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ADRIANO TOLEDO TPM PDF
ADRIANO TOLEDO TPM PDF
ESCOLA DE MINAS – EM
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE CONTROLE E AUTOMAÇÃO E
TÉCNICAS FUNDAMENTAIS – DECAT
Ouro Preto
Escola de Minas - UFOP
Julho / 2005
III
IV
V
AGRADECIMENTOS
A Deus por me guiar sempre e me dar paciência para enfrentar toda esta
jornada pois foi disto que mais precisei.
Aos meus pais por me garantirem educação e dignidade para que pudesse ter
força e perspectivas nas minhas caminhadas.
A Renata por dedicar-se tanto a min e me cobrar o desenvolvimento deste
trabalho em momentos de desleixo.
Aos meus colegas formandos pelas experiências vividas e batalhas traçadas
com todos em busca dos nossos ideais e de melhorias para o curso. As batalhas foram
difíceis e infelizmente não sei se podemos dizer que vencemos, porém conseguimos deixar
o legado de que vale a pena lutar, pois apesar da derrota, fica a conquista da dignidade e do
ato civil de aluno e apesar da vitória sabemos de nossas grandes fraquezas e limitações.
Ao meu professor orientador João Esmeraldo da Silva por ter aceitado meu
convite apesar do atraso e por me deixar trabalhar da maneira como gosto.
Ao engenheiro Fernando Antônio Buchene por despertar meu interesse
pelo tema desta monografia.
À empresa Deca - CSII por permitir minha integração com a gestão MPT
estudando, aplicando, cobrando e sendo cobrado por todos os seus métodos de
implementação e utilização.
A Républica Bangalô, minha casa, por me disponibilizar todos os recursos
necessários para a formulação desta monografia e a todos aqueles que de algumas forma
contribuíram para a conclusão deste trabalho.
VI
"Atividades auxiliares referem-se ao trabalho que não agrega valor aos produtos, porém é
necessário para dar suporte ao trabalho efetivo. São atividades que apoiam as produtivas,
sendo indispensáveis. Manutenção, preparação de equipamentos, engenharia industrial,
PCP, etc, fazem parte desta categoria."
BORNIA, Antônio Cezar
SUMÁRIO
TLISTA DE FIGURAS .....................................................................................................VIII
T
LISTA DE TABELAS......................................................................................................... IX
LISTA DE SIGLAS...............................................................................................................X
GLOSSÀRIO ....................................................................................................................... XI
RESUMO............................................................................................................................ XII
ABSTRACT.......................................................................................................................XIII
1. INTRODUÇÃO ..........................................................................................................1
1.1 - O que é a MPT ........................................................................................................2
1.2 - Origem da MPT ......................................................................................................4
1.2.1 - MPT x Conceitos de Manutenção...................................................................7
1.3 - Objetivos da MPT...................................................................................................9
1.4 - Tendência no Brasil e no mundo quanto à MPT ..................................................10
1.5 - Objetivos do trabalho............................................................................................11
1.6 - Estruturação do trabalho .......................................................................................11
2- IMPLEMENTAÇÃO................................................................................................13
2.1 - Estrutura Organizacional para implantar a MPT ..................................................13
2.2 - Fase de Implementação da MPT...........................................................................14
2.2.1 - Pilares e Etapas da MPT ...............................................................................15
2.3 - Resultados Esperados ...........................................................................................22
3- GRANDES PERDAS ...............................................................................................23
3.1 - As grandes perdas nos equipamentos ...................................................................23
3.2 - Perdas crônicas .....................................................................................................25
3.2.1 - Conhecimento da existência da perda...........................................................25
3.2.2 - Desconhecimento da existência da perda .....................................................26
3.2.3 - Estrutura das causas que resultam em perdas crônicas.................................27
4- QUEBRAS E FALHA ZERO...................................................................................29
4.1 - As 5 medidas de combate para atingir a quebra zero ...........................................30
4.2 - As 4 fases para a conquista da quebra zero ..........................................................31
5- MANUTENÇÃO AUTÔNOMA..............................................................................33
5.1 - Implementação da manutenção autônoma............................................................36
5.2 - O papel da gerencia na manutenção autônoma.....................................................39
6- MELHORIAS INDIVIDUAIS NOS EQUIPAMENTOS ........................................41
7- MANUTENÇÃO PLANEJADA ..............................................................................43
8- SISTEMA MP – PREVENÇÃO DA MANUTENÇÃO ..........................................45
9- CONCLUSÕES ........................................................................................................47
10 - RECOMENDAÇÕES PARA TRABALHOS FUTUROS .......................................48
VIII
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE TABELAS
LISTA DE SIGLAS
GLOSSÀRIO
Lead Time – tempo que decorre entre a liberação de uma ordem (de compra ou produção) e
o momento a partir do qual o material referente à ordem está pronto e disponível para uso.
XII
RESUMO
ABSTRACT
1. INTRODUÇÃO
Para atender aos interesses de todos os setores que envolvem uma empresa
que são: os clientes, os acionistas, os empregados, os fornecedores e a sociedade, o meio
mais viável é aumentar a produtividade.
A concorrência cada vez mais acirrada alterou a relação de Custo, Lucro e
Preço passando-a de: Custo Operacional + Lucro = Preço para Preço – Lucro = Custo
Operacional fator esse causado pela inversão da ordem do mercado que antes era
comandado pelos acionistas que, desejando o Lucro, aumentavam o Preço e os clientes
tinham que aceitar. Hoje, o mercado, no caso o cliente, é que dita o Preço dos produtos
devido ao aumento da concorrência.
Portanto, para se reduzir os custos deve-se reduzir ou eliminar as perdas do
Custo Operacional que possui a seguinte estrutura:
Custo Operacional =
Mão de Obra (inclusive as perdas)
Matéria Prima (inclusive as perdas)
Insumos (inclusive as perdas)
∑ Conservação das Máquinas (inclusive as perdas)
Processo (inclusive as perdas)
Refugos (perdas)
Custos Financeiros (perdas)
Custos de Incompetência (administrativos, gerenciais, conhecimentos, etc.)
Nota-se nesta equação diversos focos de perdas que poderiam ser reduzidos
se tivesse uma melhor preocupação com os processos operacionais desde o correto
dimensionamento dos fluxos de entrada e saída como treinamentos adequados e específicos
para cada nível da produção (operacional e gerenciamento).
2
empresas procuram criar um ambiente de trabalho mais estimulante obtendo maior respeito
humano.
No parâmetro das aptidões técnicas é importante ressaltar sua importância
mesmo dentro da nova cultura industrial. Os valores concebidos aos funcionários ganharam
maiores destaques e também com os avanços dos estudos na área de recursos humanos foi
possível visualizar uma separação dos enfoques direcionados aos operadores dividindo as
metodologias de educação operacional em bases direcionadas especificamente para cada
tipo de situação como aquela em que o funcionário deseja crescimento profissional, estudos
para realização de tarefas especificas que serão utilizadas a longo prazo, aprimoramento de
conhecimentos gerais e aperfeiçoamento em campos genéricos. Quintas (1987, apud
Nascimento, 2002) afirma que a implantação da MPT traz vantagens para os funcionários,
pois oferece treinamentos e valoriza suas opiniões. Por isso que Neponuceno (1989, apud
Nascimento, 2002) citou o elemento humano como sendo o principal fator da implantação
da MPT.
Essa visão direcionada foi um salto muito importante da MPT que auxiliou a
quebra de alguns paradigmas dos sistemas de gerenciamento de pessoal. Isto porque tirou a
responsabilidade apenas do operário nas realizações das tarefas e embutiu uma grande
parcela na gerencia e empresa como um todo mostrando a importância de um correto
treinamento, discriminação e padronização das atividades pertinentes a cada função.
Através da criação destes procedimentos é possível também reduzir as falhas oriundas do
modo de execução pessoal de cada tarefa e a implantação de alguns valores como o da
manutenção produtiva já no requisito básico para a realização da tarefa em questão.
grande porte com produção seriada (auto-peças e montadoras) mas rapidamente se estendeu
a todo tipo de indústria de pequeno, médio e grande porte, de produção seriada e processo
contínuo.
Segundo Suzuki (1994, apud Sena, 2002)
[...] O TPM surgiu e se desenvolveu inicialmente na indústria de
automóvel e rapidamente passou a formar parte da cultura corporativa de
Empresas tais como Toyota, Nissan, e Mazda, e seus fornecedores e
filiais. Foi introduzido posteriormente em outras indústrias como
eletrodomésticos, microeletrônicas, máquinas, ferramentas, plásticos,
fotografia, etc. Inicialmente, as atividades de TPM se limitaram aos
departamentos diretamente relacionados com os equipamentos. Sem
embargo, atualmente os departamentos administrativos e de apoio, de vez
que apóiam ativamente ao TPM na produção, o aplicam também para
melhorar a eficácia de suas próprias atividades.
Vale lembrar que na meta da MPT, bem como na sua utilização, não pode
ocorrer no processo somente atuações em reparos e restauração, o que subtende-se uma
manutenção corretiva, mas sim atitudes nas áreas de desenvolvimento de novos acessórios,
melhoria da produtividade, qualidade, gerenciamento e redução de custos. Para tal têm-se
os planos direcionados exclusivamente para cada equipamento dentro de cada um dos
pontos ressaltados acima. Equipes diferentes são formadas para tratar de cada tema
separadamente. O ponto fundamental na implementação das metas da MPT é sua ligação às
atividades da fábrica e a geração de resultados à luz dos planos da empresa e dos
departamentos, para melhoria da produtividade geral e das metas anuais de redução dos
custos da fábrica.
Ainda dentro das metas da MPT, outro aspecto relevante é sua correta
definição pelos gerentes que devem estar em comum acordo com cada um de seus itens
além, é claro, de estarem determinados a se dedicarem na busca de cada uma delas. Cada
meta atingida deve fazer parte de uma etapa programada dentro do plano gestor que tem
por objetivo final a obtenção da quebra zero e do zero defeito. Reuniões e debates
periódicos são importantes principalmente no inicio da implementação.
2- IMPLEMENTAÇÃO
2- Treinamento inicial
8- Projeto MP
9- Manutenção da Qualidade
Implementação
3- GRANDES PERDAS
Perdas por paradas temporárias: não se trata de uma quebra, trata-se de uma
interrupção momentânea ocasionada por um problema qualquer. Em geral são
situações que basta um reset para dar continuidade à operação, o que porém exige
uma intervenção humana com a parada de produção, durante entupimento do
sistema de alimentação, sobrecarga temporária ocasionando o desligamento do relé
térmico do motor ou ainda a detecção de peça defeituosa (por um sensor) parando a
produção e evitando a propagação do defeito.
Perda por queda de velocidade: refere-se a diferença entre a velocidade nominal do
equipamento e sua velocidade real. Alguns fenômenos obrigam a trabalhar a uma
velocidade menor, levando à perda resultante de queda de velocidade de operação.
Exemplos: deficiência de refrigeração obrigar reduzir a velocidade de operação em
20% durante os dias quentes, devido a folgas e por isso, deve-se operar a uma
velocidade inferior à nominal e devido a problemas de equipamento deve-se operar
a uma velocidade reduzida para conseguir a qualidade exigida.
Perdas por produtos defeituosos e retrabalhos: todas as operações relativas a
retrabalho e a eliminação dos produtos defeituosos constituem perdas ou melhor,
tudo que é feito além do previsto (programado) constitui perda.
Perda por entrada em regime e queda de rendimento: são as perdas devido ao atraso
da estabilização do processo causado pela instabilidade da própria operação,
deficiência dos gabaritos, moldes ou ferramentas, falta de matéria-prima e pelas
variáveis do processo como temperatura e pressão.
Nakagima (1996, apud Nascimento, 2002) considera existir apenas 07
grandes perdas que seriam os seis grupos descritos anteriormente somando ainda a perda
por substituição de ferramentas e peças das máquinas que se desgastam ao longo da
produção e que elas podem ser agrupadas em apenas três conjuntos: perda por parada
acidental; perda por queda da velocidade operacional e perda por produtos defeituosos.
Além destas perdas nos equipamentos ainda têm-se as perdas específicas
para casos onde o processo é continuo. Como exemplo têm-se a perda por manutenção
programada, ajustes na produção, problemas e defeito no processo e perdas normais e
anormais de produção.
25
Nos estudos realizados para obtenção da quebra zero ficou claro que as
quebras são resultantes do manuseio errado imposto pelo próprio homem e por sua
incompetência em detectar previamente os defeitos ou causas que influem na degeneração.
Então este deve ser sem dúvida, o foco de atuação principal na busca da quebra zero. Esta
atuação pode ser feita através da conscientização do funcionário objetivando uma mudança
de comportamento e melhoria da sua capacitação profissional mostrando-lhe que é possível
se obter a quebra zero de um equipamento.
5- MANUTENÇÃO AUTÔNOMA
ATIVIDADES DA
ÁREA DE OPERAÇÃO
• Registrar os
dados sobre
anormalidades
Estes passos são subseqüentes, ou seja, só deve passar para o passo seguinte
se o anterior já tiver sido solucionado. Porém isso não implica em dizer que o passo
anterior deve ser esquecido mas sim que ele deve estar sempre completo para que o passo
atual tenha condições de obter sucesso.
Os passos 1,2 e 3 auxiliam na eliminação da deterioração acelerada enquanto
os passos 4 e 5 são responsáveis pela eliminação das quebras. Já os passos 6 e 7 ficam por
conta da eliminação dos defeitos. Para tal, é importante que os operadores se
responsabilizem pela execução das suas próprias manutenções autônomas, organizando a
sua área de trabalho e implantando controles visuais para uma administração mais eficaz de
sua área. Por último, o oitavo passo é responsável por encaixar todas as tarefas do operador
dentro da filosofia de lucratividade da empresa graças ao nível de gerenciamento alcançado
através do controle total conquistado por um operador realmente autônomo.
A figura 5.3 mostra um breve resumo da manutenção autônoma.
39
Até este ponto só foi discutido o papel dos operadores dentro de todo a MPT
e principalmente dentro da manutenção autônoma porém a participação ativa dos gerentes é
indispensável e crucial para a obtenção do sucesso na MPT. O gerente é o responsável por
40
7- MANUTENÇÃO PLANEJADA
melhorias para obter um equipamento sem quebras e falhas. A figura 7.1 ilustra as funções
de cada setor.
9- CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS