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mulheres.
Objetivos de aprendizagem
1 NORMATIVAS INTERNACIONAIS
2 NORMATIVAS NACIONAIS
Art. 24-A. Descumprir decisão judicial que defere medidas protetivas de urgência
previstas nesta Lei:
Como congruência das políticas públicas que surgiram para a devida funcionalidade
da Lei n. 11.340/2006, bem como das demais normativas citadas, foi publicada
a Resolução n. 1, de 16/01/2014, que tornou possível a criação da Comissão
Permanente Mista de Combate à Violência contra a Mulher do Congresso Nacional.
1. NORMATIVAS DE COMBATE À VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR ADOTADAS NO BRASIL
1. Valorar toda ação violenta como ilícito em si mesma, sem que se requeira
reiteração da conduta para que esta seja considerada penalmente reprovável,
e catalogar o descumprimento de medida protetiva de urgência ou cautelar,
para os devidos fins de possível decreto preventivo (art. 313, III, do CPP),
bem como as interdições temporárias na sentença, nos termos legalmente
permitidos (art. 387, V, do CPP);
O registro deverá conter o exato histórico dos registros dos atos de violência do-
méstica e familiar contra a mulher, ou avisos de violência (dando-se seguimento
aos referidos processos), de modo que se identifique o caminho necessário para
análise dos riscos e das possíveis situações de exposição da vítima.
Saiba mais!
A avaliação dos riscos deverá ser procedida por agentes com expertise na
temática da violência de gênero e das intercorrências da violência doméstica e
familiar, como os serviços de apoio psicossocial e de saúde coletiva.
Saiba mais!
“Esta ideia é retomada sob o conceito de ‘crimes de ódio’ ou o fato de que se tra-
te de um ‘crime moral’, ou seja, que é geralmente realizado sem obter nenhuma
recompensa material em troca, diferentemente do que acontece nos crimes ins-
trumentais, como nos roubos ou no narcotráfico. Nos crimes morais, o agressor
se sente recompensado por uma espécie de vitória, que supõe impor sua posição
acima da vida da mulher assassinada. A maior ou menor ira, raiva e violência
que utiliza na conduta criminosa são uma consequência dessas ideias que ele foi
desenvolvendo no cometimento do crime, mais do que o produto de uma reação
emocional, como se tentou tradicionalmente justificar mediante a ideia de ‘crime
passional’. Apesar da carga emocional presente em muitos dos feminicídios, o
agressor demonstra controle na forma em que leva a cabo o crime e nos atos
posteriores ao mesmo.”
(ONU Mulheres, 2014).
Dever de prevenção
do Estado brasileiro
Eliminação de leis e
Marco jurídico interno Desenvolvimento
práticas baseadas em
e políticas públicas de medidas de
estereótipos de gênero
para fortalecimento do investigação, sanção
(discriminação e
sistema de justiça e reparação
violência)
Saiba mais!
Outros destaques dessas diretrizes nacionais, com ênfase na situação do Fe-
minicídio, podem ser consultados na Secretaria de Políticas para Mulheres,
do Governo Federal.
Vamos analisar, agora, algumas das interpretações feitas pelos tribunais superiores
a respeito dos casos de violência contra a mulher.
A ministra Rosa Weber disse que a Lei Maria da Penha “inaugurou uma nova fase
de ações afirmativas em favor da mulher na sociedade brasileira”.
3. O QUE DIZEM AS JURISPRUDÊNCIAS
No mesmo sentido, o ministro Luiz Fux disse que a lei está em consonância com
a proteção que cabe ao Estado dar a cada membro da família, nos termos do
parágrafo 8º do artigo 226 da Constituição Federal.
Ministério Público tem legitimidade para deflagrar ação penal contra o agressor
sem necessidade de representação da vítima. Também na ocasião, os ministros
entenderam que não se aplica a Lei 9.099/1995, dos Juizados Especiais, aos crimes
abrangidos pela Lei Maria da Penha.
Já o ministro Luiz Fux cassou decisão do juízo da Vara Criminal da Comarca de Limeira
(SP) que havia extinto a punibilidade do acusado de ter agredido a própria mãe,
em razão de renúncia à representação por parte da vítima. Ao julgar procedente a
Reclamação (RCL) 18391, o relator garantiu ao Ministério Público do Estado de São
Paulo o direito de prosseguir com a ação penal contra o suposto agressor. Segundo
Fux, “há perfeita aderência entre o ato reclamado e os acórdãos paradigmas, posto
que o Plenário do STF conferiu expressamente, com efeito erga omnes e vinculante,
interpretação conforme a Constituição à Lei Maria da Penha”.
3. O QUE DIZEM AS JURISPRUDÊNCIAS
STJ. 6ª Turma. HC 433.898-RS, Rel. Min. Nefi Cordeiro, julgado em 24/04/2018 (Info
625). Para o STJ, o feminicídio é uma qualificadora de ordem objetiva ( incide sem-
pre que houver crime envolvendo violência doméstica e familiar ou menosprezo/
discriminação à condição de mulher). Já o motivo torpe possui natureza subjetiva,
de modo que necessário conhecer os motivos que levaram o acusado a cometer o
delito.
6. Súmulas do STJ
1 Súmula 536
2 Súmula 542
3 Súmula 588
4 Súmula 589
5 Súmula 600
Saiba mais!
Decisão de mérito dos RESP 1643051 e RESP 1675874 representativos do
Tema 983 do STJ. Confira a descrição e a tese firmada:
Para finalizar, vamos refletir sobre alguns casos judiciais recentes e emblemáticos
na evidência de circunstâncias judiciais que reforçam a ocorrência da violência
de gênero contra as mulheres e que demonstram, por vezes, a apropriação,
desconsideração e desqualificação das vítimas.
Acesse o tópico “Materiais para impressão” na página do curso para fazer a leitura
dos textos indicados abaixo:
Revisão
Vamos revisar o que estudamos até o momento?