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GRUPO DE ESTUDO
Allan Kardec
Apostila elaborada por Rudymara de Paula de Taubaté-SP
ABORTO NA VISÃO ESPÍRITA
Nós espíritas, acreditamos que a partir do momento em que o óvulo é fecundado pelo
espermatozóide, surgindo o embrião, inicia-se uma reencarnação, ou seja, um Espírito é ligado
ao organismo em desenvolvimento, com a supervisão de técnicos da Espiritualidade. Então, a
sexualidade deveria ser exercida com responsabilidade. Porque, para nós, o aborto provocado
é sempre um crime contra a vida, e dos mais lamentáveis, mesmo no caso de fetos defeituosos
(ex.: os anencéfalos).
QUE FAZER QUANDO A VIDA DA MÃE ESTÁ EM JOGO? Há exceção quando se trata de
aborto terapêutico, cujo objetivo é salvar a vida da mulher-mãe, porque sendo ela poupada,
outra oportunidade terá.
E O ABORTO CLANDESTINO? Querem justificar dizendo que, quando o aborto for legalizado,
a onda de crimes se fará muito menor. Quem pensa assim, está equivocado. Em países onde o
aborto foi legalizado, as estatísticas demonstram a continuidade do aborto clandestino, pondo-
se em risco a vida da mulher.
E O LIVRE ARBÍTRIO DA MULHER? Há quem defenda o livre arbítrio da mulher. Mas, quem
defende o livre arbítrio do feto? O aborto, como o suicídio, é um dos maiores crimes que se
podem perpetrar, porquanto a vítima do aborto não tem oportunidade de defesa. Já a gravidez
pode ser prevenida. Abortar para fugir da responsabilidade, geralmente livremente aceita,
nunca! O sexo deve ser exercido com responsabilidade, é natural se arque com as
conseqüências. No caso, o filho. A mulher deveria considerar que o filho que está a caminho,
sejam quais forem as circunstâncias em que venha ao mundo, ainda que represente para ela
sacrifícios e lutas, é alguém enviado por Deus para oferecer-lhe a mais elevada de todas as
funções, a mais nobre de todas as missões. As mulheres são COLABORADORAS DO
CRIADOR NA OBRA DA CRIAÇÃO. Muitas mulheres gritam: "o corpo é meu". Mas,
aprendemos que, o corpo não é dela, se fosse dela ela levaria após a morte física. O corpo é
um empréstimo de Deus para que façamos bom uso na finalidade da nossa encarnação que é:
EVOLUIR.
RUDYMARA
ABORTAMENTO ESPONTÂNEO
Por que, para certas mulheres que desejam muito ser mães,
ocorrem abortamentos espontâneos?
O que acontece, nesses casos, ao Espírito que se preparava
para reencarnar naquele corpo que estava em formação?
Uma senhora narrou, ao jornal italiano L´aurora uma
experiência muito interessante.
Ela estava grávida e feliz. Estava no quarto mês de gestação.
Os exames preliminares lhe haviam anunciado o sexo da criança:
seria um menino, e ela se apressara a começar chamá-lo de André.
Então, uma noite, ela sonhou que estava deitada em um leito
de hospital, sem apresentar o ventre desenvolvido, próprio da
gravidez.
Estranhou, pois não conseguia entender o que acontecera.
Levantou-se e foi até a janela do quarto. Um jardim se descortinava
abaixo e nele um garotinho lhe sorria e a saudava com sua
mãozinha.
Ela o olhou e lhe disse:
Até breve, meu tesouro. O nosso é somente um até breve, não
um adeus.
Despertando, poucas horas depois, Giovanna precisou ser
encaminhada ao Hospital da localidade, sob ameaça de um
abortamento.
A médica, auxiliada por sua equipe, se esforçou ao máximo,
sem conseguir evitar o abortamento espontâneo.
Uma grande tristeza invadiu aquele coração materno, ansioso
pelo nascimento de mais um filho.
Desalentada e triste, chorou até se esgotarem as lágrimas. E o
sonho da noite anterior então teve sentido para si: seu filhinho viera
se despedir. E ela se despedira dele.
Fora o anúncio da tristeza que estava a caminho e que invadiria
aquele coração feminino.
Talvez, mais tarde, em um outro momento, ele pudesse
retornar, em nova tentativa gestacional. Mesmo porque, conforme o
sonho, fora uma despedida temporária.
* * *
Fácil entender que é assim justamente que nós, os espíritos eternos, atendendo
aos impositivos do progresso, nos revezamos na arena do mundo, ora
envergando a posição de pais, ora desempenhando o papel de filhos,
aprendendo, gradativamente, na carteira do corpo carnal, as lições profundas do
amor - do amor que nos soerguerá, um dia, em definitivo, da Terra para os Céus.
XAVIER, Francisco Cândido. Vida e Sexo. Pelo Espírito Emmanuel. FEB. Capítulo 17.
ABORTO – Joanna de Ângelis
Conseqüência natural do instinto de conservação da vida é a procriação,
traduzindo a sabedoria divina, no que tange à perpetuação das espécies.
Não há qualquer dúvida, quanto aos "direitos da mulher sobre o seu corpo",
mas, não quanto à vida que vige na intimidade da sua estrutura orgânica.
Afinal, o corpo a ninguém pertence, ou melhor nada pertence a quem quer que
seja, senão à Vida.
Papa liga para mulher que ia abortar e se oferece para ser padrinho
Papa beija bebê no Brasil, durante a Jornada Mundial da Juventude
O filho da italiana Anna Romano, 35 anos, pode ganhar um
padrinho disputadíssimo: o papa Francisco. E foi ele próprio quem
se ofereceu. A história toda começou com uma carta enviada por
Anna ao pontífice, em tom de desabafo. Grávida de seu amante, um
homem casado que a abandonou e a estimulou a abortar, ela
resolveu contar sua história ao papa antes de passar pelo
procedimento.
No dia 03/09/2014, no entanto, um telefonema mudaria tudo. O
próprio papa Francisco resolveu interceder pela criança, e ligou
para Anna. “Fiquei estupefata ao telefone. Eu o ouvi falar. Tinha
lido a minha carta. Assegurou-me que o bebê é um dom de
Deus, um sinal da providência. Disse-me que nunca estaria
sozinha”, disse Anna ao jornal italiano Il Messagero.
Alguns minutos de conversa foram suficientes para ela abandonar a
ideia de abortar seu filho. Anna disse ainda que Francisco se
ofereceu para batizar a criança, e que ele próprio gostaria de ser o
padrinho. “Ele encheu-me o coração de alegria quando me
disse que eu era corajosa e forte pelo meu filho”, recorda. Ela já
avisou que se nascer um menino se chamará Francisco, em
homenagem ao futuro padrinho.
A história ganhou a imprensa pelo mundo e vários jornais
procuraram por Anna para saber detalhes, como o italiano Corriere
della Sera, o inglês Telegraph e o espanhol ABC.
ACRESCENTO:
Como seria bom se cada um de nós em vez de criticarmos ou
incentivarmos a morte das crianças e o sofrimento das mãezinhas,
nos oferecêssemos para ser padrinhos e madrinhas dos bebês!
Muito obrigado por seu lindo exemplo, Papa Francisco!
Que Deus te abençoe sempre!
Nazareno Feitosa
DIÁLOGO SURPREENDENTE
CONTA DIVALDO FRANCO:
Seu aspecto sofrido, assinalado por funda inquietação, chamou-me a atenção e algo me
dizia conhecer aquela moça.
Muito desgastada, havia, no entanto, no brilho do seu olhar, alguma coisa que me fez
recordar alguém que, oportunamente dialogara comigo. Fiquei olhando-a, até que ela
me percebeu e me acenou. De imediato identifiquei de quem se tratava.
Perguntou-me:
- “Será que você se recorda de mim? Estou viajando a Nova York para tratamento
médico porque sou portador de uma neoplasia maligna, com metástase adiantada, que
me apareceu há menos de três meses, e que me está apresentando consequências
lastimáveis. Sou apenas uma sombra, em relação à mulher que conversou com você há
pouco tempo...”
Contou-me, em linhas gerais, a tentativa que iria fazer nos Estados Unidos, mas estava
certa de que não colheria qualquer resultado positivo, porquanto o seu médico daqui lhe
alertara que se encontrava na etapa pré-terminal, como qualquer dos pacientes em casos
semelhantes.
Dialoguei. Como se tratava de uma pessoa que ao falar comigo, anteriormente, estava
interessada no Espiritismo, recordei-me do diálogo que mantivéramos. Procurei animá-
la:
- “Não pense em termos de doença, nem de morte; pense em termos de vida, que
continuará a viver. Se essa vida não se realizou aqui, no plano físico, isso não é tão
importante. Considere que esta etapa é um curso relativamente pequeno, que se encerra
para todos nós. Por mais longa seja a existência orgânica, chega um momento, no qual
sofre uma interrupção; pois que o corpo dispõe de um período adrede estabelecido para
realizar o seu mister e, depois, interrompe-o. Pense, pois, em termos de vida integral, de
continuação da existência espiritual. Enquanto estiver respirando no corpo físico, alente-
se; você sabe do poder da mente sobre o corpo, da ação psíquica sobre a física. Não
deixe que o desgaste, pela depressão ou pelo medo, venha a lhe causar transtornos
perfeitamente dispensáveis e superáveis...”
Conversamos aproximadamente por quarenta minutos, até que se aproximou a hora da
partida:
- “Ah!, Divaldo – respondeu-me – infelizmente continuei... Ainda fiz mais quator, nos
últimos anos, e ainda permaneço sem qualquer arrependimento.”
Pus-me a meditar. A terapêutica a que nos referimos é uma história muito pungente e...
muito moderna. Quando essa moça veio falar-me, deveria estar com trinta e seis ou
trinta e oito anos de idade. Agora, parecia uma senhora com mais de setenta. Na
ocasião, eu houvera concluído uma conferência sobre a imortalidade da alma. Ela se
sensibilizara, vindo conversar demoradamente, informando-me, constrangida:
-“Pois é, Divaldo! ... tenho um drama, que não sei se é realmente um drama, que muito
me perturba, mas que não me fere a consciência. Perturba-me, por que sei que se trata
de uma conduta equivocada a que me permito; eu gostaria de me arrepender e não
consigo... Sou solteira, trabalho em uma repartição pública federal. Ali, há dezessete
anos, apaixonei-me pelo meu chefe, que é vinte e cinco anos mais velho do que eu.
Apaixonamo-nos, esta é a verdade. Ele é casado. Desde o começo, disse-me que não
abandonaria a família; amava a esposa, os filhos; o seu era um casamento estável, mas
se encontrava sensibilizado por mim. Como também eu o estava por ele, propôs-me que
mantivéssemos um relacionamento discreto, sem maiores consequências. Meditei
muito. Resolvi aceitar essa injunção, que se estreitou cada vez mais, à medida que o
tempo transcorria. Passamos, praticamente, a viver juntos, porque do trabalho ele me
levava à casa, lá ficando algumas horas. Saíamos aos domingos, parte dos nossos
períodos de férias passávamos juntos, embora o restante também o passasse com os
familiares. Naquela época, ainda não havia anticoncepcionais; quando surgiram, me
recusei a usá-los, por suspeitar que me acarretariam alguns problemas orgânicos e
nervosos. Resolvi assumir os riscos. Nesse período de dezessete anos, pratiquei
dezesseis abortos.”
Fiquei estarrecido com o fato, especialmente pela maneira tranquila com que era
narrado.
Como a minha tarefa não é passível de choques emocionais, continuei ouvindo, a fim de
tentar compreender, porquanto não fora nomeado como censor ou juiz de consciência
nenhuma, devendo sempre procurar ser uma pessoa amiga, um companheiro de estrada,
em relação àqueles que, por acaso, queiram alguém para caminhar ao seu lado,
necessitem de uma palavra de fraternidade.
Aquele caso me causou uma terrível surpresa inicial, que se converteu, de um certo
modo, em um choque, pela naturalidade com que a paciente me contava o seu drama.
Ela prosseguiu:
- “Houve ano em que cheguei a fazer três abortos e, outros, que não realizei nenhum,
por não conseguir conceber. Fizeram-me laminaria, curetagem...” E foi contando
detalhes sem que os perguntássemos.
- “... O que me aflige – afirmou – e, de certo modo, me desagrada, é que não sinto
remorso, não sinto arrependimento. Gostaria de ouvir uma palavra amiga sobre esse
estado emocional. O que o senhor teria a dizer a uma mulher que abortou tanto ?”
- “Gostaria de dizer-lhe que, nesse caso, evitasse conceber. Já que não pretende ter
filhos e não pode passar sem um relacionamento íntimo dessa natureza, aconselho-a a
usar preservativo, anticoncepcional ou utilizar-se de outro método qualquer, pois isso
cabe ao médico orientá-la, pois que não é tarefa minha. Busque um ginecologista ou
obstetra, um técnico, que lhe aconselhará segurança. Por que correr risco de ser uma
infanticida? Esta desculpa muito usada, de que um feto de dois meses, um mês, dois
dias, meia hora, não é nada, é argumento sofista. Desde o momento quando ocorre a
fecundação, há vida; desde que se a interrompe, matou-se o ser vivo que se encontra em
formação; o resto é apelido para disfarçar a realidade criminosa. Assim nós, os espíritas,
consideramos o aborto provocado. Você não pode ver diferente, mas como está a me
perguntar, por um princípio de lealdade digo-lhe o que penso e devo, já que deseja a
minha opinião, mesmo porque, a sua, você já a tem.”
- “Não é uma opinião superficial – continuei com tranquilidade – está estribada em uma
experiência de trinta e três anos de convivência humana, havendo atendido (à época)
mais de um milhão de pessoas, uma a uma; nas oportunidades de estudos da Doutrina e,
também, de conversas com médicos, prol e contra o aborto, bem como fazendo-lhe uma
análise do ponto de vista ético e religioso da Doutrina Espírita. Quanto à discussão se a
mulher tem ou não direito ao corpo, se quer ou não ser mãe, são questões secundárias.
Estamos aqui examinando a questão do feto em relação ao direito que tem de viver. O
direito à vida é inalienável a todos os seres vivos, particularmente aos pensantes. Então,
você poderia evitar a concepção... Um aborto é muito mais danoso do que um parto.
Você tem um organismo extraordinário, que me parece de borracha ou aço inoxidável,
para aguentar dezesseis abortos provocados...”
- “Vou acrescentar-lhe uma coisa – prossegui – que você receberá como achar
conveniente: na visão espírita, você está marchando a largos passos para uma neoplasia
maligna, para um câncer do aparelho reprodutor. Seja em que área for, hoje ou na
próxima reencarnação, esse câncer virá, por que é da Lei Divina ou Lei Natural que
todo atentado à vida gera uma consequência equivalente, aliás, é das Leis da Física:
todo efeito provém de uma causa, o que equivale dizer, que toda causa produz efeitos.
Você está desencadeando efeitos morais terríveis para si mesma, através das causas que
está produzindo. Então, será inevitável...”
Eis o que penso sobre esse comportamento. Você está em uma idade, na qual a
fertilidade diminui. Tenha um pouco de paciência. Evite a concepção, para que, na
próxima encarnação, ou nesta mesma, não venha sofrer um drama rude, ou retorne à
Terra, no futuro, portadora de esterilidade, ou com uma problemática de natureza
procriativa das piores, com lesões no perispírito, que é o modelo plasmador da forma
física, gerando enfermidades cruciais que irão amargá-la muito.”
Perguntei-lhe qual era a opinião do companheiro, que era um homem que zelava tanto
pela família, pelos filhos, pela esposa...
Respondeu-me:
- “Essa, foi uma imposição que me fez: que no nosso relacionamento não haveria
filhos...”
Contrapus:
- “Mas esse homem somente gosta do seu corpo! Você é apenas uma variante. Mas,
como opinião é algo que vai ao infinito, tenho a impressão de que não pode haver nada
de mais humilhante para quem quer que seja, do que ser objeto de instintos animais de
outrem, por mais notável seja o outro e por mais amado que se apresente. Ser-me um
objeto de uso, após o que é largado à margem do caminho até a próxima necessidade, é
bastante escabroso...”
- “Não, não pode amar. Se amasse, amaria os rebentos da união de ambos, como ama os
que tem com a mulher. Ele ama a esposa; amante, ele usa. Desculpe-me a palavra, pois
não encontro outro apelido, pelo menos em língua portuguesa. Aliás, a palavra própria é
até um pouco mais forte, que é a concubina a... Então, ele a usa, em razão do seu corpo
atraente, da gratuidade do relacionamento, da falta de compromisso... Você é jovem,
bonita, ingênua, irresponsável. À esposa ele ama, respeita, e é com quem procria e ama
os descendentes, seus filhos, sua prole que lhe herda o nome. Não sei como pode
submeter-se a um homem desse tipo. Você está jogando fora as bênçãos mais preciosas
com que a Divindade lhe exornou a alma. A reencarnação apresenta explicações
admiráveis sobre o amor, os relacionamentos afetivos, a família... Sugiro-lhe que leia O
Livro dos Espíritos, de Allan Kardec, a fim de que penetre e entenda o mecanismo da
reencarnação, a fim de conhecer a lógica dessa ligação que tem com esse homem há
tantos anos. Não é uma aproximação fortuita; são dezessete anos, durando mais do que
muitos casamentos atuais, alguns dos quais não atravessam os primeiros anos de
comunhão. Dezessete anos de união ilegal, do ponto de vista emocional, e injusta
porque ele estava vinculado à outra. Se estivesse separado, seria perfeitamente legal,
moral, normal, pois as questões aqui são muito convencionais na Terra.”
Pedi-lhe licença para brindá-la com um livro que eu psicografar, solicitando que o lesse.
Ela ficou sensibilizada, por tratar-se de pessoa honesta. Tinha a sua forma de encarar a
vida, que é um direito que lhe pertence, mas era honesta, lúcida.
Lastimei por ela, que dizia amar aquele homem insensível e explorador; lastimei esse
homem, que era o autor intelectual e moral dos abortos porque, em verdade, ela era sua
vítima duas vezes: porque ele a explorava sentimentalmente e a induzia ao infanticídio,
para ele continuar descomprometido como estava acontecido.
O que me chamou a atenção nesse drama, é que eu via, ali, no Aeroporto, não apenas os
Espíritos que impediu de reencarnar, como, também, algumas Entidades impiedosas
aguardando-a, com o amante, que já estava desencarnado, em estado de absoluta
alucinação, preso a ela, desejando-a, gritando com os obsessores que ele provocara com
a sua conduta ética, profundamente irregular e infeliz.
Despedimo-nos.
- “Por que sou assim? Não consigo ter remorso pelo que fiz...”
Sorri, e acentuei:
- “Ah!, minha filha, você mudará... O tempo é ilimitado; não se atormente por isso. Se a
sua consciência não a perturba...”
- “Não é bem assim – atalhou ela; sei que não deveria ter feito isso, mas não me
lamento, não me arrependo.”
- “Então, deixe pra lá – concluí – por que agora vai ficar remoendo isso? Pense em fazer
algo de bom enquanto está viva na matéria, ainda. Você tem tempo. Faça algo. Há tanta
criança por aí, abandonada; procure ressarcir em uma ou duas, alguma coisa.”
Não foi mais possível continuarmos. Foi anunciada a última chamada de embarque.
Fiquei a meditar naquilo que o povo, às vezes, diante da Doutrina Espírita diz:
- “Como posso acreditar que vivi antes, se não me lembro? Como vou acreditar nessa, a
de estar pagando hoje o que teria praticado noutra vida...”
A lei universal é a Lei da Vida, e essa é a Lei do Amor. Tudo aquilo que violenta essa
tendência, que é o Amor, agride a realidade.
Divaldo Franco
Frase de Steve Jobs, fundador da
Apple, para a mãe biológica:
“Queria conhecê-la, saber se tudo está bem, e lhe
agradecer por não ter me abortado.”
- Não! Não te quero em meus braços! - dizia a jovem mãe, a quem a Lei
do Senhor conferira a doce missão da maternidade, para o filho que lhe
desabrochava do seio - não me furtarás a beleza! Significas trabalho,
renúncia, sofrimento...
- Não, não...
- Não me abandones!
- Expulsar-te-ei.
- Piedade mãe! Não vês que procedemos de longe, alma com alma,
coração a coração?
- Compadece-te de mim!...
- Ajuda-me!
- Nunca!
- Socorre-me!
- Não posso.
212. Há duas almas, nas crianças cujos corpos nascem ligados, tendo
comuns alguns órgãos?
“Sim, mas a semelhança entre elas é tal que faz vos pareçam, em muitos
casos, uma só alma.” (O Livro dos Espíritos)
(...) A convivência ensejará que os dois seres, durante a trajetória (seja ela
mais longa ou muito curta), estabeleçam laços de parceria e apoio,
despertando sentimentos de amizade, de respeito e início de reconciliação
pelo perdão, ainda que imanifestos.
A morte, como se sabe, não nos livra dos nossos inimigos. Os Espíritos
vingativos perseguem sempre com o seu ódio, além da sepultura, aqueles
que ainda são objeto do seu rancor. Daí ser falso, quando aplicado ao
homem, o provérbio: “Morto o cão, acaba a raiva”. O Espírito mau espera
que aquele a quem queira mal esteja encerrado em seu corpo, e assim
menos livre, para mais facilmente o atormentar, atingindo-o nos seus
interesses ou nas suas mais caras afeições. É necessário ver nesse fato a
causa da maioria dos casos de obsessão, sobretudo daqueles que
apresentam certa gravidade, como a subjugação e a possessão. O obsedado
e o possesso são, pois, quase sempre, vítimas de uma vingança anterior, a
que provavelmente deram motivo por sua conduta. Deus permite a situação
atual, para os punir do mal que fizeram, ou, se não o fizeram, por haverem
faltado com a indulgência e a caridade, deixando de perdoar. Importa,
pois,com vistas à tranqüilidade futura, reparar o mais cedo possível os
males que se tenham praticado em relação ao próximo, e perdoar aos
inimigos, para assim se extinguirem, antes da morte, todos os motivos de
desavença, toda causa profunda de animosidade posterior. Dessa maneira
se pode fazer, de um inimigo encarnado neste mundo, um amigo no outro.
Quando Jesus recomenda que nos reconciliemos o mais cedo possível com
o nosso adversário, não quer apenas evitar as discórdias na vida presente,
mas também evitar que elas se perpetuem nas existências futuras. Não
sairás de lá, disse ele, enquanto não pagares o último ceitil, ou seja, até que
a justiça divina não esteja completamente satisfeita.
COMO COMEÇOU?
Tudo começou em 2001, quando a esposa dele estava grávida e teve muitas
complicações. O parto foi difícil e Phuc conta que enquanto aguardava no
hospital pela recuperação de sua esposa, viu que muitas mulheres entravam
grávidas na sala de parto mas saiam sem nenhum bebê. A princípio ele não
entendeu, mas quando viu os médicos jogando os fetos no lixo, se deu
conta do que estava acontecendo. Ele se compadeceu e então pediu para
levar esses corpos. Com todas as economias que tinha de seu trabalho como
construtor, comprou um pequeno campo para poder enterrar os restos dos
bebês que eram jogados. No começo, sua esposa pensou que ele tivesse
enlouquecido, mas ele continuou fazendo isso e atualmente já são mais de
10.000 fetos abortados que aí descansam. Desde que ele começou a enterrar
os corpos, mães pós-abortivas começaram a ir ao cemitério para rezar pelos
filhos sepultados, mas também apareceram grávidas em risco de aborto que
começaram a pedir ajuda a ele. Começam ali as adoções deste pedreiro, que
não pararam mais.
ADOÇÃO
DISSE JESUS: “Tudo o que fizerdes ao menor dos meus irmãos, é a Mim
que o fazeis” (Mt 25, 40)
MÃE NA VISÃO ESPÍRITA
Neste dia das mães ouviremos muito que é uma “data comercial”. É sim,
mas moramos num planeta materialista. Sem estas datas o comércio, as
fábricas iriam a falência. Muita gente ficaria desempregada. Lógico que há
exageros, mas moramos num mundo de provas e expiação. Não podemos
esperar muito dos moradores dele. Precisamos observar o lado bom desta
data. Muitas mães só são lembradas neste dia. Só recebem visita,
presente, um abraço, um beijo, uma prece, caso esteja desencarnada.
Então, aproveitem este dia, e todos os outros dias com suas mães. Se
estiver difícil visitar, ligue, mande uma mensagem. Se estiver
desencarnada, emita sempre um bom pensamento a ela. E se puder,
alegre uma mãe que perdeu um filho, que não tem um, que foi
abandonada por um, que adotou um ou alguns. Não precisa dar presente
caro, escreva uma mensagem, coloque num envelope e entregue a ela.
Pelo menos deixe um uma caixa do correio. O importante é fazer uma
mãe feliz.
Rudymara
ESTUPRO E PEDOFILIA
Porque os homens são mais instintivos com relação ao sexo? E por que
os casos de estupro/ pedofilia envolvem 99% o sexo masculino? Seria
isso um tipo de evolução menor que o sexo feminino?
Rudymara
MOVIMENTO FEMINISTA NA VISÃO ESPÍRITA
No livro "Entrevistas e Lições" foi feito a seguinte pergunta a Divaldo Franco:
DIVALDO FRANCO, COMO VOCÊ VÊ O MOVIMENTO FEMINISTA? E ele
respondeu: "Como de libertação da mulher, digno como todos os outros que tem
como objetivo contribuir para a felicidade da criatura humana, na Terra. O
excesso, as paixões, as lutas perturbadoras são prejudiciais em qualquer tipo de
atividade, não sendo, portanto, exclusivo do Movimento Feminista. Certamente,
há pessoas que exageram nas suas posturas e ideações, porém isto é da criatura
humana e, não, especificamente, deste ou daquele grupamento."
E no livro "O Consolador", Emannuel também fala sobre o assunto: "A ideologia
feminista dos tempos modernos, com as diversas bandeiras políticas e sociais,
pode ser um veneno para a mulher desavisada dos seus grandes deveres
espirituais na face da Terra."
Então, como vemos, o problema não é o movimento feminista, mas como se faz
o movimento. Tudo deve ser dentro da lei, dos bons costumes, do respeito ao
próximo e a si mesmo... Afinal, se é uma busca por direitos, seus membros não
devem esquecer seus deveres e, consequentemente, os direitos do seu próximo. E
os espíritas sabem, ou deveriam saber, porque um espírito encarna num corpo
feminino e quais são seus deveres espirituais. A mulher tem os mesmos direitos
que os homens, dizem os espíritos no O livro dos espíritos, mas os deveres são
diferentes. Mas, muitas feministas buscam ser iguais ao homem no que ele mais
erra a séculos: sexo desregrado, vícios, etc., quando deveriam mostrar a eles,
através de seus exemplos e da educação que dão aos seus filhos homens, de como
estes deveriam se comportar. E quando acontece uma gravidez, por exemplo, elas
querem se livrar do "problema" através do aborto. Daí, tal ato, pode acarretar
muita dor no futuro, através de resgate reencarnatório. Muitas gritam: "o corpo é
meu". Mas, aprendemos que, o corpo não é dela, se fosse dela ela levaria após a
morte física. O corpo é um empréstimo de Deus para que façamos bom uso na
finalidade da nossa encarnação que é: EVOLUIR. Por isso, Emmanuel alerta
dizendo que conforme a maneira que se busca e o que se busca pode ser um
veneno para a mulher ou ao espírito que veste um corpo feminino. Então, que as
pessoas de tal movimento usem seu livre arbítrio com cautela. Pois, "tudo nos é
lícito, mas nem tudo nos convém", como disse o sábio apóstolo Paulo. E aqueles
ou aquelas que pensam diferente de nós, queremos dizer que, vocês estão no seu
direito de discordar mas, nos dê o direito de pensar diferente de vocês.
Texto de Rudymara