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Hepatite A

Definição
 Infecção provocada pelo vírus da Hepatite A (VHA) que entra no organismo através do aparelho
digestivo e multiplica-se no fígado, causando neste órgão a inflamação denominada hepatite A.

Sintomologia
 Náuseas, febre, falta de apetite, fadiga, diarreia e icterícia são os sintomas mais comuns que,
consoante a reacção do organismo, podem manifestar-se durante um mês. 

Tratamento
 Não existem medicamentos específicos para tratar esta doença. Este tipo de hepatite trata-se,
essencialmente, com repouso, durante a fase aguda, até que os valores das análises hepáticas
voltem ao normal e a maioria das pessoas restabelece-se completamente em cinco semanas. 

Transmissão
 Em quase metade dos casos de hepatite provocados pelo VHA, não se consegue identificar a
origem do contágio, mas esta doença transmite-se, geralmente, através da ingestão de alimentos
ou de água contaminados por matérias fecais contendo o vírus.

Diagnostico
 baseia-se na detecção, através de análises sanguíneas, de anticorpos anti-VHA do tipo IgM que
são gerados pelo sistema imunitário, para combater o vírus, logo após o aparecimento dos
primeiros sintomas da doença. Estes anticorpos mantêm-se no organismo durante três a seis
meses e desaparecem quando o doente se cura, dando lugar aos anticorpos anti-VHA do tipo IgG
cujo aparecimento significa que o organismo foi infectado e reagiu, protegendo-se contra uma
nova infecção com o vírus da hepatite A.

Epidemiologia
Nos países de língua portuguesa a prevalência é alta, com 15 a 150 casos para cada 100.000
habitantes por ano.
Grupo de risco

 Familiares ou parceiros sexuais de pessoas infectadas


 Pessoas que não estejam vacinadas ou que não tenham os anticorpos necessários
 Médicos e paramédicos que trabalhem em hospitais
 Viajantes para países menos desenvolvidos onde a doença é endémica
 Toxicodependentes que usam agulhas não esterilizadas
 Tratadores de macacos
 Pessoas que trabalham na recolha e processamento de lixo e nos esgotos
 Homossexuais masculinos
 Frequentadores e pessoal que trabalha em instituições comunitárias, nomeadamente
infantários, escolas, refeitórios, entre outras

Complicações
Em 0,6% dos casos, principalmente em maiores de 40 anos, a hepatite A é fulminante, destruindo o
fígado em 6 a 8 semanas, causando

 Pele e olhos amarelados (Icterícia)


 Problemas de coagulação (Coagulopatia como hematomas, hemorragia ou trombose
 Sintomas neurológicos (encefalopatia hepática)

Também pode causar insuficiência renal aguda e sepse. O único tratamento é um transplante


hepático rapidamente, portanto a mortalidade é de 80%

Agente etiológico

 Virus da Hepatite A (HAV). Vírus RNA, família Picornaviridae

Hepatite B

Definição

 A hepatite E resulta da infecção pelo vírus da hepatite E (VHE),

Sintomologia

 Os sintomas típicos, entre os jovens e os adultos, dos 15 aos 40 anos, são a icterícia (que pode
manter-se durante várias semanas), falta de apetite, náuseas, vómitos, febre, dores abdominais,
aumento do volume do fígado e mal-estar geral. As crianças, geralmente, não apresentam
quaisquer sintomas.
Tratamento

 A hepatite E, como doença vírica que é, não deve ser tratada com antibióticos. As infecções são,
em geral, limitadas e, normalmente, não é necessária hospitalização, excepto em caso de hepatite
fulminante.

Transmissão

 tal como a hepatite A, o vírus da hepatite E propaga-se através da água e alimentos contaminados
por matérias fecais, sendo mais rara a transmissão de pessoa a pessoa. Não há registos de
transmissão por via sexual ou através do sangue.

Diagnostico
 A doença é diagnosticada quando se detectam anticorpos IgM anti-VHE, após análises
bioquímicas às enzimas hepáticas. É durante o período de incubação e no início da fase aguda que
o número de vírus no organismo atinge o seu máximo, acontecendo o mesmo com a quantidade
que é libertada nas fezes; nesta altura é possível encontrar os antigénios virais nas células do
fígado e concluir, sem sombra de dúvida, que a pessoa em causa está infectada.

Epidemiologia

 Em 2010 infectou cerca de 3 milhões de pessoas e resultou em aproximadamente 57 mil mortes.


Os locais mais afetados são África e Sudeste asiático. Em 2008 confirmaram que alguns
brasileiros já haviam entrado em contato com o vírus sem sair do país, mas apenas em 2010 foi
confirmado um caso agudo no Brasil.

Agente etiológico

 Vírus da Hepatite E (HEV). Um vírus RNA, da família Caliciviridae.

Complicações

 Não há relato de evolução para cronicidade ou viremia persistente. Em gestantes, a Hepatite é


mais grave, podendo apresentar formas fulminantes. A taxa de mortalidade em gestantes pode
chegar a 25%, especialmente no terceiro trimestre. Em qualquer trimestre, abortos e mortes
intrauterinas são comuns.

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