Você está na página 1de 4

Tendo o sistema social em vigor sido pautado no ideário de homem branco , o racismo

atravessa os mais diversos âmbitos da vida do sujeito negro, fazendo-o desconhecedor


de si mesmo. Esse modelo eurocêntrico faz com que a(o) negra(o) negue a sua história,
o seu corpo, o seu próprio eu, e busque enquadrar-se no mesmo. Tudo isso vai se
tornando natural e internalizado na vida da pessoa negra, o sucumbindo. Ferreira e
Camargo (2011)

Quando o sujeito negro chega a lutar contra uma sociedade racista, várias outras
lutas internas já vêm sendo travadas. Pensar na construção de uma identidade enquanto
negra(o) é cogitar um processo de desconstrução doloroso, mas libertador. Liberta-se de
tudo que é imposto e trilhar caminhos de construção de todo um Eu, de modo que lhe
traga um fortalecimento, tendo em vista que os ataques racistas continuarão. Partindo
dessa premissa, perceber que o sujeito negro que se reconhece, se aceita, torna-se um
sujeito menos susceptível psicologicamente de sofrimentos oriundos dessa sociedade
racista, como a estrutura do racismo atravessa a vida do sujeito negro no processo de
construção da sua identidade?

Pontos importantes e necessários para abordar:

- Racismo (conceito e fato histórico, tipos de racismo, racismo no Brasil

- Identidade (Conceito,

O Brasil foi o País que por último teve a abolição escravista concedida, foram mais de
300 anos de constantes resistência e busca da liberdade, através das fugas, rebeliões,
conflitos, mortes e as formações dos quilombos.

O racismo é uma ideologia porque ele forma não somente o nosso modo de pensar,
como também o nosso modo de sentir, e nessa linha as coisas se naturalizam, então o
racismo ele não forma somente o negro, mas também o branco. Daí quando as
pessoas dizem não serem racistas, isso só demostra como realmente essa pratica
ocorre, pois enquanto ideologia o racismo só funciona enquanto é capaz de se ocultar.
Para se combater uma ideologia é preciso combater as formas de produção da
ideologia e da subjetividade que naturaliza o racismo.
- Ser negro sempre vira uma questão.
- Abrir mão de privilégios não pode ser visto como apenas como voluntarismo.
- Consciencia negra é uma reescrita da nossa própria condição no mundo, é recolocar a
partir de uma noção de que não somos aquilo que o racismo fez de nós, O que nós
fazemos com a tomada de consciência e com a consciência negra é nos redefinir
apartir da negritude, recolocar a condição de ser negro numa posição que a nossa
humanidade seja definida (Fanon Cheribber).

Ortegal, L. (2018). Relações raciais no Brasil: colonialidade, dependência e diáspora. Serviço Social &
Sociedade, (133), 413-431. Recuperado de https://www.scielo.br/scielo.php?
script=sci_arttext&pid=S0101-66282018000300413&lng=pt&nrm=iso

Conceição, L., J., Lima, M., K., Soares, J., L. (2019). RESISTÊNCIA NEGRA E PÓS
ABOLIÇÃO NO BRASIL. Emblemas - Revista da Unidade Acadêmica Especial
de História e Ciências Sociais - UFG/CAC. Recuperado de
https://revistas.ufg.br/emblemas/article/view/52669
FICHAMENTO:

 A dimensão psíquicas nas questões do racismo


 Partindo de uma realidade histórico- social que determina para o negro,
configurações psíquicas peculiares – hipótese.
 Referencial teórico – psicanalise – como as significações do racismo se
inscrevem psiquicamente, de modo que possa produzir dimensão
simbólica do corpo do negro e ideal imaginário de brancura
 Nem a conciencia da condição de negro, nem o angajamento em relçaõa as
lutas politicas contra a discriminação racial, são suficientes para modificar a
condição de negro, na medida que os sentidos do racismo, inscritos na psique,
permanecem não elaborados.

RESISTÊNCIA NEGRA E PÓS ABOLIÇÃO NO BRASIL (citar parágrafos abaixo)

É possível observar que as lutas em busca de liberdade do povo negro desde sempre
foram constantes, desde as suas fugas e formações de quilombos, a acordos por uma
vida digna, com direito a plantações para que pudessem viver de forma mais “digna”.

A abolição tida como fato heroico, foi na realidade mais uma desumanização e
desamparo, pois as(os) negras(os) ficam as margens, sem nenhuma assistência, seja da
sociedade, seja do Estado, e todos se viram livres, mas uma liberdade que estava de
igual modo na dependência da burguesia, pois não havia nenhuma oportunidade de
trabalho remunerado para o povo negro liberto.

Efeitos na subjetividade:

Crescer em uma sociedade em que constantemente apontam “defeitos”, seja corpóreo,


intelectual, de cor, consequentemente isso gera indivíduos com a psique fragilizada, de
modo que, mais da metade da população brasileira são de pessoas negras, então não tem
como desligar os efeitos que o racismo causa na saúde do povo preto. E todos esses
sofrimentos tem uma raiz histórica, que refletem ate os dias atuais em ataque a
dignidade humana, a negação ao belo, a padrões socioeconômicos elevados, isso tudo
conectados a sentimentos de inferioridades.

Você também pode gostar