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XXIX Congresso Nacional de Pesquisa em Transporte da Anpet

OURO PRETO, 9 a 13 de novembro de 2015

TRANSPORTE PÚBLICO EM FAVELAS: ANÁLISE DAS CARACTERÍSTICAS


DOS USUÁRIOS E ACESSIBILIDADE DO TELEFÉRICO DO ALEMÃO

Carolinne de Morais Gonçalves


Renata Albergaria de Mello Bandeira
Instituto Militar de Engenharia

RESUMO
O relevo acidentado, típico das favelas brasileiras, especialmente aquelas situadas no Rio de Janeiro, dificulta a
implantação de sistema convencionais de transportes e facilita o surgimento de iniciativas de transporte
informais (como serviços de kombis e moto-táxi não regularizados). Para reduzir a incidência desse tipo de
transporte e melhorar a mobilidade dos moradores, tecnologias alternativas de transporte público, como
teleféricos e planos inclinados, estão sendo utilizadas em áreas de difícil acesso. Entretanto, sem um adequado
planejamento urbano e de transportes, estas tecnologias tendem a ficar subutilizadas, como ocorreu no caso do
sistema de teleférico, implementado no Complexo do Alemão, Rio de Janeiro. Neste contexto, o artigo tem como
objetivo analisar as características e percepções dos usuários do Teleférico do Alemão, comparando-as as
percepções e características dos não usuários do sistema, com base em uma pesquisa realizada com 140
residentes do Complexo (100 usuários e 40 não usuários do serviço de teleférico).

ABSTRACT
The rugged terrain, typical of Brazilian favelas, especially those situated in Rio de Janeiro, difficult the
implementation of conventional transport system and facilitates the emergence of informal transport initiatives
(such as vans services and motorcycle taxi unregulated). To reduce the incidence of this type of transport and
improve the mobility of residents, public transport alternative technologies such as cable cars and inclined
planes, are being used in areas of difficult access. However, without proper urban and transport planning, these
technologies tend to be underutilized, as was the case of the cable car system, implemented in the Complexo do
Alemão, Rio de Janeiro. In this context, the article aims to analyze the characteristics and perceptions of the
users of Teleférico do Alemão, comparing the perceptions and characteristics of non-system users, based on a
survey of 140 residents of the complex (100 users and 40 not lift service users).

1. INTRODUÇÃO
Alternativas de transportes urbanos voltados para diminuir a pobreza e a desigualdade ainda
não são amplamente discutidas no Brasil, embora as precárias condições de mobilidade se
coloquem como obstáculos à superação da pobreza e da exclusão social dos cidadãos mais
carentes do país (ITRANS, 2004; Lindau et al., 2011). Entretanto, no Rio de Janeiro, estão
sendo implantadas algumas iniciativas na tentativa de diminuir os grandes problemas de
transporte urbanos em comunidades carentes, gerados por décadas de crescimento
descontrolado, falta de planejamento e de fiscalização.

A topografia acidentada (morros e encostas) é uma situação comum às favelas brasileiras, em


especial as cariocas. Os estreitos e íngremes canais viários restringem a instalação de
modalidades convencionais de transporte coletivo nestas comunidades. Entre as possíveis
alternativas de tecnologias para transporte urbano para favelas, destacam-se as tecnologias
baseadas em propulsão a cabo, ou Cable-Propelled Transit (CPT), que deve estar associada à
qualificação no transporte não motorizado através das melhorias de vielas e escadas (Lindau
et al, 2011).

O sistema CPT, em especial a tecnologia Aerial Ropeway Transit (ART), ficou bastante
conhecido como transporte público em favelas através do Metrocable de Medellín. A ideia do
modelo colombiano serviu de inspiração para sistemas parecidos na Venezuela e no Brasil.
No Rio de Janeiro, foram implantados sistemas CPT para auxiliar o deslocamento dos
moradores nas comunidades do Complexo do Alemão, do Morro Dona Marta, do Morro

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Pavão-Pavãozinho, do Morro do Cantagalo e do Morro da Providência. Os sistemas do


Complexo do Alemão e do Morro da Providência são teleféricos, enquanto os outros são
planos inclinados e elevador urbano. Entretanto, o teleférico do Alemão não atingiu a meta
esperada com relação à estimativa da demanda. O objetivo era atender 70% da população do
complexo, porém transporta em média 11% desta população (Gomide, 2012). Aspectos como
a baixa acessibilidade física e a não integração com os sistemas de transporte vigentes no
interior do complexo (transportes informais) devem ser consideradas para uma melhor
explicação da baixa adesão.

Neste contexto, o presente artigo analisa, por meio de entrevistas com 140 residentes do
Complexo do Alemão, as características e percepções dos usuários do Teleférico (100
entrevistados), comparando-as às dos não usuários (40 entrevistados), revelando os principais
pontos de melhoria na acessibilidade apontados por cada grupo entrevistado. Inicialmente, é
apresentada a tecnologia CPT como alternativa de transporte público a ser implantada nas
favelas. A seção 3 descreve os métodos para avaliar o espaço do pedestre e a seção 4a
metodologia de pesquisa utilizada, enquanto a seção 5 analisa os resultados da pesquisa de
campo referente ao sistema do teleférico do Complexo do Alemão. Enfim, as principais
conclusões e sugestões para novas pesquisas são apresentadas na seção 6.

2. TECNOLOGIA CPT: ALTERNATIVA PARA O TRANSPORTE PÚBLICO EM


FAVELAS
A topografia irregular de algumas cidades, assim como a configuração informal do espaço
comum em favelas, constituem fatores que dificultam ou impedem a implantação dos meios
de transporte convencionais. Assim, tecnologias alternativas de transporte público, baseadas
em propulsão a cabo, começaram a ser implantadas em áreas de baixa renda com restrições
geográficas e, quando integradas ao transporte público de alta capacidade (metrô e trens),
auxiliam na melhoria da mobilidade da população residente em favelas. Algumas cidades da
América Latina, como Medellín, Caracas e Rio de Janeiro, adotaram tecnologias baseadas no
sistema de propulsão a cabo. São denominados Cable Propeled Transit (CPT) e abrangem,
entre outras tecnologias, o Aerial Ropeway Transit (ART) e o Funicular (Lindau et al., 2011;
Creative Urban Project, 2013). Neste artigo, apresenta-se apenas a tecnologia ART, pois é a
subdivisão do sistema CPT em que está incluso o teleférico.

A tecnologia ART é composta por sistemas de transporte aéreo em que os passageiros são
transportados por uma cabine suspensa puxada por cabos. É originário dos teleféricos
utilizados nas estações de esqui (Alshalalfah et al., 2010). Entretanto, nem todas essas
tecnologias ART são utilizadas com frequência no meio urbano, destacando-se o Monocable
Detachable Gondola (MDG), o Bicable Detachable Gondola (BDG), o Tricable Detachable
Gondola (TDG/3S) e o Aerial Tram, apresentados na Tabela 1.

Tabela 1: Tipos de ART


Modelo Definição
É o sistema ART mais comum, pois seu baixo custo é atrativo para implantação como transporte público
Monocable em países em desenvolvimento, tendo sido instalado em cidades na Colômbia, Venezuela, Argélia,
Detachable Cingapura e Brasil. Possui capacidade intermediária (compatível com bondes urbanos). É propenso a
Gondola (MDG) paradas devido a ventos superiores a 70 km/h. Pode ser usado como linha principal de média capacidade
ou alimentador para outras linhas de trânsito de ordem superior (por exemplo, metrô e trem).
Apresenta estabilidade para ventos superiores a 70 km/h e pode chegar a velocidades mais altas que o
Bicable
MDG. Utiliza a tecnologia dos bondes reversíveis, permitindo um maior vão de cabo para superar
Detachable
condições de terrenos difíceis. Porém, seu benefício é mínimo comparado ao custo de implantação e à
Gondola (BDG)
complexidade do segundo cabo.

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Modelo Definição
Tricable O termo 3S origina de frases alemãs drei Seile or drei Seil que traduzidas significam três cordas ou três
Detachable cabos. Dois dos cabos são para apoio e o terceiro é para propulsão. Semelhante ao MDG e BDG, suas
Gondola cabines ficam em loop contínuo. Os cabos extras, ao contrário dos sistemas anteriormente apresentados,
(3S/TDG) permitem o aumento da estabilização ao vento e capacidade adicional (suportam mais peso).
É o tipo original de teleférico, possuindo dois veículos, duas estações e pegas não destacáveis. São
limitados em sua capacidade, mas com velocidade alta podendo movimentar-se bem entre dois pontos de
distância curta (duas cabines não são eficientes para distâncias longas). Os veículos estão ligados aos
Aerial Tram seus cabos de propulsão, com pegas não destacáveis e duas cabines opostas às estações. Esses bondes
aéreos também são conhecidos como bondes reversíveis. Essa tecnologia originalmente foi desenvolvida
para estações de esqui e ao longo dos anos foi adotada como modo de transporte em outros lugares,
como em Portland, Nova York.
Fonte: Alshalalfahet al., 2010, Creative Urban Project, 2011, adaptada pela autora

É importante destacar que, para possibilitar maior integração com a cidade, estes sistemas
devem estar integrados a outros meios de transporte de alta capacidade, metrô e trens urbanos,
como em Medellín (Metrocable de Medellín), Venezuela (Metrocable de San Agustín) e Rio
de Janeiro (Teleférico do Alemão).

3. MEDIDAS DE ACESSIBILIDADE DOS ESPAÇOS URBANOS EM FAVELAS


O pedestre tem o direito de circular em via pública sem correr riscos de atropelamento, sofrer
com a poluição do local e sem reduzir sua mobilidade e acessibilidade (Monteiro, 2011).
Desta forma, o espaço destinado à circulação de pedestres deve ser planejado, considerando
seu entorno, para proporcionar ao pedestre um deslocamento com segurança e sem
obstáculos. Entretanto, a realidade nem sempre é essa, sendo ainda pior em nas vias internas
das favelas.

Um dos objetivos deste artigo é analisar a percepção dos passageiros e não passageiros sobre
a acessibilidade às estações do Teleférico do Alemão. Neste caso, fatores como a distância
percorrida para iniciar/finalizar a viagem pelo transporte e a comodidade, ou não,
experimentada no percurso percebida pelas condições das calçadas, declividade do percurso,
facilidade para cruzar as ruas no trajeto, existência de iluminação pública, segurança, podem
interferir no acesso ao sistema de teleférico instalado no Complexo do Alemão (Ferraz e
Torres, 2004).

Para determinar quais variáveis são importantes na análise da acessibilidade dos espaços
urbanos em favelas, realizou-se uma pesquisa bibliográfica em artigos acadêmicos e normas
técnicas que teve como resultado o levantamento de 22 métodos para avaliação física e
qualitativa dos espaços urbanos para o pedestre. Contudo, nesta pesquisa, não foram
encontrados estudos focados exclusivamente na avaliação do espaço do pedestre em favelas,
sendo necessária a adaptação para a análise destes espaços em comunidades carentes
localizadas em regiões de aclive. Dentre os estudos levantados, foram selecionados os autores
cujas variáveis podem ser aplicadas neste tipo de avaliação, conforme apresenta a Tabela 2.

Tabela 2: Variáveis aplicáveis ao estudo da acessibilidade ao Teleférico do Alemão


Variáveis Autores
Tipo de calçada Mori e Tsukaguchi (1987)
Taxa de obstáculos Mori e Tsukaguchi (1987)
Número de veículos estacionados Mori e Tsukaguchi (1987)
Atratividade Khisty (1994), Passmore (2007) e Fontenelle et al. (2008)
Khisty (1994), Ferreira e Sanches (2001), Fontenelle et al. (2008), Larrañaga et al.
Conforto
(2011) e Figueirêdo e Maia (2013)
Segurança Khisty (1994), Ferreira e Sanches (2001), Fontenelle et al. (2008), Antunes (2010) e

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Variáveis Autores
Monteiro (2011)
Seguridade Khisty (1994), Ferreira e Sanches (2001), Antunes (2010) e Monteiro (2011)
Conflitos Sarkar (1995)
Obstruções nas calçadas Sarkar (1995)
Possibilidades de quedas e
Sarkar (1995)
ferimentos
Percepção de seguridade Sarkar (1995)
Infraestrutura disponível para
Dixon (1996)
pedestres
Conflitos entre pedestres e
Dixon (1996)
veículos motorizados
Amenidades ao longo das vias Dixon (1996)
Acessibilidade ao transporte
Dixon (1996)
coletivo
Atratividade visual Ferreira e Sanches (2001), Antunes (2010) e Larrañaga, Ferret e Cybis (2011)
Qualidade da superfície Gallin (2001)
Tipo de usuário Gallin (2001)
Segurança pessoal Gallin (2001) e Ackerson (2005)
Variáveis socioecnômicas Rastogi e Krishna Rao (2001)
Informações sobre viagens
Rastogi e Krishna Rao (2001)
realizadas
Piso NBR 9050 (ABNT) (2004)
Superfície de caminhada Ackerson (2005)
Elementos da paisagem urbana Ackerson (2005)
Iluminação Passmore (2007)
Condições topográficas da rua,
Passmore (2007)
calçada e estradas
Condições de travessia da rua Passmore (2007)
Coleta de lixo Passmore (2007)
Tempo de caminhada Agrawal, Schlossberg e Irvin (2008)
Fatores que influenciam a
Agrawal, Schlossberg e Irvin (2008)
escolha da rota
Manutenção Fontenelle et al. (2008) e Figueirêdo e Maia (2013)
Segurança pública Fontenelle et al. (2008) e Figueirêdo e Maia (2013)
Conforto e ambiência urbana Antunes (2010)
Continuidade e forma urbana Antunes (2010)
Presença de obstáculos Larrañaga, Ferret e Cybis (2011) e Figueirêdo e Maia (2013)
Desenho urbano Monteiro (2011)
Acessibilidade e mobilidade Monteiro (2011)
Segurança viária Figueirêdo e Maia (2013)
Limpeza Figueirêdo e Maia (2013)

4. METODOLOGIA DE PESQUISA
O objetivo da pesquisa é analisaras características dos usuários do Teleférico do Complexo do
Alemão, bem como identificar se há diferenças de percepção entre passageiros e não usuários
sobre a acessibilidade às suas estações. Para atingir o objetivo, foram realizadas entrevistas
com grupos de passageiros e não passageiros, totalizando 100 entrevistados para o grupo de
passageiros e 40 para o grupo de não passageiros.

O tamanho da amostra para aplicação do questionário das entrevistas foi calculado com base
na estimativa da proporção populacional. Adotou-se o grau de confiança de 95%.
Considerando a proporção de usuários do teleférico (p) para a pior hipótese (0,50), o erro
máximo aceitável (e) de 10% e a população de moradores do Complexo do Alemão sendo
N=70.000 (GERJ, 2010), tem-se que o número de usuários a serem entrevistados, para que se
tenha um nível de confiabilidade adequado, deverá ser superior a 96 indivíduos. Assim, foram
realizadas 100 entrevistas no período do pico vespertino dentro das estações do Teleférico do

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Alemão, pois o movimento de pessoas tem sido superior ao encontrado no pico matutino
(Gonçalves et al., 2012). Também foram entrevistados 40 moradores que não utilizam o
teleférico nas ruas internas da comunidade, no EDI Henrique Foréis e no C. E. Olga Benário,
com o objetivo de identificar os motivos que os fariam escolher outro modal de transporte ao
invés do teleférico.

Os instrumentos para realização da pesquisa foram questionários estruturados, aplicados nas


entrevistas pessoais. O modelo do questionário foi definido a partir de adaptações dos
instrumentos citados na seção 3 para avaliação do espaço do pedestre. Criaram-se dois
modelos distintos de questionário, com perguntas comuns e outras específicas para cada grupo
de entrevistados. Algumas questões tiveram o formato adaptado à escala Likert, para que o
entrevistado graduasse com notas de 1 a 5 de acordo com sua satisfação em determinado item.
Para a validação do questionário, foram realizados testes com especialistas da área de
transportes, acadêmicos do IME, da UFSCAR e UFRJ, e com os passageiros do teleférico,
além de um teste piloto para detectar a necessidade ajustes no modelo.

As informações necessárias ao estudo foram obtidas através dos dados coletados na pesquisa
de campo durante o pico vespertino (entre 17h e 20h). As entrevistas foram aplicadas dentro
das estações do teleférico e em algumas ruas internas e instituições de ensino situadas na
comunidade. A aplicação do questionário foi realizada por entrevistas presenciais, que foram
tabuladas, validadas e tratadas estatisticamente. O tratamento dos dados e a análise estatística
foram realizados com o auxílio dos softwares Microsoft Excel 2010 e SPSS Statistics 22.

5. ANÁLISE DOS RESULTADOS


O Complexo do Alemão é um conjunto formado por 12 comunidades, na zona norte do Rio
de Janeiro, com uma população de 70 mil pessoas (GERJ, 2010). Sua ocupação foi realizada
de forma irregular e espontânea a partir da ausência do poder público na região. Como
consequência do crescimento urbano não planejado nesta área com alta declividade, houve a
redução da mobilidade ocasionada pela dificuldade de acesso, de modo que criou-se um
ambiente ideal para o surgimento transporte informal, praticado por kombis (cabritinhos) e
moto-táxis (Meirelles et al., 2012). Assim, visando oferecer um serviço de transporte eficiente
e capaz de vencer a altitude da geografia local, facilitando a acessibilidade, foi implantado,
em 2011, um sistema de teleférico no Complexo do Alemão.

O sistema do Teleférico do Alemão é composto por 24 pilares dispostos em 3,4km de


extensão, 152 gôndolas para transportar até 8 passageiros cada e 6 estações, sendo elas:
Bonsucesso, Adeus, Baiana, Alemão, Itararé e Palmeiras (Jáuregui, 2011; Silva, 2012;
SuperVia, 2011). A viagem completa (da estação Bonsucesso a Palmeiras) dura cerca de
17min, enquanto para se completar o mesmo trajeto a pé se levaria aproximadamente 1h
(Silva, 2012).Cada estação do teleférico possui um conjunto de serviços de serviços,
equipamentos de lazer e espaços culturais disponíveis para a população. Visando aumentar a
integração com a cidade, o teleférico está integrado com os trens da SuperVia por meio da
estação Bonsucesso. A seguir, apresenta-se os resultados da pesquisa.

5.1. Pesquisa de opinião do Teleférico do Alemão


Entre o grupo de passageiros entrevistados, a maioria é do sexo feminino (63%), pertence a
faixa etária entre 20-39 anos (50%) e possui ensino fundamental incompleto (28%) e ensino
médio completo (28%). Observou-se que este mesmo grupo não possui dificuldade de

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locomoção (98%) e não tem posse de veículos (78%). (78%). Foi identificado que 90% dos
passageiros reside na comunidade e, dentre os que não residem no Complexo do Alemão,
grande parte (80%) veio de algum bairro da zona norte carioca. Este resultado é reflexo dos
horários e dias escolhidos para a realização das entrevistas, pois aos finais de semana o
número de visitantes, que vêm até de outros países, chega a 60% do número de usuários totais
do teleférico (O Globo,
bo, 2013).

Os resultados indicam que este grupo utiliza o sistema de teleférico durante os dias úteis,
variando entre diariamente (48%) e de 3 a 5 vezes por semana (22%). (22%) A maioria dos
entrevistados relatou como origem de sua viagem o trabalho (64%) e o destino d a própria
residência (85%). Esta característica pode ser explicada pelo fato de a coleta de dados ter sido
realizada no horário de pico vespertino, onde muitas pessoas estavam retornando de sua
jornada de trabalho. Como local de origem da viagem, 64% 64% dos passageiros entrevistados
relataram algum bairro da zona norte, sendo Bonsucesso o bairro mais citado. Já o local de
destino mais citado foi o Complexo do Alemão (93%). A estação do teleférico com maior
quantidade de embarques Bonsucesso (91%) e de desembarques
desembarques foi Itararé (21%).
(21%

Constatou-se
se que a maioria dos passageiros (81%) caminha para ter acesso ou sair das
estações do Teleférico do Alemão e levam em média 10 minutos para realizar esse trajeto
(71%), comprovando que eles residem próximo ao teleférico. Os passageiros moradores do
Complexo do Alemão foram questionados sobre como realizavam o deslocamento interno
antes da implantação do Teleférico do Alemão. Grande parte dos entrevistados respondeu que
se deslocavam por caminhadas
nhadas (48%) e 12% o faziam por vans ou kombis, levando em média
26 minutos para realizar o deslocamento interno.

Quanto aos fatores que influenciavam o uso do teleférico, foi pedido aos entrevistados que
graduassem a importância deles variando de “Muito importante’ a “Sem importância”. Os
resultados são apresentados na Figura 1.

Figura 1: Importância dos aspectos que influenciam a escolha de utilizar o teleférico

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Quanto às paradas do teleférico por motivo de segurança, 35% responderam que “Atrapalha
muito” e 35% disseram que “Não atrapalha”. A maioria dos passageiros residentes na
comunidade respondeu que é fácil chegar ao Teleférico do Alemão (71%) e afirmam que o
trajeto que percorrem até as estações possui calçadas (61%). Para entender o grau de
dificuldade enfrentado pelos passageiros para chegar ao teleférico, foi pedido que graduassem
entre “Dificulta muito” e “Não dificulta” fatores que poderiam dificultar a chegada ao
transporte. Os resultados são apresentados na Figura 2.. Também foram apresentados aos
entrevistados uma lista de fatores podem influenciar na escolha da rota até a estação do
Teleférico do Alemão para que graduassem a importância entre “Muito importante”
im e “Sem
importância”, conforme resultados apresentados na Figura 3.

Figura 2: Nível de dificuldade de aspectos que atrapalhariam o trajeto até o teleférico

Figura 3: Importância de aspectos que influenciam na escolha de caminho às estações

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Ao avaliar o horário de funcionamento do teleférico, 69% dos entrevistados responderam


estar satisfeitos com o horário atual. Para 60% dos passageiros, o serviço do teleférico foi
classificado como ótimo. Quando perguntados se haveria preferência por instalação de outro
modo de transporte no lugar do teleférico,
teleférico 69% respondeu que não tal necessidade.

Ademais,, também foi entrevistado um grupo de moradores do Complexo do Alemão que não
grupo em sua maioria, é formado por mulheres
utilizam o teleférico. Este grupo, heres (57%), com idade
entre 20-39
39 anos (30%), com o ensino fundamental incompleto (40%) e que não possuem
veículo (73%). A maioria dos entrevistados (51%) relatou não visitar com freqüência outras
comunidades que formam o Complexo do Alemão. Dentre os loc locais
ais fora da comunidade, o
respostas enquanto o
bairro Olaria foi o mais citado como local de visitação, com 74% das respostas,
motivo mais alegado para ir ao bairro foi realizar compras (20%). A maioria das viagens
realizadas pelos entrevistados tem origem no Complexo
Complexo do Alemão, tendo a Rua Joaquim de
Queiroz destaque com 19% das respostas. Madureira e Olaria foram os bairros mais
apontados como destino de viagens realizadas pelo grupo de entrevistados. Para sair da
comunidade, 23% dos entrevistados relataram utilizar
utilizar a Estrada do Itararé como ponto de
saída para locais externos ao Complexo.

A grande maioria dos entrevistados (84%) utiliza a caminhada como meio de locomoção
interna na comunidade, ressaltando que o deslocamento a pé ainda é o principal modo de
transporte favelas independemente do relevo. Para 57% dos
rte para a população residente em favelas,
entrevistados, este percurso leva em média 10 minutos. Apesar de não utilizaram o Teleférico
do Alemão, 49% das pessoas entrevistadas avaliaram o serviço como bom para a comunidade.

Quanto aos fatores que podem influenciar a não utilização do teleférico, foi solicitado aos
entrevistados que os graduassem de “Muito importante” a “Sem importância”. Os resultados
são apresentados na Figura 4. Para compreender as dificuldades que os entrevistados teriam
caso se deslocassem a uma estação do Teleférico do Alemão,
Alemão, foi pedido que graduassem de
“Dificulta muito” a “Não dificulta” alguns fatores, conforme apresentado na Figura 5.

Figura 4: Importância
mportância de aspectos que influenciam
infl a escolha de não utilizar o teleférico

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Figura 5: Nível de dificuldade de aspectos que atrapalhariam o trajeto até o teleférico

Em relação ao possível uso do teleférico no futuro, 35% dos entrevistados responderam


positivamente. Foi pedido a eles que graduassem de “Aumenta muito” a “Não aumenta” os
aspectos que poderiam aumentar as chances de uso do Teleférico do Alemão, Alemão sendo os
resultados apresentados na Figura 6. Apesar de esta amostra ser composta por não usuários,
mod de transporte.
33% relataram não ser necessário a substituição do teleférico por outro modo

Figura 6: Importância
mportância dos aspectos que podem aumentar as chances de uso do teleférico

Por fim, conclui-se


se que tanto os passageiros (71%) quanto os não usuários (61%) não
possuem criticar negativas ao sistema de teleférico. Dentre as reclamações realizadas,
ar condicionado nas gôndolas (14%) para os passageiros e
destaque para a necessidade de ar-condicionado
melhoria do acesso às estações com a instalação de escadas rolantes (7%) para que não é
passageiro.

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5.2. Análise do perfil e percepção dos passageiros e não passageiros


De acordo com a pesquisa, foi possível identificar o perfil dos passageiros e não passageiros
do Teleférico do Alemão. De acordo com a amostra coletada, identificou-se que o sistema é
mais utilizado por mulheres, em ambos os grupos entrevistados, sendo 63% dos passageiros e
57% dos não passageiros. Os passageiros do teleférico possuem, em sua maioria, idade
variando entre 30 e 49 anos (44%), já 41% dos não passageiros é jovem com idade entre 10 e
29 anos. A maioria dos entrevistados possui até o ensino médio (86% dos passageiros e 95%
dos não passageiros) e tem o Complexo do Alemão como destino de sua viagem (93% dos
passageiros e 22% dos passageiros). Segundo os passageiros, o motivo da realização da
viagem é retornar para casa (82%), mas para os não passageiros fazer compras é a principal
motivação das viagens que realizam (30%). Para 29% dos passageiros do teleférico, a viagem
teve início em Bonsucesso, enquanto para 92% dos não passageiros, o Complexo do Alemão
foi o ponto de partida do seu deslocamento.

Foi questionada a opinião dos usuários e dos não usuários do sistema do teleférico sobre a
qualidade do serviço prestado e os “Aspectos que dificultam o acesso ao teleférico”, com o
intuito de verificar se estes fatores têm influência na decisão de utilizar o sistema. De forma a
determinar as possíveis diferenças no julgamento dos passageiros e dos não passageiros do
teleférico, realizou-se o Teste T, com auxílio do software IBM SPSS Statistics 22, com o
objetivo de determinar a existência de uma diferença expressiva entre as médias obtidas para
cada grupo, adotando-se o nível de significância de 5%. O grau de satisfação com a qualidade
do serviço prestado pelo Teleférico do Alemão apresentou diferenças significativas de
percepção entre passageiros e não passageiros (Tabela 3). Conforme esperado, aqueles que
estão mais satisfeitos com o sistema tendem a utilizá-lo em seus deslocamentos. O serviço foi
considerado ótimo pelos passageiros e bom por aqueles que não utilizam o teleférico.

Tabela 3: Classificação do serviço prestado


Média
Variável Sig
Usuário Não usuário
Classificação do teleférico 0,000 4,59 3,51

Com relação aos “Aspectos que dificultam o acesso ao teleférico”, apenas os critérios
“inclinação do trajeto” e “excesso de escadas/degraus” apresentaram diferenças significativas
em relação ao julgamento dos passageiros e não passageiros do sistema (Tabela 4). Os não
usuários mostraram maior insatisfação com o greide elevado e com os inúmeros degraus, que
dificultam o acesso até a estação mais próxima de sua residência. Não foram observadas
diferenças na opinião dos passageiros e dos não usuários com relação aos demais aspectos que
dificultam o acesso ao teleférico (insegurança, obstruções, falta de iluminação, problemas na
pavimentação e existência de calçadas), evidenciando assim a importância de facilitar o
acesso às estações para aumentar a demanda pelo teleférico. Isto pode ser realizado pela
instalação de escadas rolantes ou mesmo com a integração do transporte com o sistema de
vans e moto-táxi.

Tabela 4: Aspectos que dificultam o acesso ao teleférico


Média
Variável Sig
Usuário Não usuário
Inclinação do trajeto 0,015 2,56 3,46
Excesso de escada/degraus 0,003 2,38 3,35

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6. CONCLUSÃO
Os resultados obtidos com as entrevistas identificaram que tanto os passageiros como os não
usuários classificaram de maneira positiva o serviço prestado pelo teleférico. Entretanto, os
passageiros consideraram o serviço como ótimo, enquanto aqueles que não utilizam o
teleférico o consideraram bom. Assim, aqueles que estão mais satisfeitos com o sistema
tendem a utilizá-lo em seus deslocamentos. Verificou-se ainda que o grupo de não passageiros
deu maior importância para a inclinação elevada das vias internas e o excesso de
degraus/escadas existentes no interior da favela, destacando estes aspectos como os que mais
dificultam o acesso ao teleférico e, consequentemente, reduzem seu interesse em utilizar o
sistema em seus deslocamentos. A localização das estações no topo dos morros tornou-se
empecilho para quem deseja acessá-las, pois não houve um tratamento urbanístico adequado,
complementado pela não integração com os transportes existentes na comunidade (kombis e
moto-táxis). Adequar as vias internas da comunidade melhoria da acessibilidade da população
local já estimularia o número de pessoas utilizando o teleférico, bem como integrá-lo ao
transporte informal local.

Mesmo com a boa avaliação pelos grupos entrevistados, o Teleférico do Alemão ainda é visto
com reprovação por aqueles que moram na comunidade e não utilizam o serviço. Dentre o
grupo formado por moradores que não fazem uso do sistema, alguns relataram nas entrevistas
que o dinheiro gasto na construção do teleférico poderia ter sido usado em melhorias na
comunidade.

Como sugestão de estudos futuros, recomenda-se que seja realizada a análise das vias de
acesso para cada estação do teleférico com o objetivo de propor indicadores de acessibilidade
local pelo pedestre.

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Carolinne de Morais Gonçalves (carolinneuff@gmail.com)
Renata Albergaria de Mello Bandeira (re.albergaria@gmail.com)
Instituto Militar de Engenharia
Praça General Tibúrcio, 80 – Urca, Rio de Janeiro/RJ, Brasil

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