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DIREITO CIVIL – TEORIA E EXERCÍCIOS P/

AUDITOR FISCAL DA RECEITA FEDERAL - AFEF e


AUDITOR FISCAL DO TRABALHO - AFT

Prezado aluno, tendo em vista que o edital da Receita Federal


contemplou na disciplina Direito Civil, as matérias BENS e
OBRIGAÇÕES, vou incluir mais duas aulas de modo a cobrir todo o
conteúdo do mesmo. Hoje veremos os BENS e, posteriormente as
OBRIGAÇÕES. Estou preparando as questões da ESAF referente aos
assuntos. Como você está indo nos estudos? Bem, então vamos
iniciar a unidade de hoje. Nos estudos!

BENS

CONCEITO: BEM é tudo o que pode proporcionar utilidade aos


homens. Diferencia da “coisa”. Coisas são os bens apropriáveis pelo
homem. Coisa é tudo o que quanto existe na natureza, exceto a
pessoa, mas como bem só é considerada aquela coisa que existe
proporcionando ao homem uma utilidade, porém com o requisito
essencial de lhe ficar suscetível de apropriação.

Assim, todos os bens são coisas, mas nem todas as coisas são bens.
O sol, o mar, a lua são coisas, mas não são bens, porque não podem
ser apropriados pelo homem.

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AS DIFERENTES CLASSES DE BENS

Os bens são classificados em três diferentes categorias:

DOS BENS CONSIDERADOS EM SI MESMOS

 Por natureza
 Por acessão natural
Imóveis
 Por acessão artificial
 Para os efeitos legais

 Semoventes
 Propriamente ditos
 Por antecipação
Móveis
 Para os efeitos
legais

Dos Bens considerados


em si mesmos Fungíveis

Infungíveis

Consumíveis

Inconsumíveis

Divisíveis

Indivisíveis

Singulares

Coletivos

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DOS BENS CONSIDERADOS EM SI MESMOS

Dos Bens Imóveis

Art. 79. São bens imóveis o solo e tudo quanto se lhe incorporar
natural ou artificialmente.

Art. 80. Consideram-se imóveis para os efeitos legais:

I - os direitos reais sobre imóveis e as ações que os asseguram;

II - o direito à sucessão aberta.

Art. 81. Não perdem o caráter de imóveis:

I - as edificações que, separadas do solo, mas conservando a sua


unidade, forem removidas para outro local;

II - os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele


se reempregarem.

BENS IMÓVEIS

Bens imóveis por natureza (art. 79, I): o solo.

Bens imóveis por acessão natural (art. 79, I): tudo quanto se
incorporar naturalmente ao solo: uma semente que cai do bico do
pássaro, vindo a nascer uma árvore. A árvore é bem imóvel por
acessão natural

Bens imóveis por acessão artificial (art. 79, I): tudo quanto se
incorporar artificialmente ao solo: o home lança a semente na terra,
vindo a nascer uma árvore.

CUIDADO! NÃO MAIS EXISTE A CLASSIFICAÇÃO DOS BENS IMOVEIS


POR ACESSÃO INTELECTUAIS. Atualmente estes se transformaram
nas pertenças (bens móveis).

Bens imóveis para os efeitos legais (art. 80): consideram-se


imóveis para os efeitos legais:

a) os direitos reais sobre imóveis e as ações que os


asseguram;

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b) o direito à sucessão aberta;

NÃO PERDEM O CARATER DE IMOVEIS (continuam sendo imóveis):


 as edificações que, separadas do solo, mas conservando a
sua unidade, forem removidas para outro local; exemplo:
casa de madeira.
 os materiais provisoriamente separados de um prédio,
para nele se reempregarem. Exemplo: tijolos provenientes
da derrubada de uma parede para serem reempregados
novamente no imóvel. Note que normalmente os tijolos são
bens móveis, porém como estão apenas separados
provisoriamente do imóvel, a lei atribuiu a ele deu a categoria
de bens imóveis para os efeitos legais.

Dos Bens Móveis

Art. 82. São móveis os bens suscetíveis de movimento próprio, ou de


remoção por força alheia, sem alteração da substância ou da
destinação econômico-social.

Art. 83. Consideram-se móveis para os efeitos legais:

I - as energias que tenham valor econômico;

II - os direitos reais sobre objetos móveis e as ações


correspondentes;

III - os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações.

Art. 84. Os materiais destinados a alguma construção, enquanto não


forem empregados, conservam sua qualidade de móveis; readquirem
essa qualidade os provenientes da demolição de algum prédio.

Bens móveis Semoventes: São móveis os bens suscetíveis de


movimento próprio: animais.

Bens móveis propriamente ditos: os de remoção por força alheia,


sem alteração da substância ou da destinação econômico-social:
mesa, cadeira, etc. São os móveis em geral.

Bens móveis por antecipação: exemplo: o homem planta a árvore


no solo = imóvel por acessão artificial. Caso o homem plante a árvore
com a intenção de transformá-la em madeira = móvel por

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antecipação. Antecipadamente o homem intencionalmente já havia


dado a destinação de transformá-la em móveis.

Bens móveis para os efeitos legais:


 as energias que tenham valor econômico;
 os direitos reais sobre objetos móveis e as ações
correspondentes;
 os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações;

CONSERVAM SUA QUALIDADE DE MÓVEIS:


 os materiais destinados a alguma construção, enquanto não
forem empregados, conservam sua qualidade de móveis;
 readquirem essa qualidade os provenientes da demolição de
algum prédio.

Dos Bens Fungíveis e Consumíveis

Art. 85. São fungíveis os móveis que podem substituir-se por outros
da mesma espécie, qualidade e quantidade.

Art. 86. São consumíveis os bens móveis cujo uso importa destruição
imediata da própria substância, sendo também considerados tais os
destinados à alienação.

Dos Bens Divisíveis

Art. 87. Bens divisíveis são os que se podem fracionar sem alteração
na sua substância, diminuição considerável de valor, ou prejuízo do
uso a que se destinam.

Art. 88. Os bens naturalmente divisíveis podem tornar-se indivisíveis


por determinação da lei ou por vontade das partes.

Dos Bens Singulares e Coletivos

Art. 89. São singulares os bens que, embora reunidos, se consideram


de per si, independentemente dos demais.

Art. 90. Constitui universalidade de fato a pluralidade de bens


singulares que, pertinentes à mesma pessoa, tenham destinação
unitária.

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Parágrafo único. Os bens que formam essa universalidade podem ser


objeto de relações jurídicas próprias.

Art. 91. Constitui universalidade de direito o complexo de relações


jurídicas, de uma pessoa, dotadas de valor econômico.

BENS FUNGÍVEIS: São fungíveis os MOVEIS que podem


SUBSTITUIR-SE por outros da mesma espécie, qualidade e
quantidade. Exs: gêneros alimentícios, dinheiro, gasolina, etc. Os
infungíveis não podem se substituir.

BENS INFUNGÍVEIS: São os bens individualizados e especificados


estritamente, sendo insubstituíveis mesmo que por outros de idêntica
qualidade e quantidade.
Ex. obra de arte, um relógio ou qualquer outro objeto individualizado
e especificado, etc.

BENS CONSUMÍVEIS: São consumíveis os bens móveis cujo USO


importa destruição imediata da própria substância, sendo
também considerados tais os destinados à alienação. Exs: alimentos,
batom, etc.

BENS INCONSUMÍVEIS: São os bens duráveis, isto é, não são


destruídos logo com o uso; possuem uma durabilidade longa,
principalmente. Ex. veículos, livros, etc.

BENS DETERIORÁVEIS: São os bens de durabilidade média, ou


seja, não duram tanto quanto um bem inconsumível (automóvel),
mas também não são destruídos de imediato com o uso, como
acontece com os bens consumíveis (alimentos), estão no meio termo.
Ex. roupas, sapatos, etc.

BENS DIVISÍVEIS: Bens divisíveis são os que se podem fracionar


sem alteração na sua substância, diminuição considerável de
valor, ou prejuízo do uso a que se destinam. Ex. Um quilo de
feijão, se for repartido em dois, formará meio quilo de trigo em cada
uma.

Os bens naturalmente divisíveis podem tornar-se indivisíveis por


determinação da lei ou por vontade das partes. Exemplo: um anel
valioso, por exemplo, com 50 diamantes, deixado de herança para
cinco irmãs pode se tornar indivisível por vontade da parte que assim
dispôs. Nesse caso terá que ser vendido e o dinheiro dividido entre as
mesmas.

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BENS INDIVISÍVEIS: Bens indivisíveis são os que não podem ser


objetos de divisão. Ex. Um animal vivo (cavalo de raça), um quadro
de arte, etc.

BENS SINGULARES: São singulares os bens que, embora reunidos,


se consideram de per si, independentemente dos demais. Ex.: folha
de papel, vaca leiteira, crédito (imaterial), etc.

BENS COLETIVOS: São os bens reunidos e que formam um


conjunto (UNIVERSALIDADES) que passa a ter individualidade.

Constitui universalidade de fato a pluralidade de bens singulares


que, pertinentes à mesma pessoa, tenham destinação unitária:
biblioteca, estabelecimento comercial, rebanho. Na universalidade de
fato, os bens individuais estão formando um único bem por vontade
do titular, proprietário.

Os bens que formam essa universalidade podem ser objeto de


relações jurídicas próprias.

Constitui universalidade de direito o complexo de relações


jurídicas, de uma pessoa, dotadas de valor econômico: massa falida,
herança. Na universalidade de direito os bens individuais formam um
único bem por determinação da lei (legal).

Um bem pode ser classificado em mais de uma condição. Ex: PIANO


VALIOSO: constitui um bem infungível, inconsumível e indivisível.

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DOS BENS RECIPROCAMENTE CONSIDERADOS

Principais

 Pendentes
 Estantes
Frutos  Percipiendos
 Consumidos
Dos Bens
Reciprocamente
Considerados

Acessórios
Produtos

Pertenças

 Úteis
Benfeitorias  Necessárias
 Voluptuárias

Dos Bens Reciprocamente Considerados

Art. 92. Principal é o bem que existe sobre si, abstrata ou


concretamente; acessório, aquele cuja existência supõe a do
principal.

Art. 93. São pertenças os bens que, não constituindo partes


integrantes, se destinam, de modo duradouro, ao uso, ao serviço ou
ao aformoseamento de outro.
Art. 94. Os negócios jurídicos que dizem respeito ao bem
principal não abrangem as pertenças, salvo se o contrário resultar da
lei, da manifestação de vontade, ou das circunstâncias do caso.

Art. 95. Apesar de ainda não separados do bem principal, os frutos e


produtos podem ser objeto de negócio jurídico.

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Art. 96. As benfeitorias podem ser voluptuárias, úteis ou necessárias.

§ 1o São voluptuárias as de mero deleite ou recreio, que não


aumentam o uso habitual do bem, ainda que o tornem mais
agradável ou sejam de elevado valor.

§ 2o São úteis as que aumentam ou facilitam o uso do bem.

§ 3o São necessárias as que têm por fim conservar o bem ou evitar


que se deteriore.

Art. 97. Não se consideram benfeitorias os melhoramentos ou


acréscimos sobrevindos ao bem sem a intervenção do proprietário,
possuidor ou detentor.

Principal é o bem que existe sobre si, abstrata ou concretamente;


EXISTE POR SI SÓ, NÃO DEPENDE DE OUTRO BEM PARA EXISTIR;
uma casa para existir depende do terreno; acessório, aquele cuja
existência supõe a do principal.

PERTENÇAS: são os bens MÓVEIS (mesa, cadeira, cama) que, não


constituindo partes integrantes (não integram o imóvel que é
o bem principal), se destinam, de modo duradouro, ao uso, ao
serviço ou ao aformoseamento (embelezamento) de outro.

Os negócios jurídicos (p. ex., contrato de compra do imóvel) que


dizem respeito ao bem principal (imóvel) não abrangem as pertenças
(os móveis), salvo se o contrário resultar da lei, da manifestação de
vontade, ou das circunstâncias do caso.

FRUTOS E PRODUTOS: Apesar de ainda não separados do bem


principal, os frutos e produtos podem ser objeto de negócio jurídico.
FRUTOS: são as utilidades reproduzidas periodicamente: bens que se
reproduzem naturalmente: crias de animais, frutas de árvores.

Três espécies de frutos:


 Naturais: frutos de árvores e crias de animais.
 Artificiais ou industriais: produzidos pelo home: laticínios.
 Civis: resultam de uma relação de direito. São os rendimentos
de uma coisa frutífera: aluguéis, juros.

Os frutos podem ser:


 Pendentes: ainda não separados do bem principal.

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 Estantes (percebidos): separados e armazenados.


 Percipiendos: já poderiam ter sido separados (colhido), mas
não o foram ainda.
 Colhidos (percebidos): já consumidos.

PRODUTOS: São as utilidades retiradas de outra, diminuindo-lhe a


quantidades. São os bens esgotáveis: pedras e metais preciosos.

BENFEITORIAS: São obras feitas pelo home, com a intervenção


humana. Se não houver intervenção humana não se considera
benfeitorias.

As benfeitorias podem ser voluptuárias, úteis ou necessárias:

Voluptuárias: São voluptuárias as de mero deleite ou recreio, que não


aumentam o uso habitual do bem, ainda que o tornem mais
agradável ou sejam de elevado valor. Ex: piscina, sauna.

São úteis as que aumentam ou facilitam o uso do bem. Construção de


um quarto, garagem.

São necessárias as que têm por fim conservar o bem ou evitar que se
deteriore. Conserto na parede rachada.

Não se consideram benfeitorias os melhoramentos ou acréscimos


sobrevindos ao bem sem a intervenção do proprietário, possuidor ou
detentor.

DOS BENS QUANTO AS PESSOAS

De Uso Comum
do povo
Inalienáveis
De Uso
PÚBLICOS
Especial Imprescritíveis

BENS
Dominical ou
Alienáveis
Dominial

PRIVADOS

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DOS BENS PÚBLICOS

Art. 98. São públicos os bens do domínio nacional pertencentes às


pessoas jurídicas de direito público interno; todos os outros são
particulares, seja qual for a pessoa a que pertencerem.

Art. 99. São bens públicos:

I - os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e


praças;

II - os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a


serviço ou estabelecimento da administração federal, estadual,
territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias;

III - os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas


de direito público, como objeto de direito pessoal, ou real, de cada
uma dessas entidades.

Parágrafo único. Não dispondo a lei em contrário, consideram-se


dominicais os bens pertencentes às pessoas jurídicas de direito
público a que se tenha dado estrutura de direito privado.

Art. 100. Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso


especial são inalienáveis, enquanto conservarem a sua qualificação,
na forma que a lei determinar.

Art. 101. Os bens públicos dominicais podem ser alienados,


observadas as exigências da lei.

Art. 102. Os bens públicos não estão sujeitos a usucapião.

Art. 103. O uso comum dos bens públicos pode ser gratuito ou
retribuído, conforme for estabelecido legalmente pela entidade a cuja
administração pertencerem.

São públicos os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas


jurídicas de direito público interno; todos os outros são particulares,
seja qual for a pessoa a que pertencerem.

TODOS os bens públicos não estão sujeitos a usucapião (são


imprescritíveis) e o seu uso pode ser gratuito ou retribuído, conforme

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for estabelecido legalmente pela entidade a cuja administração


pertencerem.

São bens públicos:

Bens de uso comum do povo: são os de uso geral por toda a


coletividade: tais como rios, mares, estradas, ruas e praças. Os
bens públicos de uso comum do povo são inalienáveis
(intransferíveis), enquanto conservarem a sua qualificação, na
forma que a lei determinar.

Bens de uso especial: são os edifícios ou terrenos destinados


(afetados) a serviço ou estabelecimento da administração
federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas
autarquias. Os bens de uso especial são inalienáveis, enquanto
conservarem a sua qualificação, na forma que a lei determinar.

Bens dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas


jurídicas de direito público, como objeto de direito pessoal, ou
real, de cada uma dessas entidades. São os bens desafetados (não
possuem destinação. Ex: terras devolutas. Em regra são alienáveis.

Não dispondo a lei em contrário, consideram-se dominicais os bens


pertencentes às pessoas jurídicas de direito público a que se tenha
dado estrutura de direito privado.

Os bens públicos dominicais podem ser alienados, observadas as


exigências da lei.

OUTRAS CLASSIFICAÇÕES DE BENS

BEM DE FAMÍLIA: Podem os cônjuges, ou a entidade familiar,


mediante escritura pública ou testamento, destinar parte de seu
patrimônio para instituir bem de família, desde que não ultrapasse
um terço do patrimônio líquido existente ao tempo da instituição,
mantidas as regras sobre a impenhorabilidade do imóvel residencial
estabelecida em lei especial.

O bem de família, segundo o Código Civil, consistirá em prédio


residencial urbano ou rural, com suas pertenças e acessórios,
destinando-se em ambos os casos a domicílio familiar, e poderá
abranger valores mobiliários, cuja renda será aplicada na
conservação do imóvel e no sustento da família.

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BENS EXCLUSIVOS: São os bens obtidos com o trabalho rentável,


único e exclusivo de um dos consortes.

BENS EREPTÍCIOS: São os bens que deveriam ser herdados pelo


herdeiro declarado indigno e tais bens devem retornar ao espólio
para a partilha entre os demais herdeiros. A exclusão do herdeiro ou
legatário, em qualquer dos casos de indignidade, estabelecidos em
lei, será declarada por sentença.

BENS PROFECTÍCIOS: São os bens que fazem parte do dote


constituído pelo pai, mãe, ou qualquer ascendente.

BENS ADVENTÍCIOS: São os bens cuja aquisição se dá por herança


não advinda diretamente de um ascendente, pode ser um legado
feito em testamento a favor de uma pessoa não pertencente à família
do testador ou ainda uma sucessão colateral. Assim diferem dos bens
profectícios.

Postarei no site as questões – provas da ESAF - referentes a esta


aula.

Abraços,

Prof. Márcia Albuquerque

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