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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE

CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA


DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA
LABORATÓRIO DE ALTA TENSÃO

Laboratório de Instalações Elétricas

FOTOMETRIA

Período-02/04
EXPERIMENTO: FOTOMETRIA

Bolsista: Vicente Delgado Moreira


Orientador: Prof. Edson Guedes da Costa

Revisado em fevereiro de 2005

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1. Objetivos

Pretende-se com o experimento entender os princípios gerais da iluminação. Além disso,


deseja-se traçar curvas de isolux, construir curva fotométrica de um projetor e fazer um projeto de
iluminação a partir de uma curva fotométrica.

2. Princípios Gerais

O grupo de radiações compreendidas entre os comprimentos de onda de 380 e 760nm é


especialmente para o estudo da iluminação. Estas radiações são capazes de estimular a retina do olho
humano produzindo a sensação luminosa. O espectro visível está limitado em um dos extremos pelas
radiações infravermelhas (de maior comprimento de onda ), e no outro extremo pelas radiações
ultravioletas (de menor comprimento de onda ). Os diferentes comprimentos de onda das radiações
estão ligados à impressão de cor.

3. Grandezas e Unidades Utilizadas em Iluminação

As definições aqui apresentadas estão de acordo com a ABNT (Associação Brasileira de


Normas Técnicas).

3.1. Intensidade Luminosa

O fluxo radiante é a quantidade de energia transportada por uma radiação.

A intensidade luminosa é o limite da relação entre o fluxo luminoso em um ângulo sólido em


torno de uma direção dada, e o valor desse ângulo sólido, quando o ângulo sólido tende para zero. A
unidade de intensidade luminosa é a candela (cd). A Fig. 1 mostra uma fonte puntiforme iluminando
um ângulo sólido.

Fig. 1 - Fonte Puntiforme Iluminando um Ângulo Sólido (Moreira, 1976).

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A intensidade luminosa pode ser calculada por: I = . Na equação, dφ é o fluxo luminoso e dw o
dw
ângulo sólido.

A distribuição de luz realizada por uma fonte pode ser representada por uma superfície definida
pela distribuição espacial dos valores da intensidade luminosa em cada direção. Assim, formam-se as
superfícies fotométricas. Uma representação espacial torna-se difícil de ser visualizada. Sendo assim,
adotam-se projeções das superfícies fotométricas sobre um plano. As interseções das superfícies
fotométricas com os planos formam as curvas fotométricas. Segundo a ABNT, uma curva fotométrica
representa a variação da intensidade luminosa de uma fonte segundo um plano passando pelo centro,
em função da direção. Outra maneira de representar por curvas uma superfície de igual intensidade
luminosa é utilizando os diagramas de isocandelas. Nas Figs. 2 e 3 são mostradas curvas fotométricas
verticais e horizontais

Fig. 2 - Curvas Fotométricas Horizontais e Verticais: (a) Plano Horizontal; (b) Diagrama Polar Luminoso
Horizontal; (c) Plano Vertical; (d) Diagrama Polar Luminoso Vertical ( Moreira, 1976 ).

Fig. 3 - Curva Fotométrica Vertical de uma Lâmpada de Vapor de Mercúrio de Cor Corrigida de 250W ( Moreira,
1976 ).

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3.2. Fluxo Luminoso

O fluxo luminoso é a grandeza característica de um fluxo energético, exprimindo sua aptidão de


produzir uma sensação luminosa no ser humano através do estímulo da retina ocular. A unidade de
fluxo luminoso é o lúmen (lm). O fluxo luminoso é definido como o fluxo emitido por uma fonte
luminosa puntiforme de intensidade invariável e igual a uma candela, de mesmo valor em todas as
direções, no interior de um ângulo sólido igual a um estereorradiano. Na prática, não existe fonte
puntiforme, porém, quando o diâmetro da fonte for menor que 20% da distância que a separa do ponto
onde se considera seu efeito, a fonte pode ser considerada puntiforme.

3.3. Eficiência Luminosa

A eficiência luminosa de uma fonte é a relação entre o fluxo luminoso total emitido pela fonte e
a potência por ela absorvida. A unidade de eficiência luminosa é o lm/W (lúmen por Watt).

3.4. Iluminamento

O iluminamento é o fluxo luminoso incidente por unidade de área iluminada. É a densidade


superficial de fluxo luminoso recebido, em um ponto de uma superfície. A unidade brasileira de
iluminamento é o lux (l ), definido como o iluminamento de uma superfície plana de área igual a 1m2,
que recebe na direção perpendicular um fluxo luminoso de 1lm, uniformemente distribuído. A Fig. 4
mostra o fluxo luminoso de 1 lúmem irradiado num ângulo sólido de 1 esterorradiano.

Fig. 4 - Fluxo Luminoso de 1lm Irradiado num Ângulo Sólido de 1sr (Moreira, 1976).

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Uma curva de isolux é uma linha traçada em um plano, referida a um sistema de coordenadas
apropriadas, ligando pontos de uma mesma superfície que têm iluminamento igual. Um diagrama de
isolux é um conjunto de curvas de isolux.

Fig. 5 - Diagrama de Isolux de uma Luminária para Iluminação Pública (Moreira, 1976).

4. Leis do Iluminamento Produzido por uma Fonte Puntiforme

Deseja-se calcular o iluminamento causado por uma fonte puntual num elemento de área dS,
cuja localização relativa à fonte é dada pela figura a seguir.

Fig. 6 - Fonte Luminosa Puntiforme Iluminando uma Área Elementar no Plano P (Moreira, 1976 ).

O ângulo sólido subentendido por dS, de vértice em L, será:


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dS cos α
dw = 2
.
d
Sendo assim, a iluminação será:

dφ I ⋅ dS cos α
I= ⇒ dφ = I ⋅ dw ⇒ dφ = 2
.
dw
d
Finalmente, o iluminamento será:

dφ I cos α
E= ⇒E= 2
.
dS
d
O resultado obtido resume as três leis do iluminamento proporcionado por uma fonte
puntiforme em um ponto de uma superfície:

a) o iluminamento varia na razão direta da intensidade luminosa na direção do ponto


considerado;
b) o iluminamento varia na razão inversa do quadrado da distância da fonte ao ponto iluminado
e
c) o iluminamento varia proporcionalmente ao co-seno do ângulo formado pela normal à
superfície no ponto considerado e pela direção do raio luminoso que incide sobre o mesmo.

5. Noções de Fotometria

5.1. Introdução

A fotometria consiste de uma série de métodos e processos de medida das grandezas luminosas.
Os fotômetros são equipamentos utilizados nas medições de iluminação. Os fotômetros antigos eram
aparelhos comparadores, que avaliavam uma grandeza óptica mediante a utilização de um padrão. Os
fotômetros atuais são fotoelétricos, a exemplo do luxímetro.

Os fotômetros fotoelétricos constam de uma célula fotoelétrica. As células fotoelétricas são


dispositivos que podem transformar as variações de fluxo luminoso em variações de grandezas
elétricas. Os princípios básicos de funcionamento são três: fotoemissão, efeito fotovoltaico e
fotocondução.

A fotoemissão consiste na remoção, a frio, de elétrons da superfície de um sólido. A remoção é


causada pela incidência de energia luminosa ou outro tipo de energia eletromagnética. A célula
fotoemissiva consta de um cátodo frio e de um ânodo. O cátodo é recoberto de material fotoemissivo,
que pela incidência de luz, emite elétrons. Os elétrons são atraídos pelo ânodo, quando ele estiver
polarizado por uma fonte CC. A circulação de corrente pode ser monitorada para dar informação sobre
a intensidade luminosa incidente.

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Quando um de dois eletrodos imersos em um eletrólito é iluminado, uma diferença de potencial
aparece entre os eletrodos. As células fotovoltaicas transformam diretamente a energia radiante
incidente em energia elétrica, não necessitando de baterias ou de fontes de polarização.

A fotocondução consiste na alteração da resistividade elétrica de um sólido pela incidência da


luz. Os dispositivos fotocondutores empregam semicondutores, que podem ser fotoresistivos ou de
fotojunção. O LDR (light dependent resistor) ou resistor dependente da luz é um dispositivo
fotoresistivo que pode ser utilizado na construção de fotômetros. Os fotodiodos são exemplo de
dispositivo de fotojunção.

Fig. 7 - Célula Fotoemissiva (Moreira, 1976).

Fig. 8 - Célula Fotovoltaica: 1 = Contato Elétrico Frontal; 2 = Material Fotosensível; 3 = Placa-base (Moreira, 1976)

Existem alguns cuidados que devem ser tomados quando se utilizam fotômetros. A corrente
gerada por uma fotocélula varia com a temperatura. Por isso, os luxímetros deverão ser utilizados nas
temperaturas para as quais foram aferidos. Além disso, os luxímetros de boa qualidade deverão ser
dotados de filtros para adequar a sua sensibilidade espectral. Finalmente, os luxímetros deverão ter uma
correção para os diversos ângulos de incidência da luz.

8
5.2. Medição de Iluminamentos
Quando se deseja conhecer os níveis de iluminamento de um ambiente, utilizam-se fotômetros
calibrados em lux (luxímetros) para realizar as medições. O medidor deverá deslocar-se no plano de
trabalho. O luxímetro deverá ser do tipo cor e co-seno corrigidos, que leva em consideração a
sensibilidade espectral e o ângulo de incidência do feixe luminoso. A Fig. 9 mostra curvas de resposta
espectral usadas para correção de cor em luxímetros. A Fig. 10 mostra um artifício para a correção do
co-seno em uma célula fotoelétrica.

Fig. 9 - Curva de Resposta Espectral de um Fotoresistor Típico: 1 = Fotoresistor; 2 = Curva Internacional de


Luminosidade Espectral Relativa ( Moreira, 1976 ).

Fig. 10 - Princípio Básico da Correção do Co-seno em uma Célula Fotoelétrica: (a) Incidência Normal; (b) Incidência
Oblíqua ( Moreira, 1976 ).
A norma brasileira prescreve os níveis de iluminamento indicados na Tabela 1, para alguns
ambientes.
Tabela 1 - Níveis de Iluminamento para Alguns Ambientes.
Área Atividade Iluminação ( lux )
Trabalho pesado 250-500
Indústria Máquinas operatrizes 250-500
Trabalho de precisão 500-1000
Trabalho fino 1000-2000
Escritórios 500-1000
Comercial Datilografia 500-1000
Computadores 500-1000
Desenho 1000-2000
Salas de aula 250-500
Escolas Laboratórios 250-500
Bibliotecas 250-500

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Para uma perfeita medição de iluminamentos deve ser utilizada um equipamento chamado
banco óptico. A Fig. 11 mostra um banco óptico.

Fig. 11 - Banco Óptico (Moreira, 1976).

5.3. Medição de Iluminamento de Interiores

Um dos métodos para medição de iluminamento de interiores é o da divisão da superfície em


pequenas áreas elementares nas quais se mediria os iluminamentos. Em seguida, pode-se calcular o
iluminamento médio ou traçar as curvas de isolux do recinto.
Um dos processos mais simples e utilizável em áreas regulares e que conduz a resultados com
erros inferiores a 10% é o recomendado pela ABNT NBR 5382 de 1985 e Illuminating Engineering
Society. O processo é descrito a seguir:
Primeiro caso. Área com luminárias individuais dispostas simetricamente em duas ou mais
fileiras, como pode ser visto na Fig. 12.
O luxímetro deve ser colocado nos pontos indicados na Fig. 12 e selecionados assim:

a) em oito pontos “r”, escolhidos em áreas elementares aproximadamente no centro da


sala e tendo em vista a posição das luminárias; as luminárias são representadas por
círculos brancos e os pontos de medição por círculos pequenos e pretos;
b) em quatro pontos “q”, sendo dois em cada uma das áreas elementares
aproximadamente centrais dos lados da sala;
c) em quatro pontos “t” , sendo dois em cada uma das áreas elementares
aproximadamente centrais dos outros dois lados da sala;
d) em dois pontos “p”, centros da duas áreas elementares situadas em cantos opostos da
sala.

O iluminamento médio para o primeiro caso deverá ser calculado pela fórmula:

R.( N − 1).( M − 1) + Q.( N − 1) + T .( M − 1) + P


L= ,
N .M

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sendo R, a média dos iluminamentos (lux) medidos nos pontos “r” (oito medições); N, o número de
luminárias por fila;M, o número de filas de luminárias; Q, a média dos iluminamentos dos quatros
pontos “q”; T, a média dos iluminamentos dos quatros pontos “t”; e P, a média dos iluminamentos dos
dois pontos “p”.

Segundo caso. Área com uma única fila de luminárias individuais dispostas simetricamente em
duas ou mais fileiras, como pode ser visto na Fig. 13. O luxímetro deverá ser colocado nas seguintes
posições:
a) em oito pontos “q”sendo dois em cada uma das quatro áreas elementares quaisquer,
tomadas duas da cada lado da fila;
b) em dois pontos “p”, centro da duas áreas elementares situadas em opostos da sala.

O iluminamento médio será:

Q( N − 1) + P
L=
N

em que, N, é o número de luminárias; Q é a média dos iluminamentos dos oito pontos “q”; e P, a média
dos iluminamentos dos oito pontos”p”.

Terceiro caso. Área com luminária única, como pode ser visto na Fig. 14. O luxímetro deverá
ser colocado nos quatro pontos “p”.
O iluminamento médio será a média das quatro leituras.
Quarto caso. Área com duas ou mais filas contínuas de luminárias, como pode ser visto na Fig.
15. O luxímetro deverá ser colocado:
a) em quatro pontos “r”quaisquer, situados aproximadamente no centro da sala;
b) em dois pontos “q”, situados um em cada centro das partes laterais da sala;
c) em quatro pontos “t”, sendo dois em cada uma das áreas elementares
aproximadamente centrais dos outros dois lados da sala;
d) em dois pontos “p”, centro da duas áreas elementares situadas em cantos opostos da
sala.

O iluminamento médio para o quarto caso deverá ser calculado pela fórmula:

R.N .( M − 1) + Q.N + T .( M − 1) + P
L= ,
M .( N + 1)

em que, R é a média dos iluminamentos medidos nos quatro pontos “r”; N, o número de luminárias por
fila; M, o número de filas; Q, a média dos iluminamentos medidos nos dois pontos “q”; T, a média dos
iluminamentos medidos nos dois pontos “t”; e P, a média dos iluminamentos medidos nos pontos “p”.

Quinto caso. Área regular com uma fila contínua de luminárias, como pode ser visto na Fig. 16.
A sala deve ser dividida em quatro partes iguais e o luxímetro deverá ser colocado:
a) em seis pontos “q” (três de cada lado) opostos dois a dois e situados na linha
imaginária da divisão feita anteriormente;
b) em dois pontos”p”, centro de duas áreas situadas em cantos opostos da sala.

O iluminamento médio para o quinto caso deverá ser calculado pela fórmula:

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p -1 q-2
q-1
r-3
r- 4 r-2
t-3
r-1
t-1 r-7 t- 4

t-2 r- 8 r-6
r-5

q-3
q-4 p- 2

Fig. 12 – Posições de medições de nível de iluminamento – Primeiro caso.

q -1 q-2 q -3 q-4 p-2

p-1 q-5 q-6 q-7 q-8

Fig. 13 – Posições de medições de nível de iluminamento – Segundo caso.

p-1 p-2

p-3 p-4

Fig. 14 – Posições de medições de nível de iluminamento – Terceiro caso.

12
Q.N + P
L= ,
( N + 1)

em que, N, o número de luminárias por fila; Q, a média dos iluminamentos medidos nos seis pontos
“q”; e P, a média dos iluminamentos medidos dos dois pontos “p”.

p-1 q-1

r-1
r-2 t-3

r-3 r-4 t-4


t-1

t-2

q-2 p-2

Fig. 15 – Posições de medições de nível de iluminamento – Quarto caso.

p-1 q-1 q-2 q-3

q-4 q-5 q-6 p-2

Fig. 16 – Posições de medições de nível de iluminamento – Quinto caso.

5.4. Método Ponto a Ponto para Cálculo de Iluminamento

O método ponto a ponto para cálculo de iluminamento por projetores consiste em obter o
iluminamento em um ponto, a partir do iluminamento de cada projetor individualmente. Utiliza-se para
I cos α
tal a Lei de Lambert: E = 2
.
d
13
De acordo com a figura a seguir:

Fig. 17 - Iluminação de uma Superfície Vertical por um Projetor. MN = Normal ao Plano; P = Projetor de Facho
Luminoso Simétrico em Relação ao Eixo; I = Intensidade luminosa Irradiada pelo Projetor em Direção ao Ponto M;
D = Distância Horizontal entre o Projetor e o Plano Vertical que Contém M; H = Altura do Ponto M em Relação ao
Projetor; L = Distância Horizontal entre P e a Normal ao Ponto M (Moreira, 1976).

a Lei de Lambert torna-se:

I cos α
E= 2
(H + D + L )2 2

ou ainda:
I ⋅D
E=
(H 2+ D 2 + L 2) 3/ 2

O algoritmo para cálculo de iluminamentos utilizando o método ponto a ponto se desenvolve


assim:

a) considera-se um ponto para qualquer;


b) calcula-se o ângulo entre a direção do feixe principal do projetor ( foco ) e o ponto
considerado;
c) da curva fotométrica do projetor, obtém-se a intensidade luminosa do feixe com o ângulo
determinado anteriormente. Esta intensidade luminosa é referente à inclinação do feixe com
relação ao eixo principal do projetor;
d) calculam-se as distâncias nas direções H, D e L com relação à posição do projetor;
e) determina-se o iluminamento no ponto considerado devido ao projetor aplicando-se a Lei de
Lambert e
f) aplicam-se os procedimentos anteriores para os demais refletores em todos os pontos onde
se deseja calcular o iluminamento.

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6. Roteiro Experimental
6.1. Medição do Nível de Iluminamento de um Ambiente Interior
O procedimento básico para a medição de iluminamento é:
a) Verifique a bateria do instrumento. A verificação é feita rodando o dial inferior para a
posição "B", apertando o botão preto de acionamento e olhando no galvanômetro, onde
existe uma tarja verde para indicação de bateria com carga suficiente;
b) Divida a sala estudada em áreas quadradas de no máximo 0,50 m e meça de forma adequada
o iluminamento indicado pelo professor ou monitor;
c) Aplique as recomendações da ABNT estudadas em Medição de Iluminamento de Interiores
e meça de forma adequada o iluminamento indicado pelo professor ou monitor, se for
necessário;
d) Meça o iluminamento girando o dial inferior para a posição "M", apertando o botão preto de
acionamento e olhando no galvanômetro. Deve-se fazer a leitura de acordo com a posição
do atenuador existente na fotocélula e de acordo com as diversas escalas existentes ("A" ou
"B") e
e) Use um croqui da sala e anote nele os valores dos iluminamentos obedecendo às
recomendações da ABNT;
f) Faça as suas observações sobre as condições do recinto indicado para medição.
6.2. Medição de Intensidade Luminosa de um Projetor
O procedimento sugerido para a medição de iluminamento do projetor é:
a) Coloque o arranjo projetor-lâmpada posicionado sobre um plano horizontal;
b) Trace um semicírculo na frente da iluminação com raio de 1,5 m;
c) Proceda a medição do iluminamento com o auxílio do luxímetro, sobre o semicírculo
traçado, à altura do eixo longitudinal do arranjo projetor-lâmpada;
d) Meça os iluminamentos em pontos espaçados de 10o, a partir do ângulo de 5o;
e) Gire o projetor de 90o em relação ao seu eixo longitudinal;
f) Repita as medições de iluminamento seguindo o procedimento sugerido anteriormente e
g) Anote os valores medidos na Tabela 2.
h) Utilize uma trena para as medições de comprimento. Os ângulos podem ser medidos com
alguma aproximação, calculando-se arco seno ou arco co-seno no semicírculo traçado.
0
15 5 5 15

90 90

Fig. 18 - Medição de Iluminamento de um Arranjo Projetor-Lâmpada sobre um Semicírculo no Plano Horizontal do


Eixo do Arranjo.

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7. Avaliação

1. Calcular o iluminamento seguindo as recomendações da ABNT, para o recinto escolhido. Verificar


se o valor encontrado condiz com a norma. Indicar na Bibliografia a norma utilizada. Faça a média com
todos os pontos medidos (utilize um software ou uma máquina de calcular). Compare a média obtida
seguindo os procedimentos adotados pela ABNT com a média obtida com todos os pontos. Utilize
software já disponível ou escreva uma rotina para o cálculo e desenho das curvas isolux. Fazer o
traçado das curvas isolux adequadas para as medições obtidas no recinto indicado. Indique na
Bibliografia o software utilizado ou anexe a rotina utilizada para o cálculo e desenho. (Valor da questão
2,0 pontos)

2. Com os dados obtidos no laboratório, Tabela 2, trace as curvas fotométricas do projetor utilizado no
experimento, referidas a 1000 lm para a lâmpada utilizada. (Valor da questão 1,0 pontos)

3. Calcule o iluminamento produzido em três pontos (A, B, …, N e O) da fachada vertical lisa, Fig. 19,
quando iluminada por dois projetores (P1 ou P2), cuja curva fotométrica foi obtida no item 2 da
avaliação. Os pontos para o cálculo do iluminamento são três iniciais do seu nome completo, caso não
seja possível use letras do seu primeiro nome. O método utilizado deverá ser o ponto por ponto. Os
projetores são dotados de lâmpadas de 12 000 lm, e estão montados ao nível do solo, distante 10 m da
fachada, estando apontados para os pontos T1 e T2. Não utilize software para resolver a questão e
explique todo o desenvolvimento da questão. (Valor da questão 2,0 pontos).

4. Faça o projeto de iluminação da pista em frente ao campus da UFCG. A pista a ser considerada deve
considerar as duas mãos, canteiro central e calçada. A iluminação deve ser feita do Posto Bodocongó
até o contorno ou rotatória. Para tanto, implemente um programa computacional e construa pelo menos
doze curvas isolux partindo da curva fotométrica (projetor) escolhida pelo grupo de aluno (não use a
curva fotométrica disponibilizada neste guia). Assim:
• Escolha a localização dos postes, as suas dimensões, etc.
• Escolha as lâmpadas e os projetores adequados para a utilização proposta, indicando, por
escrito, as suas referências, os seus fabricantes e a fonte da pesquisa.
• Escolha o número de postes e de pétalas por poste, o tamanho do braço de fixação da pétala e o
ângulo de instalação das pétalas devem ser escolhido para satisfazer as condições especificadas
nas normas técnicas da ABNT.
• Escolha as variáveis do programa como dados de entrada, como facilidades de modificações
sem necessidade de alterar o programa fonte. Utilize uma malha (grade) de 5 metros para obter
os valores do iluminamento.
Para que o professor possa realizar um teste de consistência dos dados é necessário que o programa
forneça as curvas isolux para um poste e uma pétala.
Indique no relatório qual ou quais os dados de entrada para que a condição acima seja satisfeita.
(Valor da questão 5,0 pontos).

OBS.: Use toda a sua criatividade para responder as questões, em especial os gráficos. A apresentação
do relatório é considerada na avaliação das questões.

16
5,00

10,00

Fig. 19 - Iluminação de uma Fachada por Projetores (Moreira, 1976).

Fig. 20 - Curva Fotométrica de um Projetor (Moreira, 1976).

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Bibliografia

Arruda, Paulo Ribeiro de - Iluminação e instalações elétricas (Domiciliares e Industriais). Livraria


Luso - Espanhola e Brasileira, 196X

Marco, Adolfo Di - Luz, Fotometria y Luminotecnia. Editorial Hispano Americana S. A., 1951

Moreira, Vinícius de Araújo - Iluminação e Fotometria teoria e aplicação. Editora Edgard Blücher
Ltda., 1976.
Moreira, Vinícius de Araújo - Iluminação Elétrica. Editora Edgard Blücher Ltda., 2001.

NBR 5382 – Verificação de Iluminância de Interiores – Procedimento, Abril/1985.

Observações importantes:
Formem grupos de trabalho com no máximo seis alunos para confeccionar o relatório. Um aluno,
de cada grupo, será sorteado e fará isoladamente a defesa pelo seu grupo. A nota da defesa vale
para todos os membros do grupo.
Para que o grupo aluno obtenha nota diferente de “Zero”, neste experimento, é necessário à
defesa do relatório. A nota do experimento será composta pela nota do relatório (50%) mais a
nota da defesa (50%).
Envie o relatório por meio eletrônico para o endereço: edson@dee.ufcg.edu.br.
Respeite o prazo da entrega do relatório. Não serão considerados relatórios entregues após a data
limite.
Os programas fontes fazem parte do relatório.
Os programas fontes devem ser também encaminhados na versão.m ou .for, conjuntamente como
relatório em .doc.
O grupo de alunos que não encaminhar os programas fonte como arquivos independentes terão a
questão reduzida em 20% do seu peso.
Relatórios iguais ou bem parecidos terão nota dividida pelo número de alunos que
compartilharam o relatório.

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Tabela 2 – Valores Medidos para o Iluminamento de um Projetor.

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