Direito Processual Penal

Noções de Direito Processual Penal
1. DIREITO PROCESSUAL PENAL�� 512

1.1 Introdução ao Direito Processual Penal: Disposições Preliminares e Princípios��512
1.2 Inquérito Policial��513
1.3 Ação Penal��516
1.4 Competência��518
1.5 Provas��520
1.6 Sujeitos Processuais�� 523
1.7 Restrições Cautelares, Liberdade Provisória e Fiança�� 524
1.8 Habeas Corpus�� 527
SUMÁRIO
Pedro Canezin
1. DIREITO PROCESSUAL 10. De acordo com o princípio da presunção de inocência, o juiz
não deve receber denúncia quando houver, além da prova da
PENAL materialidade do crime, apenas indícios de autoria.
Certo ( ) Errado ( )
1.1 Introdução ao Direito 11. Em razão do princípio da especialidade, a existência de lei es-
Processual Penal: pecial que verse sobre determinado procedimento impede a
aplicação do CPP, ainda que de forma subsidiária.
Disposições Preliminares Certo ( ) Errado ( )
e Princípios 12. Dado o princípio da territorialidade, o CPP é aplicado em todo
01. Ofenderá o princípio constitucional da ampla defesa e do território nacional, inclusive no que se refere aos processos da
contraditório a defesa que, firmada por advogado dativo, competência da justiça militar.
se apresentar deficiente e resultar em prejuízo comprovado Certo ( ) Errado ( )
para o acusado. 13. O julgador poderá aplicar por analogia uma lei processual,
Certo ( ) Errado ( ) para a solução de questão pendente no curso da ação penal.
02. Sendo o interrogatório um dos principais meios de defesa, Certo ( ) Errado ( )
que expressa o princípio do contraditório e da ampla defesa, 14. Nova lei que altere as regras de intimação no processo penal
é imperioso, de regra, que o réu seja interrogado ao início da tem aplicação imediata, tornando automaticamente inváli-
audiência de instrução e julgamento. das, nos processos em curso, todas as intimações já realiza-
Certo ( ) Errado ( ) das sob a forma da lei revogada.
03. Lei processual nova de conteúdo material, também denomi- Certo ( ) Errado ( )
nada híbrida ou mista, deverá ser aplicada de acordo com os 15. O interrogatório do acusado, por constituir exercício do
princípios de temporalidade da lei penal, e não com o prin- direito de defesa, não pode ser por ele dispensado, sob pena
cípio do efeito imediato, consagrado no direito processual de nulidade.
penal pátrio. Certo ( ) Errado ( )
16. O princípio da ampla defesa implica em que a defesa técnica
04. O princípio do juiz natural determina que a ação penal deverá seja indisponível e efetiva. Assim, o STF tem entendimento
ser julgada pelo juiz que primeiro tiver tomado conhecimento consolidado de que a deficiência da defesa constitui nulidade
do fato. absoluta, que independe da constatação de prejuízo para o réu.
Certo ( ) Errado ( ) Certo ( ) Errado ( )
05. Por força de mandamento constitucional, o exercício do 17. A presença do réu é desdobramento do princípio da ampla
contraditório deve ser garantido ainda no curso do inqué- defesa, em sua vertente autodefesa, franqueando-se a possi-
rito policial, não obstante a sua natureza administrativa e bilidade de presenciar e participar da instrução.
pré-processual. Certo ( ) Errado ( )
18. A exigência do recolhimento do réu à prisão para apelar
06. Conforme o STF, viola o princípio da presunção de inocência não ofende os princípios da não culpabilidade e da
a exclusão de certame público de candidato que responda a proporcionalidade.
inquérito policial ou a ação penal sem trânsito em julgado de Certo ( ) Errado ( )
sentença condenatória.
19. Segundo a atual jurisprudência do Supremo Tribunal Federal,
a sentença condenatória tem eficácia tão logo confirmada em
07. Em virtude do princípio in dubio pro societate, o juiz não está segundo grau de jurisdição, não importando em violação ao
autorizado a rejeitar denúncia por falta de lastro probatório princípio da presunção de inocência.
mínimo que demonstre a idoneidade e a verossimilhança da Certo ( ) Errado ( )
acusação.
20. O juiz de uma causa deve ser imparcial, legalmente inves-
tido e competente, o que se harmoniza com a previsão de
08. A teoria dos frutos da árvore envenenada, de origem norte-a- órgão colegiado em primeiro grau de jurisdição para o pro-
mericana e consagrada na CF, proclama a mácula de provas cesso e julgamento dos crimes praticados por organizações
supostamente lícitas e admissíveis, obtidas, todavia, a partir criminosas.
de provas declaradas nulas pela forma ilícita de sua colheita. Certo ( ) Errado ( )
21. Não viola o princípio do juiz natural a convocação de juízes de
09. Ainda que o contraditório e a ampla defesa não sejam obser- primeiro grau para compor órgão julgador do respectivo Tribu-
vados durante a realização do inquérito policial, não serão nal, na apreciação de recursos em segundo grau de jurisdição,
inválidas a investigação criminal e a ação penal subsequente. ainda que observadas as diretrizes legais federais ou estaduais.
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22. O nemo tenetur se detegere traduz-se na vedação da autoin- 35. O princípio da extraterritorialidade adotado pelo direito pro-
criminação coercitiva. A jurisprudência do STF tem extraído cessual penal brasileiro não ofende a soberania de outros
deste princípio inúmeras limitações em matéria de produção Estados, já que os ordenamentos jurídicos de todas as nações
de prova, como por exemplo, a garantia de ninguém ser obri- convergem para o combate às condutas delitivas.
gado a fornecer padrões grafotécnicos para perícia. Certo ( ) Errado ( )
36. A lei processual penal tem aplicação imediata e é aplicável
23. A cláusula do devido processo traduz-se totalmente na ga- tanto nos processos que se iniciarem após a sua vigência,
rantia de um procedimento previsto em lei e não em um con- quanto nos processos que já estiverem em curso no ato da
junto de princípios. sua vigência, e até mesmo nos processos que apurarem con-
dutas delitivas ocorridas antes da sua vigência.
24. Segundo o princípio tempus regit actum os atos proces- Certo ( ) Errado ( )
suais praticados sob a égide da lei anterior são considerados 37. A lei processual penal não admite o uso da analogia ou da in-
válidos e as normas processuais têm aplicação imediata, in-
terpretação extensiva, em estrita observância ao princípio da
dependentemente da data do fato imputado na denúncia.
legalidade.
25. Um processo que tiver sido encerrado sob a vigência da lei
38. A lei processual penal brasileira adota o princípio da absolu-
processual anterior deverá ser revisto.
Certo ( ) Errado ( ) ta territorialidade em relação a sua aplicação no espaço: não
cabe adotar lei processual de país estrangeiro no cumpri-
26. Se há um processo penal a ser iniciado, deverá ser regido pela mento de atos processuais no território nacional.
nova lei processual, para que seu atos se tornem válidos e Certo ( ) Errado ( )
eficazes.
Certo ( ) Errado ( ) 39. Em relação à aplicação da lei processual penal, é correto
afirmar que a lei nova e mais gravosa ao réu terá aplicação
27. Caso o processo penal já tenha sido iniciado, os atos pratica- imediata somente para os novos processos que se tiverem
dos deverão ser refeitos e, todos os posteriores deverão ser
iniciado depois de sua promulgação.
praticados conforme a nova lei. Certo ( ) Errado ( )
40. Em caso de normas processuais materiais — mistas ou híbri-
28. No Brasil é adotado no processo penal o sistema da unidade
das —, aplica-se a retroatividade da lei mais benéfica.
processual, um complexo de atos inseparáveis uns dos
outros, isto é, em todo o processo apenas poderá ser aplicada
uma lei processual.
Certo ( ) Errado ( ) 1.2 Inquérito Policial
29. Os atos processuais regidos pela lei processual penal anterior 41. É possível o trancamento de inquérito policial através de
não são considerados válidos. habeas corpus em caso de atipicidade do fato investigado.
42. No Brasil, a jurisprudência é pacífica quanto a acolher o arqui-
30. O Código de Processo Penal possui validade em todo territó-
vamento do inquérito policial de forma implícita.
rio brasileiro e, também, no estrangeiro, desde que o crime
tenha sido cometido por brasileiro.
Certo ( ) Errado ( ) 43. No ordenamento nacional, não há previsão de recurso de
ofício contra ato de arquivamento de inquérito policial.
31. A lei processual penal brasileira aplica-se a todas as infrações Certo ( ) Errado ( )
cometidas em território brasileiro ou em solo estrangeiro.
44. Em caso de atipicidade da conduta, é possível o trancamento
do inquérito policial via habeas corpus.
32. Os tratados e convenções internacionais sobre matéria pro- Certo ( ) Errado ( )
cessual não podem ser aplicadas no Brasil, em nenhuma 45. O inquérito policial é parte necessária da ação penal.
hipótese. Certo ( ) Errado ( )
46. O indiciamento pode ser realizado por membro do Ministério
33. O processo penal da competência da Justiça Militar não será Público, mesmo sem a participação de autoridade policial.
regulado pelo Código de Processo Penal. Certo ( ) Errado ( )
Certo ( ) Errado ( ) 47. Toda e qualquer infração penal é investigada através do in-
34. O Código de Processo Penal normatiza o processamento das quérito policial.
relações processuais penais em curso perante todos os juízos Certo ( ) Errado ( )
e tribunais brasileiros, aplicando-se, em caráter subsidiário, as 48. A natureza do inquérito policial é de jurisdição, própria do
normas procedimentais que versem sobre matérias especiais. poder judiciário.

Pedro Canezin
49. Inquérito policial, ação processual penal e processo penal são 62. No curso do inquérito o ofendido não poderá requerer
sinônimos. diligências.
50. A natureza do inquérito policial é administrativa. 63. O arquivamento implícito é uma construção doutrinária.
Certo ( ) Errado ( ) Ele seria, inicialmente, decorrente da omissão do Ministério
51. Caso ocorra alguma irregularidade no inquérito policial, o Mi- Público que deixa de narrar na denúncia um fato investigado
nistério Público, mesmo diante das evidências e provas lícitas no inquérito ou um indiciado.
de que o acusado cometeu o crime, não poderá oferecer a Certo ( ) Errado ( )
denúncia. 64. Classifica-se, doutrinariamente o arquivamento implícito em
objetivo e subjetivo.
52. Iniciado o inquérito, e observando a autoridade policial que Certo ( ) Errado ( )
não existem provas suficientes para condenação do acusado,
65. A jurisprudência do STF é firme em não admitir o instituto do
a autoridade policial deverá arquivá-lo.
arquivamento implícito na ação penal pública.
53. Crimes que se processam por meio de ação penal pública in-
66. Uma vez arquivado o inquérito por falta de base para a de-
condicionada podem ter a instauração do inquérito policial
solicitados pela vítima ou ofendido. núncia, pelo princípio da segurança jurídica, a autoridade po-
Certo ( ) Errado ( ) licial não poderá fazer novas pesquisas.
54. Iniciado o inquérito, e observando a autoridade policial que
não existem provas suficientes para condenação do acusado, 67. Nos crimes de ação pública, o inquérito policial será iniciado
a autoridade policial poderá arquivá-lo. somente mediante requisição da autoridade judiciária ou do
Certo ( ) Errado ( ) Ministério Público.
55. Quando o crime for contra honra do Presidente da República,
o Inquérito Policial é instaurado somente por requisição do 68. Do despacho que indeferir o requerimento de abertura de in-
próprio Presidente. quérito caberá recurso para o Chefe de Polícia.
56. Qualquer do povo poderá solicitar a instauração de inquérito 69. Qualquer pessoa do povo que tiver conhecimento da existên-
em relação aos crimes ocorridos contra a honra do Presidente cia de infração penal em que caiba ação pública poderá, ver-
da República. balmente ou por escrito, comunicá-la à autoridade policial, e
Certo ( ) Errado ( ) esta, verificada a procedência das informações, encaminhará
57. O Código de Processo Penal prevê a requisição, às empresas ao Ministério Público.
prestadoras de serviço de telecomunicações, de disponi- Certo ( ) Errado ( )
bilização imediata de sinais que permitam a localização da 70. O inquérito, nos crimes em que a ação pública depender de
vítima ou dos suspeitos de delito em curso, se isso for neces- representação, poderá sem ela ser iniciado.
sário à prevenção e à repressão de crimes relacionados ao Certo ( ) Errado ( )
tráfico de pessoas. Essa requisição pode ser realizada pelo
delegado de polícia, independentemente de autorização ju- 71. O delegado de polícia, se estiver convencido da ausência de
dicial e por prazo indeterminado. elementos suficientes para imputar autoria a determinada
Certo ( ) Errado ( ) pessoa, deverá mandar arquivar o IP, podendo desarquivá-lo
se surgir prova nova.
58. Excepcional e fundamentadamente, a autoridade policial
poderá mandar arquivar o inquérito para evitar lesão a direi-
tos fundamentais do indiciado. 72. O IP é presidido pelo delegado de polícia sob a supervisão
Certo ( ) Errado ( ) direta do MP, que poderá intervir a qualquer tempo para de-
59. Para o desarquivamento do inquérito policial a autoridade terminar a realização de perícias ou diligências.
policial necessita de novas provas.
Certo ( ) Errado ( ) 73. A atividade investigatória de crimes não é exclusiva da polícia
60. O prazo para encerramento do inquérito policial no caso de réu judiciária, podendo ser eventualmente presidida por outras
preso, nos termos do código de processo penal é de 30 dias. autoridades, conforme dispuser a lei especial.
61. Aos crimes de ação penal privada, encerrado o inquérito po- 74. O IP é indispensável para o oferecimento da denúncia; o pro-
licial a autoridade policial poderá entregá-lo, por traslado, ao motor de justiça não poderá denunciar o réu sem esse proce-
ofendido ou seu representante se assim for requerido. dimento investigatório prévio.

Pedro Canezin 515
75. O IP é peça indispensável à propositura da ação penal pública 89. O inquérito policial é dispensável à propositura da ação penal
incondicionada, sob pena de nulidade, e deve assegurar as privada e da ação penal pública condicionada, mas é indis-
garantias constitucionais da ampla defesa e do contraditório. pensável à propositura da ação penal pública incondicionada.
76. O juiz é livre para apreciar as provas e, de acordo com sua 90. Segundo jurisprudência pacificada no STF, o poder de inves-
convicção íntima, poderá basear a condenação do réu exclu- tigação do Ministério Público é amplo e irrestrito.
sivamente nos elementos informativos colhidos no IP. Certo ( ) Errado ( )
91. No Distrito Federal e nas comarcas em que houver mais de
77. Como a perícia é considerada a prova mais importante, o juiz uma circunscrição policial, a autoridade com exercício em
não proferirá sentença que contrarie conclusões da perícia, uma delas poderá, nos inquéritos a que esteja procedendo,
devendo a prova técnica prevalecer sobre os outros meios ordenar diligências em circunscrição de outra, desde que me-
probatórios. diante precatórias ou requisições.
78. Uma vez arquivado o IP por decisão judicial, a autoridade po- 92. O mérito da suficiência de suporte probatório para a instaura-
licial poderá proceder a novas pesquisas, se tiver notícia de ção da ação penal é juízo exclusivo do órgão acusatório, razão
uma nova prova. por que não cabem recursos judiciais do arquivamento do
inquérito policial.
79. O ofendido e o indiciado não poderão requerer diligências no Certo ( ) Errado ( )
curso do IP. 93. A autoridade policial, após concluir que a infração apurada
não constitui crime, poderá mandar arquivar os autos do in-
80. O IP, peça informativa do processo, oferece o suporte pro- quérito policial.
batório mínimo para a denúncia e, por isso, é indispensável à Certo ( ) Errado ( )
propositura da ação penal.
94. Cabe recurso, exclusivamente ao juiz competente, do despa-
cho proferido pela autoridade policial que indeferir o requeri-
81. No relatório, a autoridade policial não poderá indicar teste- mento de abertura de inquérito.
munhas que não tiverem sido inquiridas no inquérito. Certo ( ) Errado ( )
95. Nos crimes de ação privada, a autoridade policial poderá pro-
82. Quando o fato for de difícil elucidação, estando o indiciado ceder a inquérito de ofício.
solto ou preso, a autoridade policial poderá requerer ao juiz Certo ( ) Errado ( )
a devolução dos autos, para ulteriores diligências, que serão
realizadas no prazo marcado pelo juiz. 96. Depois de o juiz ordenar o arquivamento do inquérito por
Certo ( ) Errado ( ) falta de base para a denúncia, poderá a autoridade policial
realizar novas investigações sobre os mesmos fatos, se tiver
83. O delegado poderá delegar a oitiva do indiciados de even- notícia de outras prova.
tuais testemunhas ao inspetor de polícia. Certo ( ) Errado ( )
97. O indiciado não pode requerer diligência à autoridade policial
84. O inquérito deverá terminar no prazo de 3 dias se o indicia- durante o inquérito.
do tiver sido preso em flagrante ou preso preventivamente, Certo ( ) Errado ( )
contado o prazo, nesta hipótese, a partir do dia em que se
executar a ordem de prisão. 98. o Ministério Público pode requerer ao juiz a devolução do
Certo ( ) Errado ( ) inquérito à autoridade policial, se necessária a realização de
nova diligência imprescindível ao oferecimento da denúncia,
85. O inquérito policial deve terminar no prazo de 30 dias,
como, por exemplo, de laudo pericial do local arrombado.
quando o indiciado estiver solto, mediante fiança ou sem ela.
99. Após a realização de inquérito policial iniciado mediante re-
86. Há, no ordenamento jurídico brasileiro, expressa previsão do
querimento da vítima, Marcos foi indiciado pela autoridade
inquérito policial judicialiforme.
Certo ( ) Errado ( ) policial pela prática do crime de furto qualificado por arrom-
bamento. Nessa situação hipotética, de acordo com o dis-
87. Nos crimes em que a ação pública depender de representa- posto no Código de Processo Penal e na atual jurisprudência
ção, o inquérito não poderá sem ela ser iniciado. do Superior Tribunal de Justiça acerca de inquérito policial,
embora fosse possível a instauração do inquérito mediante
88. O inquérito policial, cuja natureza é cautelar, constitui uma requisição do juiz, somente a autoridade policial poderia indi-
das fases processuais. ciar Marcos como o autor do delito.

Pedro Canezin
100. Segundo a doutrina, arquivamento indireto do inquérito 111. A respeito de coisa julgada e inquérito policial, julgue o item
policial é o fenômeno de ordem processual que decorre de a seguir.
quando o titular da ação penal deixa de incluir na denúncia Situação hipotética: Pedro, servidor público federal, foi
algum fato investigado ou algum dos indiciados, sem ex- indiciado pela Polícia Federal por suposta prática de corrupção
pressa manifestação desse procedimento, e o juiz recebe a passiva no exercício de suas atribuições. O inquérito policial, após
denúncia sem remeter a questão ao chefe institucional do remessa ao órgão do MPF, foi arquivado, por requerimento do
Ministério Público. procurador da República, em razão da atipicidade da conduta, e
Certo ( ) Errado ( ) o arquivamento foi homologado pelo juízo criminal competente.
101. Na visão do pretório excelso, a decisão que determina o Assertiva: Nessa situação, o ato de arquivamento do inquérito fez
arquivamento do inquérito policial, a pedido do Ministério exclusivamente coisa julgada formal, o que impossibilita posterior
Público, quando o fato nele apurado for considerado atípico, desarquivamento pelo parquet, ainda que diante da existência de
novas provas.
produz, mais que preclusão, coisa julgada material, impedin-
do ulterior instauração de processo que tenha por objeto o
mesmo episódio, mesmo com a existência de novas provas. 112. A respeito de coisa julgada e inquérito policial, julgue o item
Certo ( ) Errado ( ) a seguir.
102. Uma das características do inquérito é a sua publicidade, uma Situação hipotética: Lino foi indiciado por tentativa de ho-
vez que a Constituição Federal assegura a publicidade dos micídio. Após remessa dos autos ao órgão do MP, o promotor de
procedimentos realizados por autoridades públicas. justiça requereu o arquivamento do inquérito em razão da condu-
Certo ( ) Errado ( ) ta de Lino ter sido praticada em legítima defesa, o que foi acata-
do pelo juízo criminal competente. Assertiva: Nessa situação, de
103. Em regra, admite-se recurso contra a decisão que arquiva os acordo com o STF, o ato de arquivamento com fundamento em
autos do inquérito policial. excludente de ilicitude fez coisa julgada formal e material, o que
impossibilita posterior desarquivamento pelo parquet, ainda que
104. Segundo o CPP, o inquérito deverá terminar no prazo de 5 diante da existência de novas provas.
dias, se o indiciado tiver sido preso em flagrante, ou estiver Certo ( ) Errado ( )
preso preventivamente, contado o prazo, nessa hipótese, a
partir do dia em que se executar a ordem de prisão, ou no 1.3 Ação Penal
prazo de 15 dias, quando estiver solto, mediante fiança ou 113. O direito penal restringe-se ao trato da responsa-
sem ela. bilidade subjetiva, razão por que as pessoas jurídicas estão
impedidas de representar.
105. Inquérito Policial pode ser desarquivado com base em novas Certo ( ) Errado ( )
provas quando o arquivamento estiver fundado na atipicida- 114. O requerimento de requisição do ofendido ou de seu repre-
de da conduta. sentante legal deve conter a assinatura e a narrativa do fato
de cada testemunha.
106. O Inquérito Policial deve ser substituído por termo circuns- Certo ( ) Errado ( )
tanciado nos crimes praticados no contexto de violência do- 115. O Ministério Público não pode dispensar a instauração
méstica contra a mulher cuja pena máxima não seja superior do inquérito policial nas ações penais condicionadas a
a dois anos. representação.
107. O Inquérito Policial não deve conter, para a garantia da pre- 116. É necessária a classificação jurídica do fato delituoso na re-
servação do princípio da não culpabilidade, informações presentação do ofendido.
relativas à vida pregressa do indiciado, sob o ponto de vista Certo ( ) Errado ( )
individual, familiar ou social.
117. A representação deve conter todas as informações para
a apuração do fato delituoso, permitindo a lei que estas
108. O Inquérito Policial pode ser arquivado por iniciativa do juiz, possam ser apresentadas oralmente à autoridade policial.
desde que por meio de decisão fundamentada. Certo ( ) Errado ( )
118. No sistema processual penal pátrio, inexiste ação penal que
109. O Inquérito Policial deve ser encerrado no prazo de dez dias dependa da requisição do ministro da justiça.
quando apurar crime eleitoral, em caso de réu preso. Certo ( ) Errado ( )
119. Na ação penal pública condicionada, a representação deve
110. A homologação, pelo juízo criminal competente, do arquiva- respeitar rigoroso formalismo, por ser isso condição especí-
mento de inquérito forma coisa julgada endoprocessual. fica da persecução penal.

Pedro Canezin 517
120. O ordenamento pátrio não contempla a hipótese de ação 132. Mesmo depois de a autoridade judiciária ter ordenado o
privada personalíssima. arquivamento do inquérito policial por falta de base para a
Certo ( ) Errado ( ) denúncia, a autoridade policial poderá proceder a novas
diligências.
121. A renúncia ao direito de queixa e o perdão do ofendido não
possuem características diferentes.
Certo ( ) Errado ( ) 133. Em obediência ao princípio da indivisibilidade da ação penal,
não poderá o juiz, em caso de conexão ou continência,
122. Nos procedimentos regulados pela Lei Maria da Penha, a re-
separar os processos, mesmo que o número de acusados seja
núncia à representação da ofendida é condicionada à realiza-
excessivo e que isso acarrete o prolongamento de prisões.
ção de audiência prévia para tal fim. Certo ( ) Errado ( )
134. O Ministério Público detém, privativamente, a legitimidade
123. Nos crimes de ação privada ou de ação pública condicionada
para propor ação penal pública, ainda que a proposição seja
à representação do ofendido, se este falecer no curso da lide,
condicionada à representação do ofendido ou à requisição do
o juiz terá de nomear substituto processual para prosseguir ministro da Justiça.
com a ação. Certo ( ) Errado ( )
135. Situação hipotética: Antônio e Pedro são autores de um
124. Depois de iniciada a ação penal condicionada à representa- mesmo crime contra João. Assertiva: Nessa situação, João
ção, o processo será extinto se o ofendido, a qualquer tempo, poderá renunciar ao exercício de seu direito de queixa em
desistir do seu prosseguimento. relação a Antônio e mantê-lo em relação a Pedro.
125. A queixa-crime oferecida pelo ofendido nos crimes de ação 136. Desde o advento da Lei n.º 11.719/2008, que alterou dispositi-
penal privada não poderá ser aditada pelo Ministério Público, vos do Código de Processo Penal, as condições da ação penal
que atuará no processo apenas como fiscal da lei. são a possibilidade jurídica do pedido, o interesse de agir e a
Certo ( ) Errado ( ) legitimidade.
126. Nos crimes de ação privada, se vários forem os autores da Certo ( ) Errado ( )
ofensa, o ofendido poderá escolher contra quem oferecerá a 137. Aplica-se a perempção como forma extintiva da punibilidade
denúncia. às ações penais exclusivamente privadas e às ações privadas
Certo ( ) Errado ( ) subsidiárias das públicas.
127. A própria vítima do crime, ou seu representante legal, poderá Certo ( ) Errado ( )
propor a ação nos casos de ação pública incondicionada, se o 138. O princípio da indivisibilidade, quando não observado, impõe
Ministério Público não apresentar a denúncia no prazo legal. ao juiz a rejeição da denúncia nas ações penais públicas.
128. Na ação penal privada, apesar de a vítima ou seu represen- 139. Há legitimidade concorrente do ofendido e do MP para a per-
tante legal não serem obrigados a oferecer queixa-crime, secução de crimes contra a honra de funcionário público em
uma vez ajuizada a ação, o querelante não pode deixar de razão de suas funções.
processar quaisquer dos autores da infração penal. Certo ( ) Errado ( )
140. Na ação penal privada, todas as manifestações de disponibi-
129. Dado o princípio da indivisibilidade, o não oferecimento de lidade pelo ofendido serão extensivas a todos os réus e(ou)
denúncia, em ação penal pública, pelo Ministério Público responsáveis pelo fato delituoso, independentemente de
relativamente a um fato criminoso imputado ao indiciado qualquer reserva ou condição apresentada por eles.
impede que este seja objeto de ação penal posterior. Certo ( ) Errado ( )
Certo ( ) Errado ( ) 141. Diante de concurso formal entre um delito de ação penal
130. No caso de crime processável por ação penal pública, quando pública e outro de ação penal privada, caberá ao represen-
o Ministério Público não oferecer a denúncia no prazo legal, o tante do MP oferecer denúncia em relação aos dois crimes.
ofendido poderá impetrar ação penal privada subsidiária da Certo ( ) Errado ( )
pública. 142. A perempção incide tanto na ação penal privada exclusiva
Certo ( ) Errado ( ) quanto na ação penal privada subsidiária da ação penal pública.
131. Membro do Ministério Público que participe, ativamente, do Certo ( ) Errado ( )
curso da investigação criminal não poderá oferecer denúncia, 143. Os prazos prescricionais e decadenciais incidem de igual
devendo, ao final do inquérito policial, encaminhar os docu- forma tanto na ação penal pública condicionada à represen-
mentos cabíveis para outro membro do parquet, que decidirá tação do ofendido quanto na ação penal pública condiciona-
acerca do oferecimento ou não de denúncia. da à representação do ministro da Justiça.

Pedro Canezin
144. De regra, não há necessidade de a queixa-crime ser proposta 154. Ocorre a perempção no caso de inércia do querelante, dei-
por advogado dotado de poderes específicos para tal fim, em xando-se de promover o andamento da ação penal privada
homenagem ao princípio do devido processo legal. subsidiária da pública durante trinta dias consecutivos.
145. Tanto na ação pública condicionada à representação quanto

na ação penal privada, se o ofendido tiver menos de vinte e 1.4 Competência
um anos de idade e mais de dezoito anos de idade, o direito 155. Após desentendimento em jantar em sua residência, um de-
de queixa ou de representação poderá ser exercido por ele ou putado estadual esfaqueou um colega, que morreu no local.
por seu representante legal. Para ocultar o ato criminoso, o parlamentar enterrou o corpo
Certo ( ) Errado ( ) da vítima no quintal de sua residência. Após o indiciamento, o
MP ofereceu denúncia contra o parlamentar.
146. É concorrente a legitimidade do ofendido, mediante queixa, Nessa situação hipotética, a competência para julgar os crimes de
e do MP, condicionada à representação do ofendido, para a homicídio e de ocultação de cadáver será do tribunal de justiça e do
ação penal por crime contra a honra de servidor público em juiz singular da justiça comum estadual, respectivamente.
razão do exercício de suas funções. Certo ( ) Errado ( )
156. A competência será definida por conexão, quando duas ou
147. Conforme o Código de Processo Penal (CPP), pode ocorrer a mais pessoas forem acusadas da prática de um mesmo fato
decadência na ação penal pública condicionada a representa- delituoso.
ção do ofendido ou de seu representante legal. Certo ( ) Errado ( )
157. Não se aplicam as regras de competência aos crimes cometi-
148. João, aproveitando-se de distração de Marcos, juiz de direito, dos fora do território brasileiro.
subtraiu para si uma sacola de roupas usadas a ele perten- Certo ( ) Errado ( )
centes. Marcos pretendia doá-las a instituição de caridade. 158. A competência será definida pelo domicílio ou pela residên-
João foi perseguido e preso em flagrante delito por policiais cia da vítima, quando a execução do crime iniciar-se, mas
que presenciaram o ato. Instaurado e concluído o inquérito este não se consuma por circunstâncias alheias à vontade do
policial, o Ministério Público não ofereceu denúncia nem pra- agente.
ticou qualquer ato no prazo legal. Certo ( ) Errado ( )
Considerando a situação hipotética descrita, julgue o item 159. Sempre que, no inquérito policial, não se conseguir determi-
a seguir. nar o local do fato delituoso, a competência será fixada pelo
O fato de a vítima ser juiz de direito demonstra maior repro- domicílio ou pela residência do réu.
vabilidade da conduta de João, o que impede o reconhecimento Certo ( ) Errado ( )
do princípio da insignificância. 160. No caso de crime consumado, a competência será fixada
Certo ( ) Errado ( ) após a descoberta do paradeiro do réu.
149. A legitimação ativa para a ação penal e a definição de sua na- Certo ( ) Errado ( )
tureza decorre da lei, sendo, de regra, ação pública, salvo se a 161. Conforme a legislação penal e a jurisprudência do Superior
lei expressamente a declara privativa do ofendido. Tribunal de Justiça, compete à justiça federal processar e
Certo ( ) Errado ( ) julgar os crimes de falsificação e uso de documento falso rela-
150. O perdão concedido a um dos querelantes aproveitará a tivo a estabelecimento particular de ensino.
todos os autores remanescentes.
Certo ( ) Errado ( ) 162. Conforme a legislação penal e a jurisprudência do Superior
Tribunal de Justiça, compete à justiça federal processar e
151. O perdão do ofendido, ato extintivo do processo criminal,
julgar prefeito por desvio de verba transferida e incorporada
é, assim como a renúncia, ato unilateral, pois independe da
ao patrimônio municipal.
aceitação do autor do crime para que produza efeitos. Certo ( ) Errado ( )
163. Conforme a legislação penal e a jurisprudência do Superior Tri-
152. O MP, em relação à ação penal privada subsidiária da pública, bunal de Justiça, compete à justiça comum estadual processar
atuará como espécie de assistente litisconsorcial em relação e julgar crime em que indígena figure como autor ou vítima.
ao querelante. Certo ( ) Errado ( )
164. Conforme a legislação penal e a jurisprudência do Superior
153. O MP, na ação penal pública condicionada à requisição do mi- Tribunal de Justiça, compete à justiça federal processar e
nistro da Justiça, fica vinculado à requisição. Nesses casos, o julgar contravenções praticadas em detrimento de bens, ser-
parquet é obrigado a oferecer a denúncia. viços ou interesse da União ou de suas entidades.

Pedro Canezin 519
165. Conforme a legislação penal e a jurisprudência do Supe- 173. Os tribunais de justiça dos estados, assim como o Superior
rior Tribunal de Justiça, compete à justiça federal proces- Tribunal de Justiça e o Supremo Tribunal Federal, exercem
sar e julgar as causas cíveis em que seja parte sociedade de jurisdição criminal.
economia mista e os crimes praticados contra esse tipo de Certo ( ) Errado ( )
sociedade. 174. Compete ao juiz singular processar e julgar o crime de
Certo ( ) Errado ( ) infanticídio.
166. Verificada a reunião dos processos por conexão ou continên-
cia, o juiz ou o tribunal que proferir sentença que desclassifi- 175. Compete à justiça estadual militar processar e julgar o policial
que a infração para outra que não se inclua em sua compe- militar pela prática do crime militar e, à comum, pela prática
tência própria perderá a competência em relação aos demais do crime comum simultâneo àquele.
processos. Certo ( ) Errado ( )
Certo ( ) Errado ( ) 176. Cláudio, maior e capaz, residente e domiciliado em Goiânia –
167. José, vereador do município de Luziânia – GO, foi denunciado GO, praticou determinado crime, para o qual é prevista ação
pela prática de crime doloso contra a vida praticado contra penal privada, em Anápolis – GO. A vítima do crime, Artur,
Antônio, policial rodoviário federal que, no momento do crime, maior e capaz, é residente e domiciliada em Mineiros – GO.
se encontrava no exercício de suas funções em Brasília – DF. Nessa situação hipotética, considerando-se o disposto no
Código de Processo Penal, o foro competente para proces-
Com referência a essa situação hipotética, julgue o item que se segue.
sar e julgar eventual ação privada proposta por Artur contra
A competência para processar e julgar José é, em regra, do tribunal Cláudio será Anápolis – GO ou Goiânia – GO.
do júri federal situado em Brasília – DF, porém, caso exista previsão Certo ( ) Errado ( )
de foro por prerrogativa de função para vereadores, estabelecido
177. Segundo entendimento do STJ, é de competência da justiça
exclusivamente na Constituição estadual, a competência será do
estadual processar e julgar crime contra funcionário público
TRF da 1.ª Região. federal, estando ou não este no exercício da função.
168. A reunião de processos perante juízo comum ou tribunal do 178. A competência para julgar prefeito municipal por desvio de
júri, em decorrência da aplicação das regras de conexão e verba sujeita a prestação de contas perante o órgão federal
continência, não impede, em relação aos delitos de menor será dos juízes federais da seção judiciária da localidade em
potencial ofensivo, a aplicação dos institutos da transação que o prefeito exercer ou tiver exercido o mandato.
penal e da composição dos danos civis. Certo ( ) Errado ( )
179. A competência para julgar governador de estado que, no exer-
169. A polícia civil instaurou e concluiu o inquérito policial relati- cício do mandato, cometa crime doloso contra a vida será do
vo a roubo havido em uma agência franqueada dos Correios. tribunal do júri da unidade da Federação na qual aquela autori-
Encaminhados os autos à justiça estadual, o órgão do MP dade tenha sido eleita para o exercício do cargo público.
ofereceu denúncia contra os autores, a qual foi recebida pelo Certo ( ) Errado ( )
juízo competente. 180. A competência para processar e julgar crime de roubo que
Nessa situação hipotética, conforme o posicionamento dos tribu- resulte em morte da vítima será do tribunal do júri da locali-
nais superiores acerca dos aspectos processuais que definem a dade em que ocorrer o fato criminoso.
competência para processar e julgar delitos, por se tratar de uma Certo ( ) Errado ( )
agência franqueada de uma empresa pública, a competência para o 181. No Estado brasileiro, a jurisdição penal pode ser exercida pelo
processo e o julgamento do crime será da justiça estadual. STF, e em todos os graus de jurisdição das justiças militar e
Certo ( ) Errado ( ) eleitoral, e das justiças comuns estadual e federal, dentro do
limite da competência fixada por lei.
170. Cidadão comum que cometer crime contra a organização do Certo ( ) Errado ( )
trabalho será processado e julgado pela justiça federal.
Certo ( ) Errado ( ) 182. Conexão e continência são institutos que autorizam a prorro-
gação da competência, possibilitando que esta seja definida
171. Desembargador aposentado que cometer crime comum será em desacordo com as regras abstratas baseadas no lugar do
processado e julgado pelo primeiro grau de jurisdição, haja crime, domicílio do réu, natureza da infração ou distribuição.
vista o foro por prerrogativa de função restringir-se aos ma- Certo ( ) Errado ( )
gistrados da ativa.
183. A competência ratione loci, que se refere ao local da consu-
mação do crime, deriva da legislação infraconstitucional e é
172. A justiça comum, a justiça eleitoral e a justiça militar exercem de natureza absoluta, não podendo ser prorrogada nem re-
a jurisdição penal. conhecida de ofício pelo juiz.

Pedro Canezin
184. A competência pela prevenção se dá quando, concorrendo 195. O juiz é livre para apreciar as provas e, de acordo com sua
dois ou mais juízes igualmente competentes ou com jurisdi- convicção íntima, poderá basear a condenação do réu exclu-
ção cumulativa, um deles anteceda aos outros ao determinar sivamente nos elementos informativos colhidos no IP.
a citação do réu. Certo ( ) Errado ( )
196. Como a perícia é considerada a prova mais importante, o juiz
185. Nos crimes culposos contra a vida em que os atos de execu- não proferirá sentença que contrarie conclusões da perícia,
ção ocorram em um lugar e a consumação, em outro, excep- devendo a prova técnica prevalecer sobre os outros meios
cionalmente adota-se a teoria da atividade, e a competência probatórios.
para julgar o fato será do juízo do local dos atos executórios. Certo ( ) Errado ( )
197. Uma vez arquivado o IP por decisão judicial, a autoridade po-
186. Em se tratando de crime permanente praticado em território
licial poderá proceder a novas pesquisas, se tiver notícia de
de duas ou mais jurisdições, a competência será firmada pela
uma nova prova.
residência do réu. Certo ( ) Errado ( )
198. O ofendido e o indiciado não poderão requerer diligências no
187. Roberto importou do exterior, para venda, grande quanti-
curso do IP.
dade de equipamentos eletroeletrônicos. Ele não declarou
esses bens à aduana brasileira nem recolheu os tributos que
seriam devidos. Antes de chegar a Brasília, destino final, 199. O IP, peça informativa do processo, oferece o suporte pro-
seu voo fez escalas em São Paulo e Goiânia. Nessa situação, batório mínimo para a denúncia e, por isso, é indispensável à
havendo a apreensão da mercadoria em Brasília, competirá à propositura da ação penal.
justiça federal do DF processar e julgar a ação. Certo ( ) Errado ( )
200. A acareação no processo penal é admitida entre acusados
188. De acordo com o Supremo Tribunal Federal e com o Superior ou entre estes e testemunhas, sendo legalmente vedado
Tribunal de Justiça, ação penal relativa ao crime de lesão corpo- tal procedimento entre acusado ou testemunha e a pessoa
ral, mesmo que de natureza leve ou culposa, praticado contra a ofendida.
mulher em âmbito doméstico, é pública incondicionada. Certo ( ) Errado ( )
201. O interrogatório, a ser realizado em momento anterior à in-
189. Em caso de conexão ou continência, é facultativa a separa-
quirição das testemunhas e da produção de outras provas,
ção dos processos caso os crimes tenham sido cometidos em
constitui ato restrito à autoridade judiciária e ao acusado, não
tempo e lugares diferentes.
podendo o defensor do acusado intervir ou influir, de qual-
quer modo, nas perguntas e nas respostas.
1.5 Provas
202. Estão dispensados de depor na condição de testemunha o
190. Para se apurar o crime de lesão corporal, exige-se prova peri-
cial médica, que não pode ser suprida por testemunho. ascendente ou descendente, o afim em linha reta, o cônjuge,
Certo ( ) Errado ( ) ainda que separado ou divorciado, o irmão e o pai, a mãe, ou
o filho adotivo do acusado.
191. Se, no interrogatório em juízo, o réu confessar a autoria, ficará Certo ( ) Errado ( )
provada a alegação contida na denúncia, tornando-se desne-
cessária a produção de outras provas. 203. A lei não prevê qualquer medida coercitiva contra o ofendi-
Certo ( ) Errado ( ) do que, intimado para depor, deixar de comparecer em juízo,
com ou sem justificado motivo, porquanto sua inquirição no
192. As declarações do réu durante o interrogatório deverão ser
processo não é obrigatória.
avaliadas livremente pelo juiz, sendo valiosas para formar o
livre convencimento do magistrado, quando amparadas em
outros elementos de prova. 204. Para os fins de prova documental a ser formalizada na ação
Certo ( ) Errado ( ) penal, consideram-se documentos apenas os escritos, instru-
193. São objetos de prova testemunhal no processo penal fatos mentos ou papéis públicos cuja originalidade possa ser ofi-
relativos ao estado das pessoas, como, por exemplo, casa- cialmente comprovada.
mento, menoridade, filiação e cidadania. Certo ( ) Errado ( )
Certo ( ) Errado ( ) 205. A confissão do acusado suprirá a ausência de laudo pericial
194. O procedimento de acareação entre acusado e testemunha é para atestar o rompimento de obstáculo nos casos de furto
típico da fase pré-processual da ação penal e deve ser presi- mediante arrombamento, prevalecendo em tais situações a
dido pelo delegado de polícia. qualificadora do delito.

Pedro Canezin 521
206. O exame de corpo de delito somente poderá realizar- 218. Em crimes que deixam vestígios, será indispensável o exame
-se durante o dia, de modo a não suscitar qualquer tipo de de corpo de delito, direto ou indireto, não podendo supri-lo a
dúvida, sendo vedada a sua realização durante a noite. confissão do acusado.
207. Prevê a legislação processual penal a obrigatória participação 219. Em crimes que deixam vestígios, será indispensável que as
da defesa na produção da prova pericial na fase investigató- perícias sejam realizadas por dois peritos oficiais.
ria, antes do encerramento do IP e da elaboração do laudo Certo ( ) Errado ( )
pericial.
220. Via de regra, o juiz, por determinação fundamentada, de
ofício ou a requerimento das partes, poderá realizar o inter-
208. Os exames de corpo de delito serão realizados por um perito rogatório do réu preso por sistema de videoconferência ou
oficial e, na falta deste, admite a lei que duas pessoas idôneas, outro recurso tecnológico de transmissão de sons e imagens
portadoras de diploma de curso superior e dotadas de habi- em tempo real, desde que a medida seja necessária.
lidade técnica relacionada com a natureza do exame, sejam Certo ( ) Errado ( )
nomeadas para tal atividade.
221. A busca domiciliar, quando a própria autoridade policial ou
judiciária não a realizar pessoalmente, prescinde de expedi-
209. Em razão da especificidade da prova pericial, o seu resultado ção de mandado.
vincula o juízo; por isso, a sentença não poderá ser contrária à Certo ( ) Errado ( )
conclusão do laudo pericial.
222. As declarações do ofendido serão reduzidas a termo se, inde-
pendentemente de intimação para esse fim, deixar de com-
210. De acordo com o procedimento especial de apuração dos parecer em juízo sem motivo justo, pois será determinada
crimes de responsabilidade dos funcionários públicos contra sua condução coercitiva.
a administração pública, previsto no CPP, recebida a denún- Certo ( ) Errado ( )
cia e cumprida a citação, o juiz notificará o acusado para res-
223. Se várias forem as pessoas chamadas a efetuar o reconheci-
ponder a acusação por escrito, dentro do prazo legal.
mento de pessoa ou de objeto, farão a prova em conjunto,
sendo possível a comunicação entre elas.
211. A interceptação telefônica será determinada pelo juiz na hi- Certo ( ) Errado ( )
pótese de o fato investigado constituir infração penal punida
224. A acareação será admitida entre acusados, entre acusado e
com pena de detenção.
Certo ( ) Errado ( ) testemunha, entre testemunhas, entre acusado ou teste-
munha e a pessoa ofendida, e entre as pessoas ofendidas,
212. A decisão que autoriza a interceptação telefônica deve ser sempre que divergirem, em suas declarações, a respeito de
fundamentada, indicando a forma de execução da diligência, fatos ou circunstâncias relevantes.
que não poderá exceder o prazo legal nem ser prorrogada, Certo ( ) Errado ( )
sob pena de nulidade.
Certo ( ) Errado ( ) 225. O reconhecimento de pessoas no âmbito do inquérito policial
poderá ser feito pessoalmente, com a apresentação do sus-
213. A lei processual penal brasileira adota o princípio da absolu- peito, ou por meio de fotografias, com idêntico valor proban-
ta territorialidade em relação a sua aplicação no espaço: não te, conforme disciplinado no Código de Processo Penal.
cabe adotar lei processual de país estrangeiro no cumpri- Certo ( ) Errado ( )
mento de atos processuais no território nacional.
Certo ( ) Errado ( ) 226. Conforme a teoria dos frutos da árvore envenenada, são
inadmissíveis provas ilícitas no processo penal, restringin-
214. A ex-esposa do acusado de determinado crime poderá recu- do-se o seu aproveitamento a casos excepcionais, mediante
sar-se a depor, mesmo que já separada judicialmente do réu. decisão fundamentada do juiz.
215. No crimes que deixam vestígios, quando estes desaparece- 227. Nos crimes cometidos com destruição ou rompimento de
rem, a prova testemunhal não poderá suprir-lhe a falta. obstáculo, embora indispensável a perícia técnica que des-
creva os vestígios materiais e indique os instrumentos uti-
216. Nos crimes que deixam vestígios, esse exame só pode ser lizados, ela pode ser suprida pela confissão espontânea do
realizado durante o dia. acusado.
217. Nos crimes de lesões corporais, se o primeiro exame pericial 228. O pedido de interceptação telefônica do investigado cabe ex-
tiver sido incompleto, proceder-se-á a exame complementar clusivamente ao Ministério Público e somente a ele deve se
apenas por determinação da autoridade judicial. reportar a autoridade policial.

Pedro Canezin
229. A interceptação telefônica é admitida no processo se deter- 244. O interrogatório deve ser realizado no início da instrução
minada por despacho fundamentado do juiz competente, na criminal, antes da oitiva de testemunhas de acusação e de
fase investigativa ou no curso da ação penal, sob segredo de defesa.
justiça. Certo ( ) Errado ( )
245. Em atendimento ao princípio da legalidade, no processo
230. O exame de corpo de delito poderá ser suprido indireta- penal brasileiro são inadmissíveis provas não previstas ex-
mente pela confissão do acusado se os vestígios já tiverem pressamente no CPP.
desaparecido. Certo ( ) Errado ( )
246. Caso a infração tenha deixado vestígio, a confissão do
231. Não tendo a infração deixado vestígios, será realizado o acusado não acarretará a dispensa da prova pericial.
exame de corpo de delito de modo indireto. Certo ( ) Errado ( )
247. Havendo evidências da participação do indiciado em orga-
232. Tratando-se de lesões corporais, a falta de exame comple- nização criminosa, a autoridade policial poderá determinar a
mentar poderá ser suprida pela prova testemunhal. quebra do sigilo da sua comunicação telefônica como forma
Certo ( ) Errado ( ) de instruir investigação criminal.
233. Depende de mandado judicial a realização de exame de
corpo de delito durante o período noturno. 248. A prova obtida por meios ilícitos não constitui suporte jurídi-
Certo ( ) Errado ( ) co capaz de ensejar sentença condenatória, ainda que corro-
borada pela confissão do acusado.
234. Requerido, pelas partes, o exame de corpo de delito, o juiz
poderá negar a sua realização, se entender que é desnecessá-
rio ao esclarecimento da verdade. 249. O exame de corpo de delito indireto só poderá ser elaborado
Certo ( ) Errado ( ) a partir de prova testemunhal.
235. A confissão será divisível e o juiz poderá considerar apenas
certas partes do que foi confessado. 250. O exame pericial deverá ser feito por dois peritos nomeados
Certo ( ) Errado ( ) pelo juiz, caso haja vestígios em caso de crime contra a pro-
priedade imaterial sujeito à ação penal privada.
236. A confissão será qualificada quando o réu admitir a prática do Certo ( ) Errado ( )
crime e delatar um outro comparsa.
Certo ( ) Errado ( ) 251. O exame de corpo de delito observa limitações temporais,
devendo ser realizado em dias e horários especialmente
237. A confissão tem valor absoluto e se sobrepõe aos demais ele-
designados.
mentos de prova existentes nos autos. Certo ( ) Errado ( )
252. O exame grafotécnico será válido como prova somente se for
238. A confissão ficará caracterizada diante do silêncio do reú
realizado com padrões comparativos fornecidos de próprio
durante o seu interrogatório judicial.
punho pelo investigado.
239. A confissão será irretratável após realizada pelo réu durante o
253. O exame de corpo de delito realizado antes do decurso de
interrogatório judicial e na presença do seu defensor.
trinta dias da prática do crime, para o reconhecimento da gra-
vidade da lesão com vistas ao fundamento de incapacidade
240. (CESPE – 2016 – PC-PE - Escrivão) O acusado poderá ser in- para as ocupações habituais, é considerado válido.
terrogado sem a presença de seu defensor se assim desejar e Certo ( ) Errado ( )
deixar consignado no termo.
254. É prova lícita a gravação ambiental clandestina realizada pela
própria vítima do estelionato com o seu advogado.
241. Não sendo possível a presença em juízo do acusado preso por Certo ( ) Errado ( )
falta de escolta para conduzi-lo, poderá o interrogatório ser
255. Embora o ordenamento jurídico brasileiro tenha adotado o
realizado por sistema de videoconferência. sistema da persuasão racional para a apreciação de provas
judiciais, o CPP remete ao sistema da prova tarifada, como,
242. Mesmo após o encerramento da instrução criminal, a defesa por exemplo, quando da necessidade de se provar o estado
poderá requerer ao juiz novo interrogatório do acusado, das pessoas por meio de documentos indicados pela lei civil.
devendo indicar as razões que o justifiquem. Certo ( ) Errado ( )
256. O exame de corpo delito, imprescindível nos casos em que
243. Havendo mais de um acusado, eles serão interrogados con- as infrações penais deixam vestígios, pode ser suprido pela
juntamente, exceto se manifestarem acusações recíprocas. confissão do acusado.

Pedro Canezin 523
257. Desaparecidos os vestígios da infração penal, a prova teste- 267. De acordo com o entendimento do STJ, o assistente da acusa-
munhal poderá suprir a falta do exame de corpo delito. ção não terá direito a réplica, quando o MP tiver anuído à tese
Certo ( ) Errado ( ) de legítima defesa do réu e declinado do direito de replicar.
258. Do ofendido não será colhido o compromisso de dizer a
verdade sobre o que souber, não podendo ele ser responsa- 268. É exigível procuração com poderes especiais para que seja
bilizado pelo crime de falso testemunho. oposta exceção de suspeição por réu representado pela De-
Certo ( ) Errado ( ) fensoria Pública, mesmo que o acusado esteja ausente do
distrito da culpa.
259. Reputar-se-á verdadeira a acusação formulada contra o
acusado que permanecer em silêncio em seu interrogatório
judicial. 269. O juiz nomeará advogado ao acusado que não o tiver,
Certo ( ) Errado ( ) podendo o réu, a todo tempo, nomear outro de sua confian-
ça, ou a si mesmo defender-se, caso tenha habilitação. Na
260. A Polícia Civil, em uma operação de combate ao tráfico de
hipótese de nomeação de defensor dativo, não será cabível o
drogas, prendeu Adelmo em flagrante. Durante a operação,
arbitramento de honorários.
na residência do indiciado, apreendeu-se, além de grande Certo ( ) Errado ( )
quantidade de cocaína, um smartphone que continha toda a
movimentação negocial de Adelmo e seus clientes, o que con- 270. O ofendido ou seu representante legal ou, na falta de um
firmava o tráfico e toda a estrutura da organização criminosa. deles, o cônjuge, os ascendentes, os descendentes ou irmãos,
Acerca dessa situação hipotética, se a prisão em flagrante tiver sido poderão intervir como assistentes do MP em ações penais
precedida de mandado de busca e apreensão do smartphone de públicas condicionada ou incondicionada.
Adelmo, então, ainda que não haja, no referido mandado, a previ-
são de quebra do sigilo de dados, não haverá qualquer ilegalidade 271. Na falta do ofendido ou de seu representante legal, apenas
no acesso às informações contidas no referido aparelho. o cônjuge poderá atuar como assistente da acusação, seja a
Certo ( ) Errado ( ) ação penal pública condicionada ou incondicionada.
261. É válido o interrogatório do acusado que dispensa a presença
do advogado e permanece em silêncio, pois, se o silêncio não 272. O irmão do ofendido, por ser parente colateral, não tem o
puder ser interpretado contra a defesa, não haverá prejuízo, direito de atuar como assistente da acusação em ação penal
considerando-se o princípio pas de nullité sans grief. pública condicionada ou incondicionada.
262. Se o interrogado não souber escrever, não puder ou não 273. Tratando-se de ação penal pública condicionada à represen-
quiser assinar, o juiz nomeará curador e este, após a leitura do tação, não poderão intervir como assistentes do MP nem o
interrogatório, assinará o termo. ofendido nem parente seu, pois seu direito foi exercido por
Certo ( ) Errado ( ) meio da própria representação.
263. Por não contar com as garantias constitucionais da ampla
defesa e do contraditório, a confissão extrajudicial, ainda que 274. Em se tratando de ação penal pública incondicionada,
indireta, não é admitida como meio de prova. somente o MP poderá sustentar acusação, não sendo per-
Certo ( ) Errado ( ) mitida a assistência, sob pena de se caracterizar a vingança
privada.
264. O exercício do direito ao silêncio não gera presunção de cul- Certo ( ) Errado ( )
pabilidade para o acusado, tampouco pode ser interpretado
275. Configura hipótese de suspeição do juiz a oitiva de sua esposa
em prejuízo da defesa.
Certo ( ) Errado ( ) como testemunha no processo.
1.6 Sujeitos Processuais 276. O assistente de acusação somente poderá se habilitar na ação
penal pública, condicionada ou incondicionada.
265. As partes poderão indicar técnicos, quando não houver Certo ( ) Errado ( )
peritos oficiais, sendo que o profissional nomeado pela auto-
ridade será obrigado a aceitar o encargo público, sob pena de 277. É vedado ao assistente de acusação a indicação de assistente
prisão por crime de desobediência. técnico nos exames periciais.
266. O juiz deve declarar-se impedido e, se não o fizer, poderá 278. A intervenção do assistente de acusação é proscrita após o
ser recusado por qualquer das partes, se ele, seu cônjuge, ou início da fase instrutória do processo penal.
parente, consanguíneo ou afim, até o quarto grau, inclusive,
sustentar demanda ou responder a processo que tenha de ser 279. É vedado ao assistente de acusação arrazoar o recurso inter-
julgado por qualquer das partes. posto pelo Ministério Público, devendo utilizar recurso próprio.

Pedro Canezin
280. É garantido ao assistente de acusação o mesmo tempo para 291. A impossibilidade de identificação do acusado pelo seu ver-
alegações finais orais no procedimento comum ordinário. dadeiro nome ou por outros qualificativos que formalmente
Certo ( ) Errado ( ) o individualize impede a propositura da ação penal, mesmo
que certa a identidade física do autor da infração penal.
281. O assistente de acusação, de acordo com a jurisprudência do
STJ, não tem direito a manejar recurso de apelação que obje-
tive o aumento da pena do sentenciado.
Certo ( ) Errado ( ) 1.7 Restrições Cautelares,
282. Aurea, vítima do delito de tráfico internacional de pessoa, Liberdade Provisória
para fim de exploração sexual, foi admitida como assistente e Fiança
de acusação no curso de ação penal. Nesta qualidade, NÃO
292. Por ter praticado infração penal contra Lúcio, Ana foi presa
poderá aditar a denúncia formulada pelo Ministério Público.
em flagrante e conduzida à delegacia, onde se constatou que
o tipo penal correspondente à infração praticada por Ana
283. Oferecida uma denúncia ou queixa em face de determina- prevê pena máxima de dois anos e multa. Nessa situação
da pessoa, com sua citação, a relação processual torna-se hipotética, a autoridade policial deverá lavrar termo circuns-
completa, passando o denunciado/querelado a figurar como tanciado e encaminhá-lo ao juizado juntamente com a autora
acusado. Sobre o acusado, é correto afirmar que terá direito, do fato e a vítima.
durante seu interrogatório, não somente a permanecer em Certo ( ) Errado ( )
silêncio como a mentir sobre os fatos que lhe foram imputa- 293. É admitida a concessão de fiança em caso de prisão civil ou
dos na denúncia. militar.
284. O intérprete não poderá atuar na ação penal em que tiver 294. A fiança poderá consistir em pedras, objetos ou metais
prestado depoimento no processo. preciosos.
285. Membro do Ministério Público que participe, ativamente, do 295. O réu afiançado poderá ausentar-se de sua residência sem
curso da investigação criminal não poderá oferecer denúncia, comunicar a autoridade processante, desde que o faça por
devendo, ao final do inquérito policial, encaminhar os docu- período não superior a trinta dias.
mentos cabíveis para outro membro do parquet, que decidirá Certo ( ) Errado ( )
acerca do oferecimento ou não de denúncia.
296. Não há previsão de reforço da fiança no CPP.
286. O Ministério Público detém, privativamente, a legitimidade
297. Compete de forma exclusiva à autoridade judicial fixar fiança
para propor ação penal pública, ainda que a proposição seja
e decidir pela liberdade provisória.
condicionada à representação do ofendido ou à requisição do Certo ( ) Errado ( )
ministro da Justiça.
Certo ( ) Errado ( ) 298. Júlio foi preso em flagrante pela prática de furto de um caixa
eletrônico da CEF. Júlio responde a outros processos por
287. As disposições relativas ao princípio do juiz natural são analo- crime contra o patrimônio. No caso de Júlio ter praticado
gamente aplicadas ao MP. furto simples, a própria autoridade policial poderia ter arbi-
trado a fiança com relação a este crime.
288. No curso do inquérito policial, se for constatado que o de- Certo ( ) Errado ( )
legado de polícia seja inimigo pessoal do investigado, este 299. Admite-se a concessão, pela autoridade policial, de liberdade
poderá opor exceção de suspeição, sob pena de preclusão do provisória mediante fiança ao acusado da prática do crime de
direito no âmbito de eventual ação penal. falsificação de documento público sujeito à pena de reclusão,
Certo ( ) Errado ( ) de dois a seis anos, e multa.
289. O corréu pode atuar, no mesmo processo, como assistente da Certo ( ) Errado ( )
acusação do início da ação penal até seu trânsito em julgado, 300. De acordo com a lei, a fiança será concedida após a audiência
desde que autorizado pelo representante do parquet. de vista do MP.
290. Poderá funcionar como perito no processo aquele que tiver 301. No caso da liberdade provisória por pobreza, situação na qual
opinado anteriormente sobre o objeto da perícia na fase de o indivíduo preso em flagrante não possui condições finan-
investigação criminal, em razão da especificidade da prova ceiras de prestar fiança, o juiz ou a autoridade policial poderá
pericial. conceder-lhe a liberdade provisória.

Pedro Canezin 525
302. São as seguintes as espécies de liberdade provisória permiti- 314. Caso seja preso em flagrante, José deverá ser informado de
da: por dispensa do pagamento em razão de situação econô- suas garantias constitucionais e de seu direito de permanecer
mica, por excludente de ilicitude e por ausência dos pressu- calado e de estar acompanhado por advogado, bem como
postos da prisão preventiva. terá direito ao acesso à identificação completa do responsá-
Certo ( ) Errado ( ) vel por sua prisão e da vítima do fato.
303. O delegado de polícia pode arbitrar fiança e conceder a liber- Certo ( ) Errado ( )
dade provisória nos casos de infrações com pena privativa de 315. Embora a perseguição realizada por pessoas da sociedade
liberdade, com exceção das infrações apenadas com reclusão civil seja importante para as investigações porque propicia a
ou detenção. recuperação do veículo e a identificação do autor do fato, esse
Certo ( ) Errado ( ) tipo de perseguição não caracteriza situação de flagrância.
304. A concessão da fiança somente pode ocorrer no curso da Certo ( ) Errado ( )
ação penal. Marcos praticou crime de extorsão, cuja pena é de reclusão,
de quatro a dez anos, e multa. Considerando essa situação hipoté-
305. Conforme entendimento do STJ, não se concede o direito de tica, assinale Certo ou Errado nas assertivas 316 a 320.
recorrer em liberdade ao réu que permanece preso durante a 316. A presença de indícios de autoria e materialidade é motivo
instrução do processo, uma vez que a manutenção da prisão suficiente para o juiz decretar a prisão preventiva de Marcos.
constitui um dos efeitos da respectiva condenação. Certo ( ) Errado ( )
317. Marcos não poderá ser submetido a prisão temporária,
306. A liberdade provisória deve ser concedida pelo juiz sempre porque o crime que cometeu é hediondo, embora não conste
que estiverem ausentes os requisitos que autorizam a decre- no rol taxativo da lei.
tação da prisão preventiva. Certo ( ) Errado ( )
318. Caso Marcos seja preso em flagrante, admite-se a imposição
307. A liberdade provisória pode ser concedida pelo juiz somente até de medidas cautelares diversas da prisão em substituição da
o recebimento da denúncia oferecida pelo Ministério Público. liberdade provisória sem fiança.
308. A liberdade provisória ao ser concedida pelo juiz, não poderá 319. Caso Marcos seja preso em flagrante, poderá ser solto me-
ser imposta nenhuma outra medida cautelar diversa da prisão. diante arbitramento de fiança pela autoridade policial.
309. A liberdade provisória pode ser concedida pelo juiz somente 320. Marcos poderá ser submetido a prisão temporária, que tem
mediante a aplicação de fiança. prazo fixo previsto em lei e admite uma prorrogação por igual
período.
310. A liberdade provisória pode ser concedida pelo delegado de Certo ( ) Errado ( )
polícia sem a aplicação de fiança. 321. A situação em que um indivíduo é preso em flagrante delito
por ser surpreendido logo após cometer um homicídio carac-
José subtraiu o carro de Ana mediante grave ameaça exercida com teriza um flagrante presumido.
arma de fogo. Após a prática do ato, ele fugiu do local dirigindo o Certo ( ) Errado ( )
veículo em alta velocidade, mas foi perseguido por outros condu- 322. Admite-se a prisão em flagrante na modalidade de flagran-
tores que passavam pela via e atenderam ao pedido de ajuda da te presumido de alguém perseguido pela autoridade policial
vítima. A partir deste caso, responda às questões 311 a 315. logo após o cometimento de um crime e encontrado em si-
Certo ( ) Errado ( ) tuação que faça presumir ser ele o autor da infração.
311. Uma vez preso em flagrante, José deverá ser conduzido até
autoridade policial, que lavrará o auto de prisão e entregará 323. A conversão da prisão em flagrante em prisão preventiva
a nota de culpa no prazo máximo de quarenta e oito horas. ocorrerá automaticamente mediante despacho do juiz, ao
Certo ( ) Errado ( ) qual deverá ser apresentado o auto de prisão em flagrante no
312. José poderá ser preso em flagrante pelo roubo enquanto prazo de vinte e quatro horas.
estiver na posse do veículo de Ana, independentemente do
lapso temporal transcorrido. 324. Não pode ser preso em flagrante aquele que é perseguido
Certo ( ) Errado ( ) logo após cometer a infração, mesmo que se presuma ser ele
313. A interrupção da perseguição de José descaracteriza o fla- o autor da infração.
grante impróprio, embora José possa ser preso se encontra-
do, em seguida, com o objeto do crime e em situação pela 325. A ausência de testemunhas da infração impede a lavratura do
qual se presuma ser ele o autor do fato. auto de prisão em flagrante.

Pedro Canezin
326. O cidadão que presenciar pessoa cometendo uma infração 336. A concessão da liberdade provisória pela autoridade policial
penal tem a obrigação de prendê-la em flagrante. não impede a decretação da prisão preventiva de ofício pelo
Certo ( ) Errado ( ) juízo, se presentes os seus requisitos.
327. O auto de prisão em flagrante deve ser encaminhado ao juiz
competente em até vinte e quatro horas após a realização da 337. Nos crimes hediondos, o tempo da prisão preventiva varia
prisão. segundo o limite da pena estabelecida para o tipo penal im-
Certo ( ) Errado ( ) putado ao indiciado.
328. A prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre
338. Aplicada medida cautelar diversa da prisão, será vedado
devem ser comunicados à família do preso em até 24 horas
ao juiz substituí-la por outra ou impor nova medida
após a realização da prisão.
cumulativamente.
329. Tendo sido surpreendidos em situação de flagrante impró- 339. Lavrado o auto de prisão em flagrante por crime de estupro, a
prio, Paulo e João devem ser encaminhados à autoridade autoridade policial poderá conceder ao preso liberdade pro-
policial para a lavratura do auto de prisão, devendo o juiz ser visória mediante fiança.
comunicado, no prazo de 24 horas, para, se presentes os re- Certo ( ) Errado ( )
quisitos legais, convertê-la em prisão preventiva.
340. Cessará o estado de flagrância se findar a perseguição sem
que o acusado seja alcançado.
330. Após a prisão em flagrante, a autoridade policial deverá en- Certo ( ) Errado ( )
tregar ao preso a nota de culpa em até vinte e quatro horas, 341. Cessará o estado de flagrância se estiver ausente ou impedi-
pois não é permitido que alguém fique preso sem saber o do escrivão que lavre o auto de prisão.
motivo da prisão. Certo ( ) Errado ( )
342. Ivo, indivíduo primário e com endereço fixo, foi preso em
331. A fiança poderá ser definitiva ou provisória. flagrante pela prática do delito de homicídio qualificado,
Certo ( ) Errado ( ) definido como crime hediondo. Nessa situação hipotética,
332. Ninguém poderá ser preso senão em flagrante ou por ordem ao receber o auto de prisão em flagrante, caberá ao juiz con-
ceder liberdade provisória a Ivo, se verificada a ausência dos
escrita e fundamentada da autoridade judiciária competente,
requisitos da prisão preventiva, sem possibilidade de imposi-
razão pela qual, havendo ordem legal emanada, a não apre-
ção do pagamento de fiança.
sentação do mandado obsta a prisão, que deverá ser relaxa- Certo ( ) Errado ( )
da, se executada.
Certo ( ) Errado ( ) 343. A prisão preventiva poderá ser decretada quando os indícios
de autoria e prova da materialidade forem insuficientes para
333. Para seu devido cumprimento, o mandado original expedido assegurar a aplicação da lei penal.
pela autoridade judiciária deve ser apresentado durante a di- Certo ( ) Errado ( )
ligência, sendo vedada a sua reprodução.
344. A prisão preventiva poderá ser decretada nos crimes de vio-
lência doméstica e familiar contra o idoso, para assegurar a
334. São medidas cautelares diversas da prisão, entre outras, o execução de medidas protetivas de urgência.
comparecimento periódico em juízo, a monitoração eletrôni- Certo ( ) Errado ( )
ca e a fiança. 345. A prisão preventiva poderá ser decretada em qualquer fase
Certo ( ) Errado ( ) do inquérito policial, mediante ato da autoridade policial.
335. Mais de vinte e quatro horas após ter matado um desafeto, Certo ( ) Errado ( )
Cláudio foi preso por agentes de polícia que estavam em seu 346. A prisão preventiva poderá ser decretada quando o agente
encalço desde o cometimento do crime. Na abordagem, os for reincidente específico, por sentença transitada em
agentes apreenderam com Cláudio uma faca, ainda com ves- julgado, em crime culposo, dentro do período depurador.
tígios de sangue, envolvida na camiseta que a vítima vestia Certo ( ) Errado ( )
no momento do crime. Cláudio informou aos policiais que 347. A prisão preventiva poderá ser decretada nos crimes dolosos
não tinha advogado para constituir. Não houve a participação punidos com pena máxima inferior a quatro anos.
de defensor público na autuação, na documentação da prisão Certo ( ) Errado ( )
e no interrogatório.
348. Conforme entendimento do STJ, a prisão preventiva não
Considerando essa situação hipotética, a prisão é legal, pois a au- pode ser decretada ou mantida na sentença condenatória,
toridade policial prescinde da presença do defensor técnico para a caso o réu seja condenado a pena que deva ser cumprida em
conclusão dos atos. regime inicial diverso do fechado.

Pedro Canezin 527
349. O STJ consolidou entendimento no sentido de que os atos 360. É cabível a prisão temporária para a oitiva do indiciado acerca
infracionais anteriormente praticados pelo réu não servem do delito sob apuração, desde que a liberdade seja restituída
como argumento para embasar a decretação de prisão logo após a ultimação do ato.
preventiva. Certo ( ) Errado ( )
Certo ( ) Errado ( ) 361. A prisão temporária poderá ser decretada tanto no curso da
350. Define-se prisão preventiva como medida processual de pri- investigação quanto no decorrer da fase instrutória do com-
vação da liberdade do acusado ou do indiciado para impedir petente processo criminal.
que ele cometa novos crimes ou embarace as investigações Certo ( ) Errado ( )
policiais ou judicial.
Certo ( ) Errado ( ) 1.8 Habeas Corpus
Considere que, no curso de determinada investigação, a 362. No caso de suspeito preso em flagrante delito, o Ministério
autoridade policial tenha representado ao competente juízo pela Público, como titular da ação penal, está impedido de impe-
prisão temporária do indiciado. Nessa situação, julgue os itens 351, trar habeas corpus, pois é sua a obrigação de iniciar o proces-
so persecutório.
352 e 353.
351. a prisão requerida apenas poderá ser decretada para se in-
quirir o indiciado, devendo a autoridade policial, após o ato, 363. Na qualidade de titulares de seus cargos, o delegado de
representar pela sua soltura. polícia, o promotor de justiça e o juiz de direito podem impe-
Certo ( ) Errado ( ) trar habeas corpus em favor de terceiros.
352. Mesmo que a autoridade policial não tivesse requerido a
prisão temporária, o juiz poderia tê-la decretado de ofício. 364. Conforme a lei e a jurisprudência, não se admite liminar em
Certo ( ) Errado ( ) habeas corpus, ainda que presentes o fumus boni iuris e o pe-
riculum in mora.
353. A prisão não poderá ser decretada após a fase inquisitória da Certo ( ) Errado ( )
persecução penal.
365. É inadmissível a reiteração de pedido de habeas corpus, ainda
que haja novos fatos, não analisados no pedido anterior.
354. De acordo com a legislação pertinente, caberá prisão tem- Certo ( ) Errado ( )
porária para o agente dos crimes de aborto, estupro e lesão
366. É indispensável, sob pena de nulidade, a manifestação do Mi-
corporal gravíssima. nistério Público no procedimento de habeas corpus impetra-
do perante juiz de direito.
355. A decretação de prisão temporária é cabível quando houver Certo ( ) Errado ( )
fundadas razões de autoria e participação em qualquer crime 367. Qualquer pessoa, quer se trate de brasileiro, quer de estran-
doloso punível com pena privativa de liberdade superior a geiro não residente no país, pode impetrar habeas corpus,
quatro anos de reclusão e quando for imprescindível às in- devendo o writ ser redigido em português.
vestigações do inquérito policial. Certo ( ) Errado ( )
368. É possível a utilização de habeas corpus para questionar a
356. A prisão temporária pode ser decretada pelo juiz, de ofício, condenação do acusado ao pagamento de multa, mesmo
pelo prazo de cinco dias, prorrogável, excepcionalmente, por que não tenha sido imposta pena privativa de liberdade.
igual período em caso de extrema e comprovada necessida- Certo ( ) Errado ( )
de para as investigações policiais.
369. Em caso de empate na votação acerca da concessão da
ordem de habeas corpus pelo órgão julgador, após a colheita
357. A prisão temporária poderá ser decretada pelo juiz de ofício de todos os votos dos seus integrantes presentes, prevalece-
ou mediante representação da autoridade policial ou requeri- rá o ato impugnado, mesmo que desfavorável ao paciente.
mento do Ministério Público. Certo ( ) Errado ( )
370. A superveniência da sentença condenatória não prejudica o
358. Conforme o STJ, a prisão temporária não pode ser mantida habeas corpus quando esse tenha por objeto o decreto de
após o recebimento da denúncia pelo juiz. prisão preventiva.
359. São três os requisitos indispensáveis para a decretação da 371. O habeas corpus constitui remédio processual utilizado para
prisão temporária, conforme a doutrina majoritária: impres- promover a análise da prova penal.
cindibilidade para as investigações; existência de indícios de
autoria ou participação; e indiciado sem residência fixa ou 372. O habeas corpus é o instrumento constitucional adequado
identificação duvidosa. para restabelecer os direitos políticos.

Pedro Canezin
373. É cabível habeas corpus contra decisão condenatória a pena 383. É cabível habeas corpus contra decisão que condene, unica-
de multa, ou relativo a processo em curso por infração penal a mente, a pena pecuniária.
que a pena pecuniária seja a única cominada. Certo ( ) Errado ( )
Certo ( ) Errado ( ) 384. É cabível habeas corpus contra decisão que tenha indeferido
374. Não cabe habeas corpus originário para o tribunal pleno liminar em outro habeas corpus.
de decisão de turma, ou do plenário, proferida em habeas
corpus ou no respectivo recurso. 385. É cabível habeas corpus caso se busque o reconhecimento da
Certo ( ) Errado ( ) decadência.
375. A impetração do habeas corpus deve vir acompanhada de
comprovante de pagamento das devidas custas judiciais do 386. Situação hipotética: Determinado DP, inconformado com a
seu processamento. prisão preventiva de um de seus assistidos, impetrou habeas
Certo ( ) Errado ( ) corpus no STJ com pedido liminar de soltura. O ministro
relator negou a medida antecipatória, em decisão monocráti-
376. O promotor de justiça poderá impetrar habeas corpus caso ca fundamentada. Assertiva: Nessa situação, contra a decisão
entenda que o réu em processo penal esteja sofrendo cons- monocrática que indeferiu a liminar não cabe novo habeas
trangimento ilegal na sua liberdade de ir e vir. corpus para o STF.
377. O pedido de habeas corpus, para ser conhecido e julgado, 387. A concessão de habeas corpus de ofício constitui exemplo de
deve estar assinado por advogado regularmente inscrito na exercício de jurisdição sem ação.
Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Certo ( ) Errado ( )
388. O juiz pode conceder habeas corpus independentemente de
378. Somente é cabível o habeas corpus caso o paciente já esteja requerimento do acusado.
sofrendo violência ou coação em sua liberdade de ir e vir. Certo ( ) Errado ( )
Certo ( ) Errado ( ) 389. É vedado ao Ministério Público requisitar habeas corpus em
379. Não é admitida a formulação de pedido de liminar em habeas favor de acusado.
corpus.
Certo ( ) Errado ( ) 390. É permitido ao filho do paciente impetrar habeas corpus em
favor de seu pai.
380. O habeas corpus, em virtude de sua função constitucional,
é admitido livremente e sem racionalizacão, para contestar
decisão contra a qual exista previsão de recurso específico no 391. O habeas corpus pode ser requerido antes da privação da li-
ordenamento jurídico. berdade do paciente.
381. Uma autoridade policial determinou a instauração de in-

quérito policial para apurar a prática de suposto crime de
homicídio. Entretanto, realizadas as necessárias diligências,
constatou-se que a punibilidade estava extinta em razão da
prescrição.
Nessa situação, poderá ser impetrado habeas corpus com o objeti-
vo de trancar o inquérito policial.
382. Presa preventivamente, Maria teve pedido de liberdade pro-

visória indeferido pelo juiz da comarca, sob o fundamento de
que ela havia confessado o delito no interrogatório policial e
de que a pena do crime, abstratamente considerada, é supe-
rior a quatro anos de reclusão. Cientificado pessoalmente da
decisão, o defensor público impetrou habeas corpus no tribu-
nal de justiça.
Nesse caso, o habeas corpus reparará a violação ao direito de ir e
vir de Maria, direito esse de responsabilidade da autoridade policial
que não arbitrou fiança, o que configura coação ilegal, visto que a
paciente foi mantida presa por tempo superior ao permitido.

Pedro Canezin 529
1 CERTO 2 ERRADO 3 CERTO 4 ERRADO 5 ERRADO

6 CERTO 7 ERRADO 8 ERRADO 9 CERTO 10 ERRADO
11 ERRADO 12 ERRADO 13 CERTO 14 ERRADO 15 ERRADO
16 ERRADO 17 ERRADO 18 ERRADO 19 CERTO 20 CERTO
21 CERTO 22 CERTO 23 ERRADO 24 CERTO 25 ERRADO
26 CERTO 27 ERRADO 28 ERRADO 29 ERRADO 30 ERRADO
36 CERTO 37 ERRADO 38 CERTO 39 ERRADO 40 CERTO
41 CERTO 42 ERRADO 43 ERRADO 44 CERTO 45 ERRADO
46 ERRADO 47 ERRADO 48 ERRADO 49 ERRADO 50 CERTO
56 ERRADO 57 ERRADO 58 ERRADO 59 ERRADO 60 ERRADO
61 CERTO 62 ERRADO 63 CERTO 64 CERTO 65 CERTO
86 ERRADO 87 CERTO 88 ERRADO 89 ERRADO 90 ERRADO
96 CERTO 97 ERRADO 98 CERTO 99 CERTO 100 ERRADO
101 CERTO 102 CERTO 103 ERRADO 104 ERRADO 105 ERRADO
126 ERRADO 127 CERTO 128 CERTO 129 ERRADO 130 CERTO
131 ERRADO 132 CERTO 133 ERRADO 134 CERTO 135 ERRADO
136 ERRADO 137 ERRADO 138 ERRADO 139 CERTO 140 ERRADO
146 CERTO 147 CERTO 148 ERRADO 149 CERTO 150 ERRADO
166 ERRADO 167 ERRADO 168 CERTO 169 CERTO 170 CERTO
171 CERTO 172 CERTO 173 CERTO 174 ERRADO 175 CERTO
211 ERRADO 212 ERRADO 213 CERTO 214 CERTO 215 ERRADO

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231 ERRADO 232 CERTO 233 ERRADO 234 ERRADO 235 CERTO
246 CERTO 247 ERRADO 248 CERTO 249 ERRADO 250 CERTO
256 ERRADO 257 CERTO 258 CERTO 259 ERRADO 260 CERTO
266 ERRADO 267 ERRADO 268 CERTO 269 ERRADO 270 CERTO
281 ERRADO 282 CERTO 283 CERTO 284 CERTO 285 ERRADO
326 ERRADO 327 CERTO 328 ERRADO 329 ERRADO 330 CERTO
336 CERTO 337 ERRADO 338 ERRADO 339 ERRADO 340 CERTO
346 ERRADO 347 ERRADO 348 CERTO 349 ERRADO 350 CERTO
381 CERTO 382 ERRADO 383 ERRADO 384 ERRADO 385 CERTO
386 CERTO 387 CERTO 388 CERTO 389 ERRADO 390 CERTO
391 CERTO

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