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O que é o universo

   

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Nós seres humanos, assim como os demais seres vivos-animais-vegetais, estamos todos
na mesma "nave espacial". Ou seja; vicemos todos no mesmo espaço: O Planeta Terra.

Você sabe o que é um planeta?


Planeta é um astro que vive no universo.

E universo?
Universo é tudo aquilo que existe, é o conjunto formado pelos planetas, cometas,
estrelas, galáxias e etc...

Esses corpos celestes que existem no universo são chamados de astros.

A Terra, que é um planeta, um dos inúmeros astros do universo.

Você sabe qual o diferença entre planeta e os outros astros, como as estrelas e os
cometas?

Planeta é um astro iluminado, e não possui luz própria e gira ao redor de uma estrela. A
Terra é um planeta porque gira ao redor de uma estrela (O SOL) e dessa estrela possui
luz e calor. A luz e o calor que recebemos na Terra, durante o dia, provêm dos raios
solares.

As Estrelas do Universo
Estrela é um astro luminoso (possui luz própria), formado principalmente por materiais
gasosos (hidrogênio e hélio), com temperaturas elevadíssimas.
No interior da estrela ocorrem constantemente explosões, que libertam energia e
provocam um fortíssimo calor. A temperatura no interior do sol, por exemplo gira em
torno de aproximadamente 20 milhões de graus centígrados. Essa energia que as estrelas
libertam toma a forma de raios luminosos, que fornecem luz e calor.

Existe no universo um número incalculável de estrelas, de diferentes tamanhos e


temperaturas. O Sol é considerado uma estrela de tamanho pequeno, embora existam
outras estrelas bem menores que ele. Sírius por exemplo é considerada uma estrela anã,
pois é mais ou menos do tamanho da Terra, ou seja, possui um diâmetro 109 vezes
menor que o Sol. Já uma estrela como Antares é bem maior: seu diâmetro é
aproximadamente quatrocentas vezes maior que o Sol.

As Galáxias do Universo
As galáxias que antigamente eram pouco conhecidas e chamadas de nebulosas, são
partes ou regiões do universo onde se agrupam bilhões de estrelas e outros astros
(planetas, asteróides, satélites e etc...).

A galáxia onde nós estamos chama-se Via-Láctea. Dela fazem parte o Sol e Terra.
Existem na Via Láctea cerca de 150 milhões de estrelas - incluindo o sol - e um numero
gigantesco de outros planetas e astros em geral de menor tamanho. Mas os astros que
predominam nas galáxias e também no universo, são as estrelas, que possuem em
conjunto a maior parte da matéria (massa) existentes nas galáxias e no universo.
Calcula-se que haja milhares de galáxias. A mais próxima da Via Láctea é da
Andrômeda.

As estrelas de uma galáxia giram permanentemente ao redor dessa galáxia. O Sol por
exemplo, desloca-se nesse giro numa velocidade de aproximadamente 220 km por
segundo, completando uma volta em torno do seu centro galáctico a cada 240 milhões
de anos. O formato de uma galáxia geralmente é de uma espiral, como você pode
observar nesta foto.

A Origem do Universo
Como e quando surgiu o universo?

Qual o seu tamanho?


Ele é infinito ou não?

Estas são questões freqüentemente retomadas pelos cientistas, que a cada dia acumulam
mais conhecimentos sobre o assunto.

O conhecimento humano é assim mesmo: nunca temos verdades absolutas sobre as


coisas, mas apenas verdades relativas, ou seja, provisórias, que a qualquer momento
podem ser revista e aperfeiçoadas.

Como resposta da questão universo, a teoria mais aceita hoje em dia é a Big-Bang.
A Teoria do Big-Bang
O Big-Bang (big=grande; bang=explosão, estrondo) teria sido o explosão de um "átomo
primordial" ou "ovo cósmico", ocorrida a aproximadamente 18 bilhões de anos atrás.
Ao se despedaçar esse átomo teria dado origem ao universo. Essa teoria baseia-se na
hipótese de que há um afastamento gradativo das estrelas, que parecem estar se
distanciando de um centro, e dirigindo-se cada vez para mais longe dele.

Inúmeros estudos comprovaram que há um deslocamento constante das estrelas no


sentido de se afastarem umas das outras.

A estrela Sírius, por exemplo afasta-se do Sol a uma distância de 50 km por segundo. O
mesmo acontece com uma infinidade de outras estrelas.

Parece então haver uma expansão de universo um movimento de afastamento das


estrelas e das galáxias entre si.

Se a teoria de Big-Bang estiver correta, então o universo não é infinito, como se pensou
durante muito tempo. Nesse caso se acredita que o universo possui áreas que vão se
expandindo, longe do local onde teria acontecido a "grande explosão", e que vão sendo
ocupadas pelas suas estrelas em contante expansão.

O QUE SÃO AS GALÁXIAS?

Denominamos galáxia a uma gigantesca acumulação de estrelas, poeiras e gás, que aparece isolada no espaço e
cujos constituintes se mantêm unidos entre si devido a mútuas interacções gravitacionais, sendo por vezes o seu
comportamento afectado por galáxias vizinhas. Qualquer galáxia possui milhares de milhões de estrelas. A nossa
galáxia, a Via Láctea, sendo uma galáxia gigante (é a segunda maior do Grupo Local, imediatamente atrás da
Galáxia de Andrómeda), contém cerca de 1011 estrelas.

Desde que os astrónomos tiveram consciência da sua existência, as galáxias fascinaram-nos pela sua variedade de
formas, pelas interacções entre elas e pelos fenómenos que ocorrem nas mesmas.

Um dos fenómenos essenciais que ocorre nas galáxias é a formação de estrelas, pois determina em grande medida Figura 1 - V
a sua evolução ao longo do tempo. Para mais, este fenómeno está ligado a um dos fenómenos que a Cosmologia imagens do
ainda não resolveu, que é o da própria existência de galáxias. Crédito: NA

Sabemos hoje que a existência de galáxias apenas é possível devido


primeiros segundos do Universo, que permitiu que ao longo dos milhõ
aglomerados de gás e poeiras que depois, com o nascimento de estre
assimetria não tivesse ocorrido, o Universo teria evoluído perfeitamen
das estruturas celestes que hoje conhecemos. No entanto, as causas
Universo aquilo que hoje conhecemos, permanecem ainda um enigm

O nascimento de estrelas nas galáxias não é um fenómeno independ


evoluem não só em aspecto, mas também em composição química, c
investigações actuais que tentam explicar as consequências que certo
galáxias vizinhas ou os seus choques, têm sobre a vida subsequente

Em função da sua forma as «nebulosas» classificavam-se em esférica


 

Ao longo do seu trabalho, Hubble classificou as galáxias segundo a sua aparência em espirais, espirais barradas,
elípticas e irregulares, a que mais tarde se juntou as lenticulares. O pretendido por Hubble era uma classificação
morfológica, que rapidamente se transformou na base de pressupostos esquemas evolutivos. Num destes, as
galáxias iniciariam a sua vida como elípticas. Devido à condensação do núcleo central ir-se-iam formando estrelas
que emigrariam até ao exterior em correntes espiraladas para ir formando um disco. Os braços espirais iriam
crescendo até se juntarem num disco sem estrutura que consumia o gás que rodeava o centro.

Pensa-se hoje que as galáxias nascem devido às gigantescas acumulações de gás e poeiras que ocorreram em
determinadas regiões do Universo, e que, devido às enormes pressões gravitacionais, levaram ao aparecimento de
estrelas nessas acumulações, dando-se as suas alterações de forma, não apenas devido às gravitacionais internas,
mas devido a fortes interacções gravitacionais com as outras galáxias e com o meio que as rodeia.

O espaço entre as galáxias está relativamente vazio, excepto pela presença do gás intergaláctico. Apenas poucas
galáxias existem sozinhas; estas são conhecidas como galáxias de campo. A maioria das galáxias estão ligadas
gravitacionalmente a um número de outras galáxias. Estruturas contendo até cerca de 50 galáxias são chamados
grupos de galáxias, e estruturas maiores contendo milhares de galáxias contidas numa área de alguns
megaparsecs são chamadas enxames. Superenxames são colecções gigantes contendo dezenas de milhares de
galáxias, encontradas em enxames, grupos e por vezes individualmente; pelo que conseguimos observar, o
Universo é uniforme a escalas maiores. A nossa Galáxia é um membro do Grupo Local, e domina em conjunto com
a Galáxia de Andrómeda; no total o Grupo Local contém cerca de 30 galáxias num espaço com cerca de 1
megaparsec de diâmetro. O Grupo Local é parte do Superenxame Local, também conhecido como o Superenxame
de Virgem.
Figura 3 - E
americano,
a expansão

Figura 4 - A sequência de Hubble é a classificação dos vários tipos de galáxias, Figura 5 - M87, uma galáxia elíptica gigante
desenvolvida por Hubble em 1936. próximo do núcleo galáctico está um jacto g
milhões de anos-luz, que se pensa ser mate

O estudo das galáxias permitiu-nos, permite-nos e permitir-nos-á no futuro ter uma ideia cada vez mais concisa de com
mais sobre as leis físicas que regem o Universo.
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Vulcanismo

O vulcanismo é o conjunto dos processos através dos quais se dá o derrame de lava,


gases e outros materiais ( piroclastos) à superfície, provenientes do interior da Terra.

Pode ser classificado em vulcanismo primário e vulcanismo secundário, sendo o


primeiro referente ao evento vulcânico principal, associado aos vulcões, e o segundo às
restantes manifestações vulcânicas, tais como, géisers, fumarolas, nascentes termais,
etc..

O vulcanismo primário:

Vulcões

Os vulcões são aberturas na crusta terrestre por onde se dá o derrame de lava, cinzas,
vapor de água e outros gases, vindos do interior do planeta. São constituídos pelo
edifício principal ou cone vulcânico, cratera e chaminé. Por vezes, pode existir um cone
adventício ou secundário, com a sua chaminé e cratera, mas alimentado pela conduta
principal.

O edifício principal ou cone vulcânico é construído à custa dos materiais que vão sendo
derramados à superfície e vão fazendo “crescer” o vulcão.
Figura 1 - Esquema representativo de um vulcã o e estruturas ígneas
associadas. Fonte: http://e-geo.ineti.pt.

Quando a actividade vulcânica é extinta ou quando os vulcões estão adormecidos, é


frequente que se formem lagoas nas suas crateras, à custa das águas das chuvas. Estas
lagoas, denominadas caldeiras, formam-se quando se dá o colapso ou abatimento da
parte superior do cone vulcânico, como resultado do esvaziamento da câmara
magmática se, após a erupção não voltar a haver recarga da mesma. Desta forma, a falta
de pressão exercida pelo conteúdo magmático causa a insustentabilidade do edifício e
consequente colapso. As caldeiras podem ter variadas dimensões e a forma delas tende a
ser circular ou elíptica, à semelhança da cratera vulcânica.

Em Portugal nos arquipélagos, encontram-se belos exemplos disso. Algumas destas


caldeiras, localizam-se na ilha de S. Miguel, Açores.
Figura 2  -  Ilha de S. Miguel, arquipélago dos Açores. Retirado de
www.geographicae.wordpress.com

Figura 3  -  Lagoa das Sete Cidades, ilha de Figura 4  -  Lagoa do Fogo, ilha de S. Miguel,
S. Miguel, Açores. Açores.
Fotografia de Marisa Loureiro. Fotografia de Marisa Loureiro.

Vulcanismo fissural

O vulcanismo fissural ocorre a maior parte das vezes associado ao vulcanismo principal.
É uma forma de expulsão de lava, que consiste no seu derrame através de fissuras (ou
fracturas) à superfície e não através de um vulcão.
Figura 5  -  Vulcanismo fissural. Islâ ndia.
Retirado de www.domingos.home.sapo.pt

Vulcanismo submarino

Os vulcões não ocorrem apenas à superfície (vulcanismo sub aéreo), mas também
debaixo de água (vulcanismo submarino). Quando os vulcões “nascem” nos fundos
marinhos e o seu topo atinge a superfície ficando fora de água, formam-se as ilhas
vulcânicas.
Figura 6  -  Ilha vulcâ nica de Surtsey na Islâ ndia. Resultou de uma erupçã o na década de 60.
Retirado de http://www.vulkaner.no/v/volcan/island/Surtsey - 11.jpg

Localização dos vulcões no planeta

A distribuição dos vulcões não se dá ao acaso. A maioria encontra-se na dependência


dos riftes e das zonas de subducção, ou seja, estão maioritariamente dependentes das
zonas orogénicas. Isto é, os vulcões activos localizam-se preferencialmente ao longo das
zonas de fronteira de placas.

As ilhas vulcânicas, como é o caso do arquipélago do Havai e Açores, entre outros,


consistem em vulcões submarinos associados a hotspots (ou plumas mantélicas).

Figura 7  -  Representaçã o das placas tectó nicas (linhas a preto),


á reas de actividade vulcâ nica (a cor rosa) e importantes vulcõ es activos (pontos
vermelhos).
Retirada de www.minerva.uevora.pt

O magma e a actividade vulcânica

As diferentes composições químicas do magma, bem como, a quantidade de gases


aprisionados, fazem com que este se torne mais ou menos viscoso, indo esse grau de
viscosidade influenciar o tipo de vulcanismo associado.

O carácter mais ou menos explosivo de um episódio vulcânico está intimamente


associado às características do magma. Desta forma, um magma muito viscoso dá
origem a um vulcanismo explosivo (cone vulcânico alto), devido à grande quantidade
de material gasoso retido e que lhe faz aumentar a pressão. Por outro lado, se o magma
for fluido, com pequena quantidade de gases aprisionados, o vulcanismo tem um
carácter mais efusivo (edifício vulcânico baixo), com episódios de vulcanismo mais
calmos. No entanto, há casos em que o vulcanismo tem carácter misto, pois ocorrem os
dois tipos, o explosivo e o efusivo, frequentemente alternados. Além destes, pode
ocorrer um outro tipo de actividade vulcânica, a catastrófica. Esta, como o nome
indica, é ainda mais intensa que a explosiva.
As características dos episódios vulcânicos, podem resumir-se no seguinte quadro:

Carácter da
Explosiva a Catastrófica Mista Efusiva
erupção

Tipo de erupção Peleano Estromboliano Havaiano

Quantidade de
Muito rico Intermédio Muito pobre
gases

Domas ou agulhas, nuvens Lapilli, bombas,


Materiais Rios de lava
ardentes escoadas

Viscosidade Grande Média Pequena

Os tipos de erupção Peleano, Estromboliano e Havaiano (segundo Lacroix) são assim


designados pois resultam do estudo do “comportamento” característico dos vulcões
Monte Pelée na Martinica, Stromboli no Mar Tirreno e Ilhas vulcânicas do arquipélago
do Havai.

Após o derrame à superfície passa a falar-se de lava e não de magma. Assim sendo, e
considerando a sua composição química, a lava tem três classificações diferentes,
consoante a quantidade de sílica que contenha. Desta forma, e aproximadamente, uma
lava com menos de 50% de sílica é uma lava chamada básica. Se tiver entre 50% e 65%
de sílica, torna-se uma lava intermédia e se tiver mais de 65% de sílica, diz-se que é
uma lava ácida. Quanto mais ácida for a lava, maior é a quantidade de gases que possui,
pois como tende a ser mais viscosa, os gases tendem a permanecer retidos. Pelo
contrário, uma lava mais básica e pobre em gases torna-se mais fluida.

As diferentes rochas que resultam do arrefecimento dos magmas (ou da lava) derivam
das diferentes composições químicas dos mesmos e também dos diferentes teores em
sílica que estes apresentam.

O leque de rochas é grande, mas pode-se considerar três grupos principais que
correspondem aos magmas basálticos, andesíticos ou riolíticos. (Ver Magmatismo).

Uma parte dos magmas que não atingem a superfície e não dão origem a nenhum
fenómeno de vulcanismo primário, arrefecem em profundidade. Durante o percurso que
vai desde o estado de magma até à rocha consolidada (ou seja, durante a sua ascensão
na crusta), ocorrem alguns fenómenos, aos quais no seu conjunto, se denomina
diferenciação magmática.

Quando ocorre uma erupção vulcânica, uma das formas de expulsão de material
magmático consiste nas escoadas de lava, que, dependendo do tipo (ácida, básica ou
intermédia) e do seu conteúdo em elementos voláteis, vão ter aspectos e texturas
diferentes. O facto de uma erupção ser submarina e a lava consolidar em meio aquático,
vai também, ter influência nas características da rocha consolidada.

Assim, a lava ao escorrer pelas encostas de um vulcão em meio sub aéreo pode
apresentar vários aspectos e estruturas:
- Se a lava for fluida e pouco viscosa, ao escoar e arrefecer adquire uma superfície lisa
ondulada, denominando-se lava encordoada ou ‘pahoehoe’ (termo havaiano).

Figura 8  -  Aspecto de uma escoada de lava Figura 9  -  Aspecto de uma escoada


encordoada. de lava encordoada.
Retirado de Retirado de
http://stevekluge.com/geoscience/images/pahoe http://volcanoes.usgs.gov/images/
hoe2.jpg pglossary/pahoehoe.php

- Se pelo contrário a lava for viscosa e menos fluida, vai escorrer mais dificilmente e ao
arrefecer fica com a superfície extremamente irregular e rugosa, resultado dos
fragmentos que se vão partindo, denominando-se lava escoriácea ou "lava aa" (termo
havaiano).
Figura 10  -  Aspecto de uma escoada de lava escoriácea.
Retirado de http://volcanoes.usgs.gov/images/pglossary/aa.php

- As lavas que arrefecem debaixo de água (vulcanismo submarino) adquirem um


aspecto de ‘almofada’ e por isso mesmo se chamam lavas em almofada (pillow lavas).
Têm secção aproximadamente esférica e um pedúnculo, podendo no entanto, apresentar
outras formas além das esféricas (alongadas ou achatadas).

Figura 11  -  Aspecto de lava em almofada.


Retirado de http://volcanoes.usgs.gov/images/pglossary/PillowLava.php

Quando a lava de uma erupção vulcânica é muito ácida e viscosa, além das escoadas,
forma-se frequentemente uma agulha vulcânica quando o magma solidifica na chaminé.
Assim, pode acontecer que, após a erosão do aparelho ou cone vulcânico, reste uma
agulha de rocha vulcânica em relevo, que materializa a chaminé.

No entanto, se a lava solidifica sobre a cratera, formando como que uma ‘tampa’ que
fica a obstruir a saída de mais material, denomina-se cúpula ou doma.

Muito frequentemente, quando o magma arrefece lentamente dentro da chaminé


vulcânica ou em filões camada (sills), formam-se estruturas colunares prismáticas (
disjunção colunar). A origem destas formas resulta da contracção do magma durante o
arrefecimento, gerando-se superfícies de fractura, a maior parte das vezes, formando
colunas hexagonais.

Se a erupção vulcânica tem carácter explosivo, libertam-se densas massas de cinzas e


gases que se podem deslocar a grandes velocidades tendo um efeito devastador. Dada a
sua densidade, tendem a deslocar-se perto da superfície. São as nuvens ardentes.

O leque de materiais expelidos pelos vulcões simultaneamente com a lava, abrange os


gases (vapor de água, dióxido e monóxido de carbono, dióxido de enxofre e ácido
clorídrico), e também materiais sólidos que consistem essencialmente em bombas,
blocos, cinzas, poeiras, pedra-pomes e lapili ou bagacina (este último corresponde a
fragmentos de lava cujas dimensões rondam os 4mm a 32mm).
Figura 12  -  Imagem microscó pica de um grã o de cinza vulcâ nica.
Retirado de http://volcanoes.usgs.gov/images/pglossary/ash.php

O vulcanismo secundário:

O vulcanismo secundário corresponde a manifestações de vulcanismo que não


consistem em erupções vulcânicas, concretamente, mas estão relacionadas com a
energia térmica emitida por corpos magmáticos quentes que se encontram a pequena
profundidade. Este tipo de vulcanismo nunca é tão violento nem destrutivo quanto pode
ser o vulcanismo principal.

As manifestações secundárias de vulcanismo, consistem em:

- nascentes termais

- fumarolas, mofetas e sulfataras

- géisers
Figuras 13 e 14  -  Fumarolas, ilha de S. Miguel, Açores.
Fotografias de Marisa Loureiro.

Figura 15 -  Fumarolas. Figura 16  -  Géiser.


Retirado de   Retirado de
http://volcanoes.usgs.gov/images/pglossa http://volcanoes.usgs.gov/images/pglossa
ry/fumarole.php ry/geyser.php

Quadro resumo com as características principais das manifestações de vulcanismo


secundário:

Tipo de actividade Materiais emitidos Temperatura (ºC)

Fumarola Compostos enriquecidos em ácido clorídrico 900 ºC


(gasosos)

Compostos enriquecidos em enxofre


Sulfatara Entre 100 ºC e 300 ºC
(gasosos)

Compostos enriquecidos em dióxido de


Mofeta 100 ºC
carbono (gasosos)

Geiser Água líquida 90 ºC (aproximadamente)

Cerca de 6 ºC acima
Nascente termal Água líquida rica em sais minerais da temperatura média do
ar

O vulcanismo em Portugal
Os arquipélagos dos Açores e
Madeira são, no território nacional,
umas das mais eficientes
manifestações de actividade
vulcânica.

As ilhas que constituem o


arquipélago dos Açores
correspondem a vulcões
submarinos, sendo vários deles
activos ainda, isto é, são vulcões
que entram em erupção com
alguma frequência, ou que
entraram em erupção
recentemente. Além do
vulcanismo principal existem
também manifestações de
vulcanismo secundário, as
fumarolas, nascentes termais e
géisers.

As mais recentes manifestações


vulcânicas nos Açores, datam de
1998 e 1999 com a entrada em
erupção do vulcão da Serreta a
10km NW da ilha Terceira. Esta
actividade manifestou-se com a
elevação de uma coluna de vapor
a cerca de 30m de altura e o Figura 17  -  Mapa representativo dos principais
aparecimento de pedaços de lava tipos
a flutuar nas águas. de rochas de Portugal continental.
Retirado de
A Madeira não apresenta
http://www.iambiente.pt/atlas/est/index.jsp
vulcanismo activo como os
Açores, tendo sido considerado
extinto.

O vulcanismo considera-se
extinto quando não há registo da
sua actividade e cujo aparelho
vulcânico se encontra quase
completamente erodido.

Existe ainda o conceito de


vulcão adormecido que é aquele
que não apresenta actividade
durante longos períodos de
tempo mas que além de manter o
seu edifício ainda pouco erodido
vai libertando pequenas
quantidades de gases para a
atmosfera.

Relativamente ao território
Geotermismo

O aproveitamento da energia (calor) proveniente do interior do planeta denomina-se


geotermismo. À medida que aumenta a profundidade, aumenta igualmente a
temperatura das rochas, sendo que, quanto maior for essa temperatura, mais elevado é o
potencial geotérmico dessa região. No entanto, pode ser que ocorra uma intrusão
magmática e esta, pode consistir numa fonte de calor a menor profundidade do que seria
necessário, para atingir a mesma temperatura se não houvesse intrusão. Uma zona com
estas características é classificada como tendo um elevado potencial geotérmico.
O calor geotérmico é usado para fins terapêuticos, por um lado, e energéticos por outro.
Relativamente ao uso terapêutico, tira-se partido das propriedades químicas da água,
bem como, da temperatura a que esta emerge, quer para ser ingerida, quer para banhos
(termas). No que diz respeito ao uso energético aproveita-se o calor emanado para
produzir energia eléctrica ou para aquecimento industrial.
GEODINÂMICA EXTERNA
 

CONCEITOS BÁSICOS

A seguir são apresentados alguns conceitos fundamentais relacionados à


geodinâmica externa, que serão citados ao longo do curso.

HIDROSFERA: camada descontínua de água que se encontra na superfície


da crosta no estado líquido ou sólido, ocorrendo em bacias e cadeias
oceânicas, plataformas e taludes continentais, além de ocorrer na forma de
geleiras continentais e de montanhas, em rios, lagos e preenchendo fendas e
poros dos solos e das rochas (Almeida & Ribeiro, 1998).

ATMOSFERA: camada contínua que envolve o globo terrestre, formada por


gases e vapor d´água. Sua principal divisão é denominada de troposfera, sendo
onde se realizam os processos atmosféricos mais importantes para a dinâmica
externa. A troposfera está a 9 kms de altitude nos pólos e 18 kms do Equador,
compondo 95% da massa da atmosfera (Almeida & Ribeiro, 1998).

BIOSFERA: porção do planeta onde se desenvolve a vida, compreendendo


cerca de 5 kms da troposfera, a hidrosfera até grandes profundidades
oceânicas e uma fina camada superficial da crosta (Almeida & Ribeiro, 1998).

INTEMPERISMO: alteração física e/ou química das rochas, que em geral, é


acompanhada pelo transporte e sedimentação dos materiais intemperizados
(Salomão & Antunes, 1998).

PROCESSO: em geral conceituado como resultante da ação de um


determinado tipo de energia sobre algum componente material. Em
Geomorfologia, segundo Embleton e Thornes (1979) apud Infanti Jr. &
Fornasari Filho (1998), é definido como ações dinâmicas ou eventos que
envolvem a aplicação de forças sobre certo gradiente, sendo provocadas por
agentes como: chuva, vento, ondas, marés, rios, gelo, etc.

TEMPO: seqüência cumulativa de eventos, medida em incrementos iguais,


através de instrumentos ou manifestação de fenômenos naturais, movendo-se
somente em uma direção, o que implica na não reversibilidade dos eventos
(Infanti Jr. & Fornasari Filho, 1998).

TAXA: indica a intensidade com que ocorrem mudanças de um certo


parâmetro em um determinado intervalo de tempo, sendo que se deve levar
em consideração se o processo estudado é contínuo ou discreto, ou seja, um
processo contínuo é aquele que sempre é ativo mesmo quando observado em
intervalos de tempos muito pequenos, em relação ao tempo total de interesse;
já no processo discreto há uma interrupção da atividade (Infanti Jr. &
Fornasari Filho, 1998).

INCLINAÇÃO: ângulo formado entre um plano inclinado e a horizontal,


medido a partir da base. Já a declividade é o ângulo de inclinação expresso em
porcentagem, a partir da relação entre o desnível vertical e o comprimento na
horizontal.

EQUILÍBRIO ESTÁTICO: situação na qual a variável não se altera ou


quando as modificações estão exatamente balanceadas (entradas - saídas =
zero) (Infanti Jr. & Fornasari Filho, 1998).

EQUILÍBRIO DINÂMICO: situação na qual ocorre uma mudança uniforme


ao longo do tempo (entradas - saídas = constante) (Infanti Jr. &Fornasari
Filho, 1998).

 
EROSÃO

IPT (1986) apud Salomão & Iwasa (1995), define erosão como a 
"desagregação e remoção de partículas do solo e/ou fragmentos e partículas
das rochas, devido a ação combinada da gravidade com a água, vento, gelo e
organismos (plantas e animais)".

Os processos erosivos podem ser divididos em 2 grupos principais


(Proin/Capes & Unesp/IGCE, 1999):

EROSÃO NATURAL, GEOLÓGICA ou NORMAL: processo natural de


denudação e evolução da superfície dos terrenos, desenvolvendo-se de forma
lenta e contínua, de acordo com as condições de equilíbrio de formação do
solo.

EROSÃO ACELERADA ou ANTRÓPICA: processo induzido pela


intervenção humana, altamente destrutivo, desenvolvendo-se rapidamente,
sendo sua intensidade superior à formação do solo, não permitindo, desta
forma, sua recuperação natural.

Considerando as atuais condições climáticas do Brasil, os processos erosivos


também podem ser divididos em 3 diferentes grupos (Infanti Jr & Fornasari
Filho 1998):

Erosão Hídrica: processo erosivo geralmente envolvendo o solo, deflagrado


pela ação de chuvas, compreendendo as seguintes etapas: impacto da chuva,
provocando desagregação das partículas; remoção e transporte pelo
escoamento superficial; e deposição do material formando depósitos de
assoreamento. Apresenta 2 tipos de processos (clique nas palavras
sublinhadas para obter maiores informações):

    Laminar (em lençol ou superficial): processo de remoção de uma delgada e


uniforme camada do solo superficial, provocada por fluxo hídrico não
concentrado.

    Linear: decorrente da ação do escoamento hídrico superficial concentrado,


desenvolvendo-se em  três tipos diferentes: Sulcos, Ravinas e Boçorocas.

Erosão Eólica: consiste na ação combinada do vento e gravidade na


desagregação e remoção de partículas de solo e rocha, ou seja, o processo
ocorre pelo impacto das partículas sólidas carregadas pelo vento desgastando
outros materiais e/ou pelo transporte de partículas desagregadas.
Erosão de Leitos Rochosos: consiste na remoção de blocos rochosos pelas
flutuações de pressões durante a dissipação de energia das quedas d´água, em
cachoeiras, corredeiras e falésias.
MOVIMENTOS DE
MASSA

Movimentos de massa ocorrem basicamente quando as forças de tração, dadas


pela gravidade atuando na declividade do terreno, superam as forças de
resistências, principalmente as forças de atrito. A principal força de tração que
causa movimentos de massas é a força de cisalhamento, quando esta supera o
atrito, ocorre o movimento (Montgomery, 1992).

Os principais movimentos de massa existentes no Brasil são: rastejos,


escorregamentos, movimento de blocos e corridas. Os referidos tipos de
movimentos são definidos a seguir segundo Infanti Jr & Fornasari Filho
(1998).

OBS: clique nas palavras sublinhadas para obter maiores informações.

RASTEJOS (Creep): movimento descendente, lento e contínuo da massa de


solo de um talude, caracterizando uma deformação plástica, sem geometria e
superfície de ruptura definidas. Ocorrem geralmente em horizontes
superficiais de solo e de transição solo/rocha, como também em rochas
alteradas e fraturadas.

ESCORREGAMENTOS (Slides): movimento rápido de massas do solo e/ou


rocha, com volume bem definido, sendo que o centro de gravidade do material
se desloca para baixo e para fora do talude, seja ele natural, de corte ou aterro.
Esse processo está associado a ruptura de cisalhamento, devido ao aumento
das forças de tensões ou a queda de resistência, em períodos relativamente
curtos, podendo ser classificados de acordo com sua geometria e a natureza do
material, da seguinte forma (clique nas palavras sublinhadas para obter
maiores informações):

Escorregamentos Planares (Translacionais): em maciços rochosos o


movimento é condicionado por estruturas geológicas planares, tais como:
xistosidade, fraturamento, foliação, etc. Nas encostas serranas brasileiras são
comuns escorregamentos planares de solo, com ruptura podendo ocorrer no
contato com a rocha subjacente.

Escorregamentos Circulares (Rotacionais): apresenta superfície de


deslizamento encurvada,  correspondendo a movimento rotacional, segundo
um eixo. Ocorre geralmente em aterros, pacotes de solo ou depósitos mais
espessos, rochas sedimentares ou cristalinas intensamente fraturadas.
Escorregamentos em cunha: movimento ao longo de um eixo formado pela
intersecção de estruturas planares em maciços rochosos, que desloca o
material na forma de um prisma. São comuns em taludes de corte ou encostas
que sofreram algum tipo de desconfinamento, natural ou antrópico.

MOVIMENTO DE BLOCOS:  deslocamentos, por gravidade, de blocos de


rocha, sendo divididos em 4 tipos básicos (clique nas palavras sublinhadas
para obter maiores informações):

    Queda de Blocos: blocos de rochas que se desprendem do maciço e se


deslocam em queda livre encosta abaixo, podendo ocorrer em volumes e
litologias diversas.

    Tombamento de Blocos: movimento de rotação de blocos rochosos,


condicionado por estruturas geológicas no maciço rochoso sub-verticais.

    Rolamento de Blocos: movimento de blocos rochosos ao longo de encostas,


que ocorre geralmente pela perda de apoio (descalçamento).

    Desplacamento: movimento em queda livre ou por deslizamento de blocos


rochosos, ao longo de superfícies estruturais (xistosidade, acamamento), que
ocorre devido às variações térmicas ou por alívio de pressão.

CORRIDAS (Flow): movimentos gravitacionais na forma de escoamento


rápido, envolvendo grandes volumes de materiais. Caracterizados pelas
dinâmicas da mecânica dos sólidos e dos fluidos, pelo volume de material
envolvido e pelo extenso raio de alcance que possuem, chegando até alguns
quilômetros, apresentando alto potencial destrutivo.

Os mecanismos de geração de corridas de massa podem ser classificados


quanto a origem da seguinte forma:

 Primária: corresponde as corridas de massa envolvendo somente os


materiais  provenientes das encostas.
 Secundária: corridas de massa nas drenagens principais, formadas pela
remobilização de detritos acumulados no leito e por barramentos
naturais, envolvendo ainda o material de escorregamentos das encostas
e grandes volumes de água das cheias das drenagens.

Considerando as características do material mobilizado, as corridas podem ser


classificadas em 3 tipos básicos:
Corrida de Terra (earth flow): fluxo de solo com baixa quantidade de água,
apresentando baixa velocidade relativa.

Corrida de Lama (mud flow): fluxo de solo com alto teor de água,
apresentando média velocidade relativa e com alto poder destrutivo.

Corrida de Detritos (debris flow): material predominantemente grosseiro,


constituído por blocos de rocha de vários tamanhos, apresentando um maior
poder destrutivo.

Sismos

 Introdução

Neste trabalho vamos falar sobre os sismos e as suas consequências,


pretendemos também sensibilizar as pessoas para os perigos desta catástrofe
natural.

O que é um sismo?
Um sismo é um fenómeno natural consequente de uma quebra mais ou menos
violenta no interior da crosta terrestre, que consiste na oscilação das placas
tectónicas. Este fenómeno provoca oscilações que se transmitem a uma área
envolvente.

Usualmente os sismos devem-se a deslocamentos ao longo de falhas geológicas


existentes entre as placas tectónicas que constituem a superfície terrestre. Estas
movimentam-se entre si.

Quanto tempo dura um sismo?


A duração de um sismo varia desde poucos segundos a dezenas de segundos,
invulgarmente excedendo um minuto. Depois de um sismo principal há
usualmente reajustamentos de rochas que provocam sismos mais fracos. Estes
pequenos sismos são denominados réplicas.

Podemos prever um sismo?


Apesar de muitos cientistas estarem a estudar este assunto ainda não é possível
prever um sismo. No entanto é possível minimizar os seus destroços,
identificando zonas de maior risco. Estes destroços podem ser diminuídos
construindo estruturas mais firmes, desenvolvendo a educação da população
(principalmente no que diz respeito às medidas de segurança a serem tomadas)
e organizando um plano de emergência.

Os sismos em Portugal continental


Os dados disponibilizados pelo Instituto de Meteorologia demonstram que a
actividade sísmica do território português resulta de fenómenos localizados na
fronteira entre as placas euro-asiática e africana (sismicidade interplaca) e de
fenómenos localizados no interior da placa euro-asiática (sismicidade intraplaca).

Em função do enquadramento geodinâmico regional do território continental


português verifica-se que a sismicidade, associada a falhas activas apresenta
dois casos distintos:

. Para sismos gerados no oceano (sismos interplacas) a sua sismicidade pode


considera-se elevada. Os sismos apresentam magnitudes elevadas e
períodos de retorno de algumas centenas de anos;

. Para sismos intraplaca a sismicidade é moderada passando a baixa nas zonas


situadas no norte de Portugal. Este facto não significa que nestas zonas não
possam ocorrer sismos de magnitudes significativas mas que os seus
períodos de retorno são da ordem dos milhares a dezenas de milhares de
anos.

A carta das máximas intensidades observadas até à actualidade, permite-nos


concluir que o risco sísmico no Continente é significativo: as maiores
concentrações demográficas situam-se no seu litoral, precisamente nas áreas de
maiores intensidades sísmicas observadas. A entidade responsável pela
vigilância sísmica em Portugal é o Instituto de Meteorologia, que apresenta
semanalmente um resumo da sismicidade ocorrida no Continente

Efeitos dos sismos


(valores em escala de Mercalli)

Os sismos podem ser lidos em várias escalas, hoje vamos usar a de Mercalli:

. Grau 1: no grau 1(nível mais baixo) os sismos passam despercebidos.

. Grau 2: as pessoas a dormir em andares mais altos sentem um certo


movimento.

. Grau 3: os objectos começam a oscilar.


. Grau 4: os objectos chocalham e os carros estacionados balançam. 

. Grau 5: toda a gente sente os movimentos, os líquidos derramam, os


quadros balançam e as portas abanam.

. Grau 6: existe dificuldade em caminhar, as janelas partem-se, os quadros


caem e o estuque racha.

. Grau 7: as pessoas caem e as chaminés racham.

. Grau 8: os carros são difíceis de controlar, as paredes desfazem-se e as


chaminés caem.

. Grau 9: alguns edifícios ruem, o solo racha e os canos soltam-se.

. Grau 10-11: os edifícios ficam reduzidos a ruínas e ocorrem derrocadas de


terras nas colinas.

. Grau 12: destruição total.

Que fazer antes de um sismo?


a) Procurar ler algo sobre sismos e seus efeitos

b) Em casa:

- Preparar a casa de forma a facilitar os movimentos em caso de sismo

- Estudar os locais de maior protecção

- Fixar os móveis e as botijas de gás à parede

- Coloque os objectos pesados ou de grande volume no chão ou nas estantes


mais baixas

- Ensine a todos os familiares como desligar a electricidade e cortar a água e o


gás

- Tenha à mão uma lanterna eléctrica e um transístor portátil e pilhas de


reserva para ambos, bem como um extintor e um estojo de primeiros
socorros

- Armazene água em recipientes de plástico fechados e alimentos enlatados


para 2 ou 3 dias. Renove-os de tempos a tempos

c) Pense no que deve fazer quando ocorrer um terramoto e estiver:

- em sua casa

- em casa de amigos

- no local de trabalho
- numa sala de espectáculos

- na rua

d) Realize em casa ou no local de trabalho exercícios de treino das presentes


medidas.

Que fazer durante um sismo?


a) EVITE 0 PÂNICO por todos os meios ao seu alcance. Mantenha serenidade e
acalme as outras pessoas.
b) SE ESTÁ EM CASA OU DENTRO DUM EDIFÍCIO:

- Nas habitações colectivas não vá para a rua. As saídas e escadas poderão


estar obstruídas. Nunca utilize os elevadores.

- Tenha cuidado com a queda de objectos, candeeiros ou móveis

- Mantenha-se afastado das janelas, espelhos e chaminés

- Proteja-se no vão de uma porta interior, no canto de uma sala ou debaixo de


uma mesa ou mesmo de uma cama

c) SE ESTÁ NA RUA:

- Dirija-se para um local aberto, com calma e serenidade.

- Enquanto durar o sismo não vá para casa

- Mantenha-se afastado dos edifícios velhos, altos ou dos postos de


electricidade e outros objectos que lhe possam cair em cima.

- Afaste-se de taludes ou muros que possam desabar

d) SE ESTÁ NUM LOCAL COM MUITA GENTE (CINEMA; ETC):

- Não se precipite para as saídas.

e) SE VAI A CONDUZIR:

- Pare a viatura afastada de edifícios, muros, taludes, postes e cabos


eléctricos, e permaneça dentro dela.

Que fazer depois de um sismo?


a) Nos primeiros minutos após:

- Domine o PÂNICO Mantenha a calma. Vá pensando no que deve fazer.

- Não se precipite para a escada ou para as saídas

- Conte com a ocorrência de uma possível réplica


- Não fume nem faça lume. Não ligue os interruptores. Pode haver fugas de
gás ou curto circuitos. Utilize a lanterna eléctrica.

- Corte a água e o gás, desligue a electricidade

- Calce sapatos e proteja a cabeça e a cara com um casaco, uma manta, um


capacete ou um objecto resistente e prepare agasalho.

- Verifique se há incêndios. Tente apagá-los. Se o não conseguir, avise os


Bombeiros da sua zona

- Verifique se há feridos e preste-lhes os primeiros socorros se necessário. Se


houver feridos graves não os remova a menos que corram perigo

- Limpe os produtos inflamáveis que se tenham derramado (álcool, tintas,


etc.)

- Se puder solte os animais domésticos. Eles tratarão de si próprios.

- Afaste-se da costa marítima. Pode ocorrer uma onda gigante (tsunami)

- Ligue o transístor e cumpra as recomendações que ouvir pela rádio

b) Nas horas seguintes:

- Mantenha a calma e cumpra as instruções que a rádio difundir. Esteja


preparado para outros abalos (réplicas) que costumam suceder-se ao sismo
principal

- Se encontrar feridos graves, chame as equipas de socorro para promover a


sua evacuação

- Se houver pessoas soterradas, informe as equipas de salvamento.


Entretanto se for capaz, sem perigo, de os começar a libertar, tente fazê-lo
retirando os escombros um a um, começando pelo de cima. Não se
precipite, não agrave a situação dos feridos ou a sua própria.

-Evite passar por onde haja fios eléctricos soltos e tocar em objectos metálicos
em contacto com eles

- Não beba água de recipientes abertos sem a ter examinado e filtrado por
coador, filtro ou simples pano lavado

- Verifique se os canos de esgoto estão em bom estado e permitem utilização

- Não utilize o telefone excepto em caso de extrema urgência (ferido grave,


fuga de gás, incêndio, etc.)

- Não propague boatos que podem causar muitos danos após uma catástrofe

- Coma alguma coisa. Sentir-se-á melhor e o seu moral ficará reforçado e


portanto mais capaz de ajudar os outros
- Se a sua casa estiver muito danificada abandone-a. Reúna os recipientes de
água, os alimentos e os medicamentos necessários (cardíacos, diabéticos,
etc.)

- Acate as instruções que a rádio difundir

- Não preocupe com os edifícios com grandes estragos nem se aproxime das
estruturas danificadas

- Acalme os seus familiares, os mais jovens e os idosos. São os que mais


sofrem com o medo

- Corresponda aos apelos que forem divulgados e caso lhe seja possível
colabore com as equipas de socorro

- Não circule pelas ruas para observar o que aconteceu. Liberte-as para as
viaturas de socorro.

PROCESSOS DE DINÂMICA
SUPERFICIAL

INUNDAÇÃO

A inundação constitui-se em um processo de extravasamento das águas de um


curso d´água para áreas marginais, ou seja, ocorre quando o fluxo d´água é
superior à capacidade de descarga do canal. Já a enchente refere-se ao
acréscimo na descarga d´água por um determinado período (Infanti Jr &
Fornasari Filho, 1998).

Um dos fatores que mais interferem na ocorrência de inundação é a


quantidade e o tipo de vegetação existente na bacia de captação da drenagem.
A vegetação apresenta o caráter de facilitar a infiltração das águas pluviais
para o solo e diminuir a velocidade de escoamento superficial, reduzindo a
quantidade de água no canal em um mesmo momento, e por conseqüência,
diminuindo a possibilidade de ocorrência da inundação. Já a interferência
antrópica através de obras que impermeabilização do solo e aumento da
velocidade de escoamento, contribui para a ocorrência cada vez mais intensa
de inundações (Infanti Jr & Fornasari Filho, 1998).

Para entendermos melhor o fenômeno das inundações é necessário conhecer a


dinâmica fluvial. Neste contexto, são apresentadas algumas definições
(Tricart, 1966 apud Infanti Jr & Fornasari Filho, 1998):
CHEIA: constitui as maiores vazões diárias ocorridas em cada ano, sem levar
em consideração se causaram ou não inundação.

LEITO MENOR: leito definido pelos diques marginais, sendo que o


escoamento de água é constante, impedindo o crescimento de vegetação.

LEITO DE VAZANTE: está encaixado no leito menor, acompanhando a


linha de maior profundidade do leito (talvegue), sendo responsável pelo
escoamento das águas na época de estiagem.

LEITO MAIOR: corresponde ao leito menor mais a planície de inundação,


sendo ocupado nas épocas de inundações.

DIQUES MARGINAIS: constituem depósitos de crista baixas e alongadas


acumulados ao longo das margens dos rios (Mendes, 1984).

TERRAÇO: superfície horizontal ou levemente inclinada limitada por


declives no mesmo sentido, constituindo patamar de depósito sedimentar,
modelado pela erosão fluvial, marinha ou lacustre (Guerra, 1975).

A figura a seguir ilustra as formas fluviais descritas.

Um outro conceito fundamental em estudos de inundação é o balanço hídrico.


Tal conceito corresponde à análise comparativa entre as quantidades de águas
que entram (precipitação) e saem (escoamento superficial, infiltração e
evapotranspiração) do sistema escolhido (bacia ou micro-bacia hidrográfica),
levando-se em conta as variações das reservas hídricas superficiais e
subterrâneas, durante um determinado período de tempo, sendo usado
freqüentemente o anual (Jorge & Uehara, 1998).

O termo vazão também é bastante usado nos estudo de inundação, sendo


definido por Jorge & Uehara (1998) como "o volume de água escoado na
unidade de tempo, em uma determinada seção do curso d´água, geralmente
expressa em metros cúbicos por segundo (m³/s) ou em litros por segundo
(l/s)".

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