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LEI 11.

340/06
Lei Maria da Penha IV
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LEI MARIA DA PENHA IV

TÍTULO III
DA ASSISTÊNCIA À MULHER EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR

CAPÍTULO I
DAS MEDIDAS INTEGRADAS DE PREVENÇÃO

O ponto mais importante que se tem é o da prevenção.

Art. 8º A política pública que visa coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher far-se-á por
meio de um conjunto articulado de ações da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municí-
pios e de ações não governamentais, tendo por diretrizes:
I – a integração operacional do Poder Judiciário, do Ministério Público e da Defensoria Pública com
5m as áreas de segurança pública, assistência social, saúde, educação, trabalho e habitação;

Há uma ação integrada do Poder Judiciário, Ministério Público, Defensoria e também entre
as Secretarias de Segurança Pública, Secretaria de Saúde, de Educação, de Assistência Social,
de Habitação, de Trabalho, para que se efetive os direitos elencados na lei.

II – a promoção de estudos e pesquisas, estatísticas e outras informações relevantes, com a pers-
pectiva de gênero e de raça ou etnia, concernentes às causas, às consequências e à frequência da
violência doméstica e familiar contra a mulher, para a sistematização de dados, a serem unificados
nacionalmente, e a avaliação periódica dos resultados das medidas adotada.
III – o respeito, nos meios de comunicação social, dos valores éticos e sociais da pessoa e da famí-
lia, de forma a coibir os papéis estereotipados que legitimem ou exacerbem a violência doméstica e
familiar, de acordo com o estabelecido no inciso III do art. 1º, no inciso IV do art. 3º e no inciso IV do
art. 221 da Constituição Federal;

A própria Constituição dispõe que o sistema de comunicação (rádio, TV, internet) tem que
ser com a finalidade de desenvolver a fraternidade, a dignidade, o respeito e não disseminar
valores que não sejam éticos.

IV – a implementação de atendimento policial especializado para as mulheres, em particular nas


Delegacias de Atendimento à Mulher;
V – a promoção e a realização de campanhas educativas de prevenção da violência doméstica e
familiar contra a mulher, voltadas ao público escolar e à sociedade em geral, e a difusão desta Lei e
dos instrumentos de proteção aos direitos humanos das mulheres;
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Uma das vantagens dessa lei é que ela é amplamente divulgada. É uma das leis mais
conhecidas no país devido às estatísticas.

VI – a celebração de convênios, protocolos, ajustes, termos ou outros instrumentos de promoção de


parceria entre órgãos governamentais ou entre estes e entidades não governamentais, tendo por obje-
10m
tivo a implementação de programas de erradicação da violência doméstica e familiar contra a mulher;
VII – a capacitação permanente das Polícias Civil e Militar, da Guarda Municipal, do Corpo de Bom-
beiros e dos profissionais pertencentes aos órgãos e às áreas enunciados no inciso I quanto às
questões de gênero e de raça ou etnia;
VIII – a promoção de programas educacionais que disseminem valores éticos de irrestrito respeito à
dignidade da pessoa humana com a perspectiva de gênero e de raça ou etnia;
IX – o destaque, nos currículos escolares de todos os níveis de ensino, para os conteúdos relativos
aos direitos humanos, à equidade de gênero e de raça ou etnia e ao problema da violência domés-
15m tica e familiar contra a mulher.

Equidade: igualdade de gênero, raça e etnia.

DIRETO DO CONCURSO
10. (2019/FGV/PREFEITURA DE SALVADOR-BA/PSICÓLOGO) Sobre as medidas integradas
de proteção, previstas pela Lei n. 11.340/2006 (Lei Maria da Penha), analise as afirmativas a
seguir.

I – Destacar, nos currículos escolares de todos os níveis de ensino, os conteúdos relativos
aos direitos humanos, à equidade de gênero e de raça ou etnia e ao problema da violência
doméstica e familiar contra a mulher.
II – Implementar o atendimento policial especializado para as mulheres, em particular nas
Delegacias de Atendimento à Mulher.
III – Promover estudos e pesquisas com a perspectiva de gênero e de etnia, concernentes
às causas, às consequências e à frequência da violência doméstica e familiar contra a
mulher, para a sistematização de dados e a avaliação periódica das medidas adotadas.

Está correto o que se afirma em

a. I, apenas.
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b. II, apenas.
c. III, apenas.
d. II e III, apenas.
e. I, II e III.

COMENTÁRIO
I – art. 8 º, inciso IX.
20m II – art. 8º.
III – medidas de prevenção.

CAPÍTULO II
DA ASSISTÊNCIA À MULHER EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR

Art. 9º A assistência à mulher em situação de violência doméstica e familiar será prestada de forma
articulada e conforme os princípios e as diretrizes previstos na Lei Orgânica da Assistência Social,
no Sistema Único de Saúde, no Sistema Único de Segurança Pública, entre outras normas e políti-
cas públicas de proteção, e emergencialmente quando for o caso.

A assistência será feita de acordo com as regras, princípios e diretrizes da LOAS (Lei
Orgânica da Assistência Social), do SUS (Sistema Único de Saúde), do Sistema Único de
Segurança Pública e dentre outras políticas públicas de atendimento à mulher em situação de
violência doméstica e, emergencialmente, o juiz poderá, quando for o caso:

§ 1º O juiz determinará, por prazo certo, a inclusão da mulher em situação de violência doméstica
e familiar no cadastro de programas assistenciais do governo federal, estadual e municipal.
§ 2º O juiz assegurará à mulher em situação de violência doméstica e familiar, para preservar sua
integridade física e psicológica:
I – acesso prioritário à remoção quando servidora pública, integrante da administração direta ou
indireta;
II – manutenção do vínculo trabalhista, quando necessário o afastamento do local de trabalho, por
25m até seis meses.
III – encaminhamento à assistência judiciária, quando for o caso, inclusive para eventual ajuizamen-
to da ação de separação judicial, de divórcio, de anulação de casamento ou de dissolução de união
estável perante o juízo competente. (Incluído pela Lei n. 13.894, de 2019)
§ 3º A assistência à mulher em situação de violência doméstica e familiar compreenderá o acesso
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aos benefícios decorrentes do desenvolvimento científico e tecnológico, incluindo os serviços de


contracepção de emergência, a profilaxia das Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) e da
Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS) e outros procedimentos médicos necessários e
cabíveis nos casos de violência sexual.

Essa assistência é genérica: para mulher, homem, criança, em situação de violência


doméstica ou não.

§ 4º Aquele que, por ação ou omissão, causar lesão, violência física, sexual ou psicológica e dano
moral ou patrimonial a mulher fica obrigado a ressarcir todos os danos causados, inclusive ressarcir
ao Sistema Único de Saúde (SUS), de acordo com a tabela SUS, os custos relativos aos serviços de
saúde prestados para o total tratamento das vítimas em situação de violência doméstica e familiar, re-
colhidos os recursos assim arrecadados ao Fundo de Saúde do ente federado responsável pelas uni-
dades de saúde que prestarem os serviços. (Incluído pela Lei n. 13.871, de 17 de setembro de 2019)
§ 5º Os dispositivos de segurança destinados ao uso em caso de perigo iminente e disponibilizados para
o monitoramento das vítimas de violência doméstica ou familiar amparadas por medidas protetivas terão
seus custos ressarcidos pelo agressor. (Incluído pela Lei n. 13.871, de 17 de setembro de 2019)

Em alguns Estados isso é chamado de “botão do pânico”, em que a mulher pode acionar
o Poder Público estatal, e quem irá arcar com esse custo é o agressor.

§ 6º O ressarcimento de que tratam os §§ 4º e 5º deste artigo não poderá importar ônus de qualquer
natureza ao patrimônio da mulher e dos seus dependentes, nem configurar atenuante ou ensejar pos-
30m sibilidade de substituição da pena aplicada. (Incluído pela Lei n. 13.871, de 17 de setembro de 2019)

Quando o agressor ressarcir, isso não poderá afetar o patrimônio da mulher e nem o de
seus dependentes.

§ 7º A mulher em situação de violência doméstica e familiar tem prioridade para matricular seus
dependentes em instituição de educação básica mais próxima de seu domicílio, ou transferi-los
para essa instituição, mediante a apresentação dos documentos comprobatórios do registro da
ocorrência policial ou do processo de violência doméstica e familiar em curso. (Incluído pela Lei n.
13.882, de 2019)

O filho poderá ser matriculado em instituição de ensino básico próximo do domicílio da


mulher em situação de violência doméstica e familiar.

§ 8º Serão sigilosos os dados da ofendida e de seus dependentes matriculados ou transferidos


conforme o disposto no § 7º deste artigo, e o acesso às informações será reservado ao juiz, ao Mi-
nistério Público e aos órgãos competentes do poder público. (Incluído pela Lei n. 13.882, de 2019)

GABARITO
10. e

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preparada e ministrada pela professora Deusdedy de Oliveira Solano.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura
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LEI MARIA DA PENHA V

DIRETO DO CONCURSO
11. (2019/CESPE/SLU-DF/ANALISTA DE GESTÃO – SERVIÇO SOCIAL) À luz das dispo-
sições da Lei Maria da Penha (Lei n. 11.340/2006), julgue o próximo item.
O juiz deve assegurar a manutenção do vínculo trabalhista, por até seis meses, à mulher
que, por estar em situação de violência doméstica, necessite se afastar de seu local de
trabalho.

COMENTÁRIO
Art. 9º, inciso II.

12. (2019/FCC/SEFAZ-BA/AUDITOR FISCAL) De acordo com a Lei federal n. 11.340/2006


(Lei Maria da Penha), a fim de preservar a integridade física e psicológica da mulher em
situação de violência doméstica e familiar, o juiz a ela assegurará a manutenção do víncu-
lo trabalhista, quando necessário o afastamento do local de trabalho, por até doze meses.

COMENTÁRIO
Art. 9º, inciso II.

13. (2019/FCC/SEFAZ-BA/AUDITOR FISCAL) De acordo com a Lei federal n. 11.340/2006


(Lei Maria da Penha), a fim de preservar a integridade física e psicológica da mulher em
situação de violência doméstica e familiar, o juiz a ela assegurará o acesso prioritário à
remoção quando servidora pública, integrante da Administração direta ou indireta.

COMENTÁRIO
O juiz a ela assegurará o acesso prioritário à remoção quando servidora pública, integrante
da Administração direta ou indireta.
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CAPÍTULO III
DO ATENDIMENTO PELA AUTORIDADE POLICIAL

Art. 10. Na hipótese da iminência ou da prática de violência doméstica e familiar contra a mulher,


a autoridade policial que tomar conhecimento da ocorrência adotará, de imediato, as providências
legais cabíveis.
Parágrafo único. Aplica-se o disposto no caput deste artigo ao descumprimento de medida protetiva
5m
de urgência deferida.

Para que haja o atendimento policial, a mulher não precisa ter sido vítima de violência
doméstica, porque a lei também dispõe sobre a iminência, ou seja, se ela está prestes a sofrer
uma violência também há o atendimento policial.

Art. 10-A. É direito da mulher em situação de violência doméstica e familiar o atendimento policial e


pericial especializado, ininterrupto e prestado por servidores – preferencialmente do sexo feminino
– previamente capacitados. (Incluído pela Lei n. 13.505, de 2017)

Atendimento ininterrupto: a mulher só será deixada pelo Estado (pela polícia) quando esti-
ver em um local seguro.
Preferencialmente (não é necessariamente) o atendimento será feito por profissionais do
sexo feminino previamente capacitadas para esse atendimento especializado.

§ 1º A inquirição de mulher em situação de violência doméstica e familiar ou de testemunha de


violência doméstica, quando se tratar de crime contra a mulher, obedecerá às seguintes diretrizes:
(Incluído pela Lei n. 13.505, de 2017)
I – salvaguarda da integridade física, psíquica e emocional da depoente, considerada a sua condi-
ção peculiar de pessoa em situação de violência doméstica e familiar; (Incluído pela Lei n. 13.505,
de 2017)
II – garantia de que, em nenhuma hipótese, a mulher em situação de violência doméstica e familiar,
familiares e testemunhas terão contato direto com investigados ou suspeitos e pessoas a eles rela-
cionadas; (Incluído pela Lei n. 13.505, de 2017)

Em nenhuma hipótese a mulher terá contato com o agressor ou com pessoas ligadas a
10m
ele (familiares, advogado etc).

III – não revitimização da depoente, evitando sucessivas inquirições sobre o mesmo fato nos âmbi-
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tos criminal, cível e administrativo, bem como questionamentos sobre a vida privada. (Incluído pela
Lei n. 13.505, de 2017)
§ 2º Na inquirição de mulher em situação de violência doméstica e familiar ou de testemunha de
delitos de que trata esta Lei, adotar-se-á, preferencialmente, o seguinte procedimento: (Incluído pela
Lei n. 13.505, de 2017)
I – a inquirição será feita em recinto especialmente projetado para esse fim, o qual conterá os equi-
pamentos próprios e adequados à idade da mulher em situação de violência doméstica e familiar
ou testemunha e ao tipo e à gravidade da violência sofrida; (Incluído pela Lei n. 13.505, de 2017)
II – quando for o caso, a inquirição será intermediada por profissional especializado em violência
doméstica e familiar designado pela autoridade judiciária ou policial; (Incluído pela Lei n. 13.505, de
2017)
III – o depoimento será registrado em meio eletrônico ou magnético, devendo a degravação e a
mídia integrar o inquérito. (Incluído pela Lei n. 13.505, de 2017)
Art. 11. No atendimento à mulher em situação de violência doméstica e familiar, a autoridade policial
deverá, entre outras providências:

 Obs.: rol exemplificativo.


15m

I – garantir proteção policial, quando necessário, comunicando de imediato ao Ministério Público e
ao Poder Judiciário;
II – encaminhar a ofendida ao hospital ou posto de saúde e ao Instituto Médico Legal;
III – fornecer transporte para a ofendida e seus dependentes para abrigo ou local seguro, quando
houver risco de vida;
IV – se necessário, acompanhar a ofendida para assegurar a retirada de seus pertences do local da
ocorrência ou do domicílio familiar;
V – informar à ofendida os direitos a ela conferidos nesta Lei e os serviços disponíveis, inclusive os
de assistência judiciária para o eventual ajuizamento perante o juízo competente da ação de sepa-
ração judicial, de divórcio, de anulação de casamento ou de dissolução de união estável. (Redação
dada pela Lei n. 13.894, de 2019)

ADI n. 4424 – STF


O Tribunal, por maioria e nos termos do voto do Relator, julgou procedente a ação direta
para, dando interpretação conforme aos artigos 12, inciso I, e 16, ambos da Lei n. 11.340/2006,
assentar a natureza incondicionada da ação penal em caso de crime de lesão, pouco impor-
tando a extensão desta, praticado contra a mulher no ambiente doméstico, contra o voto do
Senhor Ministro Cezar Peluso (Presidente). Falaram, pelo Ministério Público Federal (ADI n.
4424), o Dr. Roberto Monteiro Gurgel Santos, Procurador-Geral da República; pela Advocacia-
-Geral da União, a Dra. Grace Maria Fernandes Mendonça, Secretária-Geral de Contencioso;
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pelo interessado (ADC 19), Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, o Dr. Ophir
Cavalcante Júnior e, pelo interessado (ADI 4424), Congresso Nacional, o Dr. Alberto Cascais,
Advogado-Geral do Senado.
• Plenário, 09.02.2012.
• Acórdão, DJ 01.08.2014

20m A Lei Maria da Penha não alterou a ação penal dos crimes.

Art. 12. Em todos os casos de violência doméstica e familiar contra a mulher, feito o registro da ocor-
rência, deverá a autoridade policial adotar, de imediato, os seguintes procedimentos, sem prejuízo
daqueles previstos no Código de Processo Penal:

Quando existe uma notícia de crime, se for de menor potencial ofensivo lavra-se um
termo circunstanciado de ocorrência, se for de médio ou maior potencial ofensivo instaura-se
o inquérito policial. No caso da Lei Maria da Penha, como não há a aplicabilidade da Lei n.
9.099/1995, será sempre por inquérito policial.

I – ouvir a ofendida, lavrar o boletim de ocorrência e tomar a representação a termo, se apresentada;
II – colher todas as provas que servirem para o esclarecimento do fato e de suas circunstâncias;
25m III – remeter, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, expediente apartado ao juiz com o pedido da
ofendida, para a concessão de medidas protetivas de urgência;
IV – determinar que se proceda ao exame de corpo de delito da ofendida e requisitar outros exames
periciais necessários;
V – ouvir o agressor e as testemunhas;
VI – ordenar a identificação do agressor e fazer juntar aos autos sua folha de antecedentes crimi-
nais, indicando a existência de mandado de prisão ou registro de outras ocorrências policiais contra
ele;
VI – A – verificar se o agressor possui registro de porte ou posse de arma de fogo e, na hipótese de
existência, juntar aos autos essa informação, bem como notificar a ocorrência à instituição respon-
sável pela concessão do registro ou da emissão do porte, nos termos da Lei n. 10.826, de 22 de
dezembro de 2003 (Estatuto do Desarmamento); (Incluído pela Lei n. 13.880, de 2019)
VII – remeter, no prazo legal, os autos do inquérito policial ao juiz e ao Ministério Público.

A polícia deverá ouvir a ofendida, registrar o Boletim de Ocorrência e pegar a representa-


ção, se for o caso. Se a ação for publica incondicionada não será necessário perguntar nada
à mulher, se a ação for condicionada à representação, deverá perguntar se a mulher quer.
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Depois, deverá realizar todos os exames e perícias, ouvir testemunhas, ouvir o agressor,
colher todas as provas e encaminhará, no prazo de 48 horas, o pedido de medidas protetivas
que ela formular.
Com isso, o inquérito é instaurado e as medidas protetivas ficarão em autos apartados.
Depois disso, a polícia irá identificar o agressor (e ele será indiciado se for o caso), irá veri-
ficar os seus antecedentes criminais, saber se há algum mandado de prisão e verificar se ele
30m possui porte ou posse de arma.

GABARITO
11. C
12. E
13. C

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LEI MARIA DA PENHA VI

RELEMBRANDO
Art. 11. No atendimento à mulher em situação de violência doméstica e familiar, a autoridade
policial deverá, entre outras providências:
I – garantir proteção policial, quando necessário, comunicando de imediato ao Ministério
Público e ao Poder Judiciário;
II – encaminhar a ofendida ao hospital ou posto de saúde e ao Instituto Médico Legal;
III – fornecer transporte para a ofendida e seus dependentes para abrigo ou local seguro,
quando houver risco de vida;
IV – se necessário, acompanhar a ofendida para assegurar a retirada de seus pertences do
local da ocorrência ou do domicílio familiar;
V – informar à ofendida os direitos a ela conferidos nesta Lei e os serviços disponíveis,
inclusive os de assistência judiciária para o eventual ajuizamento perante o juízo competente
da ação de separação judicial, de divórcio, de anulação de casamento ou de dissolução de
união estável. (Redação dada pela Lei n. 13.894, de 2019)

AUTOS APARTADOS

§ 1º O pedido da ofendida será tomado a termo pela autoridade policial e deverá conter:
I – qualificação da ofendida e do agressor;
II – nome e idade dos dependentes;
III – descrição sucinta do fato e das medidas protetivas solicitadas pela ofendida.
IV – informação sobre a condição de a ofendida ser pessoa com deficiência e se da violência sofrida
5m resultou deficiência ou agravamento de deficiência preexistente. (Incluído pela Lei n. 13.836, de
2019)
§ 2º A autoridade policial deverá anexar ao documento referido no § 1º o boletim de ocorrência e
cópia de todos os documentos disponíveis em posse da ofendida.

Logo depois que o juiz receber o pedido de medidas protetivas de urgência, ele irá decidir
em 48 horas (a polícia também tem 48 horas para enviar o pedido).
Quando se tratar de uma situação relacionada a esse pedido, ele será encaminhado pela
polícia, mas ela pode ir direto à Defensoria Pública.
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§ 3º Serão admitidos como meios de prova os laudos ou prontuários médicos fornecidos por hospi-
tais e postos de saúde.

Art. 12-A. Os Estados e o Distrito Federal, na formulação de suas políticas e planos de atendimento


à mulher em situação de violência doméstica e familiar, darão prioridade, no âmbito da Polícia Civil,
à criação de Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher (Deams), de Núcleos Investigati-
vos de Feminicídio e de equipes especializadas para o atendimento e a investigação das violências
graves contra a mulher.

Art. 12-B. (VETADO). (Incluído pela Lei n. 13.505, de 2017)


§ 3º A autoridade policial poderá requisitar os serviços públicos necessários à defesa da mulher em
situação de violência doméstica e familiar e de seus dependentes. (Incluído pela Lei n. 13.505, de
2017)

Art. 12-C. Verificada a existência de risco atual ou iminente à vida ou à integridade física da mulher
em situação de violência doméstica e familiar, ou de seus dependentes, o agressor será imediata-
mente afastado do lar, domicílio ou local de convivência com a ofendida: (Incluído pela Lei n. 13.827,
de 2019)

Podem requerer medidas protetivas: a ofendida, o Ministério Público e, excepcionalmente,


10m o juiz antes de ouvido o Ministério Público. Quem pode decretar é apenas o juiz.

Se for em um local que não é sede da comarca do juiz, o delegado poderá decretar a
medida protetiva. Se no local não tiver um delegado, a autoridade policial poderá decretar a
medida protetiva de urgência, também comunicando ao juiz em 48 horas essa determinação,
e o juiz irá confirmar ou não esse afastamento. Nos incisos II e III o prazo será de 24 horas.

I – pela autoridade judicial; (Incluído pela Lei n. 13.827, de 2019)


II – pelo delegado de polícia, quando o Município não for sede de comarca; ou (Incluído pela Lei n.
13.827, de 2019)
III – pelo policial, quando o Município não for sede de comarca e não houver delegado disponível no
momento da denúncia. (Incluído pela Lei n. 13.827, de 2019)
§ 1º Nas hipóteses dos incisos II e III do caput deste artigo, o juiz será comunicado no prazo máxi-
mo de 24 (vinte e quatro) horas e decidirá, em igual prazo, sobre a manutenção ou a revogação da
medida aplicada, devendo dar ciência ao Ministério Público concomitantemente. (Incluído pela Lei
n. 13.827, de 2019)
§ 2º Nos casos de risco à integridade física da ofendida ou à efetividade da medida protetiva de
urgência, não será concedida liberdade provisória ao preso. (Incluído pela Lei n. 13.827, de 2019)
15m
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DIRETO DO CONCURSO
14. (2019/CESPE/SLU-DF/ANALISTA DE GESTÃO – SERVIÇO SOCIAL) À luz das dispo-
sições da Lei Maria da Penha (Lei n. 11.340/2006), julgue o próximo item.
Em caso de violência doméstica e familiar contra a mulher, feito o registro do boletim de
ocorrência, a autoridade policial deverá encaminhar, imediatamente, a ofendida ao com-
petente órgão de assistência judiciária.

COMENTÁRIO
Art. 9º.

15. (2018/CESPE/SEFAZ-RS/AUDITOR) A Lei Maria da Penha estabelece deveres a serem


observados pela autoridade policial no atendimento à mulher em situação de violência
doméstica. A respeito desse assunto, julgue os seguintes itens.
I – A mulher deverá ser mantida no lar com escolta policial até que seja encerrado o in-
quérito ou até que seja concedida medida protetiva de urgência.
II – A autoridade policial deverá garantir que a mulher não tenha contato direto com o
agressor ou com pessoas a ele relacionadas, salvo se por meio de familiares e teste-
munhas.
III – É direito da mulher o atendimento policial e pericial especializado, ininterrupto e pres-
tado por servidores – preferencialmente do sexo feminino – previamente capacitados.
IV – A autoridade policial deverá garantir que não haja revitimização da mulher que tenha
sofrido violência familiar, evitando sucessivas inquirições.

Assinale a opção correta.


a. Apenas o item I está certo.
b. Apenas o item II está certo.
c. Apenas os itens I e IV estão certos.
d. Apenas os itens II e III estão certos.
e. Apenas os itens III e IV estão certos.
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COMENTÁRIO
I – Art. 11.
II – Art. 10-A.
III – Art. 10-A.
20m
IV – Art. 10-A. Quando a mulher está sendo alvo de inquirição, não deve ser exigida dela a
repetição da mesma história, seja na área criminal, cível ou administrativa. A inquirição será
gravada para evitar repetições.

16. (2019/CEV/URCA/PREFEITURA MAURITI – CE/ASSISTENTE SOCIAL) Conforme o


Artigo 12, da Lei Maria da Penha “Em todos os casos de violência doméstica e familiar
contra a mulher, feito o registro da ocorrência, deverá a autoridade policial adotar, de ime-
diato, os seguintes procedimentos, sem prejuízo daqueles previstos no Código de Proces-
so Penal”. Com base nos procedimentos previstos na Lei, podemos destacar:
I – Remeter, no prazo legal, os autos do inquérito policial ao Juiz e ao Ministério Público;
II – Determinar que se proceda ao exame de corpo de delito da ofendida e requisitar outros
exames periciais necessários;
III – Colher todas as provas que servirem para o esclarecimento do fato e de suas circunstâncias;
IV – Remeter, no prazo de 24 (vinte e quatro) horas, expediente apartado ao juiz com o
pedido da autoridade policial, para avaliar a necessidade da concessão de medidas
protetivas de urgência;

Estão corretos os itens:


a. I, II e IV
b. I, II e III
c. II, III e IV
d. II e IV
e. III e IV

COMENTÁRIO
I – No prazo legal, os autos deverão ser enviados ao Poder Judiciário.
ANOTAÇÕES

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II – Determinar que se proceda ao exame de corpo de delito da ofendida e requisitar outros
exames periciais necessários.
III – Colher todas as provas que servirem para o esclarecimento do fato e de suas circunstâncias.
IV – Prazo de 48 horas.

GABARITO
14. E
15. e
16. b

�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula
preparada e ministrada pela professora Deusdedy de Oliveira Solano.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura
exclusiva deste material.

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LEI MARIA DA PENHA VII

TÍTULO IV
DOS PROCEDIMENTOS

CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 13. Ao processo, ao julgamento e à execução das causas cíveis e criminais decorren-


tes da prática de violência doméstica e familiar contra a mulher aplicar-se-ão as normas dos
Códigos de Processo Penal e Processo Civil e da legislação específica relativa à criança, ao
adolescente e ao idoso que não conflitarem com o estabelecido nesta Lei.

 Obs.: a lei geral procedimental será aplicada (CPP e CPC), bem como o Estatuto da Criança
e o Estatuto do Idoso, naquilo que não conflitar com a respectiva lei (aplicação subsi-
diária).

Art. 14. Os Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, órgãos da Justiça


Ordinária com competência cível e criminal, poderão ser criados pela União, no Distrito Fede-
ral e nos Territórios, e pelos Estados, para o processo, o julgamento e a execução das causas
decorrentes da prática de violência doméstica e familiar contra a mulher.
Parágrafo único. Os atos processuais poderão realizar-se em horário noturno, conforme
dispuserem as normas de organização judiciária.

 Obs.: a letra da lei será aplicada para as regras do procedimento estabelecido para medi-
das protetivas, representação, audiência preliminar, mas segue o processo comum
pelo rito ordinário, sumário. Se houver, por exemplo, uma tentativa de feminicídio em
situação de violência doméstica, o Tribunal do Júri não é superado por nenhuma lei
infraconstitucional. Logo, irá para o Tribunal do Júri, que tem competência constitucio-
nal para decidir todos os casos que envolvam violência doméstica e familiar contra a
mulher.
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Art. 15. É competente, por opção da ofendida, para os processos cíveis regidos por esta
Lei, o Juizado:
5m
I – do seu domicílio ou de sua residência;
II – do lugar do fato em que se baseou a demanda;
III – do domicílio do agressor.

 Obs.: a competência criminal não é alterada. Competente é o juiz do local onde o crime se
consumou, só irá para o domicílio do réu se for desconhecido o local da infração penal.

Art. 16. Nas ações penais públicas condicionadas à representação da ofendida de que


trata esta Lei, só será admitida a renúncia à representação perante o juiz, em audiência espe-
cialmente designada com tal finalidade, antes do recebimento da denúncia e ouvido o Minis-
tério Público.

Praticamente todos os crimes do nosso ordenamento jurídico são de ação penal pública
incondicionada. E quando a lei processual informar que o crime só se procede mediante
queixa-crime, será um crime de ação penal privada.
Nos crimes de ação condicionada, nos termos do art. 25 do CPP, a pessoa representa cri-
minalmente junto a autoridade policial, por exemplo, dizendo que quer a instauração do pro-
cedimento de apuração. Ela poderá se dirigir à polícia até antes do oferecimento da denúncia
ou da queixa pelo Ministério Público e se retratar. Após oferecida a denúncia pelo Ministério
Público, a representação se torna irretratável. Mas na Lei Maria da Penha ocorre o contrário,
a mulher não poderá se retratar na polícia antes do oferecimento da denúncia. Neste caso, a
renúncia à representação ocorrerá diante do juiz.
10m
O art. 16 possui uma aplicação diferenciada do art. 25 do CPP.

Art. 17. É vedada a aplicação, nos casos de violência doméstica e familiar contra a mulher,
de penas de cesta básica ou outras de prestação pecuniária, bem como a substituição de
pena que implique o pagamento isolado de multa.

 Obs.: em nenhuma hipótese que envolva violência familiar e doméstica contra a mulher,
a pena privativa de liberdade poderá ser convertida em pena de multa, mas poderá
ocorrer a cumulação com a pena de multa.
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 Obs.: se o crime tiver sido praticado mediante violência ou grave ameaça à mulher em situ-
ação de violência doméstica, não será admitida a substituição por nenhuma outra
restritiva de direito.

CAPÍTULO II
DAS MEDIDAS PROTETIVAS DE URGÊNCIA

 Obs.: são decretadas pelo juiz.

Seção I – Disposições Gerais


15m

Art. 18. Recebido o expediente com o pedido da ofendida, caberá ao juiz, no prazo de 48


(quarenta e oito) horas:
I – conhecer do expediente e do pedido e decidir sobre as medidas protetivas de urgência;
II – determinar o encaminhamento da ofendida ao órgão de assistência judiciária, quando
for o caso, inclusive para o ajuizamento da ação de separação judicial, de divórcio, de anula-
ção de casamento ou de dissolução de união estável perante o juízo competente; (Redação
dada pela Lei n.13.894, de 2019)
III – comunicar ao Ministério Público para que adote as providências cabíveis.
IV – determinar a apreensão imediata de arma de fogo sob a posse do agressor. (Incluído
pela Lei n. 13.880, de 2019)

Art. 19. As medidas protetivas de urgência poderão ser concedidas pelo juiz, a requeri-
mento do Ministério Público ou a pedido da ofendida.
§ 1º As medidas protetivas de urgência poderão ser concedidas de imediato, independen-
temente de audiência das partes e de manifestação do Ministério Público, devendo este ser
prontamente comunicado.

 Obs.: mesmo sem o pedido do Ministério Público, o juiz poderá agir de ofício em casos
urgentes.
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§ 2º As medidas protetivas de urgência serão aplicadas isolada ou cumulativamente, e


poderão ser substituídas a qualquer tempo por outras de maior eficácia, sempre que os direi-
tos reconhecidos nesta Lei forem ameaçados ou violados.
§ 3º Poderá o juiz, a requerimento do Ministério Público ou a pedido da ofendida, conceder
novas medidas protetivas de urgência ou rever aquelas já concedidas, se entender necessário
à proteção da ofendida, de seus familiares e de seu patrimônio, ouvido o Ministério Público.

 Obs.: as medidas protetivas, além de serem exemplificativas, podem ser substituídas, e


pode haver mais de uma medida, dependendo do caso concreto. Em último caso, se
o sujeito não tiver como cumprir as medidas protetivas, o juiz de ofício, em qualquer
fase da persecução criminal, poderá determinar a prisão preventiva do autor, nos
termos do art. 20.

Art. 20. Em qualquer fase do inquérito policial ou da instrução criminal, caberá a prisão


preventiva do agressor, decretada pelo juiz, de ofício, a requerimento do Ministério Público ou
mediante representação da autoridade policial.
Parágrafo único. O juiz poderá revogar a prisão preventiva se, no curso do processo, verifi-
car a falta de motivo para que subsista, bem como de novo decretá-la, se sobrevierem razões
que a justifiquem.

Nos termos do Código de Processo Penal, desde 2011 com a alteração da Lei n.
12.403/2011, a prisão preventiva pode ser decretada em qualquer fase da persecução crimi-
nal (inquérito policial e ação penal). No Código de Processo Penal, o juiz só pode decretar a
prisão preventiva de ofício se for na fase de instrução criminal (processo). Na fase de inqué-
rito, ele deverá aguardar ser acionado pelo delegado ou pelo Ministério Público. Embora a lei
20m seja posterior à Lei Maria da Penha, a lei especial prevalece sobre a lei geral.
Logo, nos termos do art. 20, o juiz poderá determinar a prisão preventiva ao agressor em
casos de violência doméstica, em qualquer fase da persecução criminal.

Art. 21. A ofendida deverá ser notificada dos atos processuais relativos ao agressor, espe-
cialmente dos pertinentes ao ingresso e à saída da prisão, sem prejuízo da intimação do advo-
gado constituído ou do defensor público.
Parágrafo único. A ofendida não poderá entregar intimação ou notificação ao agressor.
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Seção II
Das Medidas Protetivas de Urgência que Obrigam o Agressor

 Obs.: são dirigidas ao agressor, à ofendida e à questão patrimonial.

 Obs.: rol exemplificativo.

Art. 22. Constatada a prática de violência doméstica e familiar contra a mulher, nos termos
desta Lei, o juiz poderá aplicar, de imediato, ao agressor, em conjunto ou separadamente, as
seguintes medidas protetivas de urgência, entre outras:
I – suspensão da posse ou restrição do porte de armas, com comunicação ao órgão compe-
tente, nos termos da Lei n. 10.826, de 22 de dezembro de 2003 (Estatuto do Desarmamento);
25m
II – afastamento do lar, domicílio ou local de convivência com a ofendida; (vide art. 12-C)
III – proibição de determinadas condutas, entre as quais:
a) aproximação da ofendida, de seus familiares e das testemunhas, fixando o limite mínimo
de distância entre estes e o agressor;
b) contato com a ofendida, seus familiares e testemunhas por qualquer meio de
comunicação;
c) frequentação de determinados lugares a fim de preservar a integridade física e psicoló-
gica da ofendida;
IV  – restrição ou suspensão de visitas aos dependentes menores, ouvida a equipe de
atendimento multidisciplinar ou serviço similar;
V – prestação de alimentos provisionais ou provisórios.
§ 1º As medidas referidas neste artigo não impedem a aplicação de outras previstas na
legislação em vigor, sempre que a segurança da ofendida ou as circunstâncias o exigirem,
devendo a providência ser comunicada ao Ministério Público.
§ 2º Na hipótese de aplicação do inciso I, encontrando-se o agressor nas condições men-
cionadas no caput e incisos do art. 6º da Lei n. 10.826, de 22 de dezembro de 2003, o juiz
comunicará ao respectivo órgão, corporação ou instituição as medidas protetivas de urgência
concedidas e determinará a restrição do porte de armas, ficando o superior imediato do agres-
sor responsável pelo cumprimento da determinação judicial, sob pena de incorrer nos crimes
de prevaricação ou de desobediência, conforme o caso.
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§ 3º Para garantir a efetividade das medidas protetivas de urgência, poderá o juiz requisi-
30m tar, a qualquer momento, auxílio da força policial.

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