°)
PPA e PCA Práticos
Manual de Treinamento Prático - EJ 29
Pré-estol em curva
Partindo-se do voo reto horizontal, iniciar uma subida com ângulo aproximadamente
de 45° em relação à linha do horizonte, reduzir a potência para aproximadamente 2000
RPM e iniciar uma curva de media inclinação para um dos lados. Aguardar nesta atitude até
soar a buzina de estol. Para recuperar, desfazer a curva e aplicar potência total no motor
de forma gradativa e, simultaneamente, baixar o nariz em um angulo de 45º abaixo da linha
do horizonte. Ao passar por 70kt, retorne ao voo nivelado fazendo o ajuste de potência para
2300 RPM.
Estol
Partindo-se do voo reto horizontal, iniciar uma subida com ângulo aproximadamente
de 60° em relação à linha do horizonte, reduzir a potência para 2000 rpm e aguardar nesta
atitude até a aeronave estolar por completo. Para recuperar, aplicar potência total no motor
de forma gradativa e, simultaneamente, baixar o nariz provocando um leve mergulho até
recuperar velocidade suficiente para voltar à condição de voo reto horizontal.
3.1.27 - Glissadas
O treinamento da glissada permite que o aluno desenvolva a habilidade de empregar
uma elevada razão de descida na aeronave sem incremento da velocidade horizontal. Esta
técnica é muito importante nas situações onde o pouso forçado é inevitável, tornando possível
aproximar-se por cima de obstáculos e, logo após, perder altura e pousar num campo pequeno.
Também é útil nas situações em que se chega alto na final para o pouso forçado, permitindo
uma correção rápida da rampa.
Como o objetivo é perder altitude, obviamente o motor não será utilizado. Partindo-
se do voo planado, cruza-se os comandos de manche e pedal, abaixando uma asa (a que se
encontra do lado do vendo) e comandando o pedal oposto. O ângulo de arfagem deverá ser
ajustado a fim de manter a velocidade do melhor ângulo de planeio (ex.: 65kt no C152, 76kt no
P28A e 70kt no C172).
Quanto maior for a aplicação cruzada dos comandos, maior será o afundamento. Deve
ser destacado que o controle da velocidade dependerá, exclusivamente, do pitch empregado.
Neste sentido, se a aeronave embalar, ultrapassando a velocidade de melhor planeio, cabrar
suavemente o manche. Caso contrário, picar até reduzir para a velocidade desejada.
Glissada Frontal
Glissada Lateral
Consiste numa série de curvas alternadas de 180° à 800ft, feitas sobre uma
estrada reta. É ideal que o vento esteja perpendicular à estrada.
Inicia-se o voo em linha reta horizontal cortando a estrada a 90°. Logo após,
uma curva de 180° deve ser iniciada. Esta curva deve terminar quando no cruzamento da
estrada, que deve ser feito com as asas niveladas.
Compensa-se o vento de acordo com a incidência sobre o avião: com vento de
proa, curva de pequena inclinação. Com vento de través, de média. E com vento de cauda,
deve-se fazer curva de grande inclinação.
vento e manter o mesmo raio ao redor dos marcos durante toda a curva (use ponta da asa
no marco, como referência para manutenção do raio constante).
Erros comuns:
- Não manter a altura constante;
- Começar a curva com atraso ou prematuramente;
- Concentrar atenção excessiva sobre o marco e negligenciar a posição do nariz
da aeronave;
- Não manter as referências na ponta da asa.
Reduzir para 2000 rpm (valor de referência), aguardar 70kt sem variar a altitude,
fazer os ajustes necessários de potência e compensador para manter a aeronave voando
nivelada, sem aplicação de esforços no manche.
Configuração 2
Configuração 3
Partindo da Configuração 2, aplicar flap 20º (flap 25º no caso do PA28), aguardar
50kt e fazer os ajustes necessários de potência e compensador para manter a aeronave
voando nivelada, sem aplicação de esforços no manche.
dos motores);
f) deixar o instrutor ciente do que será executado após o pouso. Se for efetuado
toque e arremetida, indicar para qual altitude irá subir e qual a proa que será mantida
após livrar o circuito;
g) completar o "DESCENT AND APPROACH CHECKLIST";
h) iniciar descida para a altitude de tráfego.
Erros comuns:
- Não compensar o vento, deixando o curso da final à sua direita ou à sua esquerda;
3.1.34 - Pousos
A aproximação para pouso deve ser realizada com a velocidade apropriada em
consonância com o flap utilizado. O piloto deve sempre observar a rampa de descida, pois
é importante o seu julgamento para determinar se aeronave encontra-se acima ou abaixo
PPA e PCA Práticos
Manual de Treinamento Prático - EJ 35
da mesma.
A rampa de aproximação deve ser definida de forma que, na curta final, haja altura
suficiente para reduzir o motor para idle. Após, deve-se apontar o nariz para a cabeceira,
baixando-o a fim de manter a velocidade e, quando a aeronave estiver a aproximadamente
3 metros sobre a pista, iniciar o arredondamento cabrando suavemente o manche com o
objetivo de estabelecer um voo reto e nivelado sobre o pavimento (a aproximadamente
1m de altura). Na medida em que a aeronave for afundando, o manche deve ser cabrado
gradualmente para reduzir a velocidade (sem, contudo, ganhar altura), trazendo a aeronave
para a atitude de pouso e garantindo o toque com os trens principais.
Sempre que a aproximação estiver desestabilizada (aeronave acima da rampa
ou desalinhada com a pista), o piloto deve tomar a iniciativa de arremeter e fazer nova
aproximação.
No través da cabeceira em uso, deve-se efetuar o "LANDING CHECKLIST"
(cheque para o pouso).
Erros comuns:
- Não manter a atenção e perder o eixo após o pouso;
- Executar qualquer item do “after landing checklist” (recolher flaps, desligar
transponder e faróis de pouso) antes de parar após livrar a pista.
3.1.36 - Arremetidas
Arremetida é uma manobra executada durante o pouso, ou na fase de aproximação
final, com a intenção de abortar o procedimento. Também conhecido como procedimento de
aproximação perdida (quando em voo), deve ser executado sempre que a aeronave não se
apresentar estabilizada para o pouso, ou quando as condições meteorológicas não forem
propícias para o toque em um aeródromo (ex.: situações de vento de rajada) ou qualquer
outro empecilho verificado pelo comandante.
Arremetida no ar
Arremetida na final:
Arremetida no solo:
Por fim, a arremetida no solo é realizada após a aeronave ter tocado o mesmo com
PPA e PCA Práticos
Manual de Treinamento Prático - EJ 37
intenções de realizar uma nova decolagem na seqüência. Também é aplicável à situação
onde o piloto percebe que não há, à sua frente, pista suficiente para a parada total da
aeronave.
Após o toque:
- configurar a aeronave para flaps up;
- aguardar a desaceleração da aeronave mantendo o eixo;
- aplicar potência de decolagem;
- efetuar os demais procedimentos conforme previstos para a decolagem normal.
Erros comuns:
- Recolher todas as posições de flap de uma só vez;
- Não aplicar potência de decolagem;
- Esquecer de realizar o "AFTER TAKE-OFF CHECKLIST".
3.1.37 - Aproximações
O treinamento das aproximações, assim como o do voo planado e das panes
simuladas, tem por objetivo desenvolver no aluno a capacidade de efetuar um pouso seguro
na hipótese de uma pane no motor. Por envolver aproximações a partir de diversos pontos
do circuito de tráfego, estimula o aluno a utilizar e conservar adequadamente a energia
potencial da aeronave, transformando-a em energia dinâmica, com o objetivo de alcançar a
pista de pouso com altura e velocidades adequadas para um pouso bem sucedido.
90° na lateral
Perna Base:
- reduzir o motor e seguir até o
pouso no planeio
- C152: 65kt / PA28: 75kt / C172: 70kt
Deve-se seguir a seqüência: ingressar na perna base um pouco mais próximo que
o normal, mantendo a altura de 700ft e, no ponto médio da perna base, iniciar o voo planado
trazendo o motor para marcha lenta.
38 Descrição das manobras
Manual de Treinamento Prático - EJ
180° na lateral
180° na vertical
Este tipo de aproximação é iniciada voando sobre a pista em uso com altura
PPA e PCA Práticos
Manual de Treinamento Prático - EJ 39
de 1000ft. Na vertical da cabeceira, o piloto reduz o motor e estabelece o voo planado,
executando uma curva de 45° para direita. Após afastar-se um pouco, realiza curva de 135°
para esquerda, ajustando-se na curva base e, por último, descrevendo uma curva de 90°
para esquerda interceptando a final.
A finalidade desta manobra é a de, em caso de pane, permitir que o piloto possa
pousar em terreno abaixo da aeronave, voando com vento de cauda.
360° na vertical
1ª FASE
-Voar o avião, estabelecendo, imediatamente a velocidade de melhor planeio
(C152: 65kt / Tupi: 76kt / C172: 70kt);
2ª FASE
- Procura campo para pouso;
3ª FASE
- Realizar a pesquisa da pane:
1°) Seletora de combustível aberta;
2°) Mistura Rica;
3°) Manete de potência aplicada;
4°) Bomba de combustível (somente no Tupi);
PPA e PCA Práticos
Manual de Treinamento Prático - EJ 41
5°) Ar quente aberto;
6°) Magnetos ligados;
7°) Master (bateria/alternador) ligados.
- Tentar o reacionamento. Em caso negativo, realizar o corte do motor:
1°) Seletora de combustível fechada;
2°) Mistura cortada;
3°) Manete de potência recuada;
4°) Bomba de combustível desligada (somente no Tupi);
5°) Ar quente fechado;
6°) Magnetos desligados;
7°) Master - Alternador: desligado;
Bateria: desligar após configurar os flaps para pouso;
8°) Rádio em 121.50;
9°)Transponder em 7700.
3.1.39 - Emergências
Um avião, como qualquer máquina, está sujeito a falhas. Para tais situações, é
fundamental, em primeiro lugar, manter a calma e o controle da aeronave. Quando houver
tempo para uma pesquisa, deve-se fazer uma busca de panes e proceder conforme segue
o manual da aeronave em questão. Esteja sempre familiarizado com os procedimentos
anormais previstos no manual do avião. Lembre-se: estar preparado é o melhor caminho
para um voo seguro.
3.1.43 - Navegação
Uma boa navegação começa com um bom planejamento. Para isto, o aluno deve
ter em mãos todo o material necessário:
- Cartas;
- Ficha de navegação;
- Computador de voo;
- Transferidor;
- ROTAER;
- AIP-BRASIL;
- Lápis;
- Borracha;
- Régua.
Para o voo noturno, além dos documentos normais, o aluno deve ter em mãos uma
lanterna. Durante a inspeção externa, o aluno deve verificar o funcionamento das luzes do
avião.
Na confecção do planejamento, o aluno deverá dedicar especial atenção para as
condições meteorológicas da rota e dos aeródromos de destino e de alternativa.
Os voos noturnos são mais agradáveis e fáceis, pois fica mais simples localizar
outras aeronaves. Geralmente o ar é mais frio e denso, resultando num voo confortável e
com uma melhor performance.
Todas as luzes do avião (internas e externas) deverão estar em perfeitas condições
para o voo.
44 Manual de Treinamento Prático - EJ