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ABORTO NA VISÃO ESPÍRITA

GRUPO DE ESTUDO

Allan Kardec
Apostila elaborada por Rudymara de Paula de Taubaté-SP
ABORTO NA VISÃO ESPÍRITA

Nós espíritas, acreditamos que a partir do momento em que o óvulo é fecundado pelo
espermatozóide, surgindo o embrião, inicia-se uma reencarnação, ou seja, um Espírito é ligado
ao organismo em desenvolvimento, com a supervisão de técnicos da Espiritualidade. Então, a
sexualidade deveria ser exercida com responsabilidade. Porque, para nós, o aborto provocado
é sempre um crime contra a vida, e dos mais lamentáveis, mesmo no caso de fetos defeituosos
(ex.: os anencéfalos).

QUE FAZER QUANDO A VIDA DA MÃE ESTÁ EM JOGO? Há exceção quando se trata de
aborto terapêutico, cujo objetivo é salvar a vida da mulher-mãe, porque sendo ela poupada,
outra oportunidade terá.

E O ABORTO CLANDESTINO? Querem justificar dizendo que, quando o aborto for legalizado,
a onda de crimes se fará muito menor. Quem pensa assim, está equivocado. Em países onde o
aborto foi legalizado, as estatísticas demonstram a continuidade do aborto clandestino, pondo-
se em risco a vida da mulher.

QUAIS AS CONSEQUÊNCIAS ESPIRITUAIS? O espírito abortado poderá voltar-se contra a


responsável por sua infelicidade (a mãe), tornando-se seu obsessor. Ainda que o filho
assassinado seja de índole pacífica, disposto a afastar-se sem rancor, ela se situará em estado
latente de desajuste, que se refletirá em seu psiquismo na forma de angústias e depressões,
favorecendo o assédio de Espíritos obsessores que exploram as fraquezas humanas. Além
disso, o aborto criminoso gerará desajustes perispirituais na mulher. Estes desajustes, mais
cedo ou mais tarde, na existência atual ou futura, darão origem a enfermidades e limitações
que se fixarão nos órgãos correspondentes à natureza de seu crime. Exemplo: esterilidade,
tumores, infecções renitentes, etc.

E QUANDO A MULHER ENGRAVIDA CONTRA SUA VONTADE, COMO NO CASO DO


ESTUPRO? O Espiritismo, em qualquer caso, entende a maternidade como digna e nobre.
Além do mais, não sabemos se essa criatura, recebida em circunstâncias tão sofridas, não
será o amparo e o amigo de que a mulher terá mais tarde em outras condições, quem sabe
não menos dolorosas. Receber nos braços um filho que a vida nos enseja é sempre uma
bênção. O estuprador apenas produziu um corpo carnal, o espírito que irá se vincular àquele
corpo e dará vida a ele é um filho de Deus. Caso a mulher não queira conviver com o "filho
de Deus", dê esta criança para adoção, mas não mate.

E O LIVRE ARBÍTRIO DA MULHER? Há quem defenda o livre arbítrio da mulher. Mas, quem
defende o livre arbítrio do feto? O aborto, como o suicídio, é um dos maiores crimes que se
podem perpetrar, porquanto a vítima do aborto não tem oportunidade de defesa. Já a gravidez
pode ser prevenida. Abortar para fugir da responsabilidade, geralmente livremente aceita,
nunca! O sexo deve ser exercido com responsabilidade, é natural se arque com as
conseqüências. No caso, o filho. A mulher deveria considerar que o filho que está a caminho,
sejam quais forem as circunstâncias em que venha ao mundo, ainda que represente para ela
sacrifícios e lutas, é alguém enviado por Deus para oferecer-lhe a mais elevada de todas as
funções, a mais nobre de todas as missões. As mulheres são COLABORADORAS DO
CRIADOR NA OBRA DA CRIAÇÃO. Muitas mulheres gritam: "o corpo é meu". Mas,
aprendemos que, o corpo não é dela, se fosse dela ela levaria após a morte física. O corpo é
um empréstimo de Deus para que façamos bom uso na finalidade da nossa encarnação que é:
EVOLUIR.

E O CONTROLE DA NATALIDADE? É uma medida muito válida. Entre programarmos a


prole, mantendo a harmonia familiar e deixarmos que venhamos a derrapar pelo aborto, o
planejamento familiar, do ponto de vista espiritista, é profundamente ética.

E OS QUE INDUZEM OU AUXILIAM A MULHER NO ABORTO? Todos aqueles que induzem


ou auxiliam a mulher na eliminação do nascituro possuem também a sua culpabilidade no ato
criminoso: maridos ou namorados que obrigam as esposas; médicos que estimulam e o
realizam; enfermeiras e parteiras inconscientes. Para a justiça humana, não há crime, nem
processo, nem punição, na maioria dos casos, mas para a JUSTIÇA DIVINA todos os
envolvidos no ato criminoso sofrerão as conseqüências sombrias, imediatas ou em longo
prazo, de acordo com o seu grau de culpabilidade.

QUE DEVE FAZER A MULHER QUE FEZ ABORTO E ARREPENDEU-SE? Demonstra a


Doutrina Espírita que a mulher comprometida no crime do aborto pode superar o remorso
ajudando filhos que perderam suas mães, em obras assistenciais. Há muito serviço em
creches, berçários, hospitais, casas de sopas, lares de infância, que esperam por corações
generosos e mãos dispostas a servir. Se a dor é a moeda com a qual a justiça divina cobra
nossos débitos, o Bem é inestimável valor alternativo, com o qual a divina misericórdia nos
permite abreviar nossos padecimentos exercitando tarefas redentoras. Portanto, qualquer
pessoa de mediana capacidade de discernimento, sabe que O ABORTO É CRIME.Podem
legalizá-lo um milhão de vezes, mas nunca o moralizarão. O fato de ser legal não implica em
ser moral.
"NÃO ADIANTA FUGIR DA RESPONSABILIDADE ATRAVÉS DO
ABORTO"

Um casal resolveu ter um filho.


Dali a uns meses a mulher estava grávida.
Felizes, começaram a comprar coisas para o quarto da criança,
roupas, sapatinhos, etc. Escolheram o nome, enfim, mil planos para
aquela criança tão esperada.
No ultra som de rotina constatou que a criança nasceria com
problemas mentais. O casal ficou decepcionado e resolveu abortar.
Eles ficaram muito tristes, mas acharam que estavam fazendo o
melhor.
Tempos depois a moça engravidou novamente. Ambos ficaram
contentes, mas apreensivos, com medo de acontecer a mesma
coisa. Mas a gravidez correu tranquila, o feto desenvolveu
saudável. Após os 9 meses ele nasceu perfeito. Era uma linda
criança. Os pais não sabiam o que fazer de tanta alegria. Curtiam a
criança de todas as maneiras. Mas, quando a criança estava com
quase dois anos de idade, ficou muito doente. O casal ficou
preocupado porque a febre não sedia e a criança estava inquieta. O
médico internou a criança e constatou que ela estava com
meningite. Foi uma luta para curar a criança, mas a doença deixou
sequela. A criança ficou com déficit cognitivo (deficiência mental). O
casal ficou triste, mas continuou amando o filho.

OBSERVAÇÃO: Vejam que o casal fugiu, da primeira vez, de ter


uma criança com problemas mentais. A espiritualidade sabendo que
eles não aceitariam um filho com tal problema, tratou de mandar
aquele espírito de maneira saudável por um tempo. Tempo este que
ambos aprenderiam a amá-lo a ponto de não rejeitá-lo caso ficasse
doente. Então, não adianta fugirmos de nossas responsabilidades.
Cedo ou tarde teremos que colher os frutos de nosso plantio.

Rudymara (esta história está num filme de Allan Filho)


MÃE DE CRISTIANO RONALDO TENTOU ABORTÁ-LO

A mãe de Cristiano Ronaldo, Dolores Aveiro, revelou


em sua biografia "Mãe Coragem" que tentou o
aborto quando estava grávida do atacante pelas
dificuldades financeiras encontradas na época em
que vivia na Ilha da Madeira. Cristiano Ronaldo, na
apresentação do livro, em Portugal
disse brincando: 'Vê lá tu, mãe, querias abortar de
mim e sou eu que sustento esta casa toda' ...

Observação de Rudymara: Vejam que ela não


conseguiu abortar e conseguiu, apesar das
dificuldades financeiras, criar o filho. No desespero,
muitos cometem este crime que terá que prestar
contas com a lei divina. Hoje, como ele mesmo
disse, é ele que sustenta a casa. Portanto, quem
pode saber que missão aquele espírito que está
para nascer irá cumprir? Quem pode saber os
planos de Deus? Num aborto podemos estar
matando um cientista, um benfeitor espiritual da
humanidade, o provedor do lar, etc. Por
isso, ABORTO, NUNCA!
O "QUASE ABORTADO" SALVA VIDA

Vou resumir uma história contada por Divaldo Franco numa


palestra. É a história de um médico que, no início do exercício de
seu trabalho, conheceu uma mulher muito pobre que, no pré-natal,
através do ultra som, constatou que a criança nasceria com uma
perna mais curta que a outra. Ele, vendo a situação da mãe, pensou
em matar a criança porque imaginou que uma criança pobre e com
defeito físico nunca teria uma chance na vida. Mas, depois de muito
pensar, desistiu. Mais tarde, a criança nasceu e a mãe, por
gratidão, disse ao médico que colocaria o nome dele no filho. O
tempo passou e este médico casou, teve uma filha que teve uma
neta. Esta neta ficou muito doente. Médico nenhum conseguia curá-
la. O avô levou a menina até fora do Brasil, mas não conseguiu
nada. Um amigo aconselhou que ele levasse para um jovem médico
que estava estudando a cura daquela doença. Ele não pensou duas
vezes, foi até o tal médico. O local era simples, e a fila era
composta de pessoas simples. Ele desanimou, mas já que estava
ali, resolveu ficar. Na sua vez, o médico veio até ele, mancando de
uma perna. Conversaram muito e o médico confirmou sua pesquisa,
mas que não era certeza o êxito. O avô não tinha saída, concordou
em fazer o teste. Ao término ambos disseram seus nomes, e a
grande surpresa foi que, os nomes eram iguais. O médico manco
contou que seu nome era em homenagem ao médico que havia
feito o parto de sua mãe. O avô, surpreso e envergonhado,
lembrou-se do parto onde pensou em matar aquele médico que
estava ali, tentando curar sua neta. O teste foi feito e a menina
curou-se.
Observação: Quem pode saber que missão aquele espírito que está
para nascer irá cumprir? Quem pode saber os planos de Deus?
Num aborto podemos estar matando um cientista, um benfeitor
espiritual da humanidade, o provedor do lar, etc. Então, não se
comprometa com a lei divina. Por isso, aborto, nunca!

RUDYMARA
ABORTAMENTO ESPONTÂNEO

Por que, para certas mulheres que desejam muito ser mães,
ocorrem abortamentos espontâneos?
O que acontece, nesses casos, ao Espírito que se preparava
para reencarnar naquele corpo que estava em formação?
Uma senhora narrou, ao jornal italiano L´aurora uma
experiência muito interessante.
Ela estava grávida e feliz. Estava no quarto mês de gestação.
Os exames preliminares lhe haviam anunciado o sexo da criança:
seria um menino, e ela se apressara a começar chamá-lo de André.
Então, uma noite, ela sonhou que estava deitada em um leito
de hospital, sem apresentar o ventre desenvolvido, próprio da
gravidez.
Estranhou, pois não conseguia entender o que acontecera.
Levantou-se e foi até a janela do quarto. Um jardim se descortinava
abaixo e nele um garotinho lhe sorria e a saudava com sua
mãozinha.
Ela o olhou e lhe disse:
Até breve, meu tesouro. O nosso é somente um até breve, não
um adeus.
Despertando, poucas horas depois, Giovanna precisou ser
encaminhada ao Hospital da localidade, sob ameaça de um
abortamento.
A médica, auxiliada por sua equipe, se esforçou ao máximo,
sem conseguir evitar o abortamento espontâneo.
Uma grande tristeza invadiu aquele coração materno, ansioso
pelo nascimento de mais um filho.
Desalentada e triste, chorou até se esgotarem as lágrimas. E o
sonho da noite anterior então teve sentido para si: seu filhinho viera
se despedir. E ela se despedira dele.
Fora o anúncio da tristeza que estava a caminho e que invadiria
aquele coração feminino.
Talvez, mais tarde, em um outro momento, ele pudesse
retornar, em nova tentativa gestacional. Mesmo porque, conforme o
sonho, fora uma despedida temporária.

* * *

Por que ocorrem abortos espontâneos? O Codificador da


Doutrina Espírita, Allan Kardec, interessou-se pela delicada
questão.
As respostas lúcidas dos Espíritos de luz se encontram em O
livro dos Espíritos.
Em síntese, esclarecem os mensageiros celestes que, as mais
das vezes, esses eventos espontâneos têm por causa as
imperfeições da matéria.
Ou seja, as condições inadequadas do feto ou da gestante. De
outras, o Espírito reencarnante, temeroso das lutas que terá que
enfrentar na vida de logo mais, desiste da reencarnação, volta atrás
em sua decisão.
Retirando-se o Espírito que presidia ao fenômeno
reencarnatório, a criança não vinga, a gestação não chega a termo.
A gestação frustrada é dolorosa experiência para os pais e para
o Espírito em processo reencarnatório.
Como não existe sofrimento sem causa anterior, chega a esses
corações, como medida salutar para ajuste de débitos anteriores.
Para o Espírito que realizava a tentativa, sempre preciosa lição.
Retornará ao palco da vida terrena, após algum tempo, em
novas circunstâncias.
* * *
Para quem aguarda o nascimento de um filho, se constitui em
doloroso transe a frustração do processo da gestação.
De um modo geral, volta o mesmo Espírito, superadas as
dificuldades, para a reencarnação.
Se forem inviáveis as condições para ser agasalhado no ventre
que elege para sua mãe, engendra outras formas de chegar ao lar
paterno.
É nessas circunstâncias que a adoção faz chegar a pais não
biológicos o filho inestimável do coração.

Redação do Momento Espírita..


Em 09.04.2009.
NOTÍCIA TRISTE:

O Ministério da Saúde oficializou (22/05/2014) o aborto em hospitais


no Brasil. A portaria 415 foi publicada no Diário Oficial da União.

A lei sancionada pela presidente Dilma Rousseff autoriza o aborto


para casos de estupro e anencéfalos. A mulher, porém, não é
obrigada a mostrar o Boletim de Ocorrência ao médico que a
atender.

O SUS (Sistema Único de Saúde) pagará R$ 443 pelo


procedimento.

A DOUTRINA ESPÍRITA NÃO É FAVORÁVEL AO ABORTO?

Não. Ela é favorável a vida.

E NO CASO DOS ANENCÉFALOS?

Para nós espíritas, cremos que mesmo na possibilidade de o feto


ser portador de lesões graves e irreversíveis, físicas ou mentais, o
corpo é o instrumento de que o Espírito necessita para sua
evolução, pois que somente na experiência reencarnatória terá
condições de reorganizar a sua estrutura desequilibrada por ações
que praticou em desacordo com a Lei Divina.

O aborto compromete toda a programação reencarnatória, adiando,


não raro, para muito longe, a reparação e a retomada do
crescimento espiritual. Pois, os pais, na grande maioria das vezes,
estão comprometidos com o problema e precisam igualmente
passar por essa experiência reeducativa. Mas lembremos do mais
importante: ELES, ANTES DE SER NOSSOS FILHOS, SÃO
FILHOS DE DEUS! E se Ele permitiu que aquela criança se
formasse, com ou sem defeito físico, e que vivesse minutos, horas,
dias, meses ou anos, algum sentido tem. Como disseram os
Espíritos na questão 336 de O Livro dos Espíritos “nada se cria
sem que à criação presida um desígnio (plano)”, ou seja, Deus
não cria nada, sem que haja um plano para Sua criação.
ABORTO - Emmanuel
Pergunta - Constitui crime a provocação do aborto, em qualquer
período de gestação?

Resposta - Há crime sempre que transgredis a lei de Deus. Uma mãe,


ou quem quer que seja, cometerá crime sempre que tirar a vida a
uma criança antes do seu nascimento, por isso que impede uma
alma de passar pelas provas a que serviria de instrumento o corpo
que se estava formando. - Item n° 358, de "O Livro dos espíritos".

Falamos naturalmente acerca de relações internacionais, sociais, públicas,


comerciais, clareando as obrigações que elas envolvem; no entanto, muito
freqüentemente marginalizamos as relações sexuais - aquelas em que se
fundamentam quase todas as estruturas da ação comunitária.

Esquece-se, habitualmente, de que o homem e a mulher, via de regra,


experimentam instintivo horror à solidão e que, à vista disso, a comunhão
sexual reclama segurança e duração para que se mostre assentada nas garantias
necessárias.

Impraticável, sem dúvida, impor a continuidade da ligação entre duas criaturas,


a preço de violência; no entanto, à face das contingências e contratempos pelos
quais o carro da união esponsalícia deve passar pelas estradas do mundo, as leis
da vida, muito sabiamente, estabelecem nos filhos os elos da comunhão entre os
cônjuges, atribuindo-lhes a função de fixadores da organização familiar; com a
colaboração deles, os deveres do companheiro e da companheira, no campo da
assistência recíproca, se revelam mais claramente perceptíveis e o lar se alteia
por escola de aperfeiçoamento e de evolução, em marcha para a aquisição de
mais amplos valores do espírito, no Mundo Maior.

De todos os institutos sociais existentes na Terra, a família é o mais importante,


do ponto de vista dos alicerces morais que regem a vida.

É pela conjunção sexual entre o homem e a mulher que a Humanidade se


perpetua no Planeta; em virtude disso, entre pais e filhos residem os
mecanismos da sobrevivência humana, quanto à forma física, na face do orbe.

Fácil entender que é assim justamente que nós, os espíritos eternos, atendendo
aos impositivos do progresso, nos revezamos na arena do mundo, ora
envergando a posição de pais, ora desempenhando o papel de filhos,
aprendendo, gradativamente, na carteira do corpo carnal, as lições profundas do
amor - do amor que nos soerguerá, um dia, em definitivo, da Terra para os Céus.

Com semelhantes notas, objetivamos tão-só destacar a expressão calamitosa do


aborto criminoso, praticado exclusivamente pela fuga ao dever.

Habitualmente - nunca sempre - somos nós mesmos quem planifica a formação


da família, antes do renascimento terrestre, com o amparo e a supervisão de
instrutores beneméritos, à maneira da casa que levantamos no mundo, com o
apoio de arquitetos e técnicos distintos.

Comumente chamamos a nós antigos companheiros de aventuras infelizes,


programando-lhes a volta em nosso convívio, a prometer-lhes socorro e
oportunidade, em que se lhes reedifique a esperança de elevação e resgate,
burilamento e melhoria.

Criamos projetos, aventamos sugestões, articulamos providências e externamos


votos respeitáveis, englobando-nos com eles em salutares compromissos que, se
observados, redundarão em bênçãos substanciais para todo o grupo de corações
a que se nos vincula a existência.

Se, porém, quando instalados na Terra, anestesiamos a consciência,


expulsando-os de nossa companhia, a pretexto de resguardar o próprio
conforto, não lhes podemos prever as reações negativas e, então, muitos dos
associados de nossos erros de outras épocas, ontem convertidos, no Plano
Espiritual, em amigos potenciais, à custa das nossas promessas de compreensão
e de auxílio, fazem-se hoje - e isso ocorre bastas vezes, em todas as comunidades
da Terra - inimigos recalcados que se nos entranham à vida íntima com tal
expressão de desencanto e azedume que, a rigor, nos infundem mais sofrimento
e aflição que se estivessem conosco em plena experiência física, na condição de
filhos-problemas, impondo-nos trabalho e inquietação.

Admitimos seja suficiente breve meditação, em torno do aborto delituoso, para


reconhecermos nele um dos grandes fornecedores das moléstias de etiologia
obscura e das obsessões catalogáveis na patologia da mente, ocupando vastos
departamentos de hospitais e prisões.

XAVIER, Francisco Cândido. Vida e Sexo. Pelo Espírito Emmanuel. FEB. Capítulo 17.
ABORTO – Joanna de Ângelis
Conseqüência natural do instinto de conservação da vida é a procriação,
traduzindo a sabedoria divina, no que tange à perpetuação das espécies.

Mesmo nos animais inferiores a maternidade se expressa como um dos mais


vigorosos mecanismos da vida, trabalhando para a manutenção da prole.

Ressalvadas raras exceções, o animal dócil, quando reproduz, modifica-se,


liberando a ferocidade que jaz latente, quando as suas crias se encontram
ameaçadas.

O egoísmo humano, porém, condescendendo com os preconceitos infelizes,


sempre que em desagrado, ergue a clava maldita e arroga-se o direito de
destruir a vida.

Por mais se busquem argumentos, em vãs tentativas para justificar-se o aborto,


todos eles não escondem os estados mórbidos da personalidade humana, a
revolta, a vingança, o campo aberto para as licenças morais, sem qualquer
compromisso ou responsabilidade.

O absurdo e a loucura chegam, neste momento, a clamorosas decisões de


interromper a vida do feto, somente porque os pais preferem que o filho seja
portador de outra e não da sexualidade que exames sofisticados conseguem
identificar em breve período de gestação, entre os povos supercivilizados do
planeta...

Não há qualquer dúvida, quanto aos "direitos da mulher sobre o seu corpo",
mas, não quanto à vida que vige na intimidade da sua estrutura orgânica.

Afinal, o corpo a ninguém pertence, ou melhor nada pertence a quem quer que
seja, senão à Vida.

Os movimentos em favor da liberação do aborto, sob a alegação de que o mesmo


é feito clandestinamente, resultam em legalizar-se um crime para que outro
equivalente não tenha curso.

Diz-se que, na clandestinidade, o óbito das gestantes que tombam, por


imprudência, em mãos incapazes e criminosas, é muito grande, e quando tal não
ocorre, as conseqüências da técnica são dolorosas, gerando seqüelas, ou dando
origem a processos de enfermidades de longo curso.

A providência seria, portanto, a do esclarecimento, da orientação e não do


infanticídio covarde, interrompendo a vida em começo de alguém que não foi
consultado quanto à gravidade do tentame e ao seu destino.
Ocorre, porém, na maioria dos casos de aborto, que a expulsão do corpo em
formação, de forma nenhuma interrompe as ligações Espírito-a-Espírito, entre a
futura mãe e o porvindouro filho.

Sem entender a ocorrência, ou percebendo-a, em desespero, o ser espiritual


agarra-se às matrizes orgânicas e, à força da persistência psíquica, sob
frustração do insucesso termina por lesar a aparelhagem genital da mulher,
dando gênese a doenças de etiologia mui complicada, favorecendo os múltiplos
processos cancerígenos.

Outrossim, em estado de desespero, por sentir-se impedido de completar o ciclo


da vida, o Espírito estabelece processos de obsessão que se complicam,
culminando por alienar-se a mulher de consciência culpada, formando quadros
depressivos e outros, em que a loucura e o suicídio tornam-se portas de
libertação mentirosa.

Ninguém tem o direito de interromper uma vida humana em formação.

Diante da terapia para salvar a vida da mãe, é aceitável a interrupção do


processo da vida fetal, em se considerando a possibilidade de nova gestação ou o
dever para com a vida já estabelecida, face à dúvida ante a vida em formação...

Quando qualquer crime seja tornado um comportamento legal, jamais se


enquadrará nos processos morais das Leis Soberanas que sustentam o Universo
em nome de Deus.

Diante do aborto em delineamento, procura pensar em termos de amor e o


amor te dirá qual a melhor atitude a tomar em relação ao filhinho em formação,
conforme os teus genitores fizeram contigo, permitindo-te renascer.

FRANCO, Divaldo Pereira. Alerta. Pelo Espírito Joanna de Ângelis. LEAL.


A PÍLULA DO DIA SEGUINTE NA VISÃO ESPÍRITA

A pílula do dia seguinte é abortiva.

A quantidade de substância que a mulher tem que tomar é muito


grande. E ela é muito corajosa se está tomando esta pílula porque
as mulheres não têm informação de pesquisas que poderiam ou
deveriam estar sendo feito para saber qual a repercussão dessa
quantidade enorme de substância hormonal que ela coloca para
dentro do organismo. Então, nós somos contra a utilização dessa
pílula, muito simplesmente, porque ela impede a clivagem, quer
dizer, impede a divisão da célula ovo, ela não impede a fecundação.
Por que ela não impede a fecundação? Porque a fecundação se dá
desde minutos até algumas horas após o relacionamento sexual.
Além do que é muito difícil você determinar em que ponto do ciclo
menstrual a mulher está (...)

Marlene Nobre – médica ginecologista

OBSERVAÇÃO DA RUDYMARA: Quem só analisa o assunto pela


visão materialista, pode achar que não é abortiva, mas pela visão
científica e espiritualista ela é abortiva. A fecundação se dá desde
minutos até algumas horas, então, como saber se a fecundação
não se deu minutos após o ato sexual? Então, é melhor não arriscar
ou é melhor se prevenir com preservativos e anticonceptivos.
PAPA FRANCISCO SALVA UMA CRIANÇA DE SER ABORTADA

Papa liga para mulher que ia abortar e se oferece para ser padrinho
Papa beija bebê no Brasil, durante a Jornada Mundial da Juventude
O filho da italiana Anna Romano, 35 anos, pode ganhar um
padrinho disputadíssimo: o papa Francisco. E foi ele próprio quem
se ofereceu. A história toda começou com uma carta enviada por
Anna ao pontífice, em tom de desabafo. Grávida de seu amante, um
homem casado que a abandonou e a estimulou a abortar, ela
resolveu contar sua história ao papa antes de passar pelo
procedimento.
No dia 03/09/2014, no entanto, um telefonema mudaria tudo. O
próprio papa Francisco resolveu interceder pela criança, e ligou
para Anna. “Fiquei estupefata ao telefone. Eu o ouvi falar. Tinha
lido a minha carta. Assegurou-me que o bebê é um dom de
Deus, um sinal da providência. Disse-me que nunca estaria
sozinha”, disse Anna ao jornal italiano Il Messagero.
Alguns minutos de conversa foram suficientes para ela abandonar a
ideia de abortar seu filho. Anna disse ainda que Francisco se
ofereceu para batizar a criança, e que ele próprio gostaria de ser o
padrinho. “Ele encheu-me o coração de alegria quando me
disse que eu era corajosa e forte pelo meu filho”, recorda. Ela já
avisou que se nascer um menino se chamará Francisco, em
homenagem ao futuro padrinho.
A história ganhou a imprensa pelo mundo e vários jornais
procuraram por Anna para saber detalhes, como o italiano Corriere
della Sera, o inglês Telegraph e o espanhol ABC.

ACRESCENTO:
Como seria bom se cada um de nós em vez de criticarmos ou
incentivarmos a morte das crianças e o sofrimento das mãezinhas,
nos oferecêssemos para ser padrinhos e madrinhas dos bebês!
Muito obrigado por seu lindo exemplo, Papa Francisco!
Que Deus te abençoe sempre!

Nazareno Feitosa
DIÁLOGO SURPREENDENTE
CONTA DIVALDO FRANCO:

Estava no aeroporto a caminhar, aguardando a chamada de um embarque, quando vi


uma pessoa profundamente marcada pela debilidade orgânica.

Seu aspecto sofrido, assinalado por funda inquietação, chamou-me a atenção e algo me
dizia conhecer aquela moça.

Muito desgastada, havia, no entanto, no brilho do seu olhar, alguma coisa que me fez
recordar alguém que, oportunamente dialogara comigo. Fiquei olhando-a, até que ela
me percebeu e me acenou. De imediato identifiquei de quem se tratava.

Acerquei-me. Iniciamos uma conversação superficial, introdutória. Ela me convidou a


sentar um pouco ao seu lado, enquanto seus familiares tratavam da documentação de
acesso ao voo com destino a Nova York.

Perguntou-me:

- “Será que você se recorda de mim? Estou viajando a Nova York para tratamento
médico porque sou portador de uma neoplasia maligna, com metástase adiantada, que
me apareceu há menos de três meses, e que me está apresentando consequências
lastimáveis. Sou apenas uma sombra, em relação à mulher que conversou com você há
pouco tempo...”

Contou-me, em linhas gerais, a tentativa que iria fazer nos Estados Unidos, mas estava
certa de que não colheria qualquer resultado positivo, porquanto o seu médico daqui lhe
alertara que se encontrava na etapa pré-terminal, como qualquer dos pacientes em casos
semelhantes.

Dialoguei. Como se tratava de uma pessoa que ao falar comigo, anteriormente, estava
interessada no Espiritismo, recordei-me do diálogo que mantivéramos. Procurei animá-
la:

- “Não pense em termos de doença, nem de morte; pense em termos de vida, que
continuará a viver. Se essa vida não se realizou aqui, no plano físico, isso não é tão
importante. Considere que esta etapa é um curso relativamente pequeno, que se encerra
para todos nós. Por mais longa seja a existência orgânica, chega um momento, no qual
sofre uma interrupção; pois que o corpo dispõe de um período adrede estabelecido para
realizar o seu mister e, depois, interrompe-o. Pense, pois, em termos de vida integral, de
continuação da existência espiritual. Enquanto estiver respirando no corpo físico, alente-
se; você sabe do poder da mente sobre o corpo, da ação psíquica sobre a física. Não
deixe que o desgaste, pela depressão ou pelo medo, venha a lhe causar transtornos
perfeitamente dispensáveis e superáveis...”
Conversamos aproximadamente por quarenta minutos, até que se aproximou a hora da
partida:

- “Você ainda continuou naquele mister a que se reportou quando conversamos ?


Prossegue com a terapêutica ?” – indaguei-lhe, por fim.

- “Ah!, Divaldo – respondeu-me – infelizmente continuei... Ainda fiz mais quator, nos
últimos anos, e ainda permaneço sem qualquer arrependimento.”

Pus-me a meditar. A terapêutica a que nos referimos é uma história muito pungente e...
muito moderna. Quando essa moça veio falar-me, deveria estar com trinta e seis ou
trinta e oito anos de idade. Agora, parecia uma senhora com mais de setenta. Na
ocasião, eu houvera concluído uma conferência sobre a imortalidade da alma. Ela se
sensibilizara, vindo conversar demoradamente, informando-me, constrangida:

-“Pois é, Divaldo! ... tenho um drama, que não sei se é realmente um drama, que muito
me perturba, mas que não me fere a consciência. Perturba-me, por que sei que se trata
de uma conduta equivocada a que me permito; eu gostaria de me arrepender e não
consigo... Sou solteira, trabalho em uma repartição pública federal. Ali, há dezessete
anos, apaixonei-me pelo meu chefe, que é vinte e cinco anos mais velho do que eu.
Apaixonamo-nos, esta é a verdade. Ele é casado. Desde o começo, disse-me que não
abandonaria a família; amava a esposa, os filhos; o seu era um casamento estável, mas
se encontrava sensibilizado por mim. Como também eu o estava por ele, propôs-me que
mantivéssemos um relacionamento discreto, sem maiores consequências. Meditei
muito. Resolvi aceitar essa injunção, que se estreitou cada vez mais, à medida que o
tempo transcorria. Passamos, praticamente, a viver juntos, porque do trabalho ele me
levava à casa, lá ficando algumas horas. Saíamos aos domingos, parte dos nossos
períodos de férias passávamos juntos, embora o restante também o passasse com os
familiares. Naquela época, ainda não havia anticoncepcionais; quando surgiram, me
recusei a usá-los, por suspeitar que me acarretariam alguns problemas orgânicos e
nervosos. Resolvi assumir os riscos. Nesse período de dezessete anos, pratiquei
dezesseis abortos.”

Fiquei estarrecido com o fato, especialmente pela maneira tranquila com que era
narrado.

Como a minha tarefa não é passível de choques emocionais, continuei ouvindo, a fim de
tentar compreender, porquanto não fora nomeado como censor ou juiz de consciência
nenhuma, devendo sempre procurar ser uma pessoa amiga, um companheiro de estrada,
em relação àqueles que, por acaso, queiram alguém para caminhar ao seu lado,
necessitem de uma palavra de fraternidade.

Não devemos ter a pretensão de mudar ninguém, nem a presunção de converter ou de


alterar as condutas filosóficas dos outros, senão a de divulgar a mensagem de que somos
portadores.

Aquele caso me causou uma terrível surpresa inicial, que se converteu, de um certo
modo, em um choque, pela naturalidade com que a paciente me contava o seu drama.

Ela prosseguiu:
- “Houve ano em que cheguei a fazer três abortos e, outros, que não realizei nenhum,
por não conseguir conceber. Fizeram-me laminaria, curetagem...” E foi contando
detalhes sem que os perguntássemos.

- “... O que me aflige – afirmou – e, de certo modo, me desagrada, é que não sinto
remorso, não sinto arrependimento. Gostaria de ouvir uma palavra amiga sobre esse
estado emocional. O que o senhor teria a dizer a uma mulher que abortou tanto ?”

- “Gostaria de dizer-lhe que, nesse caso, evitasse conceber. Já que não pretende ter
filhos e não pode passar sem um relacionamento íntimo dessa natureza, aconselho-a a
usar preservativo, anticoncepcional ou utilizar-se de outro método qualquer, pois isso
cabe ao médico orientá-la, pois que não é tarefa minha. Busque um ginecologista ou
obstetra, um técnico, que lhe aconselhará segurança. Por que correr risco de ser uma
infanticida? Esta desculpa muito usada, de que um feto de dois meses, um mês, dois
dias, meia hora, não é nada, é argumento sofista. Desde o momento quando ocorre a
fecundação, há vida; desde que se a interrompe, matou-se o ser vivo que se encontra em
formação; o resto é apelido para disfarçar a realidade criminosa. Assim nós, os espíritas,
consideramos o aborto provocado. Você não pode ver diferente, mas como está a me
perguntar, por um princípio de lealdade digo-lhe o que penso e devo, já que deseja a
minha opinião, mesmo porque, a sua, você já a tem.”

- “Não é uma opinião superficial – continuei com tranquilidade – está estribada em uma
experiência de trinta e três anos de convivência humana, havendo atendido (à época)
mais de um milhão de pessoas, uma a uma; nas oportunidades de estudos da Doutrina e,
também, de conversas com médicos, prol e contra o aborto, bem como fazendo-lhe uma
análise do ponto de vista ético e religioso da Doutrina Espírita. Quanto à discussão se a
mulher tem ou não direito ao corpo, se quer ou não ser mãe, são questões secundárias.
Estamos aqui examinando a questão do feto em relação ao direito que tem de viver. O
direito à vida é inalienável a todos os seres vivos, particularmente aos pensantes. Então,
você poderia evitar a concepção... Um aborto é muito mais danoso do que um parto.
Você tem um organismo extraordinário, que me parece de borracha ou aço inoxidável,
para aguentar dezesseis abortos provocados...”

- “Vou acrescentar-lhe uma coisa – prossegui – que você receberá como achar
conveniente: na visão espírita, você está marchando a largos passos para uma neoplasia
maligna, para um câncer do aparelho reprodutor. Seja em que área for, hoje ou na
próxima reencarnação, esse câncer virá, por que é da Lei Divina ou Lei Natural que
todo atentado à vida gera uma consequência equivalente, aliás, é das Leis da Física:
todo efeito provém de uma causa, o que equivale dizer, que toda causa produz efeitos.
Você está desencadeando efeitos morais terríveis para si mesma, através das causas que
está produzindo. Então, será inevitável...”

- “Não tenho o direito de lhe aconselhar a mudar de comportamento – arrematei – pois


não é esta a sua proposição. Você pede-me uma opinião a respeito do que sente e não
sobre o que realiza.

Eis o que penso sobre esse comportamento. Você está em uma idade, na qual a
fertilidade diminui. Tenha um pouco de paciência. Evite a concepção, para que, na
próxima encarnação, ou nesta mesma, não venha sofrer um drama rude, ou retorne à
Terra, no futuro, portadora de esterilidade, ou com uma problemática de natureza
procriativa das piores, com lesões no perispírito, que é o modelo plasmador da forma
física, gerando enfermidades cruciais que irão amargá-la muito.”

Perguntei-lhe qual era a opinião do companheiro, que era um homem que zelava tanto
pela família, pelos filhos, pela esposa...

Respondeu-me:

- “Essa, foi uma imposição que me fez: que no nosso relacionamento não haveria
filhos...”

Contrapus:

- “Mas esse homem somente gosta do seu corpo! Você é apenas uma variante. Mas,
como opinião é algo que vai ao infinito, tenho a impressão de que não pode haver nada
de mais humilhante para quem quer que seja, do que ser objeto de instintos animais de
outrem, por mais notável seja o outro e por mais amado que se apresente. Ser-me um
objeto de uso, após o que é largado à margem do caminho até a próxima necessidade, é
bastante escabroso...”

- “Mas, ele me ama!”

- “Não, não pode amar. Se amasse, amaria os rebentos da união de ambos, como ama os
que tem com a mulher. Ele ama a esposa; amante, ele usa. Desculpe-me a palavra, pois
não encontro outro apelido, pelo menos em língua portuguesa. Aliás, a palavra própria é
até um pouco mais forte, que é a concubina a... Então, ele a usa, em razão do seu corpo
atraente, da gratuidade do relacionamento, da falta de compromisso... Você é jovem,
bonita, ingênua, irresponsável. À esposa ele ama, respeita, e é com quem procria e ama
os descendentes, seus filhos, sua prole que lhe herda o nome. Não sei como pode
submeter-se a um homem desse tipo. Você está jogando fora as bênçãos mais preciosas
com que a Divindade lhe exornou a alma. A reencarnação apresenta explicações
admiráveis sobre o amor, os relacionamentos afetivos, a família... Sugiro-lhe que leia O
Livro dos Espíritos, de Allan Kardec, a fim de que penetre e entenda o mecanismo da
reencarnação, a fim de conhecer a lógica dessa ligação que tem com esse homem há
tantos anos. Não é uma aproximação fortuita; são dezessete anos, durando mais do que
muitos casamentos atuais, alguns dos quais não atravessam os primeiros anos de
comunhão. Dezessete anos de união ilegal, do ponto de vista emocional, e injusta
porque ele estava vinculado à outra. Se estivesse separado, seria perfeitamente legal,
moral, normal, pois as questões aqui são muito convencionais na Terra.”

Pedi-lhe licença para brindá-la com um livro que eu psicografar, solicitando que o lesse.
Ela ficou sensibilizada, por tratar-se de pessoa honesta. Tinha a sua forma de encarar a
vida, que é um direito que lhe pertence, mas era honesta, lúcida.

Agradeceu-me, dizendo que acompanharia os ciclos de palestras naquela cidade, sempre


que eu retornasse. E os acompanhou. No ano seguinte, 1981, ela retornou e acenou-me,
jovialmente, mas, à distância. Em 1982 também, quando então perdi o contato.

Agora, ela estava ali.


Nesse encontro, a vimos naquele estado de depauperamento, de ansiedades, de dores
mal contidas, de medo da morte, por que a verdade é que esse transe, até o momento da
morte, é uma grande interrogação. Daí, muitos apressam o fim, com medo do fim,
suicidando-se; querendo evitar a tragédia biológica, atiram-se numa tragédia muito pior,
a de natureza espiritual, por não terem resistências morais nem físicas, às vezes, para as
dores, que são efeitos naturais da imprudência, da insensatez, da forma como viveu a
vida inteira, ou de fatores cármicos que vêm de outra encarnação.

Lastimei por ela, que dizia amar aquele homem insensível e explorador; lastimei esse
homem, que era o autor intelectual e moral dos abortos porque, em verdade, ela era sua
vítima duas vezes: porque ele a explorava sentimentalmente e a induzia ao infanticídio,
para ele continuar descomprometido como estava acontecido.

O que me chamou a atenção nesse drama, é que eu via, ali, no Aeroporto, não apenas os
Espíritos que impediu de reencarnar, como, também, algumas Entidades impiedosas
aguardando-a, com o amante, que já estava desencarnado, em estado de absoluta
alucinação, preso a ela, desejando-a, gritando com os obsessores que ele provocara com
a sua conduta ética, profundamente irregular e infeliz.

Despedimo-nos.

Na hora do adeus, a vi chorando, e a perguntar-me:

- “Por que sou assim? Não consigo ter remorso pelo que fiz...”

Sorri, e acentuei:

- “Ah!, minha filha, você mudará... O tempo é ilimitado; não se atormente por isso. Se a
sua consciência não a perturba...”

- “Não é bem assim – atalhou ela; sei que não deveria ter feito isso, mas não me
lamento, não me arrependo.”

- “Então, deixe pra lá – concluí – por que agora vai ficar remoendo isso? Pense em fazer
algo de bom enquanto está viva na matéria, ainda. Você tem tempo. Faça algo. Há tanta
criança por aí, abandonada; procure ressarcir em uma ou duas, alguma coisa.”

Não foi mais possível continuarmos. Foi anunciada a última chamada de embarque.

Fiquei a meditar naquilo que o povo, às vezes, diante da Doutrina Espírita diz:

- “Como posso acreditar que vivi antes, se não me lembro? Como vou acreditar nessa, a
de estar pagando hoje o que teria praticado noutra vida...”

Basta meditarmos no caso dessa moça.

Qualquer pessoa de mediana capacidade de discernimento, sabe que o aborto é crime.


Podem legalizá-lo um milhão de vezes, mas nunca o moralizarão. O fato de ser legal
não implica em ser moral, como o fato de algo ser moral não indica necessariamente em
ser legal, porque na hora em que se legalizar a prostituição, ela continuará imoral, da
mesma forma que se tem legalizado tanta coisa que continua imoral. Tem-se moralizado
muita coisa que não recebeu o aval das chamadas leis sociais, feitas por homens tão
defeituosos quanto essas leis que eles próprios elaboram.

A lei universal é a Lei da Vida, e essa é a Lei do Amor. Tudo aquilo que violenta essa
tendência, que é o Amor, agride a realidade.

Divaldo Franco
Frase de Steve Jobs, fundador da
Apple, para a mãe biológica:
“Queria conhecê-la, saber se tudo está bem, e lhe
agradecer por não ter me abortado.”

Steve Jobs foi adotado ainda recém-nascido. Depois


que a mãe adotiva faleceu, em 1986, resolveu
procurar a mãe biológica. Encontrou-a. Ela chorou
muito e se desculpou por lhe ter entregado para a
adoção. Tinha 23 anos, era estudante universitária, e
teve que fugir para outro Estado para ter o bebê. Ele
a confortou, e disse-lhe que tivera uma infância feliz.
Imagine de quantas coisas incríveis o mundo teria
sido privado se a mãe dele tivesse abortado. Os pais
devem pensar em dar ao menos uma chance a seu
filho, a mais básica delas, a chance de viver, mesmo
que esse filho seja fruto de uma gravidez indesejada,
como foi o caso de Steve.

Por isso, diga NÃO ao aborto!


UM ANJO CHAMADO "MÃE"

Uma criança pronta para nascer perguntou a Deus:


- Disseram-me que estarei sendo enviada à Terra amanhã .
. . Como vou viver lá, sendo que sou pequena e indefesa ?
E Deus disse:
- Entre muitos anjos, escolhi um especial para você. Estará
esperando-a e tomará conta de você.
- Mas me diga, aqui no céu eu não faço nada além de
sorrir e cantar, o que é suficiente para que eu seja feliz . . .
Serei feliz lá?
- Lá, seu anjo cantará e sorrirá para você . . . a cada dia, a
cada instante, você sentirá o amor do seu anjo e será feliz.
- Como poderei entender quando falarem comigo, se eu
não conheço a língua que as pessoas falam?
- Com muita paciência e carinho, seu anjo lhe ensinará a
falar.
- E o que farei quando sentir saudade e quiser falar com o
Senhor?
- Seu anjo juntará suas mãos e lhe ensinará a orar.
- Eu ouvi que na Terra tem homens maus. Quem me
protegerá?
- Seu anjo a defenderá mesmo que signifique arriscar sua
própria vida.
- Mas eu serei sempre triste, porque eu não O verei mais!
- Seu anjo sempre lhe falará sobre Mim, lhe ensinará a
maneira de vir a Mim, e Eu estarei sempre dentro de você.
Nesse instante havia muita paz no céu, mas as vozes da
Terra já podiam ser ouvidas.
A criança, apressada, pediu suavemente:
- Oh, Deus, se eu estiver a ponto de ir agora, diga-me por
favor, o nome do meu anjo.
E Deus respondeu:
- Você chamará seu anjo de . . . MÃE!
QUANDO DEUS CRIOU AS MÃES

Diz uma lenda que o dia em que o bom Deus criou as


mães, um mensageiro se acercou Dele e Lhe perguntou o
porquê de tanto zelo com aquela criação.
Em quê, afinal de contas, ela era tão especial?
O bondoso e paciente Pai de todos nós lhe explicou que
aquela mulher teria o papel de mãe, pelo que merecia
especial cuidado.
Ela deveria ter um beijo que tivesse o dom de curar
qualquer coisa, desde leves machucados até namoro
terminado.
Deveria ser dotada de mãos hábeis e ligeiras que agissem
depressa preparando o lanche do filho, enquanto mexesse
nas panelas para que o almoço não queimasse.
Que tivesse noções básicas de enfermagem e fosse
catedrática em medicina da alma.
Que aplicasse curativos nos ferimentos do corpo e
colocasse bálsamo nas chagas da alma ferida e magoada.
Mãos que soubessem acarinhar, mas que fossem firmes
para transmitir segurança ao filho de passos vacilantes.
Mãos que soubessem transformar um pedaço de tecido,
quase insignificante, numa roupa especial para a festinha
da escola.
Por ser mãe deveria ser dotada de muitos pares de olhos.
Um par para ver através de portas fechadas, para aqueles
momentos em que se perguntasse o que é que as crianças
estão tramando no quarto fechado.
Outro para ver o que não deveria, mas precisa saber e,
naturalmente, olhos normais para fitar com doçura uma
criança em apuros e lhe dizer: Eu te compreendo. Não
tenhas medo. Eu te amo, mesmo sem dizer nenhuma
palavra.
O modelo de mãe deveria ser dotado ainda da capacidade
de convencer uma criança de nove anos a tomar banho,
uma de cinco a escovar os dentes e dormir, quando está na
hora.
Um modelo delicado, com certeza, mas resistente, capaz
de resistir ao vendaval da adversidade e proteger os filhos.
De superar a própria enfermidade em benefício dos seus
amados e de alimentar uma família com o pão do amor.
Uma mulher com capacidade de pensar e fazer acordos
com as mais diversas faixas de idade.
Uma mulher com capacidade de derramar lágrimas de
saudade e de dor mas, ainda assim, insistir para que o filho
parta em busca do que lhe constitua a felicidade ou
signifique seu progresso maior.
Uma mulher com lágrimas especiais para os dias da
alegria e os da tristeza, para as horas de desapontamento e
de solidão.
Uma mulher de lábios ternos, que soubesse cantar canções
de ninar para os bebês e tivesse sempre as palavras certas
para o filho arrependido pelas tolices feitas.
Lábios que soubessem falar de Deus, do Universo e do
amor. Que cantassem poemas de exaltação à beleza da
paisagem e aos encantos da vida.
Uma mulher. Uma mãe.

Ser mãe é missão de graves responsabilidades e de subida


honra. É gozar do privilégio de receber nos braços
Espíritos do Senhor e conduzi-los ao bem.Enquanto haja
mães na Terra, Deus estará abençoando o homem com a
oportunidade de alcançar a meta da perfeição que lhe cabe,
porque a mãe é a mão que conduz, o anjo que vela, a
mulher que ora, na esperança de que os seus filhos
alcancem felicidade e paz.

Redação do Momento Espírita.


NÓS PEDIMOS PARA NASCER?

Nina era uma criança muito bonita e mimada por todos da


família.
Não desgrudava dos pais e vice-versa.
Mas, na adolescência, tornou-se uma garota cheia de
vontades, imposições e afastou-se dos pais.
No seu momento de rebeldia e ingratidão dizia:
- EU NÃO PEDI PARA NASCER.

Diz Richard Simonetti: "Ledo engano. No Plano


Espiritual não só pedimos como, não raro,
imploramos a casais em disponibilidade que nos
dessem a oportunidade de um retorno às
experiências humanas, reconhecendo-as
indispensáveis à nossa edificação e à solução de
problemas cármicos."
Chico Xavier disse que quando psicografava o livro
"NOSSO LAR", viu milhares de Espíritos que
aguardavam, por longo tempo, a oportunidade de
reencarnar, e completou dizendo que deveríamos
respeitar o corpo que o Senhor nos concede, porque
não será fácil uma nova oportunidade.
No livro "Missionários da Luz", o Espírito André Luiz,
conta através da psicografia de Chico Xavier, a
história de um Espírito que se preparava para
reencarnar, com a intenção de reparar o erro que
cometeu como mãe na Terra. Quando encarnada, foi
devotadíssima mãe e esposa, mas contrariava a
influência do marido no lar e estragava os filhos com
excessos de meiguice sem razão. Eram três rapazes
e uma jovem, que caíram muito cedo em
desregramentos, e cedo desencarnaram. Após
desencarnar entraram em regiões baixas. Quando
esta mãe desencarnou, percebeu que falhou na
educação dos filhos, então, implorou para
reencarnar junto deles novamente. Seu pedido levou
mais de 30 anos para ser concedido.
Observemos que, além de pedirmos, não é tão fácil
uma nova oportunidade. Por isso, aproveitemos bem
a nossa encarnação.

Estória e compilação de Rudymara


SEARA DE ÓDIO

- Não! Não te quero em meus braços! - dizia a jovem mãe, a quem a Lei
do Senhor conferira a doce missão da maternidade, para o filho que lhe
desabrochava do seio - não me furtarás a beleza! Significas trabalho,
renúncia, sofrimento...

- Mãe, deixa-me viver!... Suplicava-lhe a criancinha no santuário da


consciência – estamos juntos! Dá-me a bênção do corpo! Devo lutar e
regenerar-me. Sorverei contigo a taça de suor e lágrimas, procurando
redimir-me... Completar-nos-emos. Dá-me arrimo, dar-te-ei alegria.
Serei o rebento de teu amor, tanto quanto serás para mim a árvore de
luz, em cujos ramos tecerei o meu ninho de paz e de esperança...

- Não, não...

- Não me abandones!

- Expulsar-te-ei.

- Piedade mãe! Não vês que procedemos de longe, alma com alma,
coração a coração?

- Que importa o passado? Vejo em ti tão-somente o intruso, cuja


presença não pedi.

- Esqueces-te, mãe, de que Deus nos reúne? Não me cerres a porta!...

- Sou mulher e sou livre. Sufocar-te-ei antes do berço...

- Compadece-te de mim!...

- Não posso. Sou mocidade e prazer, és perturbação e obstáculo.

- Ajuda-me!

- Auxiliar-te seria cortar em minha própria carne. Disputo a minha


felicidade e a minha leveza feminil...

- Mãe, ampara-me! Procuro o serviço de minha restauração...


Dia a dia, renovava-se o diálogo sem palavras, até que, quando a criança
tentava vir à luz, disse-lhe a mãezinha cega e infortunada, constrangendo-a
a beber o fel da frustração:

- Torna à sombra de onde vens! Morre! Morre!

- Mãe, mãe! Não me mates! Protege-me! Deixa-me viver...

- Nunca!

- Socorre-me!

- Não posso.

Duramente repelido, caiu o pobre filho nas trevas da revolta e, no anseio


desesperado de preservar o corpo tenro, agarrou-se ao coração dela, que
destrambelhou, à maneira de um relógio desconsertado...

Ambos, então, ao invés de continuarem na graça da vida, precipitaram-se


no despenhadeiro da morte.

Desprovidos do invólucro carnal, projetaram-se no Espaço, gritando


acusações recíprocas.

Achavam-se, porém, ligados um ao outro, pelas cadeias magnéticas de


pesados compromissos, arrastando-se por muito tempo, detestando-se e
recriminando-se mutuamente...

A sementeira de crueldade atraía a seara de ódio. E a seara de ódio lhes


impunha nefasto desequilíbrio.

Anos e anos desdobraram-se, sombrios e inquietantes, para os dois, até que,


um dia, caridoso Espírito de mulher recordou-se deles em preces de carinho
e piedade, como a ofertar-lhes o próprio seio. Ambos responderam,
famintos de consolo e renovação, aceitando o generoso abrigo...

Envolvidos pela caricia maternal, repousaram enfim.

Brando sono pacificou-lhes a mente dolorida.

Todavia, quando despertaram de novo na Terra, traziam o estigma do


clamoroso débito em que se haviam reunido, reaparecendo, entre os
homens, como duas almas apaixonadas pela carne, disputando o mesmo
vaso físico, no triste fenômeno de um corpo único, sustentando duas
cabeças
Irmão X

212. Há duas almas, nas crianças cujos corpos nascem ligados, tendo
comuns alguns órgãos?

“Sim, mas a semelhança entre elas é tal que faz vos pareçam, em muitos
casos, uma só alma.” (O Livro dos Espíritos)

Observação: Aqui é citado o caso dos siameses, onde os corpos nascem


ligados e alguns órgãos sustentam os dois corpos, mas são duas almas.

Os xifópagos, via de regra, são dois espíritos ligados por cristalizados


ódios, construídos ao longo de muitas reencarnações, e que reencarnam
nestas condições, raramente por livre escolha e nem por punição de Deus
(aliás, Deus não pune, nem castiga, apenas corrige suas criaturas), mas por
uma espécie de determinismo originado na própria lei de Ação e Reação
(Causa e Efeito), que os hindus denominam de “karma”. Alternando-se as
posições como algoz e vítima e, também, de dimensão física e extrafísica,
constrangidos por irresistível atração de ódio e desejo de vingança,
buscam-se sempre e culminam se reaproximando em condições
comoventes, que os obriga a compartilhar até do mesmo sangue vital e do
ar que respiram.

(...) Do ponto de vista espiritual, entendemos se tratar provavelmente de


dois espíritos ligados por ódio extremo, talvez de muitas reencarnações, e
que renascem nestas condições não por livre escolha ou imposiçao da
lei divina, mas por uma espécie de determinismo originado na própria lei
de causa e efeito. Alternando-se as posições como algoz e vítima e,
também, de plano (físico e espiritual), impelidos por irresistível atração de
ódio e desejo de vingança, buscam-se sempre e acabam se reencontrando
por vezes em circunstâncias dramáticas, que os obrigam a partilhar até do
mesmo sangue vital e do ar que respiram.

(...) A convivência ensejará que os dois seres, durante a trajetória (seja ela
mais longa ou muito curta), estabeleçam laços de parceria e apoio,
despertando sentimentos de amizade, de respeito e início de reconciliação
pelo perdão, ainda que imanifestos.

FONTE: REVISTA CRISTÃ DO ESPIRITISMO

“Reconcilia-te o mais depressa possível com o vosso adversário,


enquanto todos estais a caminho...” disse Jesus

A morte, como se sabe, não nos livra dos nossos inimigos. Os Espíritos
vingativos perseguem sempre com o seu ódio, além da sepultura, aqueles
que ainda são objeto do seu rancor. Daí ser falso, quando aplicado ao
homem, o provérbio: “Morto o cão, acaba a raiva”. O Espírito mau espera
que aquele a quem queira mal esteja encerrado em seu corpo, e assim
menos livre, para mais facilmente o atormentar, atingindo-o nos seus
interesses ou nas suas mais caras afeições. É necessário ver nesse fato a
causa da maioria dos casos de obsessão, sobretudo daqueles que
apresentam certa gravidade, como a subjugação e a possessão. O obsedado
e o possesso são, pois, quase sempre, vítimas de uma vingança anterior, a
que provavelmente deram motivo por sua conduta. Deus permite a situação
atual, para os punir do mal que fizeram, ou, se não o fizeram, por haverem
faltado com a indulgência e a caridade, deixando de perdoar. Importa,
pois,com vistas à tranqüilidade futura, reparar o mais cedo possível os
males que se tenham praticado em relação ao próximo, e perdoar aos
inimigos, para assim se extinguirem, antes da morte, todos os motivos de
desavença, toda causa profunda de animosidade posterior. Dessa maneira
se pode fazer, de um inimigo encarnado neste mundo, um amigo no outro.
Quando Jesus recomenda que nos reconciliemos o mais cedo possível com
o nosso adversário, não quer apenas evitar as discórdias na vida presente,
mas também evitar que elas se perpetuem nas existências futuras. Não
sairás de lá, disse ele, enquanto não pagares o último ceitil, ou seja, até que
a justiça divina não esteja completamente satisfeita.

O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO


PEDREIRO ADOTA CRIANÇAS QUE SERIAM ABORTADAS

Se você já ouviu falar em compaixão e solidariedade, veja a história deste


homem, que é pai de mais de 100 crianças. O pedreiro vietnamita Tong
Phuoc Phuc salvou a vida de dezenas de bebês que seriam abortados nos
últimos anos. Phuc abriu as portas da própria casa para que essas gestantes
tivessem onde ficar e se ofereceu para adotar os bebês que elas não
quisessem. Desde então, ele adotou mais de cem bebês que seriam
abortados e conseguiu que, com o tempo, muitas dessas mães voltassem
para buscar os filhos quando estivessem em melhores condições. Todos os
bebês que Phuc adota, se são meninos, tem o nome de Vihn (que significa
“Honra”), e se são meninas, são chamadas de Tam (que é “Coração”). O
segundo nome é sempre o da mãe, ou da cidade de origem dela – caso a
mãe retorne; e o sobrenome é Phuc, que é o dele, pois ele considera todos
como seus próprios filhos.Ele diz que “essas crianças agora têm um lar
seguro. Eu estou disposto a ajudar e a ensiná-las a serem boas pessoas”.

COMO COMEÇOU?

Tudo começou em 2001, quando a esposa dele estava grávida e teve muitas
complicações. O parto foi difícil e Phuc conta que enquanto aguardava no
hospital pela recuperação de sua esposa, viu que muitas mulheres entravam
grávidas na sala de parto mas saiam sem nenhum bebê. A princípio ele não
entendeu, mas quando viu os médicos jogando os fetos no lixo, se deu
conta do que estava acontecendo. Ele se compadeceu e então pediu para
levar esses corpos. Com todas as economias que tinha de seu trabalho como
construtor, comprou um pequeno campo para poder enterrar os restos dos
bebês que eram jogados. No começo, sua esposa pensou que ele tivesse
enlouquecido, mas ele continuou fazendo isso e atualmente já são mais de
10.000 fetos abortados que aí descansam. Desde que ele começou a enterrar
os corpos, mães pós-abortivas começaram a ir ao cemitério para rezar pelos
filhos sepultados, mas também apareceram grávidas em risco de aborto que
começaram a pedir ajuda a ele. Começam ali as adoções deste pedreiro, que
não pararam mais.

ADOÇÃO

Apesar de parecer cansativo, Phuc não pensa em parar de adotar bebês


nesta situação.“Continuarei a fazer esse trabalho até meu último suspiro de
vida, e encorajo meus filhos a continuarem ajudando outras pessoas
desprivilegiadas,” conta o pedreiro.

DISSE JESUS: “Tudo o que fizerdes ao menor dos meus irmãos, é a Mim
que o fazeis” (Mt 25, 40)
MÃE NA VISÃO ESPÍRITA

Homem e mulher, segundo os espíritos disseram à Kardec


são iguais perante Deus e tem os mesmos direitos. Que, somente os
homens pouco adiantados do ponto de vista moral usam a força para
impor seu modo de pensar e agir. E que somente em sociedades
primitivas pode conceber que a mulher é inferior ao homem. Mas, houve
uma época que a força do homem dominou a mulher de maneira cruel e
injusta. Filósofos discutiam se a mulher tinha alma. A mulher tinha dono,
primeiro o pai e segundo o marido.

No século 20 a mulher conquistou o direito de trabalhar fora de casa;


votar; administrar seu próprio negócio, enfim, ela conseguiu exercer seu
livre arbitrio. A partir daí seu modo de pensar mudou. E toda mudança
assusta, ocasiona briga, discussão, uma certa desarmonia no
relacionamento familiar. Por que? Porque a mulher passou a ter duas
jornadas de trabalho. Uma fora de casa e outra dentro. Então, ela passou
a não achar justo que o homem não ajude nos afazeres da casa, já que ela
passou a ajudar nas despesas. E as mulheres que chamamos de “do lar”,
trabalham a semana todo com os afazeres da casa para que o marido saia
tranqüilo para o trabalho. Mas nos finais de semana, feriados e férias ela
não acha justo que só o marido usufrua desta regalia. Nestas datas ela
quer que eles a ajudem. E o homem, com caráter machista, acha-se
ofendido. Porque ele foi criado achando que os afazeres domésticos são
coisas de mulher. Mas este abalo ou atrito foi e é necessário para que haja
modificações profundas, e com o tempo serão superados na medida em
que a humanidade assimilar plenamente um princípio fundamental: a
igualdade de direitos entre o homem e a mulher.

Mas, os espíritos também disseram que, embora sejam iguais e tenham os


mesmos direitos, as funções são diferentes. O homem se destina
aos trabalhos rudes, por ser mais forte; a mulher aos trabalhos suaves.
Isto não significa que o homem deva usar esta força para escravizar,
dominar a mulher, mas para proteger. Embora a mulher seja mais fraca
fisicamente, Deus deu a ela ao mesmo tempo maior sensibilidade em
relação com a delicadeza das funções maternais. E, esta função é ainda
maior que a do homem perante a Natureza, porque é ela que dá a ele as
primeiras noções de vida. Isto não significa que a mulher não deva
trabalhar fora e exercer seu livre arbítrio, mas a função “mãe” cabe mais a
ela. E ao homem cabe ajudar sua mulher nos deveres do lar, assim como
ela faz quando ajuda nas finanças da casa quando sai para trabalhar.

Afinal, homem e mulher só existem na organização física, pois os Espíritos


podem trocar a roupagem física a cada encarnação, ou seja, o homem
pode renascer num corpo de mulher e vice-versa. Por isso, vemos, muitas
vezes, homens desempenhando o papel de mãe melhor que muitas mães.
Pois, eles já passaram pela maternidade em outras encarnações. E vemos
muitas mulheres devotadas ao trabalho fora do lar do que à maternidade.

Mas, como espíritos imperfeitos podem ser bons educadores?


Reconhecem-se as verdadeiras educadoras não pela santidade,
mas pelo“esforço” e pela “disciplina” que trouxerem como
bagagem, os quais serão os alicerces firmes e sólidos
da “educação”. São valores reconhecidos pelos que buscam
acertar na tarefa. Então, devemos ter sempre conosco a
legenda “educar-se para educar”.

No livro "Missionários da Luz", o Espírito André Luiz, conta através


da psicografia de Chico Xavier, a história de um Espírito que se
preparava para reencarnar, com a intenção de reparar o erro que
cometeu como mãe na Terra. Quando encarnada, foi devotadíssima
mãe e esposa, mas contrariava a influência do marido no lar e
estragava os filhos com excessos de meiguice sem razão. Eram
três rapazes e uma jovem, que caíram muito cedo em
desregramentos, e cedo desencarnaram. Após desencarnar
entraram em regiões baixas. Quando esta mãe desencarnou,
percebeu que falhou na educação dos filhos, então, implorou para
reencarnar junto deles novamente. Seu pedido levou mais de trinta
anos para ser concedido. Então, na nova encarnação, ela os
receberia como filhos novamente, sendo dois rapazes na condição
de paralíticos, um na qualidade de débil mental e, para auxiliá-la na
viuvez precoce, teria tão somente a filha, que seria também
portadora de urgente necessidade de correção. Vejam a
responsabilidade de ser mãe.

Chico Xavier disse o seguinte: "Várias vezes visitei com Emmanuel e


André Luiz, as regiões do Umbral... Não vi por lá uma criança sequer, mas pude
observar muitos pais que se responsabilizaram pela queda dos filhos - mais pais
do que mães!..."

Alguém vai dizer: “e as mães que abandonaram seus filhos?” –


Divaldo diz que nós renascemos não onde merecemos, mas onde
temos necessidade para evoluir. Muitas vezes, retornamos na condição
de filho de alguém que foi nosso desafeto; voltamos à Terra entre
pessoas que nós magoamos. Muitas vezes, mãe e filho, por exemplo,
foram inimigos no passado e hoje, em nova encarnação, encontram
dificuldades de relacionamento. Mas Deus os colocam juntos para que
façam as pazes. Por isso, vemos mães com maior afinidade com um filho
do que com outro e/ou filhos com maior afinidade com a mãe do amigo
do que a própria mãe. E se aquela mãe não nos quis, não nos criou,
sejamos gratos por ela não ter nos abortado, por ela nos dar a
oportunidade de viver e de evoluir. E quando os filhos são ingratos
aos pais? O mandamento de Deus pede para honrar a seu pai e mãe,
não somente respeitá-los: mas assistí-los na necessidade,
proporcionando-lhes o repouso na velhice, cercá-los de solicitude como
fizeram por nós em nossa infância. E quando os pais foram relapsos e
não cumpriram com suas obrigações de pais? Certos pais, é verdade,
menosprezam seus deveres e não são para os filhos o que deveriam ser;
mas cabe a Deus puni-los e não aos seus filhos; não cabe a estes
censurá-los, porque talvez eles próprios merecessem que fosse assim.

Então, que os homens e mulheres, ao invés de ficarem medindo força para


buscar igualdade no vício, no sexo desregrado, para provar quem é mais
forte, mais inteligente, mais capaz, que se dêem as mãos para
caminharem juntos. As funções são diferentes, mas complementares.
Deus conta com ambos para trazer Seus filhos ao mundo para que tenham
a oportunidade de passar por provas ou expiações e para que os ajudem a
sair daqui melhores que aqui chegaram.

Neste dia das mães ouviremos muito que é uma “data comercial”. É sim,
mas moramos num planeta materialista. Sem estas datas o comércio, as
fábricas iriam a falência. Muita gente ficaria desempregada. Lógico que há
exageros, mas moramos num mundo de provas e expiação. Não podemos
esperar muito dos moradores dele. Precisamos observar o lado bom desta
data. Muitas mães só são lembradas neste dia. Só recebem visita,
presente, um abraço, um beijo, uma prece, caso esteja desencarnada.
Então, aproveitem este dia, e todos os outros dias com suas mães. Se
estiver difícil visitar, ligue, mande uma mensagem. Se estiver
desencarnada, emita sempre um bom pensamento a ela. E se puder,
alegre uma mãe que perdeu um filho, que não tem um, que foi
abandonada por um, que adotou um ou alguns. Não precisa dar presente
caro, escreva uma mensagem, coloque num envelope e entregue a ela.
Pelo menos deixe um uma caixa do correio. O importante é fazer uma
mãe feliz.

Rudymara
ESTUPRO E PEDOFILIA

Porque os homens são mais instintivos com relação ao sexo? E por que
os casos de estupro/ pedofilia envolvem 99% o sexo masculino? Seria
isso um tipo de evolução menor que o sexo feminino?

Nós não "somos" homens ou mulheres, nós "estamos" homens e


mulheres. Na próxima encarnação não sabemos se encarnaremos num
corpo masculino ou feminino. Então, os desequilibrados na área do sexo
hoje pode ser lembrança de outra encarnação ligado a abusos na área da
sensualidade e sexualidade. Dai, ao invés de serem ajudados pela família e
sociedade, eles são criados como "machos" ao invés
de "homens", como “bodes” que podem mais que as "cabras". Muitos
pais apontam uma mulher para o filho e diz "olha que gostosa",
estimulando o filho a olhar para uma mulher como um pedaço de carne que
só serve para satisfazer sua"fome", enfim, onde mulher é vista como
inferior a ele, que foi feita para satisfazer seu instinto sexual e onde não são
cobrados como ela é. Daí, eles erram no mesmo ponto que erraram no
passado. Pais, lembrem-se que, as crianças são espíritos velhos em corpos
novos. Cuidado com o que dizem e ensinam a eles. Vocês podem estar
relembrando e estimulando erros do passado. Para o sexo masculino é mais
fácil cometer o estupro porque eles são mais fortes fisicamente e pelo
formato de seu órgão sexual. E o espírito que está vestindo um corpo
feminino nesta encarnação, talvez seja para conter
impulsos "masculinos" inferiores do passado ou para sentir na pele o
preconceito, a discriminação, a humilhação que tenha feito uma mulher
passar. Assim, numa próxima encarnação, quando estiver vestindo um
corpo masculino, ele respeitará o sexo oposto. Este desvio acontece com as
mulheres também. Muitas gostam de serem observadas, não pela beleza ou
virtude, mas pela sensualidade, sexualidade e chegam a vulgaridade.
Esquecem que lidam com todos os tipos de espíritos, inclusive os
desequilibrados na área do sexo. Afinal, moramos num planeta de provas e
expiações, onde os moradores ainda são, segundo os espíritos disseram a
Kardec, "maldosos e ignorantes." Mas, é preciso esclarecer que ninguém
nasce para estuprar, matar, roubar, enfim, delinquir. Nascemos para
evoluir. Para tentarmos ser hoje melhor que fomos no passado. Os desvios
morais são o mau uso do livre arbítrio. Alguém dirá: “A carne é
fraca". Mas a carne não é fraca, fraco é o espírito que utiliza a carne.
Nosso corpo físico é como uma luva de lã. A luva não se movimenta se a
mão não estiver dentro dela. Então, se alguém esfaquear uma pessoa
usando uma luva, a culpa não é da luva, mas de quem está a utilizando.
Assim é o Espírito e o corpo físico. O corpo físico só se movimenta porque
tem um Espírito ligado a ele. É o Espírito que emite comando ao cérebro e
este realiza os movimentos. Então, se uma pessoa se entregar ao vício, a
culpa não é do corpo e sim do Espírito vicioso que se utilizou do corpo
físico para se entregar ao vício. Há casos de estupros e pedofilia que,
segundo José Raul Teixeira são: "Provenientes de pretéritos demarcados
por muita desarmonia na área da libido, é comum que a criatura
reencarnada siga emitindo, sem saber, fluidos que vibram na
frequência do seu desequilíbrio...todos os seres que se acharem na
sintonia dessas inarmonias sexuais sentir-se-ão atraídos por essas
pessoas, estejam elas compromissadas ou não, sejam de muita ou
pouca idade, crianças ou velhos...visto que esta atração pode
apresentar-se por meio de abordagens finas, educadas, como podem se
traduzir através de fortes assédios, de violações sexuais, de estupros ou
mesmo de homicídios, em função da intensidade e da densidade dos
fluidos liberados pelos assediados." Mas, há também caso de obsessão.
No livro "Sexo e Obsessão", Philomeno Manoel de Miranda conta a
história de um sacerdote que luta contra as más inclinações na área sexual:
pedofilia. Seu obsessor utilizava as lembranças do passado para obsediá-
lo. Então, oremos e vigiemos. Oremos pedindo forças para resisitir as
tentações do mal que ainda está dentro de nós e vigiemos nossas atitudes,
pois elas são sementes que estamos plantando e que, colheremos nesta ou
em outra encarnação.

Rudymara
MOVIMENTO FEMINISTA NA VISÃO ESPÍRITA
No livro "Entrevistas e Lições" foi feito a seguinte pergunta a Divaldo Franco:
DIVALDO FRANCO, COMO VOCÊ VÊ O MOVIMENTO FEMINISTA? E ele
respondeu: "Como de libertação da mulher, digno como todos os outros que tem
como objetivo contribuir para a felicidade da criatura humana, na Terra. O
excesso, as paixões, as lutas perturbadoras são prejudiciais em qualquer tipo de
atividade, não sendo, portanto, exclusivo do Movimento Feminista. Certamente,
há pessoas que exageram nas suas posturas e ideações, porém isto é da criatura
humana e, não, especificamente, deste ou daquele grupamento."

E no livro "O Consolador", Emannuel também fala sobre o assunto: "A ideologia
feminista dos tempos modernos, com as diversas bandeiras políticas e sociais,
pode ser um veneno para a mulher desavisada dos seus grandes deveres
espirituais na face da Terra."

Então, como vemos, o problema não é o movimento feminista, mas como se faz
o movimento. Tudo deve ser dentro da lei, dos bons costumes, do respeito ao
próximo e a si mesmo... Afinal, se é uma busca por direitos, seus membros não
devem esquecer seus deveres e, consequentemente, os direitos do seu próximo. E
os espíritas sabem, ou deveriam saber, porque um espírito encarna num corpo
feminino e quais são seus deveres espirituais. A mulher tem os mesmos direitos
que os homens, dizem os espíritos no O livro dos espíritos, mas os deveres são
diferentes. Mas, muitas feministas buscam ser iguais ao homem no que ele mais
erra a séculos: sexo desregrado, vícios, etc., quando deveriam mostrar a eles,
através de seus exemplos e da educação que dão aos seus filhos homens, de como
estes deveriam se comportar. E quando acontece uma gravidez, por exemplo, elas
querem se livrar do "problema" através do aborto. Daí, tal ato, pode acarretar
muita dor no futuro, através de resgate reencarnatório. Muitas gritam: "o corpo é
meu". Mas, aprendemos que, o corpo não é dela, se fosse dela ela levaria após a
morte física. O corpo é um empréstimo de Deus para que façamos bom uso na
finalidade da nossa encarnação que é: EVOLUIR. Por isso, Emmanuel alerta
dizendo que conforme a maneira que se busca e o que se busca pode ser um
veneno para a mulher ou ao espírito que veste um corpo feminino. Então, que as
pessoas de tal movimento usem seu livre arbítrio com cautela. Pois, "tudo nos é
lícito, mas nem tudo nos convém", como disse o sábio apóstolo Paulo. E aqueles
ou aquelas que pensam diferente de nós, queremos dizer que, vocês estão no seu
direito de discordar mas, nos dê o direito de pensar diferente de vocês.

Texto de Rudymara

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