Você está na página 1de 34

Conformação Mecânica

Apresentação
Atrito e Lubrificação

Universidade Federal Rural do Semi-Árido


Conformação Mecânica

Docente: Ana Claudia de Melo Caldas Batista

Discentes: Aleff Garcia de Sousa


Dennis Deniam de Albuquerque Ribeiro
Luís Eduardo Saldanha Farias
Maria Graziele de Carvalho Tenório
Pedro Henrique Pinto Tôrres Viana

2
Introdução
● Atrito é o mecanismo pelo qual se desenvolvem forças de resistência superficiais ao
deslizamento de dois corpos em contato.

Fonte: (TRABALHESEUSONHO.COM., 2016)


Fonte: (Carvalho, 2014)

3
Introdução
● A causa primordial para o atrito entre materiais metálicos correlaciona-se com o
contato entre pequenas regiões ao longo das superfícies deslizantes.

Fonte: (VESTIBULAR, 2000)

●Estas superfícies apresentam irregularidades microscópicas que podem soldar-se pela


intensa deformação plástica localizada.

4
Introdução

Fonte: (Helman and Cetlin, 1984)

Representação esquemática das regiões de contato verdadeiro entre duas superfícies


deslizantes.

5
Introdução

As forças de atrito parecem tem sua origem na resistência ao cisalhamento destas


uniões. Estas forças podem também se originar como resultado de um processo de
“sulcar” o metal mais duro sobre a superfície do mais macio.

6
Introdução
Exemplo prático obtido para o caso da trefilação de tubos para a indústria
automobilística.

Fonte: (Helman and Cetlin, 1984)

7
Introdução
Considerando que os processos de conformação plástica dos metais envolvem o
contato entre o metal a ser conformado e as matrizes ou ferramentas de conformação,
então se concluí que o atrito deverá estar sempre presente, em maior ou menor grau.

As principais características que o atrito causa no processo são:


• Alteração, geralmente desfavorável, dos estados de tensão presentes durante a
deformação;
• Produção de fluxos irregulares (por ex.: limalhas) de metal durante o processo de
conformação;

8
Introdução
As principais características que o atrito causa no processo são:
● Criação de tensões residuais no produto;
● Influência sobre a qualidade superficial (podendo ser benéfica, inclusive);
● Elevação da temperatura a níveis capazes de comprometer-lhe as propriedades
mecânicas;
● Aumento do desgaste de ferramentas;

9
Introdução

As principais características que o atrito causa no processo são:


● Facilitar o “agarramento” das ferramentas de conformação com o metal a ser
conformado;
● Aumento do consumo de energia necessária à deformação, diminuindo a eficiência.

10
Atrito seco
O que é?
• Por definição, o atrito é a força gerada sempre que dois corpos entram em contato
e há tendência ao escorregamento;

• As partes em contato estão sempre no repouso, uma em relação a outra;

• Sempre se opõe a tendência de escorregamento;

• O modulo da força de atrito de variável.

11
Atrito seco
Características:
• Retira energia do sistema;

• O valor máximo do µ (coeficiente de atrito estático) é máximo quando o corpo esta

prestes a se movimenta;
• A força de atrito tem sempre uma relação com a força normal, essa relação é

descrita a seguir
𝐹
= µ
𝑅

12
Atrito seco
Comportamento sob alta pressão:

• Para pressões de contato elevadas, as superfícies de

contato podem se alteradas dando lugar a valores de µ


imprevisíveis;

• Rugosidade (superfície irregular), pode ocorrer soldas

microscópicas nas irregularidades;


Fonte: Mundo educacão.uol/atrito
• Uma pequena força P de compressão pode ocasiona em

deformações plásticas nestas irregularidades.


13
Atrito seco

Fonte: Mundo educacão.uol/atrito


Fonte: (Helman and Cetlin, 1984)

𝐹𝑎𝑡 = 𝑃 cos 𝜃
𝐹
𝜇 𝑁 = 𝑃 sin 𝜃 = 𝜇
𝑅
𝜇 𝑃 cos 𝜃 = 𝑃 sin 𝜃
µ = tan 𝜃

14
Atrito seco
O Deslocamento de um corpo em relação a outro
exige um esforço de cisalhamento suficiente para
romper estas uniões aplicado sobre os planos
contendo as áreas de contato Ac; entretanto, é
provável que o cisalhamento aconteça nos planos
mais profundos, sobre uma área As. Isso por que o
metal nos pontos de contato se deforma muito e as
soldas endurecidas apresentam resistência maior
do que ao arredor.
Fonte: (Helman and Cetlin, 1984)

15
Atrito seco
Definição algébrica:
Com base na imagem anterior pode-se definir a
força de atrito é dado por:

𝐹 = 𝑘𝐴𝑠 (1)

Sendo k = resistência de cisalhamento de


superfície unidas

Com o aumento de pressão P, a área de contato 𝐴𝑐


aumenta e tende à área nominal 𝐴𝑛 . Em contra
Fonte: (Helman and Cetlin, 1984)
partida a área de cisalhamento 𝐴𝑠 é proporcional.

16
Atrito seco

Analise Gráfica:

Veja que: o gráfico mostra como a força F se


comporta em relação a P, se atente que na zona I a
força cresce de forma linear.
Ao cruzar o ponto A, a área de cisalhamento se
aproxima a área nominal e a força se torna cada vez
mais constante e independente de P.
Fonte: (Helman and Cetlin, 1984)

17
Atrito seco
Para a zona I a relação algébrica se da por:
𝐴𝑠 = 𝑃. 𝑡𝑔 ∝ (2)
Substituindo (1) em (2) temos:
𝐹 = 𝑃. 𝑘. 𝑡𝑔 ∝
Sendo 𝑘. 𝑡𝑔 ∝ = 𝜇 = constantes.

18
Atrito seco
Definição algébrica:

Organizando a equação com as devidas relações temos:

𝐹 = 𝑃. 𝜇

Relação conhecida como lei de Coulomb, e dividindo todos os termo pela área
nominal 𝐴𝑛 temos:

𝜏 = 𝑝. 𝜇 (4)

Sendo 𝜏 tensão de atrito e p a pressão aplicada da lei de Amontons.

19
Atrito seco
Analise Gráfica:

Analisando a força de atrito no gráfico é perceptível que a curva decresce mostrando


uma diminuição no coeficiente de atrito na zona II.

𝐶
É proposto uma função : 𝜇 =
𝑝

Função essa que descreve a variação de coeficiente na zona II onde são realizados
ensaios de conformação mecânica.
Vale ressaltar que para altos valores de p a inclinação tende a anular e a tensão de atrito
tende para tensão de escoamento por cisalhamento sendo assim conclui-se que a força de
atrito está associado ao comportamento de deformações de metais em contato.

20
Atrito seco

Fonte: (Helman and Cetlin, 1984)

21
Atrito seco
Comumente as superfícies dos metais constituem-se de algumas impurezas como graxa ou
óxidos. Sabendo disso as ligações entre metais podem ter uma resistência uma resistência
média, abaixo das condições com materiais limpos, então pode-se expressar a expressão
de atrito como:
𝜏 = 𝑚. 𝑘 (5)
Sendo 0 < m < 1
Como as equações 4 e 5 são duas formas de valiar a tensão de atrito, pode-se considerar,
dependendo da situação, constantes. Como sua medida é relativamente difícil de ser
calculada é geralmente abordando um modelo teórico relacionando as duas equações.
22
Atrito seco

E o valor máximo de m é 1 e o valor mínimo de p é Y, conclui-se que o valor máximo


em condições de agarramento é:

𝑘 1
𝜇𝑚𝑎𝑥 = = = (~0,577)
𝑌 3

23
Lubrificação
⚫ Material lubrificante interposto as superfícies;
⚫ Baixa resistência ao cisalhamento;
⚫Forças de atrito determinadas pelas
características do lubrificante;
⚫Diminuição do desgaste dos corpos em
movimento.
Fonte: (Pauli, 1997)

24
Tipos de Lubrificação
Lubrificação Seca:
⚫ Sólido com resistência ao cisalhamento menor que os corpos em movimento;

⚫ São comuns para aplicação em processos que envolve altas temperaturas;

⚫ Metais podem ser utilizados como lubrificantes;

⚫ Exemplos de lubrificantes sólidos: Cobre no processo de forjamento, polímeros no


meio rodoviário, sabão, entre outros.

25
Tipos de Lubrificação
Lubrificação Liquida
⚫ Interposição de uma película de fluído entre as superfícies;

⚫ O parâmetro que caracteriza a lubrificação, é a viscosidade do lubrificante;

⚫ Dependendo da maneira em que a película de lubrificante se mantém, pode-se chamar


de lubrificação hidrostática ou hidrodinâmica.

⚫ A lubrificação hidrostática ocorre quando a película de lubrificante se mantém devido


dispositivos externos ao movimento dos corpos, como bombas e outros dispositivos.

26
Tipos de Lubrificação
Lubrificação Liquida

Já a lubrificação hidrodinâmica, ocorre


quando, a película de lubrificante se
mantém na superfície de contato devido
o próprio movimento dos corpos.

Fonte: (Pauli, 1997)

27
Tipos de Lubrificação
⚫ Ocorre quando a película de lubrificante tem espessura mínima do ponto de vista
prático, chegando até a capas monomoleculares;
⚫ Por ter pouca espessura, pode ser removida com relativa facilidade, portanto não
funcionará e acarretará em desgaste dos corpos.

(Como a análise de óleo e de vibrações se complementam, 2020)

28
Características de um
lubrificante ideal
Características principais desejáveis:

1. Manter as condições de lubrificação hidrodinâmicas;


2. Diminuir o atrito superficial;
3. Dissipar calor;
4. Impedir a adesão metálica entre matriz e o metal processado;
5. Reduzir a transferência de metal;
6. Eliminar partículas abrasivas;
7. Manter condições aceitáveis de acabamento superficial;

29
Características de um
lubrificante ideal
Características principais desejáveis:

8. Não deixar resíduos ao tratar termicamente;


9. Ser de fácil remoção da superfície;
10. Não apresentar características tóxicas;
11. Possuir condutividade elétrica aceitável.

30
Características de um
lubrificante ideal

Esperando que o lubrificante opere em condições de lubrificação limite, são


acrescentados os seguintes requisitos:

1. Possuir propriedades físico – químicas;


2. Ter grande estabilidade química em alta temperatura;
3. Possuir baixa reatividade.

31
Tipos de lubrificantes mais
comuns
1. Água;
2. Óleos minerais puros;
3. Óleos e ácidos graxos;
4. Ceras;
5. Sabão;
6. Sólidos minerais;
7. Sólidos metálicos;
8. Vidros;
9. Materiais sintéticos;
10. Plásticos.

32
Referências
Helman, H. and Cetlin, P. (1993). Fundamentos da conformação mecânica dos metais. Universidade Federalde Minas Gerais, Escola de
Engenharia, Fundação Ch-ristiano Ottoni. URL https://books.google.com.br/books?id=7FtjAAAAMAAJ.

HELMAN, H.; CETLIN, P.R.; Fundamentos da Conformação Mecânica dos Metais. Editora Guanabara Dois, 1983

TRABALHE SEU SONHO. Fogo primitivo: 5 formas de iniciar uma fogueira. Sobrevivência, [S.l.], 10 jun. 2016. Disponível em:
https://trabalheseusonho.com.br/fogo-primitivo-5-formas-de-iniciar-uma-fogueira/. Acesso em: 22 jun. 2020.

CARVALHO , Sofia. Resultante de Forças e Forças de Atrito. Ciências Físico-Químicas, [S. l.], p. 1-1, 23 mar. 2014. Disponível em:
http://sofiacarvalho-cfq.blogspot.com/2014/03/forcas.html. Acesso em: 22 jun. 2020.

VESTIBULAR1. – Revisão da Matéria de Física – Revisando seus conhecimentos. Vestibular1, [S. l.], 1 set. 1920. Disponível em:
https://vestibular1.com.br/revisao/estudo-do-atrito/. Acesso em: 22 jun. 2020.

PAULI, E, A.; ULIANA, F, S.; Mecânica Lubrificação, Espirito Santo, 1997, Apostila SENAI Departamento Regional do Espirito Santo, CST
Companhia Siderúrgica de Tubarão.
Como a análise de óleo e de vibrações se complementam. Divulgação e serviços da Industria 40. Disponível em:
<https://www.industria40.ind.br/artigo/17111-tecnicas-preditivas-como-a-analise-de-oleo-e-de-vibracao-se-complementam>. Acesso em: 24 de
junho de 2020.

33
Conformação Mecânica

Apresentação
Atrito e Lubrificação

Universidade Federal Rural do Semi-Árido

Você também pode gostar