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Quando o sujeito negro chega a lutar contra uma sociedade racista, várias outras
lutas internas já vêm sendo travadas. Pensar na construção de uma identidade enquanto
negra(o) é cogitar um processo de desconstrução doloroso, mas libertador. Liberta-se de
tudo que é imposto e trilhar caminhos de construção de todo um Eu, de modo que lhe
traga um fortalecimento, tendo em vista que os ataques racistas continuarão. Partindo
dessa premissa, perceber que o sujeito negro que se reconhece, se aceita, torna-se um
sujeito menos susceptível psicologicamente de sofrimentos oriundos dessa sociedade
racista, como a estrutura do racismo atravessa a vida do sujeito negro no processo de
construção da sua identidade?
- Identidade (Conceito,
O Brasil foi o País que por último teve a abolição escravista concedida, foram mais de
300 anos de constantes resistência e busca da liberdade, através das fugas, rebeliões,
conflitos, mortes e as formações dos quilombos.
O racismo é uma ideologia porque ele forma não somente o nosso modo de pensar,
como também o nosso modo de sentir, e nessa linha as coisas se naturalizam, então o
racismo ele não forma somente o negro, mas também o branco. Daí quando as
pessoas dizem não serem racistas, isso só demostra como realmente essa pratica
ocorre, pois enquanto ideologia o racismo só funciona enquanto é capaz de se ocultar.
Para se combater uma ideologia é preciso combater as formas de produção da
ideologia e da subjetividade que naturaliza o racismo.
- Ser negro sempre vira uma questão.
- Abrir mão de privilégios não pode ser visto como apenas como voluntarismo.
- Consciencia negra é uma reescrita da nossa própria condição no mundo, é recolocar a
partir de uma noção de que não somos aquilo que o racismo fez de nós, O que nós
fazemos com a tomada de consciência e com a consciência negra é nos redefinir
apartir da negritude, recolocar a condição de ser negro numa posição que a nossa
humanidade seja definida (Fanon Cheribber).
Ortegal, L. (2018). Relações raciais no Brasil: colonialidade, dependência e diáspora. Serviço Social &
Sociedade, (133), 413-431. Recuperado de https://www.scielo.br/scielo.php?
script=sci_arttext&pid=S0101-66282018000300413&lng=pt&nrm=iso
Conceição, L., J., Lima, M., K., Soares, J., L. (2019). RESISTÊNCIA NEGRA E PÓS
ABOLIÇÃO NO BRASIL. Emblemas - Revista da Unidade Acadêmica Especial
de História e Ciências Sociais - UFG/CAC. Recuperado de
https://revistas.ufg.br/emblemas/article/view/52669
FICHAMENTO:
É possível observar que as lutas em busca de liberdade do povo negro desde sempre
foram constantes, desde as suas fugas e formações de quilombos, a acordos por uma
vida digna, com direito a plantações para que pudessem viver de forma mais “digna”.
A abolição tida como fato heroico, foi na realidade mais uma desumanização e
desamparo, pois as(os) negras(os) ficam as margens, sem nenhuma assistência, seja da
sociedade, seja do Estado, e todos se viram livres, mas uma liberdade que estava de
igual modo na dependência da burguesia, pois não havia nenhuma oportunidade de
trabalho remunerado para o povo negro liberto.
Efeitos na subjetividade: